Ensine as crianças a pensar não o que pensar

Um professor sufi tinha o hábito de contar uma parábola ao final de cada aula, mas os alunos nem sempre entendiam a mensagem dela.

– Professor – um de seus alunos disse desafiadoramente um dia – você sempre nos conta uma história, mas nunca explica seu significado mais profundo.

– Peço desculpas por ter realizado essas ações – o professor pediu desculpas – me permita reparar o meu erro, vou lhe oferecer meu delicioso pêssego.

– Obrigado professor.

– No entanto, gostaria de lhe agradecer como merece. Você pode me deixar descascar o pêssego?

– Sim, muito obrigado – o estudante ficou surpreso, lisonjeado com a gentil oferta do professor.

– Você gostaria que, já que eu tenho a faca na minha mão, eu corte em pedaços para ficar mais confortável para você?

– Eu adoraria, mas eu não gostaria de abusar da sua generosidade, professor.

– Não é um abuso se eu ofereço a você. Eu só quero agradar você em tudo que puder. Deixe-me mastigar antes de dar a você também.

– Não professor, eu não gostaria que você fizesse isso! – o aluno reclamou surpreso e aborrecido.

O professor fez uma pausa, sorriu e disse:

– Se eu explicasse o significado de cada uma das histórias para meus alunos, seria como dar-lhes a comer frutas mastigadas.

Infelizmente, muitos professores e pais acham que é melhor dar às crianças frutas cortadas e mastigadas perfeitamente. Na verdade, a sociedade e as escolas estão estruturadas de tal forma que se focam mais na transferência de conhecimentos, de verdades mais ou menos absolutas, que em ensinar as crianças a pensar por si mesmas e tirar suas próprias conclusões.

Os pais, educados neste esquema, também o repetem em casa, já que todos nós temos a tendência de reproduzir com nossos filhos as diretrizes educacionais que eles usaram conosco, embora nem sempre estejamos conscientes disso.

Entretanto, ensinar uma criança a acreditar cegamente em supostas verdades sem questioná-las, ensiná-las sobre o que pensar implica tirar delas uma de suas habilidades mais valiosas: a capacidade de se autodeterminar.

Educar não é criar, mas ajudar as crianças a criarem a si mesmas

A autodeterminação é a garantia de que, se escolhermos o que escolhemos, seremos os protagonistas de nossas vidas. Nós podemos cometer erros. De fato, é muito provável que o façamos, mas aprenderemos com o erro e continuaremos em frente, enriquecendo nosso kit de ferramentas para a vida toda.

Educar não é criar, senão ajudar as crianças a criarem a si mesmas

A autodeterminação é a garantia de que, se escolhermos o que escolhemos, seremos os protagonistas de nossas vidas. Nós podemos cometer erros. De fato, é muito provável que o façamos, mas aprenderemos com o erro e continuaremos em frente, enriquecendo nosso kit de ferramentas para a vida toda.

Do ponto de vista cognitivo, não há nada mais desafiador do que problemas e erros, já que eles não apenas exigem esforço, mas também um processo de mudança ou adaptação. Quando enfrentamos um problema, todos os nossos recursos cognitivos são colocados em ação e, muitas vezes, essa solução implica uma reorganização do esquema mental.

Portanto, se em vez de dar verdades absolutas às crianças, colocamos desafios para elas pensarem, estaremos fortalecendo a capacidade de observar, refletir e tomar decisões. Se ensinarmos as crianças a aceitar sem pensar, essa informação não será significativa, não produzirá uma grande mudança em seu cérebro, mas será simplesmente armazenada em algum lugar em sua memória, onde gradualmente desaparecerá.

Pelo contrário, quando pensamos em resolver um problema ou tentamos entender o que estamos errados, há uma reestruturação que dá origem ao crescimento. Quando as crianças se acostumam a pensar, questionar a realidade e encontrar soluções para si mesmas, elas começam a confiar em suas habilidades e encaram a vida com maior segurança e menos medo.

As crianças devem encontrar seu próprio jeito de fazer as coisas, devem conferir significado ao seu mundo e formar seus valores centrais.

Como conseguir isso?

Uma série de experimentos desenvolvidos na década de 1970 na Universidade de Rochester nos dá algumas pistas. Esses psicólogos trabalharam com diferentes grupos de pessoas e descobriram que as recompensas podem melhorar a motivação e a eficácia até certo ponto quando se trata de tarefas repetitivas e chatas, mas podem ser contraproducentes quando se trata de problemas que exigem reflexão e compreensão. pensamento criativo

Curiosamente, as pessoas que não receberam prêmios externos obtiveram melhores resultados na resolução de problemas complexos. De fato, em alguns casos, essas recompensas fizeram com que as pessoas procurassem atalhos e assumissem comportamentos antiéticos, já que o objetivo não era mais resolver o problema, mas obter a recompensa.

