Mês: setembro 2020
AC/DC divulga teaser nas redes e deixa fãs na expectativa por novo álbum
O AC/DC publicou um teaser em vídeo bastante curioso nas redes sociais. A filmagem não trouxe nenhuma informação, mas criou expectativa nos fãs com relação ao lançamento de uma nova música ou mesmo de um álbum de inéditas.
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O teaser traz o raio da logo do AC/DC voltando a funcionar. Com um pouco de semiótica, dá para dizer que é como se a banda estivesse retomando as atividades.
No Instagram, além de publicar o vídeo, o grupo apagou todas as postagens anteriores. A prática é comum entre outros artistas que estão próximos de lançar algo novo.
Desde 2018, rumores já apontavam que o AC/DC estaria preparando um novo álbum de estúdio. Recentemente, fotos de um suposto videoclipe vazaram por meio do próprio site da banda.
Em entrevista à ABC Audio, o vocalista Dee Snider, conhecido por seu trabalho com o Twisted Sister e amigo do vocalista Brian Johnson, revelou que o AC/DC já está com seu novo álbum gravado. Porém, o lançamento teria sido adiado pela pandemia do novo coronavírus.
O sucessor de ‘Rock or Bust’ (2014) traz, segundo Snider, uma série de gravações inéditas do guitarrista Malcolm Young, afastado da formação em 2014 e falecido em 2017. Nesta nova entrevista, ele comentou que o material “já foi gravado”, embora não tenha ouvido.
O novo trabalho deve marcar as voltas de Brian Johnson, afastado da turnê de ‘Rock or Bust’ por problemas auditivos, além do baterista Phil Rudd, fora da tour devido a acusações que enfrentava na Justiça, e o baixista Cliff Williams, que fez todos os shows, mas anunciou aposentadoria logo em seguida. Além do trio, o disco deve trazer os guitarristas Angus Young e seu sobrinho, Stevie Young, que ocupa a vaga deixada por Malcolm.
*Por Igor Miranda
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*Fonte: guitarload
Quino, desenhista criador da incrível Mafalda, morre aos 88 anos
Quino, o genial desenhista que criou a personagem Mafalda, morreu aos 88 anos de idade, segundo a publicação argentina La Nación.
Nascido em Mendoza em 1932, Joaquín Salvador Lavado Tejón desenhou a personagem durante nove anos, entre 1964 e 1973. Ela surgiu pouco depois do seu primeiro livro, Mundo Quino, que chegou ao mundo em 1963 e logo se estabeleceu como marca registrada do cara.
Depois dela, como relembra o jornal do país vizinho ao Brasil, ele nunca mais teve outro personagem fixo e continuava mantendo um carinho enorme pela Mafalda, que foi inicialmente publicada nas páginas do jornal Primera Plana.
Quino e Mafalda
Ainda segundo a La Nación, o quadrinho de Quino é o mais vendido do planeta entre as produções da América Latina, já tendo mais de cinco décadas de duração e uma importância gigante para a história brasileira também.
Até mesmo nos comentários à notícia do falecimento do desenhista podemos ver diversos brasileiros agradecendo pelo trabalho do cara, que foi usado em diversas escolas pelo Brasil e conquistou uma legião de fãs e admiradores em todo seu período de existência.
A aparência infantil de Mafalda contrastava com seus posicionamentos bastante críticos e contestadores, fazendo com que as tiras de Quino falassem, há muitas décadas, sobre questões como o papel da mulher na sociedade, capitalismo, desigualdade e muito mais, tudo de forma muito inteligente.
Que descanse em paz.
*Por Felipe Ernani
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*Fonte: tenhomaisdiscosqueamigos
Always Home Cam, da Ring, é um drone para monitorar sua casa
Entre as muitas coisas que a Amazon anunciou nesta quinta-feira (24), teve uma que se destacou como um passo claro em direção ao nosso futuro distópico: o Ring Always Home Cam.
Embora seu nome possa sugerir que a Always Home Cam seja uma câmera de segurança doméstica atualizada, é muito mais do que isso. A Ring, empresa de propriedade da Amazon, descreve a Always Home Cam de US$ 250 como uma “câmera interna autônoma que voa automaticamente para áreas predeterminadas da casa, oferecendo vários pontos de vista com apenas uma câmera”, mas você não pode me enganar, pois eu sei o que é um drone e consigo reconhecê-lo quando vejo um.
