Dia: 9 de setembro, 2020
Não é o amor que sustenta o relacionamento, é o modo de se relacionar que sustenta o amor
Amar é tão simples. As pessoas é que complicam, as pessoas é que idealizam demais e esquecem de viver a realidade que, por mais complicada que possa parecer, continua linda de viver. As pessoas se esquecem de que o amor precisa ser alimentado não com presentes e jantares caros. Não, o amor não precisa ser financiado para se manter.
O problema é que as pessoas se esquecem do chocolate favorito quando vão ao mercado, se esquecem de que aquela camiseta do Star Wars vai fazer o coração do outro bater mais forte e que o sorriso vai ser desenhado aos poucos em seu rosto como quem diz obrigada.
As pessoas se esquecem da cor favorita, da sobremesa preferida, se esquecem de que um filme de comédia romântica, em um final de tarde no domingo, faz bem. As pessoas se esquecem de elogiar aquele vestido novo, de dizer o quanto está linda naquele pijama velho que a deixa ainda mais bonita.
As pessoas se esquecem da importância de assistir um jogo de futebol com o parceiro, de gritar com ele quando o seu time faz um gol e de vibrar com os “quase” gols.
As pessoas se esquecem de tirar um tempo de qualidade para escutar o outro. As pessoas se esquecem de dar uma flor dessas que a gente rouba do quintal dos outros (risos). De elogiar o perfume novo e de dizer aos pés do ouvido o quanto ama esse alguém.
Não precisa de buquê no trabalho, não precisa levar para jantar em um restaurante caro, não precisa encher de joias, comprar presentes caros. Não precisa disso para manter a chama do amor acesa. Não é isso que faz pegar fogo.
Um beijo na testa faz o coração de qualquer mulher se acalmar, um abraço quando as coisas não estão bem faz com que a gente se sinta protegido e assistir aquele filme que o outro tanto quer, também sabe agradar.
Beijos ao pé da orelha causam arrepios e o toque sincero faz o corpo balançar. O problema é que as pessoas são intensas demais no começo de um relacionamento e fazem de tudo para conquistar o outro, mas não sabem como lidar com todo o sentimento que, às vezes – na maioria das vezes – parece não caber dentro da gente.
E aí vem os inúmeros presentes, os inúmeros agrados, os inúmeros elogios e depois de um tempo, a insegurança vai embora e a gente se esquece de que é preciso conquistar todos os dias. Mas isso, ao contrário do que muita gente pensa, não é um fardo, obrigação e está longe de ser um sacrifício.
É a simplicidade que emociona, é o beijo de bom dia, é o “sonhei com você”, é o elogio sincero e inesperado, é o cuidado, é fazer aquele mousse de maracujá, preparar uma janta em casa mesmo e dizer: “Só tinha ovos, fiz um omelete delicioso pra nós dois. Espero que goste”. Um recado deixado no meio dos seus livros é o suficiente para fazer o nosso coração sorrir.
Vai, manda um SMS no meio da tarde dizendo que não consegue parar de pensar nele, compra o seu chocolate favorito e aparece de surpresa. Vai, compra uma rosa – não um buquê- e deixa um bilhete dizendo o quanto você a ama.
Não deixe cair na mesmice, continue fazendo aquele belo sorriso brotar, aqueles lindos olhos brilharem. Vai, continua fazendo aquele corpo balançar com o teu toque. Vai, mantém essa chama acesa e deixe incendiar. O amor se alegra com a simplicidade e são as pequenas coisas que fazem o nosso coração sorrir sem medo, como quem tem alguém ao seu lado querendo fazer morada.
*Por Thamilly Rozendo
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*Fonte: resilienciamag
Por que a tecnologia 5G representa um novo perigo para a vida?
Em que sentido representa a tecnologia 5G um perigo à vida? Para isso devemos conhecer, com antecedência, no que consiste a nova tecnologia 5G e seus componentes.
Apresentamos o desenvolvimento do tema, com o objetivo de colocar os cidadãos em alerta sobre os riscos à saúde e o que significam as novas tecnologias, principalmente a chamada 5G.
O artigo é de Mario Enrique de León, sociólogo, professor na Universidade do Panamá, publicado por ALAI, 04-06-2019. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
Muitas vezes escutamos pelos meios de comunicação as bondades que podem nos trazer as redes sem fios 5G em matéria de comunicação e transmissão de dados. Fazem alusão a quantos filmes ou músicas poderão baixar os usuários de internet em milésimos de segundo ou com quantos usuários poderão estar interconectados simultaneamente por videoconferências sem que estas caiam ou se distorçam.
As discussões midiáticas discorrem entre o banal e o promissor que a tecnologia 5G pode ser para resolver tarefas cotidianas e as novas possibilidades de negócios especuladores na rede. No entanto, poucos explicam no que consiste essa nova tecnologia em desenvolvimento, enquanto aos seus componentes que a configuram, e como poderia afetar os organismos vivos. Isso tem uma explicação muito simples: grupos econômicos (Verizon, AT&T, T-Mobile, Sprint, Huawei, China Mobile, China Telecom, China Unicom), com o apoio de governos (EUA e China) e agências de segurança (CIA, NSA) desenvolvem essa tecnologia sob segredo estrito.
Dentro dessas possibilidades, efeitos e consequências que possam provocar a implementação da tecnologia 5G nos organismos vivos como também os possíveis usos alternativos (controle e vigilância) que darão a essa. Ademais, essas empresas de telecomunicação são grandes pautadoras dos meios de comunicação e importantes doadoras a centros de pesquisa científica. Essas razões explicam o nulo debate a respeito.