Esses resultados levaram o psicólogo Edward L. Deci a postular sua Teoria da Autodeterminação, segundo a qual motivar pessoas e crianças a dar o seu melhor, não é necessário recorrer a recompensas externas, mas apenas fornecer um ambiente adequado. que atenda a esses três requisitos:

1. Sentir que temos certo grau de competência, para que a tarefa não gere uma frustração e ansiedade exageradas.

2. Desfrutar de um certo grau de autonomia, para que possamos procurar novas soluções e implementá-las, sentindo que temos controle.

3. Manter uma interação com os outros, para se sentir apoiado e conectado.

Finalmente, encorajo-vos a desfrutar deste curta da Pixar, que se refere precisamente à importância de deixar as crianças encontrarem o seu próprio caminho e não lhes darem respostas e soluções predeterminadas.

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*Fonte: pensarcontemporaneo

‘WhatsApp é invasivo e Facebook, um abutre de dados’, afirma professora de Oxford

As informações pessoais que concordamos em fornecer a um aplicativo podem ser vendidas a centenas ou milhares de empresas — e até mesmo acabar na “dark web”.

Embora a magnitude dessa “economia de dados” não seja algo amplamente conhecido, a verdade é que há cada vez mais alertas e reclamações sobre os abusos das plataformas virtuais em relação à nossa privacidade.

Um exemplo disso foi a onda de críticas ao WhatsApp ao anunciar que compartilharia as informações de seus usuários com o Facebook. Esse fato fez com que seus concorrentes Signal e Telegram, que dizem ser mais seguros, fossem baixados massivamente.

Diante da reação negativa, o WhatsApp anunciou que o início do compartilhamento de dados seria adiado de 8 de fevereiro, conforme divulgado no começo de janeiro deste ano, para 15 de maio de 2021.

Professora de Oxford e especialista em privacidade e proteção de dados, Carissa Véliz argumenta que a mudança no WhatsApp é bastante invasiva. Porém, ela afirma que o verdadeiro “abutre dos dados ” é o dono do aplicativo de mensagens: o Facebook.

Autora do livro “Privacy is Power” (“A privacidade é um poder”), Véliz conversou com a BBC Mundo (serviço em espanhol da BBC) sobre a proteção de dados na atualidade.

Abaixo, leia a entrevista com a estudiosa:

BBC Mundo – Qual a importância das mudanças anunciadas pelo WhatsApp?

Carissa Véliz – À primeira vista, não parecem mudanças tão radicais. Porém, o que o WhatsApp planeja fazer é um ato bastante invasivo.

Para entender o contexto, é importante lembrar que o Facebook comprou o WhatsApp em 2014 e, na época, prometeu que as duas empresas não compartilhariam dados.

Em 2016, porém, houve uma mudança na postura e o Facebook decidiu que os usuários poderiam decidir se compartilhariam as informações entre as plataformas ou não. Agora, decidiram que não haverá mais oportunidade para rejeitar o compartilhamento de dados: se não aceitar a condição, não poderá mais usar o WhatsApp. Por isso acredito que o público reagiu.

Em primeiro lugar, porque são medidas bastante intrusivas. Alguns dos metadados podem ser usados para identificar as pessoas. Nisso, quero dizer que terão acesso a seu número de telefone, os números dos seus contatos, as fotos do seu perfil e quando você esteve online pela última vez. Além de dados relacionados à situação da bateria do seu celular e sobre o uso do aparelho.

Em segundo lugar, é um lembrete de quão autoritárias essas empresas são. Elas te apresentam condições de uso que estão mudando o tempo todo. E depois que usar o aplicativo por anos, te dizem “tudo ou nada”; entrega os seus dados ou não pode mais usar a plataforma, perdendo suas mensagens e seus contatos que cultivou com a gente durante muito tempo.

Depois de tantas promessas quebradas e tantas mentiras e escândalos, os usuários estão fartos de serem explorados dessa forma, de não serem tratados com respeito e não poderem negociar. Por isso, acredito que a resposta às mudanças do WhatsApp foi tão negativa.

BBC Mundo -Quanto o WhatsApp e o Facebook podem saber sobre um usuário? Até que ponto eles podem traçar o perfil de uma pessoa com os dados que possuem dela?