Baseado nas imagens liberadas pela a Amazon, o Always Home Drone tem um conjunto de rotores na parte superior envolto com uma cobertura de plástico, junto com uma câmera construída em um eixo retangular. Quando não está em uso, o eixo se conecta a um dock da Always Home Cam, provavelmente para recarregar a bateria e descarregar quaisquer gravações de vídeo de backup.
Quando se trata de privacidade, a Ring diz que a Alwys Home Cam “grava apenas durante o vôo”; quando não está em uso, fica em um dock e a câmera fica fisicamente bloqueada. O “drone” faz “barulho o suficiente para que você usa quando ele está em movimento”.
Em outras palavras, qualquer pessoa que não queira ser gravada será capaz de ouvir essa coisa chegando ao ouvir o zumbido característico emitido por tantos drones. Então, para espionar crianças, talvez não seja a melhor ferramenta. Sem contar que este drone deve assustar bastante os animais de estimação.
Embora os detalhes ainda sejam escassos, na verdade tenho que elogiar a Amazon/Ring por tentar colocar um drone dentro da casa dos outros para fins de segurança interna. Os drones não são mais apenas para áreas abertas.
*Por Sam Rutherford
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*Fonte: gizmodo
Quando a ignorância critica, a sabedoria observa e sorri
Orson Welles disse que “muitas pessoas são educadas demais para falar com a boca cheia, mas não se preocupam em fazê-lo com a cabeça vazia”. O diretor americano não foi o primeiro a se referir à ignorância e seus ataques.
O escritor espanhol Baltasar Gracián havia dito ” o primeiro passo da ignorância é presumir saber ” e Antonio Machado afirmou que ” tudo o que é ignorado é desprezado “. A ignorância não é uma doença, mas podemos classificá-la como tal porque seus efeitos são tão incapacitantes que impedem a pessoa de crescer enriquecendo-se com novas perspectivas. A armadilha da ignorância é que ela envolve a pessoa em uma gaiola de ouro, na qual ele está tão confortável que nem percebe que está prisioneiro da rigidez de seu pensamento.
Como são pessoas ignorantes?
Ignorância não é propriedade exclusiva de pessoas que não tiveram acesso à educação. De fato, podemos encontrar pessoas que não têm estudos, mas são profundamente sábias e de mente aberta, assim como podemos encontrar professores e cientistas que são profundamente ignorantes. O filósofo inglês Karl Popper explica o porquê: “a ignorância não é a ausência de conhecimento, mas a recusa em adquiri-lo “. Isto é, a ignorância implica abraçar um pensamento rígido, idéias preconcebidas e rejeitar o resto. Esse modo de entender a ignorância é um sinal de alerta que nos diz para permanecermos vigilantes porque todos e cada um de nós podem adotar atitudes ignorantes.
Ignorância é rejeitar argumentos ou idéias das quais não sabemos nada ou sobre as quais não temos dados para chegar a conclusões lógicas. Nesse caso, em vez de nos esforçarmos para captar e compreender todo o quadro, preferimos nos apegar ao pequeno fio de “verdade” que achamos que temos. Entrincheirados nessa posição, não apenas atacamos os outros, mas também semeamos as sementes da intolerância, já que a ignorância sempre rejeita o que é diferente, o que não compreende.
Ignorância emocional
Não é uma ignorância que faz ainda mais danos: a ignorância emocional das pessoas mais próximas que julgam e criticam-nos sem ter andado em nossos sapatos ou saber todos os detalhes da situação de uma visão parcial da realidade.
Ignorância emocional
Há uma ignorância que causa ainda mais danos: a ignorância emocional das pessoas mais próximas a nós que nos julgam e criticam sem ter andado com nossos sapatos ou nem conhece todos os detalhes da situação, a partir de uma visão parcial da realidade.
Essas pessoas não são capazes de se colocar no lugar do outro e nem sequer
tentam conhecer sua história, necessidades e ilusões para entender o porquê de seu comportamento. Essa ignorância dói muito mais e deixa feridas emocionais profundas, já que normalmente a opinião dessas pessoas é geralmente importante.
