Dia: 2 de dezembro, 2020
Dispositivo dispensa fones e cria “bolha” de som ao redor dos ouvidos
É o que afirma a empresa Israelense que irá lançar o produto: a nova tecnologia poderá transmitir som de forma isolada para os ouvidos sem a necessidade de fones. De acordo com os desenvolvedores, o produto estará disponível para compra pública até o Natal de 2021.
“Bolha” de som
O dispositivo, chamado SoundBeamer, é da empresa de sistemas de som Noveto Systems. Conforme consta no site da empresa – em um convite para “ouvir o futuro” – a tecnologia é inovadora e poderá ser a tendência em alguns anos.
A empresa estreou o produto em 13 de novembro e afirma que a tecnologia vai transformar a forma como experimentamos o áudio. A tecnologia poderá ter uso em filmes, jogos, experiências musicais, entre outros.
No entanto, Noveto acredita que o novo produto será revolucionário para o uso doméstico e no ambiente de escritório.
A expressão “bolha” de som é devido ao funcionamento do dispositivo, que isola o som do usuário sem a necessidade de fones. Seria, portanto, de fato como uma bolha sonora.
Com o isolamento, evita-se que o som perturbe as pessoas ao redor. Tal feito poderá ter grande aplicação nos ambientes de trabalho, por exemplo.
E como funciona?
A tecnologia de direcionamento sonoro não é nova; as chamadas ondas ultrassônicas difratam menos do que as ondas acústicas normais, permitindo que o som se direcione para locais mais precisos. É assim que se consegue o direcionamento de som no novo dispositivo.
Mas a novidade é que, no novo aparelho, a geração dessas ondas se dá usando algoritmos de processamento digital de sinais. A eletricidade se converte em vibrações de ultrassom, que são direcionadas por um sensor 3D, e, por fim, convertidas em ondas acústicas.
O sistema conta com sensores que localizam os ouvidos do usuário. Assim, define-se a área onde ficará a “bolha” de som. Com ondas ultrassônicas, direciona-se então o som para convergir ao redor dos ouvidos, criando uma experiência sonora 3D – que somente o usuário pode ouvir.
Além disso, o dispositivo pode rastrear a sua cabeça enquanto você ouve, para evitar interrupções caso haja algum movimento.
De acordo com a gerente de produtos da Noveto, Ayana Wallwater, ouvir o dispositivo seria uma sensação de total imersão. “Ele segue você aonde quer que você vá”, de acordo com Wallwater.
O que ainda precisa melhorar
De acordo com a empresa, como todas as novas tecnologias, o SoundBeamer não é perfeito. Em algumas situações, outra pessoa fora da “bolha” poderá ouvir um pequeno nível de ruído vindo do dispositivo.
O usuário também precisa de um alinhamento bem exato de sua cabeça com os alto-falantes, sem qualquer obstrução no caminho entre eles e suas orelhas. Se algum desses fatores falhar, o SoundBeamer provavelmente não funcionará. Isso, infelizmente, impossibilita o uso em momentos em que há mais movimentos, como numa corrida.
*Por Matheus Gouveia
……………………………………………………………………………………..
*Fonte: socientifica
Fender foi salva pelas vendas inesperadas de 2020, diz CEO, que revela faturamento
A pandemia do novo coronavírus trouxe, curiosamente, um fôlego extra para o mercado de instrumentos musicais em 2020. A Fender, uma das principais fabricantes de guitarra do mundo, não esconde que foi beneficiada pelas restrições causadas pela Covid-19, o que resultou no aumento das vendas.
Com a população mundial sem poder sair de suas casas, a não ser para atividades essenciais, foi necessário encontrar outras formas de se distrair e passar o tempo. O triste contexto causado pela pandemia acabou aproximando muita gente dos instrumentos musicais.
O aumento nas vendas em 2020 serviu como “alívio” para as empresas do segmento, que enfrentavam dificuldades financeiras devido à redução no interesse em seus produtos. A Fender era uma delas, conforme dito por seu CEO, Andy Mooney, em entrevista ao Business Insider.
“Estávamos olhando para a beira de um abismo. Passamos por licenças e reduções salariais. Fizemos de tudo para garantir que teríamos dinheiro o suficiente”, afirmou, citando como era a situação da Fender antes da pandemia.
2020, o melhor ano da Fender
O aumento nas vendas após o problema sanitário em âmbito mundial foi visível. Andy Mooney já havia revelado em outra entrevista anterior, ao ‘The New York Times’, que a Fender teria em 2020 seu “maior ano de volume de vendas em sua história”.
O Business Insider foi além e revelou números: a expectativa da Fender é fechar 2020 com US$ 700 milhões em faturamento, o que supera em US$ 100 milhões o balanço de 2019.
“Os pedidos começaram a chegar. Os revendedores começaram a dizer que os negócios estavam muito bons. A gente se beneficiou mais do que a maioria. Jamais caracterizaria isso como algo bom, mas mudou nosso pensamento sobre o futuro”, afirmou Andy Mooney.
Sucesso do Fender Play
O Fender Play, aplicativo com aulas de instrumentos como guitarra, baixo e ukulele, também está se destacando em 2020. Os 150 mil cadastros obtidos até o fim de março se multiplicaram para 930 mil, conforme Andy Mooney revelou antes ao ‘The New York Times’.
O público do app é, majoritariamente, jovem: 70% dos usuários têm menos de 45 anos e 20%, menos de 24. Além disso, a parcela de mulheres também é notável: de 30%, elas se tornaram 45% na ferramenta de aprendizado de instrumentos.
*Por Igor Miranda
…………………………………………………………………………………….
*Fonte: guitarload