Véliz – Tudo depende do quanto a pessoa usa o aplicativo e quantas informações fornece sobre si. Porém, é possível inferir respostas a todos os tipos de questões. Por exemplo, quem são os seus amigos, quem são os seus familiares ou quem é o seu parceiro.

A partir dos dados é possível inferir aspectos como a orientação sexual, tendências políticas, o quão bem a pessoa dorme, se é alguém que levanta no meio da noite para ver as suas mensagens, a sua saúde e os seus interesses. Até mesmo seus vícios ou se você tem alguma doença.

BBC Mundo – Em seu livro mais recente, você fala que existem os “abutres de dados”. Como eles funcionam?

Véliz – São essas empresas que se dedicam a vender os registros das pessoas pelo preço mais alto. Em particular, os corretores de dados (“data brokers”, em inglês) que buscam conseguir elementos como o que a pessoa compra, o que pesquisa online, as suas contas em redes sociais, as doenças que possui, os seus rendimentos, as suas dívidas ou o carro que utiliza. Ou seja, todos os tipos de informações.

Depois de conseguir esses dados, os corretores os comercializa a quem queira comprar. Podem ser seguradoras, bancos, possíveis empregadores, ou, em algumas situações, até mesmo governos, como o dos Estados Unidos.

Esses “abutres de dados” também são empresas de marketing. Ninguém quer ver anúncios de coisas nas quais não tem interesse, por isso buscam mostrar anúncios personalizados.

Parece inocente, mas essa prática é muito mais perversa do que isso. Imagine que você entra em qualquer página da internet que tenha anúncios e, enquanto a página está carregando, são fornecidas em tempo real informações com seus dados para centenas de empresas que podem querer te mostrar um anúncio sem que você tenha consentido. Essas suas informações que são vendidas podem incluir aspectos muito sensíveis como o poder aquisitivo, a localização, a orientação sexual ou política e suas dívidas.

Todo esse pacote que chega a centenas de empresas com as suas informações fica guardado e cada um dos donos dessas informações pode vendê-las a outras empresas. E se houver uma violação ou invasão virtual, esses dados podem terminar na “dark web” (área da internet de pouco controle) para serem vendidos a qualquer pessoa.

Eu considero o Facebook como um “abutre de dados” porque é uma empresa que, basicamente, ganha dinheiro a partir da exploração das informações pessoais dos usuários.

BBC Mundo – Quanto isso afeta os usuários da internet?

Véliz – Nos afeta de forma invisível e isso é parte do problema. Não é algo tangível, mas pode ter efeitos catastróficos.

Por exemplo, é possível que amanhã peçamos um empréstimo e que o banco não aceite por algum detalhe que está nesses registros que estão à venda. E é possível que esses dados estejam incorretos ou desatualizados. E nunca vamos saber, porque nunca é explicado a você com base em quais informações essa decisão foi tomada. E não saberemos o que pode ser feito para revertê-la.

É bem possível que te impeçam de pegar um empréstimo, conseguir um emprego, comprar um apartamento… e você nunca vai descobrir o porquê.

Outro dos efeitos mais perniciosos da personalização de conteúdos e anúncios é a polarização. As pessoas gostam de ver aquilo que confirma suas piores suspeitas e, muitas vezes, é uma informação incorreta. Em vez de haver uma esfera pública na qual todos podem debater, cada um vê uma realidade a partir de seu perfil psicológico.

Na campanha de Trump, por exemplo, em vez de haver cinco ou seis anúncios para que todas as pessoas vissem, havia seis milhões de anúncios diferentes para os distintos perfis identificados. Isso significa que não existe um diálogo saudável entre perspectivas diferentes.

BBC Mundo – O que os países podem fazer para proteger os dados de seus cidadãos?

Véliz – Primeiro você tem que encerrar a economia de dados. As informações pessoais não deveriam ser algo que pode ser vendido ou comprado. Mesmo as sociedades mais capitalistas estão de acordo que há coisas que deveriam estar fora do mercado, como os votos ou as próprias pessoas, por exemplo.

Precisamos elevar muito os padrões de segurança cibernética e isso pode passar através de uma regulamentação. No momento, a internet é construída de forma muito insegura, em partes para promover a coleta de dados e também porque não há incentivos para melhorá-la.

Também falta um esforço diplomático. Precisamos de uma aliança comum que possa fazer frente a países como a China ou a Rússia, que têm muito pouco respeito à privacidade.

BBC Mundo – Será possível recuperar a internet ou é uma batalha perdida?

Véliz – Eu sou bastante otimista. Anos atrás, quando comecei a trabalhar com privacidade, todo o mundo pensava que era um tema morto, mas hoje é mais relevante do que nunca.