Em face da ignorância, é melhor agir com cautela
Um estudo muito interessante de PsychTests analisou como 3.600 pessoas
responderam a críticas. Esses psicólogos descobriram que 70% admitem que se sentem magoados quando recebem uma crítica e 20% a rejeitam com raiva. Apenas 10% das pessoas refletem sobre críticas e deixam ir quando não contribuem com nada.
Também foi apreciado que as mulheres são duas vezes mais propensas a aceitar as críticas como algo pessoal e a assumi-las como uma demonstração de que elas não são capazes de fazer algo certo. Pelo contrário, os homens tendem a pensar que a crítica está errada e a responder agressivamente.
No entanto, o mais interessante é que as pessoas que adotam uma atitude
defensiva em relação às críticas são também aquelas que se sentem menos
felizes, têm baixa auto-estima e apresentam um desempenho pior no trabalho.
Aparentemente, quando as pessoas têm baixa auto-estima, elas bloqueiam a parte construtiva da crítica e se concentram apenas nos aspectos negativos. Por outro lado, aqueles que se defendem das críticas muitas vezes sentem que estão perdendo o controle, o que afeta ainda mais sua autoconfiança.
Portanto, quando a crítica vem da ignorância, a coisa mais sábia é responder com calma.
Para palavras tolas, ouvidos inteligentes
Como a crítica ignorante pode causar muitos danos, é essencial não cair no seu jogo. As palavras nocivas, as críticas maliciosas e as opiniões infundadas não devem encontrar um terreno fértil em nossa mente. Devemos lembrar que ninguém pode nos prejudicar sem o nosso consentimento. Portanto, o melhor é não dar crédito a eles.
O problema das pessoas ignorantes é que elas não estão abertas para ouvir outras opiniões, portanto, qualquer tentativa de se defender ou fazê-las cair em seus sentidos é muitas vezes deixada de lado. Isso nos fará desperdiçar energia inutilmente e é provável que no final ficaremos com raiva. É por isso que é quase sempre melhor aprender a ignorá-los.
O sábio sabe que batalhas valem a pena lutar, ele não desperdiça sua energia. Ele também está ciente de que a crítica muitas vezes diz mais sobre quem critica do que sobre quem é criticado, então ele assume uma atitude desinteressada, valoriza a verdade que a opinião contém e, se considerar irrelevante e prejudicial, não permite que isso o afete.
E quando é necessário responder à ignorância, as pessoas sábias fazem isso com firmeza e respeito. A melhor maneira de superar a ignorância é provar a ele que ele não tem poder sobre nós.
*Artigo originalmente publicado em Rincón de la Pasicología
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*Fonte: pensarcontemporaneo
“A pressa em mostrar que não se é pobre é, em si mesma, um atestado de pobreza”, por Mia Couto
Trecho de discurso proferido por Mia Couto na abertura do ano letivo do Instituto Superior de Ciências e Técnologia de Moçambique:
“A pressa em mostrar que não se é pobre é, em si mesma, um atestado de pobreza. A nossa pobreza não pode ser motivo de ocultação. Quem deve sentir vergonha não é o pobre mas quem cria pobreza.
Vivemos hoje uma atabalhoada preocupação em exibirmos falsos sinais de riqueza. Criou-se a ideia que o estatuto do cidadão nasce dos sinais que o diferenciam dos mais pobres.
Recordo-me que certa vez entendi comprar uma viatura em Maputo. Quando o vendedor reparou no carro que eu tinha escolhido quase lhe deu um ataque. “Mas esse, senhor Mia, o senhor necessita de uma viatura compatível”. O termo é curioso: “compatível”.
Estamos vivendo num palco de teatro e de representações: uma viatura já é não um objecto funcional. É um passaporte para um estatuto de importância, uma fonte de vaidades. O carro converteu-se num motivo de idolatria, numa espécie de santuário, numa verdadeira obsessão promocional.
Esta doença, esta religião que se podia chamar viaturolatria atacou desde o dirigente do Estado ao menino da rua. Um miúdo que não sabe ler é capaz de conhecer a marca e os detalhes todos dos modelos de viaturas. É triste que o horizonte de ambições seja tão vazio e se reduza ao brilho de uma marca de automóvel.
É urgente que as nossas escolas exaltem a humildade e a simplicidade como valores positivos.
A arrogância e o exibicionismo não são, como se pretende, emanações de alguma essência da cultura africana do poder. São emanações de quem toma a embalagem pelo conteúdo.”
