Cientistas atuam para decifrar asteroide que apresenta risco de atingir a Terra

Há séculos e mais séculos que o temor de um asteroide se chocar com nosso planeta oferece contornos apocalípticos para o imaginário humano – e de quando em quando cientistas se põem a estudar trajetórias e aproximações de objetos espaciais que ameaçam o caminho da Terra. Foi isso que a equipe do Sistema de Alerta Impacto Terrestre por Asteróides (Atlas, em inglês) recentemente identificou: um novo asteroide capaz de impactar o planeta. E se há ainda grande dificuldade em determinar maiores informações sobre o objeto e sua trajetória, cientistas no observatório de Arecibo, em Porto Rico, levantaram novos dados sobre o asteroide.

Com 488 metros de diâmetro e um eixo mais longo com quase 1 quilômetro – equivalendo seu cumprimento a cinco campos de futebol – o asteroide foi batizado de 2020 NK1, e por seu tamanho faz dele um dos Objetos Potenciamente Perigosos (PHO, em inglês) mais importantes para o rastreamento da NASA e outras agências espaciais. Cálculos sugerem que a aproximação com a Terra se dará entre os anos 2086 e 2101, e a chance do asteroide colidir com o planeta é de uma em 70 mil.

A observação mais apurada do 2020 NK1 aconteceu entre os dias 30 e 31 de julho ao longo de duas horas e meia, quando as medições puderam ser feitas, e mesmo fotografias puderam ser registradas. A boa notícia é que as análises determinaram que a aproximação do asteroide muito provavelmente não chegará perto da Terra o suficiente para se tornar uma real ameaça: estima-se que o ponto mais próximo será ainda a 3,6 milhões de quilômetros, cerca de 9 vezes a distância entre o planeta e a lua.

*Por Vitor Paiva

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*Fonte: hypeness

A invenção que permite converter água do mar em água potável em apenas meia hora, de forma sustentável

Uma equipe internacional de pesquisa desenvolveu uma tecnologia pioneira que pode tornar grandes volumes de água do mar seguros para beber em menos de 30 minutos.

Com uso de energia solar, este avanço tecnológico pode fornecer água potável a milhões de pessoas em todo o mundo usando energia de forma mais eficiente do que as práticas atuais de dessalinização, diz um comunicado da Universidade Monash, com sede em Melbourne, Austrália.

E “as comunidades remotas poderiam se beneficiar mais”, disse o líder do projeto, professor Huanting Wang, à BBC Mundo.

Como funciona?

O filtro projetado pode gerar centenas de litros de água potável por dia e requer apenas luz solar direta para purificar, tornando o processo energeticamente eficiente, de baixo custo e sustentável.

Durante o processo de dessalinização, o filtro, que leva o nome de PSP-MIL-53, primeiro atrai e retém moléculas dos sais da água e é então colocado sob a luz do sol para regenerar o sal. Esse processo leva menos de quatro minutos, e então o filtro pode atrair o sal da água novamente.

Dessalinização e riscos para a saúde

A Organização Mundial de Saúde sugere que a água potável de boa qualidade deve ter um sólido dissolvido total (TDS) de menos de 600 miligramas por litro (mg/L).

Os pesquisadores conseguiram atingir um TDS de menos de 500 mg/L em apenas meia hora. Este processo foi capaz de filtrar partículas nocivas da água e gerar 139,5 litros de água limpa por quilo de MOF por dia.

O professor Wang, do Departamento de Engenharia Química da Monash University, defende a dessalinização como uma opção viável para resolver a falta de água no mundo.

“Devido à disponibilidade de água do mar e água salobra — aquela que tem mais sais dissolvidos do que a água doce, mas menos do que a água do mar —, como os processos de dessalinização são confiáveis, a água tratada pode ser integrada aos sistemas aquáticos com riscos mínimos para a saúde “, diz Wang.

“Mas os processos de dessalinização térmica evaporativa e outras tecnologias, como osmose reversa — que usa uma membrana semipermeável para remover íons, moléculas e partículas maiores — têm uma série de desvantagens, incluindo alto consumo de energia e o uso de produtos químicos na limpeza e descloração de membranas “, alerta.

Por causa de seu baixo consumo de energia e sem necessidade de produtos químicos durante o processo, essa nova tecnologia de luz solar pode fazer parte de futuras soluções de água limpa, diz Wang.

“A energia solar para filtragem é usada há muito tempo, onde a água evapora e se condensa para produzir água doce. Mas leva muitas horas para produzir água suficiente para uso doméstico. Usamos a luz solar para reciclar nosso material, e leva apenas alguns minutos “, disse ele à BBC Mundo.

Questionado sobre o custo desse novo aparelho, o professor disse que ainda há um longo caminho a percorrer para torná-lo acessível à população.

“O material sintetizado em laboratório não é barato. O custo de sua produção deve diminuir muito quando for fabricado em larga escala”, afirma.

“Esperamos que o material esteja amplamente disponível e acessível após mais pesquisa e desenvolvimento”, conclui.

*Por Analia Llorente

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*Fonte: bbc-brasil