Anos atrás ninguém pensava que o GDPR (Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia, em português) seria possível e, embora seja seja muito imperfeito, é um marco histórico.

No passado, prejudicamos muitas coisas importantes, como a camada de ozônio. Nos demos conta de que estávamos a destruindo e agora, com regulamentação e esforço, ela está se recuperando. Outros exemplos que antes eram inimagináveis são o sufrágio universal, os direitos trabalhistas, a jornada de oito horas e as férias.

Neste momento, a internet é como o velho oeste e estamos passando por um processo civilizatório no qual temos que torná-la mais habitável.

*Por Boris Miranda

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*Fonte: bbc-brasil

Fingir que está tudo bem, quando não está, é um costume destrutivo. Entenda!

Muitas vezes, somos pressionados pelo nosso grupo social a fingir que estamos bem o tempo todo, mas essa é uma prática que pode desencadear ansiedade e fuga da realidade.

Já percebeu como dizemos o tempo todo que estamos bem? Basta cruzarmos com um conhecido na rua, que a resposta já vem pronta:
“Tudo bem?”
“Sim, tudo ótimo!”

Mas será que está tudo tão bem assim? Talvez seja o momento de parar de fingir que as coisas estão bem e aceitar os sentimentos e sensações que a vida proporciona, buscando uma conexão interna mais profunda.

Hoje em dia, é quase um acordo implícito fingir que a vida está maravilhosa, mesmo quando, na verdade, ela não está. Pode ser uma forma de afastar as pessoas, mantê-las bem longe dos sentimentos que todos consideram ruins, mas também pode ser uma maneira de nos afastar dos nossos problemas. Já pensou nisso?

Claro que é muito mais simples afirmar que está tudo bem, tudo leve e tranquilo. As pessoas não vão questionar, você não vai precisar se justificar e a vida segue como sempre, cada um no seu caminho.

Mas a ideia de se forçar a manter essa postura impecavelmente positiva também pode trazer prejuízos para a saúde. Uma pesquisa realizada pelo American Psychological Association mostra que, quanto mais fingimos um sentimento que não temos, maiores os níveis de estresse e ansiedade desencadeados no nosso organismo.

Desde muito pequenos, aprende-se que fingir naturalidade ao responder que está tudo bem é a forma correta de se encarar a vida. Essa socialização do indivíduo, partindo da óptica de manter uma positividade inexistente e intangível, faz com que, na sua fase adulta, isso se torne uma regra, uma lógica da qual não se foge nem se questiona.

Ao afirmar que a vida está boa, tapeamos também o nosso inconsciente. Dizer que está tudo bem apenas força uma realidade que talvez não seja tão simples de alcançar. É mais simples não incomodar os outros com problemas pessoais, é mais rápido também, ninguém precisa parar para ouvir tanta reclamação da vida do outro.

Para se viver em sociedade, é necessário lembrar que existe uma premissa básica: a relação com o outro.

Quando deixamos os sentimentos de lado, estamos suprimindo a evolução dos relacionamentos interpessoais, afinal ninguém quer provocar tristeza no outro ou um debate acalorado, em que ambos saem nervosos e irritados. Também é difícil reconhecer o erro, já que nenhuma pessoa fala exatamente aquilo que sente, pois a nossa sociedade não permite isso. Existem códigos de conduta para lidar com as pessoas no dia a dia, e essas regras invisíveis acabam ditando a forma como se deve viver e expressar seus sentimentos.

É um exercício complicado. Se todos são pontuais ao dizer que estão bem, quem quer se destacar no meio da multidão como a pessoa insatisfeita? Mas o fato é que todas as pessoas têm problemas. Podem ser em maior ou menor grau, que abarcam aspectos diferentes da vida, mas pode ter certeza de que nenhuma pessoa escapa dessa parte.

Se todas têm problemas pessoais, profissionais e nos relacionamentos, a questão é tentar entender por que nenhuma fala sobre isso. Essa vida maravilhosa, muito reforçada pelo uso intensivo das redes sociais, é apenas uma imagem que cada um cria para si mesmo. Um personagem que precisa se relacionar com os outros personagens na vida.

Essa força não existe em 100% do tempo na vida de ninguém. As pessoas são vulneráveis, têm seus pontos fracos, mas nenhuma quer ser vista ou definida por eles. Por isso, todas fantasiam sobre si. A sociedade ensina seus filhos a não demonstrarem seus sentimentos, ensina que o choro deve ser contido ou escondido. E quando se passa boa parte da vida negando os sentimentos, chega um momento em que isso começa a ser naturalizado.