*Por Mia Couto
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*Fonte: pensarcontemporaneo
TV usada derruba banda larga de uma vila inteira no País de Gales
Durante meses os moradores de Aberhosan, uma vila de 400 habitantes no País de Gales, experimentaram um problema estranho em suas conexões de banda larga: todos os dias, pontualmente às 7 da manhã, a rede ficava lenta ou caía.
Diagnósticos na rede mostravam que tudo estava normal, e nem mesmo a troca de grande parte dos cabos que atendem a vila resolveu o problema. Determinado a chegar à raiz do problema, um engenheiro local chamado Michael Jones pediu ajuda da equipe de engenheiros-chefes da OpenReach, organização responsável por toda a infraestrutura de interconexão de lares e empresas no Reino Unido à rede nacional de banda larga e telefonia.
“Tendo esgotado todas as outras possibilidades, decidimos fazer um último teste para ver se o problema estava sendo causado por um fenômeno conhecido como SHINE (Single High-Level Impulse Noise), em que a interferência elétrica emitida por um aparelho pode impactar o funcionamento de redes de banda larga”, disse Jones.
“Usando um aparelho chamado Analisador de Espectro, andamos pela vila debaixo de uma chuva torrencial às 6 da manhã na tentativa de encontrar um ‘ruído elétrico’ que suportasse nossa teoria. E às 7 da manhã, em ponto, ele apareceu! Nosso aparelho detectou uma grande onda de interferência eletromagnética na vila”, relembra.
A fonte do sinal era inesperada. Segundo Jones, “a origem do ruído era uma casa na vila. Descobrimos que às 7 da manhã, todas as manhãs, um dos moradores ligava uma velha TV, e a interferência gerada por ela derrubava a banda larga de toda a vila”.
Os moradores ficaram estupefatos que sua velha TV fosse a causa dos problemas de banda larga de toda a vila, mas imediatamente concordaram em desligá-la e não usá-la novamente. De acordo com a Openreach, desde que isso foi feito a rede nunca mais apresentou problemas.
*Por Rafael Rigues
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*Fonte: olhardigital
O Dilema das Redes – escancara aspecto manipulador das redes sociais
Como qualquer ferramenta, as redes sociais possuem um lado muito positivo: conectam as pessoas e abrem portas para conteúdos que podem ser interessantes para o usuário. Você, por exemplo, pode ter chegado até aqui porque se interessa por Tecnologia e Inovação, segue o Olhar Digital ou foi sugerido por alguma rede.
Mas existe um lado oculto, que tem a ver com manipulação em massa e a total falta de consideração com o bem estar mental das pessoas. Uma ferramenta não para quem usa, mas para quem a controla – e negocia no mercado uma das “commodities” mais valiosas de todos os tempos: a atenção das pessoas.
O documentário “O Dilema das Redes” (“The Social Dilemma”), que estreou na Netflix no último dia 9, entrevista especialistas em tecnologia do Vale do Silício para mostrar como as redes sociais estão reprogramando a civilização. Ex-funcionários de empresas como Google, Facebook, Twitter, Instagram e Pinterest contam como os executivos dessas companhias não só sabem disso como manipulam os algoritmos para induzir comportamentos nas pessoas.
Dirigido pelo cineasta Jeff Orlowski, o filme trata não só do aspecto viciante das redes, construídas para manter o usuário constantemente “engajado”, como explica o impacto disso nas novas gerações e porque é mais vantajoso para esse sistema nos manter separados de quem pensa diferente de nós. Ainda deu tempo de contextualizar a pandemia da Covid-19 no meio disso tudo.
Algoritmos desenhados para fazer recomendações personalizadas, por outro lado, usam os dados coletados para prever e influenciar comportamentos – e é esse poder que essas empresas oferecem ao mercado, e por isso dominam a publicidade de uma forma que nenhum outro veículo consegue sobreviver sem aderir a essas regras.
Um dos personagens principais do documentário é Tristan Harris, que trabalhou como especialista em Ética de Design no Google e agora é presidente e cofundador do Center for Humane Technology. Ele conta como percebeu esse potencial negativo das redes e tentou mudar o sistema por dentro, sem sucesso.
