Dia: 19 de novembro, 2020
Diabetes: 5 principais sinais de que você pode ter a doença
Doença crônica atinge cerca de 463 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais 13 milhões são brasileiras
Causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que ajuda a transformar a glicose em energia a diabetes é uma doença que provoca altos níveis desse açúcar no sangue. Com o tempo, esse excesso de glicose causa danos significativos à saúde do paciente: se não tratada, aumenta o risco de morte por doença cardiovascular, doença renal e câncer. É também uma das principais causas de amputações não traumáticas de pernas e pés, além de cegueira. Em grávidas, há risco de morte fetal.
Para chamar a atenção e simbolizar o combate à doença, que afeta cerca de 463 milhões de pessoas em todo o planeta entre as quais 13 milhões são brasileiros, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu o dia 14 de novembro como Dia Mundial do Diabetes. No ano passado, cerca de 4,2 milhões de pessoas morreram em decorrência da doença e de suas complicações. E, este ano, a pandemia de Covid-19 escancarou ainda mais a vulnerabilidade das pessoas com diabetes: diabéticos têm o dobro de risco de complicações ou mesmo morte por causa da doença.
Existem dois tipos da doença, o tipo 1 é considerado uma doença crônica, não transmissível e hereditária, que representa cerca de 10% do total dos diabéticos e afeta principalmente crianças e adolescentes. Ela ocorre quando as células de defesa do corpo atacam o pâncreas e interferem na produção de insulina.
O tipo mais comum, porém, é o 2, que é quando o corpo não consegue aproveitar totalmente a insulina. Na maioria dos casos, afeta quem tem mais de 40 anos, leva uma vida sedentária, apresenta sobrepeso e tem maus hábitos alimentares. Um dos maiores problemas é que esta é uma doença silenciosa, por isso é importante ficar atento aos primeiros sintomas.
Veja os 5 principais:
Fome constante
Como o organismo está com dificuldade de transformar o açúcar em energia, o corpo passa a pedir mais alimento, daí a sensação de fome constante.
Vontade de fazer xixi várias vezes ao dia
Pelo fato de haver um alto nível de açúcar no sangue, o rim começa a trabalhar mais para tentar equilibrar a situação. Isso resulta em mais idas ao banheiro para expelir todo o excesso de açúcar que não conseguiu ser transformado pela insulina.
Sentir sede com muita frequência
Por ir mais vezes ao banheiro, o paciente desidrata mais rapidamente, por isso a sede.
Perda de peso
Como o corpo deixa de obter energia através da alimentação, ele passa a recorrer às reservas estocadas, como a gordura. O resultado é uma perda de peso repentina e inesperada.
Fraqueza e cansaço
O corpo também passa a ter dificuldades em repor a demanda de energia para realizar atividades cotidianas, o que provoca a sensação de fraqueza e cansaço.
*Por Marilia Marasciulo
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*Fonte: revistagalileu
Como papagaios conseguem falar como os seres humanos
Muitos animais – incluindo focas, golfinhos e morcegos – são capazes de se comunicar vocalmente. Mas papagaios estão entre os poucos que podem imitar, de forma espontânea, membros de outras espécies.
E um estudo conseguiu identificar a região do cérebro que permite que isso aconteça – uma região também envolvida no controle do movimento. A descoberta pode explicar por que os papagaios, assim como nós, podem dançar e falar.
Sabemos que pássaros que conseguem cantar, incluindo papagaios, possuem centros no seus cérebros capazes de apoiar as vocalizações.
Mas, exclusivamente nos papagaios, existem áreas ao redor desses centros, chamadas de ‘conchas’. Em volta das conchas existe uma terceira região que dá apoio ao movimento.
Essa estrutura é compartilhada por vertebrados, mas o sistema das ‘conchas’ é único. Para compreendê-lo, foi analisada a expressão dos genes nesses caminhos em nove espécies diferentes de papagaios. Cientistas focaram em 10 genes que sabemos ser mais ativos nas regiões cerebrais de pássaros envolvidas com o canto.
Quando comparados com outros pássaros, os papagaios exibem um padrão complexo de expressão genética em todas as três partes de seus cérebros.
Isso significa que a maior parte do aprendizado vocal específico de papagaios, como a imitação, deve estar acontecendo nas regiões da concha e naquelas que controlam seus movimentos.
Isso é surpreendente, já que pesquisas anteriores assumiram que apenas os centros estariam envolvidos no aprendizado vocal – e que as conchas não tinham nada a ver com a fala.
Minha própria pesquisa mostrou que as conexões entre as regiões cerebrais que controlam capacidade cognitiva, de fala e motora nos humanos.
Os pesquisadores também examinaram pássaros canoros e descobriram que as regiões das conchas eram, de fato, exclusivas de papagaios. No entanto, novas pesquisas precisarão esclarecer o mecanismo envolvido na imitação.
O jogo da imitação
No sistema de concha observado em várias espécies de papagaio sugerem que a habilidade de vocalização evoluiu há 29 milhões de anos atrás. Em comparação, essa é mais ou menos a época em que os ancestrais de humanos se diferenciaram de outros primatas.
A hipótese dos cientistas é que a estrutura de concha evoluiu depois dos centros envolvidos no canto terem sido duplicado no cérebro, com as conchas desenvolvendo novas funções – como a imitação.
Então estudar essas estruturas em papagaios pode nos ajudar a identificar outras duplicações misteriosas que podem ter levado ao desenvolvimento de novas funções no cérebro humano.
Apenas papagaios, humanos e outros tipos de pássaro podem imitar o som de outras espécies. O fato que espécies tão diferentes, como pássaros e humanos, compartilham esse comportamento é um exemplo de evolução de convergência, na qual duas espécies, independentemente, evoluem estruturas relacionadas a comportamentos similares.
A imitação requer uma capacidade cerebral complexa e significativa. Por exemplo, a informação acústica precisa ser representada, sua organização precisa ser decodificada e, só depois, o som é reproduzido.
A especialização complexa do centro, da concha e do sistema motor nos papagaios apoiam os processos de imitação, permitindo que essas espécies juntem informações auditivas sobre o ambiente com os comportamentos necessários para reproduzí-las.
Por enquanto, não temos evidências que os papagaios tenham qualquer tipo de articulação extra para produzir sua fala. Mas os seus cérebros parecem fazer o trabalho extra.
*Por Davson Filipe
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*Fonte: realidadesimulada