Negar os sentimentos não faz com que eles desapareçam de uma hora para a outra. Na verdade, pode ser exatamente o oposto. Deixar os problemas de lado faz com que eles adquiram uma dimensão muito maior do que no início, é como se criássemos uma bola de neve dentro de nós mesmos. Isso também não quer dizer que reclamar seja a solução. Sem pretensão de mudança, não há mudança genuína.

Isso não serve apenas para as relações pessoais, não. Um estudo realizado na Bahia mostra que, quanto mais um funcionário finge que está tudo bem, quanto mais ele suprime seus sentimentos, mais ele se sente emocionalmente esgotado, e vai chegando ao limite sem nem perceber. Essa negação vai gerando gatilhos nas pessoas, ou seja, vamos alimentando nossos monstros internos diariamente, sem perceber que fingir só nos traz instabilidade emocional.

Se negar que existe um problema faz com que ele cresça, e reclamar demais também não o resolve, como então lidar com essa situação? Psicólogos são categóricos em afirmar que a melhor forma é reconhecer que a pessoa não está bem. Inclusive, fingir felicidade, na verdade, só faz com que as pessoas se sintam mais mal-humoradas e mais infelizes.

Devemos naturalizar o processo de aceitar que não estamos bem! Ninguém está bem o tempo todo, e reconhecer isso pode ser o início de uma boa relação com os próprios sentimentos.

Quando reconhecemos que não estamos bem, e falamos isso para outra pessoa, a tendência é que procuremos maneiras de resolver aquele problema, sem fugir dele o tempo todo.

Somos seres humanos, o que nos diferencia dos demais seres vivos da natureza é a nossa capacidade de comunicação. Essa beleza de nos conectar com o outro, de forma sólida e verdadeira, surge quando permitimos isso, quando nos abrimos com o outro, sem medo de julgamentos.

Precisamos reconhecer nossos sentimentos, conversar com nossos amigos sobre eles e buscar formas saudáveis de lidar com a inconstância e a tristeza. O primeiro passo para sermos verdadeiros com nossos sentimentos é enxergar que eles são mutáveis. Buscar ajuda profissional também é um bom caminho para aprender a nos compreender como indivíduos únicos, recheados de sensações e complexidades.

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*Fonte: osgredo

Conheça mais sobre Leonardo da Vinci, lendo seus Cadernos digitalizados

Considerado um dos artistas mais talentosos da história, Leonardo da Vinci era também, botânico, cientista, filósofo, engenheiro, pintor, escritor, inventor e músico. Não apenas por ter pintado Mona Lisa, mas também por seus cadernos cheios de desenhos e reflexões pessoais, foi possível constatar a quão única foi a visão desse gênio.

O artista fora pioneiro no uso de folhas de papel para registro de ideias, pensamentos e estudos. Sendo assim, o “Victoria and Albert Museum” decidiu digitalizar e tornar público seus cadernos, que contam com desenhos que lembram aviões, helicópteros, submarinos, paraquedas e até mesmo carros – tudo em alta resolução. São 570 páginas para nós entrarmos na mente desse visionário italiano.
Codex Forster I (Biblioteca Nacional de arte, museu nº MSL/1876/ forter/141)

Vejo o Caderno: https://www.bl.uk/manuscripts/FullDisplay.aspx?ref=Arundel_MS_263

*Por Juliana Rangel

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*Fonte: clickmuseus

The Wedding Band (Metallica, QOTSA, etc.) tocando Billy Idol

Você pode nem saber, mas existe um projeto por aí que une membros de Metallica e Queens of the Stone Age.

Trata-se da The Wedding Band, uma iniciativa comandada pelo guitarrista Kirk Hammett para fazer covers de outros artistas famosos com uma escalação invejável que surgiu, como o nome diz, por conta de um convite para tocar em um casamento.

Além de Kirk, completam a formação os ótimos Robert Trujillo (também do Metallica) no baixo, Joey Castillo (ex-Queens of the Stone Age) na bateria, Doc Coyle (Bad Wolves, ex-God Forbid) na guitarra e Whitfield Crane (Ugly Kid Joe) na voz. confira o pessoal tocando “White Wedding”, grande clássico de Billy Idol lançado originalmente em 1982.

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*Fonte: tenhomaisdiscosqueamigos

5 invenções brasileiras que você achava que era coisa de gringo

O mecanismo do câmbio automático é invenção nacional. O canadense Alfred Horner Munro inventou a primeira transmissão automática em 1921, mas o dispositivo utilizava ar comprimido e nunca foi comercializado. Já em 1932, os brasileiros José Braz Araripe e Fernando Lemos desenvolveram a primeira transmissão automática com fluido hidráulico. O protótipo foi vendido para a General Motors que lançou, em 1940, o Oldsmobile “Hydra-matic”. Fantástico, não é?