“As pessoas acham que o Google é só uma ferramenta de busca, e que o Facebook é só onde vejo meus amigos. Mas elas não percebem que eles estão competindo pela sua atenção”, afirma Harris, lembrando a máxima: “se você não está pagando pelo produto, você é o produto” – é o chamado “capitalismo de vigilância”.
Para Jaron Lanier, considerado um dos “pais” da Realidade Virtual, o produto é “a gradativa, leve e imperceptível mudança em nosso comportamento e percepção”. Outro entrevistado, Roger McNamee, um dos primeiros investidores do Facebook, faz uma revelação que pode ser assustadora para quem não acompanha de perto o setor. Quando elementos externos influenciam em outros países, como por exemplo a Rússia nas eleições dos Estados Unidos, eles não “hackeiam” o Facebook, apenas fazem uso das ferramentas da plataforma.
O documentário funciona muito bem tanto como linha do tempo do desenvolvimento das redes sociais como sinal de alerta para o seu mau uso. Alguns elementos da sociedade, como a atual polarização extremada, que certamente teve influência dos algoritmos do Vale do Silício, porém, acabam simplificadas pela narrativa. Mas dificilmente você não vai sair de “O Dilema das Redes” sem querer dar um tempo do seu smartphone.
*Por Reanto Mota
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*Fonte: olhardigital
13 atitudes que contribuem para um trânsito mais seguro
Confira boas práticas indicadas pela campanha Trânsito+gentil, da Porto Seguro, para que qualquer pessoa possa contribuir para a transformação das cidades
Não existe trânsito seguro sem que motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres tenham uma mudança de comportamento e passem a considerar pequenas gentilezas como práticas comuns de nosso dia a dia.
É isso o que prega a campanha Trânsito+gentil da Porto Seguro, que aproveita a Semana Nacional do Trânsito, entre os dias 18 e 25 de setembro, para trazer ainda mais destaque sobre a importância deste tema.
Nós da Catraca Livre também nos sentimos parte deste movimento pela gentileza no trânsito e para provar que essa transformação é possível a partir de pequenos gestos, listamos abaixo 13 dicas para você colocar em prática agora mesmo.
Pedestres
Mesmo sendo um dos mais vulneráveis, o pedestre tem papel importante na segurança do trânsito e na transformação dele em um ambiente mais gentil. Algumas mudanças de postura que podem contribuir para que isso aconteça incluem:
1 – Fazer contato visual com o motorista mesmo quando for atravessar na faixa de segurança. É de extrema importância que você tenha certeza que ele está te vendo;
2- Andar com atenção nas calçadas de postos de gasolina. Nesses lugares existe uma intensa movimentação de veículos e motocicletas e é comum que pequenos acidentes, facilmente evitáveis, aconteçam;
3 – Respeitar a ciclovia. Afinal, ela foi feita para os ciclistas pedalarem com segurança e não para você caminhar;
O volume de ciclistas tem aumentado de maneira exponencial nas grandes cidades. Essa tendência seguirá forte no pós-isolamento, como comprova uma recente pesquisa sobre o crescimento de 50% na venda de bicicletas no Brasil, entre os meses de maio e junho.
Com todo esse volume de novos ciclistas surge a necessidade de que atitudes de gentileza sejam tão importantes quanto achar uma ciclovia perto de você. Algumas práticas que podem ser tranquilamente adicionadas durante as pedaladas incluem:
4 – Ficar atento no que acontece à sua frente e evitar ao máximo olhar para trás. Isso pode te ajudar a se livrar de algo que possa vir a dar errado no seu caminho;
5 – Sinalizar com antecedência caso você precise entrar em alguma rua ou sair da sua faixa. Os outros veículos precisam diminuir a velocidade e isso contribui para evitar sustos desnecessários;
6 – Nada de competir com as motos. Você não tem um motor e ainda por cima não possui quase nenhum tipo de proteção;
Motociclistas
Catraca Livre dá dicas de gentileza para tornar o trânsito mais seguroCrédito: Banco de Imagens/BigstockMotociclistas devem ter atenção para evitar os pontos cegos dos carros, ônibus e caminhões
Uma das maiores frotas no trânsito das cidades, as motos fazem parte deste intenso microcosmo urbano que tem na intensa relação dos motociclistas com outros veículos, uma de suas principais características.
