Seu corpo não digere chiclete. O que acontece quando você o engole?

Responsáveis por crianças sempre alertam seus pequenos para que eles não engulam chicletes. Enquanto muitos acreditam que um pedaço de chiclete engolido pode levar sete anos para ser digerido, outros pensam que ele pode entupir a passagem do bolo fecal no intestino. Mas o que realmente acontece com a goma-base quando ela passa pelo sistema digestivo?

A goma de mascar é feita de materiais naturais ou sintéticos, conservantes, aromas artificiais e adoçantes. O corpo consegue absorver adoçantes e açúcares, mas não consegue digerir a resina da goma.

O médico Michael Picco, da respeitada Mayo Clinic (EUA), responde à esta pergunta: “Se você engolir chicletes, é verdade que o seu corpo não consegue digeri-lo. Mas a goma não fica no seu estômago. Ela se move de forma relativamente intacta através do seu sistema digestivo e é excretada nas fezes”. A goma pode levar até 40 horas para deixar seu corpo, levando o mesmo tempo que os outros alimentos para serem excretados.

Quando ir ao médico?

Ou seja, apesar de a goma de mascar ser feita com objetivo de ser mascada, e não engolida, ela normalmente não é prejudicial à saúde. Em casos muito raros, em que crianças engolem uma grande quantidade e já têm problemas anteriores de constipação, essa bola de chicletes pode provocar um bloqueio no intestino.

Isso pode acontecer tanto por quem engole vários pedaços de goma de uma vez só quanto por quem engole pequenas quantidades em um período curto de tempo. O problema costuma ser pior se a goma é engolida junto com objetos estranhos como moedas e peças de plástico ou então com alimentos fibrosos que não são digeridos, como sementes de girassol.

Os sintomas de bloqueio incluem:

dor abdominal;
constipação;
vômito;
diarréia;
inchaço abdominal;
falta de apetite.

Se você acha que tem um bloqueio intestinal, procure ajuda médica. Pode ser necessário que o paciente passe por cirurgia para corrigir o bloqueio.

O maior perigo para crianças que engolem chicletes costuma ser o sufocamento, pela obstrução das vias aéreas. Este tipo de acidente é mais comum em crianças pequenas, de até quatro anos, por elas ainda não mastigarem bem e por terem a garganta pequena.

É por este motivo que o hábito de engolir chicletes deve ser desencorajado, especialmente em crianças. Crianças com menos de cinco anos devem ficar longe desta guloseima, uma vez que ainda não compreendem a importância de não engolir a goma e ainda não conseguirem mastigar e engolir muito bem. [Mayo Clinic, Healthline]

*Por Juliana Blume

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*Fonte: hypescience

Bob Dylan apresenta novo álbum; Ouça ‘Rough and rowdy ways’

Este é o primeiro material inédito lançado pelo lendário músico em oito anos

Vencedor de Grammys, um Oscar, Um Pulitzer e do Nobel da Literatura, Bob Dylan volta aos holofotes que tanto foge com Rough and rowdy ways. O novo disco do cantor marca o primeiro lançamento de inéditas em oito anos. O álbum possui 10 faixas e 1 hora e 10 minutos de duração e está disponível nas plataformas de streaming.

O disco chega após pegar o público de surpresa em março com o lançamento Murder must foul. A canção de 17 minutos marcou a primeira novidade de Dylan em quase uma década e colocou o artista pela primeira vez no topo das paradas da Billboard. Antes do lançamento completo, ele ainda divulgou False prophet e I contain multitudes.

Bob Dylan, no entanto, não esteve parado durante esses oito anos. Entre o Tempest, de 2012, e o atual Rough and rowdy ways, o músico lançou dois discos de covers de Frank Sinatra em 2015 e 2016, e um álbum triplo de regravações de músicas importantes para a cultura norte-americana chamado Triplicate.

Sonoridade

O novo disco traz de volta o Bob Dylan e as nuances musicais que ele apresenta ao mundo desde os anos 1960. O álbum traz o violão do folk, solos do rock clássico e a pegada blues. De forma simples, é possível dizer que, de certa forma, o trabalho faz referências a diversos trechos da carreira do músico com toda maturidade de uma pessoa a quase 60 anos na estrada e 79 de idade.

Pensando nas diferenças com a obra completa do artista, o novo disco não é mais tão cantado. Bob Dylan recita as letras como se contasse uma história ao ouvinte. Instrumentos com arranjos rebuscados ganham espaço. Em algumas canções é possível ouvir uma arpa, em outras camadas de melodia no piano — talvez uma influência de Sinatra. A gaita dos anos 1960 e 1970 já não é mais usada e mesmo as canções folk são um tanto mais melancólicas se comparadas as que fizeram o inicio da carreira do músico.

A poesia de Dylan permanece um ponto forte das composições, desde o conto de 17 minutos em Murder must foul, em que ele faz um histórico que culmina na morte do presidente John F. Kennedy e consequências deste acontecimento; ou no personagem de um cientista maluco que busca partes de corpos para criar a melhor versão da amada em My own version of you. O artista continua criando e provando uma escolha acertada do Nobel ter escolhido a carreira de um músico e poeta como algo a se agraciar em literatura.

Em tempos de protestos em todos os estados dos EUA, um disco de uma voz potente como Bob Dylan, que grita durante anos pelos direitos civis e foi uma das vozes mais proeminentes e ativas contra a invasão ao Vietnã, é um simbolo cultural e geracional. Dylan ainda é um importante nome no folk, rock e blues norte-americanos e tem agora a oportunidade de se renovar e dialogar com um novo público e, quem sabe, se habituar em ver o nome no topo da Bilboard.

*Por Pedro Ibarra

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*Fonte: correiobraziliense