Urna eletrônica
O aparelho registra votos por meio de um display com botões ou uma tela sensível ao toque que processa os dados por meio de um programa de computador. Os dados processados ​​são armazenados em um componente de memória removível e impresso. A urna eletrônica foi implementada pela primeira vez na cidade de Brusque, Santa Catarina, em 1989. Os técnicos garantem que o processo de votação é mais seguro e a contagem de votos mais rápida. Restam dúvidas.

Áudio portátil
Andreas Pavel é o inventor do reprodutor de áudio portátil e estéreo de fita cassete, mais conhecido como o Stereobelt. Antepassado do Walkman e dos dispositivos pessoais de áudio modernos, Pavel só entrou com a primeira patente do equipamento na Itália, em 1977. Em 1979, a Sony começou a vender seu Walkman, um modelo muito semelhante ao de Pavel. Depois de uma primeira rodada de testes, que durou até 1986, a Sony concordou em pagar royalties para Pavel e, em 2003, ambos chegaram a um acordo confidencial. Show!

Balão de ar quente
O jesuíta nascido em Santos, Bartolomeu de Gusmão, é considerado o inventor do balão de ar quente, nos idos do século XVIII. A “passarola” chegou a ser lembrada por José Saramago em seu Memorial do Convento. O balão de ar quente é a tecnologia mais antiga e mais bem sucedida de voo humano. É constituída por um saco que contém o ar aquecido por uma fonte de calor. Uma vez aquecido, o ar no interior do saco é mais leve do que o ar exterior, impelindo o balão para cima. Anexado à bolsa, uma cesta transporta passageiros. As primeiras experiências com o balão de ar quente para ser usado como meio de transporte foram feitas no início de 1700 por Gusmão.Na época, ele conseguiu levantar um balão a uma altura de 4,5 metros, em frente ao Tribunal Português. Genial, não?

Exoesqueleto
Durante a abertura da Copa do Mundo 2014, a apresentação do exoesqueleto, com o chute de um tetraplégico em uma bola, durou apenas alguns segundos. A pesquisa que motivou o experimento é considerada revolucionária e é desenvolvida pelo brasileiro Miguel Nicolelis, considerado um dos 20 maiores cientistas do mundo pela revista Scientific American. Ele lidera um grupo de pesquisadores da área de Neurociência na Universidade Duke4, Estados Unidos, no campo de fisiologia de órgãos e sistemas.
Deixe-nos a sua opinião aqui nos comentários.

*Por Ademilson Ramos

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*Fonte: engenhariae

A mudança no comportamento das gerações: tecnologia de A a Z

Somos influenciados pelos acontecimentos de nosso tempo e por aqueles que nos antecedem. No caso da Geração Z, a tecnologia teve papel fundamental em sua formação. Entender de que forma essa influência se deu e que características gerou nesse grupo nos guiará em direção ao futuro e à próxima geração.

Popularização da internet, lançamento do Playstation, estreia dos sites de busca Google e Yahoo. Você sabe em que década esses acontecimentos ocorreram? Anos 1990. Mundialmente falando, um período de avanços científicos, tecnológicos e consolidação da globalização. Uma época propícia para o desenvolvimento e disseminação de eletrônicos e digitais.

Muitos dos avanços que ocorreram nos anos 90 foram impulsionados pela Guerra Fria (1947 e 1991), que apesar de todo o conflito político, ideológico e econômico entre Estados Unidos e União Soviética (URSS), resultou também em um saldo tecnológico e científico. Alguns exemplos são: a criação da NASA, utilização de satélites em sinais de telecomunicação e o surgimento da Internet, nos anos 60. Mas, naquela época, a tecnologia era restrita ao uso militar e só se tornou popular outras décadas mais tarde. No Brasil, podemos citar que ela foi disponibilizada para uso comercial em 1994.

Dessa maneira, diversas invenções começaram a emergir a partir do avanço tecnológico: as mensagens de texto SMS, o DVD, o Super Nintendo e a Google foram algumas das criações dos anos 90, e quem nascia naquele contexto começava desde muito cedo a “falar” a língua da tecnologia, a linguagem dos computadores, celulares, games e da internet. Para Marc Prensky, escritor americano e palestrante em educação, esses indivíduos são os nativos digitais, ou seja, aqueles que já nasceram imersos no mundo digital. Essa geração de nativos engloba também aqueles que fazem parte da Geração Z, que é a idade sociológica dos indivíduos que nasceram entre os anos 1990 e 2010.