É por conta disso que se faz mais do que necessário cuidado redobrado na hora de circular nas vias. Entre as dicas para tornar mais gentil o dia a dia do motociclista, podemos destacar:
7 – O uso do farol aceso de noite e de dia. Pode parecer exagero, mas não é. Motoristas te veem muito melhor com o farol ligado;
8 – A atenção para evitar os pontos cegos dos carros, ônibus e caminhões. Quanto maior o veículo, maior esses pontos;
9 – Respeitar as ciclovias e ciclofaixas como lugares exclusivos para os ciclistas. Evitando acidentes desta forma;
Motoristas
Catraca Livre dá dicas de gentileza para tornar o trânsito mais seguroCrédito: Banco de Imagens/BigstockQuando um motorista te der passagem, sorria e agradeça
E pra fechar essa lista não poderia faltar, é claro, dicas para os motoristas. São as pessoas atrás dos volantes que tornam a segurança no trânsito possível e se você se atentar para estas quatro dicas, vai perceber o quanto é fácil promover essa mudança:
10 – Quando um motorista te der passagem, sorria e agradeça. O mesmo pode acontecer com você quando for a sua vez de retribuir essa gentileza;
11 – Dar passagem aos ciclistas não custa nada. Eles são ágeis e passam rapidinho! Isso não vai te atrasar;
12 – Sempre que possível, deixe espaço entre o seu e outros carros, para que os motociclistas possam mudar de faixa com mais agilidade;
13 – Não se esqueça das setas. Elas servem de sinal às pessoas que estão atravessando uma via sem semáforo para pedestres;
Agora que você já conhece algumas destas gentilezas, chegou a sua hora de colocá-las em prática. E se quiser conhecer muitas outras acesse o site www.transitomaisgentil.com.br.
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*Fonte: catracalivre
Vida que segue
Em tempos de pandemia por covid, distanciamento social e empatia para com o próximo, não tenho usado aqui o blog como uma ferramenta de divulgação ou incentivo para atitudes que venham a ser longe do ideal em termos de cuidados de saúde. Então tenho andado bem menos de moto do que andava antes e também não tenho feito fotos e nem divulgado por aqui os roteiros e lugares por onde andei. Mas como ficar trancado em casa também não é a melhor ou única solução, até mesmo para a saúde mental e espiritual – pegar a estrada de moto também é uma remédio e tanto. Faz um bem danado!
Hoje dei uma viajada por aí, fiz algumas fotos e vou postar abaixo. Nada de mais, apenas para dizer que a vida continua apesar dos pesares, dos cuidados da saúde e da adaptação aos novos tempos.
Somos todos imperfeitos
O poeta Manoel de Barros dizia que para entender a intimidade do mundo era preciso desinventá-lo.
Isso porque antes do alfabeto, das casas, das pessoas, o mundo foi feito de água, luz, árvores e depois lagartixas. Dar importância àquilo que achamos desimportante, talvez seja o primeiro passo para conhecer nossa intimidade e ela, na maioria das vezes, esconde-se em nosso avesso, onde nem tudo é perfeito. A descoberta é que dentro dessa possível imperfeição que somos há espaços vazios, abertos, feito janelas em dia de sol à espera do encontro mais importante de nossas vidas: aquele com nós mesmos.
Riscando sem medo
Foi isso que aconteceu com a Natália. Um dia, ela decidiu riscar sem medo de ferir o papel. Riscar sem medo de não ser aceita. Riscar e descobrir que, dentro da sua imperfeição, existia uma estética que, justamente por não se adequar aos padrões e às necessidades do que é perfeito, aceitou-se plena e imperfeita. Natália Bianchi, artista visual, vem conversar comigo numa manhã cinza e chuvosa. Logo me diz que não vê a chuva, apenas a ouve.
Natália tem uma doença rara que a faz ver apenas em preto e branco, a acromatopsia, além de ter entre 15 ou 20% de visão. Conta que as pessoas perguntam se ela não sente falta de ver o mundo de modo completo. Nessas horas, sorri e devolve a questão: “o que é ver o mundo completo e perfeito?”
Quando era criança, Natália não tinha consciência de que enxergava menos. Via o mundo com suas texturas e volumes. Muito depois, descobriu que não enxergava as formas e as cores. Então foi rotulada como sendo deficiente. “E ter uma deficiência é estar fora do padrão, é ser inútil”, diz ela, enquanto abre uma pasta com suas obras. São riscos, traços em aquarela e nanquim, que trazem para o papel o modo como vê. Suas criações são dotadas de distorções, movimentos e estranhamentos.