Sem nenhuma dúvida a tecnologia 5G representa um lucrativo negócio para esses grupos econômicos aliados aos governos dos EUA e China. Explica Elizabeth Woyke (2019), no MIT Technology Review, que o desenvolvimento da tecnologia 5G é, de fato, operada como política de governo. Nesse sentido, o governo da China em seu décimo terceiro plano quinquenal descreve a tecnologia 5G como uma indústria estratégica emergente e uma nova área de crescimento.
Ademais, em seu plano Made in China 2025 descreve como objetivo do país tornar-se em um líder de fabricação global. Ademais, promete fazer os avanços na comunicação móvel da 5G. Enquanto, em contrapartida, os EUA bloquearam a empresa chinesa Huawei alegando que essa representava um suposto perigo para sua segurança nacional. Esse último confirma que em ambas potência o desenvolvimento da tecnologia 5G são políticas de governo. Entre os negócios em disputa estão a instalação da infraestrutura 5G a nível mundial e sua manutenção, a fabricação dos equipamentos necessários para essa infraestrutura, o desenvolvimento de aplicativos – como fizeram as corporações do Vale do Silício com a tecnologia 4G (Youtube, Uber, Alibaba, Facebook, Waze, etc) – e a fabricação massiva de produtos com capacidade de se conectar à infraestrutura 5G (a internet das coisas).
Esse último inclui desde um relógio ou cafeteira até um maquinário industrial ou equipamentos de cirurgias em um centro médico especializado. De maneira que a magnitude do negócio projetado não tem antecedentes no processo de acumulação do capital dos últimos 200 anos, e por tais motivos, se excluem do panorama público as críticas que podem persuadir a audiência dos possíveis efeitos negativos. Porém, em que sentido representa a tecnologia 5G um perigo à vida? Para isso devemos conhecer, com antecedência, no que consiste a nova tecnologia 5G e seus componentes.
A reposta em termos simples nos brinda Knight (2019), no MIT Technology Review, da seguinte maneira: “as redes sem-fio 5G são uma variedade de tecnologias de rede destinadas a trabalhar conjuntamente para conectá-la a tudo” através de dois intervalos de frequências diferentes. Uma delas é a frequência utilizada pelas redes 4G e Wifi. A outra é uma milimétrica, de maior velocidade a sua predecessor, porém transmitem em intervalos mais curtos. Esse último intervalo de frequência milimétrica necessita de uma superlativa densidade de transmissores por metros quadrados. Isso dará passe a uma multiplicidade de pequenos transmissores – por metros quadrados – em todas as cidades com tecnologia 5G. Esses enjambres de transmissores estarão compostos por uma tecnologia conhecida como MIMO massivo (múltipla entrada, múltipla saída), a qual permitirá o funcionamento simultâneo dos transmissores para alcançar a velocidade esperada pelos desenvolvedores das redes sem-fio 5G (20gb por segundo).
Ademais, da outra tecnologia, conhecida como duplex completo (full dúplex), que permitirá aos transmissores e aos dispositivos (celulares, computadores, etc.) enviar e receber dados na mesma frequência. Não obstante, essa multiplicidade de transmissores será perigosa para todos os organismos vivos expostos à saturação da radiação de radiofrequências.
Existe uma base científica de mais de 10 mil pesquisas referentes à associação de enfermidades cardíacas, e entre outras como o câncer, com a contaminação eletromagnética, segundo o chamamento internacional para deter a implementação da rede 5G na terra e no espaço organizado pela International Appeal. A exposição permanente (24hrs) de níveis de radiação de radiofrequências, centenas de vezes maiores às atuais, provocará efeitos graves em todos os organismos vivos e em seus respectivos ecossistemas.
A tecnologia 5G ademais de conectar e permitir a comunicação ubíqua entre os seres humanos e suas organizações também conectará a todos os objetos (automóveis, lavadoras, micro-ondas, maquinários, câmeras de vigilância, etc.), coroando assim, a internet das coisas e configurando as chamadas cidades inteligentes – smart cities. Isso conformará um campo eletromagnético, de enorme potência, que afetará diretamente “as fracas ondas eletromagnéticas que caracterizam os voos dos insetos, por exemplo, porém interferirão também emissões de corpos vivos de maior tamanho, incluídos os nossos… numerosas publicações científicas tem demonstrado que os Campos Eletromagnéticos – CEM afetam os organismos vivos (não somente aos humanos) em níveis muito abaixo da maioria das diretrizes internacionais e nacionais, cujos efeitos incluem maior risco de câncer, estresse celular, aumento de radicais livres danosos, danos genéticos, mudanças estruturais e funcionais do sistema reprodutivo, déficit de aprendizagem e memória, transtornos neurológicos e impactos negativos no bem-estar geral dos seres humanos” (Sabini, 2019).
Entretanto, apesar da ampla documentação sobre os possíveis efeitos negativos dos campos eletromagnéticos sobre os organismos vivos, estão prevalecendo os interesses privados – que gera a tecnologia 5G – sobre os coletivos. Nesse caso, a vida do planeta corre perigo, sobretudo a nossa, em meio a um contexto acelerado de mudança climática, produto de nossas próprias atividades, porém singularmente pelas geradas pelo processo de acumulação privado.
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*Fonte: ihu-unisinos