Em linhas gerais, o conceito de gerações é definido por um grupo de pessoas que nasceram na mesma época e compartilham de hábitos, cultura, comportamentos e experiências de vida semelhantes. Alguns estudiosos afirmam que elas podem mudar a cada 25 anos, mas que este intervalo não deve ser levado como uma máxima para essas definições. Inclusive, a Geração Z é um exemplo de que não existe um consenso sobre o período do seu início, em outras literaturas, é possível encontrar esse começo definido também pelos anos 1995. Antes dos Zs, temos a Geração Y, que é formada por pessoas que nasceram a partir do ano de 1980, que podem ser chamados também de Millennials, outra fase de avanços tecnológicos e crescente globalização, mas no Brasil, período de certa instabilidade econômica.

A classificação das gerações não para por aí, a Geração X também foi estudada e engloba indivíduos que nasceram entre 1965 e 1978, são pessoas que trabalham bem em grupo e individualmente, e buscam a independência financeira desde cedo, eles também podem ser chamados de filhos dos Baby Boomers. “Baby Boom” significa explosão de bebês e é a geração composta por pessoas nascidas entre 1946 e 1964, um período de grande crescimento populacional do pós-Segunda Guerra Mundial. Antes disso, também podemos citar a Geração dos Veteranos ou Tradicionais que inclui pessoas que nasceram de 1922 até 1945, elas nasceram e viveram em períodos de guerra, por esse motivo tem um comportamento diferente das outras gerações, acreditam no trabalho em equipe, entretanto, são influenciados pelo modelo de militarismo ao exercer posições de liderança.

Com esses dados, é possível perceber que o comportamento de cada geração é influenciado pelos acontecimentos que as antecedem, que vigoram e que perduram, e vimos que a tecnologia teve um importante impacto nas últimas gerações, especialmente na Geração Z.

Não é à toa que o grupo de pessoas nascidas a partir de 1990 recebeu esse título. O “Z” vem do termo zapear, ou seja, mudar os canais de TV de forma constante e rápida. O termo “Zap” vem do inglês e pode ser traduzido como “fazer algo rapidamente”. É a geração da velocidade, eles aprendem rápido, são dinâmicos, exigentes e já nasceram acompanhando boa parte das tecnologias, são conectados e autodidatas. A Fast Company — uma revista sobre tecnologia — fez uma projeção que até o final de 2020 essa geração já representaria 40% dos consumidores, por isso é tão importante estudá-los, a fim de oferecer soluções e ferramentas que se adequem às suas necessidades e expectativas.

Eles são consumidores exigentes e querem conhecer os produtos antes de comprá-los, por isso, fazem pesquisas na internet e em redes sociais sobre o que vão adquirir, afinal, são nativos digitais e usam a rede para facilitar a vida e otimizar o tempo, também por isso são um dos públicos que mais usufruem do comércio eletrônico. Além disso, por gostarem da experimentação, as tecnologias de Realidade Virtual e Realidade Aumentada podem cativar ainda mais esses consumidores no e-commerce, já que por meio delas torna-se possível ter a sensação de “experimentar” uma peça de roupa, por exemplo. Atualmente, o eBay — um dos maiores sites de comércio eletrônico do mundo — possui um aplicativo de realidade virtual na Austrália. Para usufruir da tecnologia é necessário um smartphone e um óculos de realidade virtual. Neste assunto, cabe relatar que grande parte das vendas dos e-commerces acontecem pelos smartphones. Uma pesquisa feita pela Opinion Box, empresa de pesquisa de mercado, mostrou que 85% dos brasileiros com smartphone compram online. Outra estratégia que se mostrou eficaz para o comércio eletrônico foram as live commerces, que são transmissões de vídeo ao vivo, com apresentação de produtos de uma loja ou marca. O objetivo delas é a venda instantânea desses itens por meio de uma plataforma integrada com o e-commerce.

A forma de relacionamento e consumo dos Zs também foi muito influenciada pela crescente nos aplicativos, segundo um relatório de 2017 divulgado pelo site Mobile Time, essa geração passa em média 4h17 por dia na internet no celular e instala cerca de 9 aplicativos por mês em seus smartphones. Um relatório divulgado este ano pela companhia de análise de mercado mobile App Annie mostrou que os aplicativos mais baixados por eles, no quesito social, foram o TikTok, Snapchat e o Twitch. Mas não é somente para o entretenimento que essa geração tem utilizado as aplicações mobile, os apps de delivery de comida como o Ifood, Uber Eats, 99 Food e outros, fazem parte do dia a dia deles.