Uma experiência visual
Desacomodam o olhar acostumado a ver o mundo com linhas e contornos definidos. As bordas nos contém. “O perfeito encerra um traço que modela a imagem, eu trabalho com o caos e o acaso. Minha obra é mais afetada e afeta mais. Não sei se vejo o mundo diferente, sei que o vejo do meu jeito”. Natália trabalha com a estética da imperfeição e suas obras são uma experiência visual imperfeita. No início da carreira, criava quadros com elementos figurativos, que a maioria das pessoas gostam, porque são conhecidos, mas o problema é que eram desconhecidos para ela. Debatia-se com a questão: “por que dar forma àquilo que não tem forma para mim?”.
Seu segundo desafio na arte foram as cores. “Para uma pessoa que no máximo alcança os tons de cinza, como entender do que se trata a teoria das cores?”, brinca. Para não se apegar às regras, costuma riscar os nomes das cores nos tubos de tinta. Depois espalha pela paleta e pinta, livremente. “As cores nasceram sem nome para mim; por que agora que tenho consciência da minha doença eu iria me importar com isso?”. Da sua imaginação e liberdade brotam vermelhos, amarelos, azuis. Afinal, a visão é também um ato poético do olhar.
Criar pelo avesso
Foi quebrando regras, abandonando moldes e preferindo a desproporção que Ana Júlia Poletto descobriu-se uma ceramista do imperfeito e do “desútil”, termo muito presente na obra do poeta Manoel de Barros. Amassar a argila, não usar o torno e passar para a peça suas emoções e sentimentos a motivam a criar pelo avesso. Ana Júlia faz peças em cerâmica imperfeitas, que lembram as lunações do poeta Herberto Helder, as desutilidades de Manoel de Barros, os desassossegos de Fernando Pessoa, a coragem de Adélia Prado. “É preciso renascer e reconstruir para deixar o avesso à mostra”, diz Ana.
Para ela, o barro é visceral. Ao tocar nele, ela acredita que toca na vida, em si mesma, nos seus medos – e assim aprende a conhecê-los. Suas peças são irregulares, suas formas guardam silêncios e ressonâncias de mundos internos e distantes, suas texturas nos convidam ao toque. “Foi o barro que me ensinou como ele queria ser modelado e continua me ensinando que para aceitar o inacabado, o avesso, o imperfeito, é preciso motivação e intimidade.
Trabalhar com o barro é saber e aceitar que o processo é mais lento, que é preciso criar um vínculo com a matéria-prima e estar presente no momento da criação com mente e essência, sem se preocupar se ficará bonito no final”, acredita a artista, que para aceitar-se imperfeita e inacabada teve, primeiramente, que seguir em direção a si mesma.
Os vazios precisam existir
Para a psicoterapeuta Gilla Bastos, toda pessoa para viver em sociedade, pertencer a grupos e estar dentro dos padrões sociais aceitos acaba por esconder seu lado imperfeito. “Só que ele é a nossa parte mais humana”, afirma. Para ela, aceitar-se incompleto é também deixar os nossos vazios existirem, mas envoltos de afetos, de compreensão e de amor. “É na imperfeição que encontramos a nossa subjetividade. E é nas brechas do imperfeito que há espaço para a existência e o convívio com o outro”.
Aceitar a incompletude, afinal, faz de nós o que somos. Viver é confuso e dá medo dos quartos fechados dentro de nós. O escuro pode ser o nosso avesso. E, diferentemente do que passamos uma vida toda ouvindo, o avesso – ao contrário do lado perfeito e polido – guarda sua plenitude justamente por ser assimétrico e inacabado. A não linearidade abre brechas em que o encontro se torna possível, onde o outro pode se fazer presente. O imperfeito nos ensina a beleza da simplicidade e é ela que nos empurra para a transformação e o crescimento. Parafraseando Manoel de Barros, são os nossos olhos que renovam o mundo.
*Adriana Antunes é jornalista e agradece o universo por conhecer pessoas tão incríveis que a ajudam a aceitar-se como é, imperfeita e incompleta.
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*Fonte: vidasimples