Além desses, devemos lembrar também o quanto os Zs utilizam os apps de economia compartilhada, no que diz respeito à mobilidade urbana. Em um cenário de crescimento desordenado dos grandes centros urbanos e aumento de veículos particulares motorizados, fez-se necessário pensar formas de garantir uma mobilidade sustentável, neste ponto, a tecnologia foi fundamental. Com auxílio das plataformas online, os aplicativos de mobilidade compartilhada passaram a fazer parte da vida dessa geração: carros, bicicletas e patinetes pertencem à rotina dessas pessoas. Ressalto que, apesar do serviço de mobilidade compartilhada mais popular no Brasil ter chegado em 2014, com a Uber, o conceito começou nos anos 60, na Holanda, por meio de bikes compartilhadas. Naquela época, não havia custo para utilizar as bicicletas, entretanto, o modelo não se mostrou sustentável, além de ter sido alvo de vandalismo. Mas hoje, com o avanço da tecnologia, podemos usufruir desses serviços e sobretudo, contando com usuários que têm o mindset de colaboração. Neste sentido, podemos ainda citar exemplos como o Airbnb, Dog Hero ou sites de financiamento coletivo como o Catarse e o Benfeitoria, todos esses impulsionados pelas plataformas digitais.

A mentalidade colaborativa da Geração Z vai além. Os coworkings são outro exemplo de como eles têm lidado bem compartilhando também o espaço de trabalho com pessoas de diferentes empresas e lugares, o termo cunhado pelo designer de jogos Bernie DeKoven, descreve um novo modelo de trabalho que estava em ascensão junto da tecnologia, e para quem pensa que os avanços tecnológicos poderiam afastar os trabalhadores, os coworkings vieram para mostrar que nem sempre será assim.

Fato é que essa geração é muito mais propensa para trabalhar em um modelo remoto. Segundo uma pesquisa divulgada pela Globo, apenas 16% dos Zs preferem trabalhar em escritórios corporativos, entretanto, a maioria deles, 38% afirmam que o local não faz diferença, seguido por 26% que prefere trabalhar em coworkings e outros 20% em home office. É preciso ficar cada vez mais atento aos anseios e hábitos dessa geração em relação ao mercado de trabalho, porque, segundo a Mckinsey, até 2022, eles representarão cerca de 10% da força de trabalho.

Como nativos digitais, lidam muito bem com a tecnologia no mercado de trabalho e mesmo que não desenvolvam diretamente uma atividade relacionada a ela, eles têm um bom desenvolvimento no assunto, aprendendo facilmente a manusear novos softwares e plataformas, além de serem mais abertos às mudanças de tecnologias. Além disso, com toda evolução tecnológica, novas possibilidades de carreira começam a surgir, e essa geração passa a considerar profissões que sequer existiam há alguns anos: UX design, gestor de mídias sociais, desenvolvedor mobile, analista de cibersegurança, até blogueiro, youtuber ou influenciador digital.

Os Zs valorizam também gestores e lideranças que sejam próximas e abertas ao diálogo. Além disso, ambientes diversos e colaborativos são mais apreciados. Essa combinação de predileções leva muitos a quererem trabalhar em startups, já que são ambientes mais dinâmicos, inovadores e ágeis. A agilidade é uma constante para a Geração Z, são imediatistas e autônomos e por isso, podem vir a ter mais facilidade em trabalhar com metodologias ágeis como o método Scrum e o Kanban.

Outra mudança de mentalidade em relação ao trabalho diz respeito às expectativas em relação às empresas contratantes, uma pesquisa da Deloitte mostrou que 38% espera que as empresas também se preocupem com a saúde do funcionário, incluindo um bom ambiente de trabalho. Outros 34% esperam alguma atividade relacionada a mentoria ou treinamento. Isso mostra que são pessoas que querem desenvolver suas carreiras e acreditam que o aprendizado faz parte desse processo.

Sobre esse assunto, vale salientar, que a forma de aprender dos Zs também se modificou, ela acontece de forma mais acelerada, eles são autodidatas e muitas vezes, aprendem sozinhos diversos conteúdos com o auxílio da internet. Além disso, o ensino a distância também foi um facilitador, por meio de plataformas EAD é possível absorver o conteúdo e interagir com colegas e professores. Segundo o último censo (2018/2019) Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), a modalidade EAD no Brasil soma 9 milhões de estudantes.

Então, o que esperar da Geração Z e como lidar com ela?

No âmbito educacional, voltarei a citar Marc Prensky, que, além de apresentar o conceito de nativos digitais, traz também quem seriam os imigrantes digitais, ou seja, aqueles que nasceram antes das tecnologias. No caso da educação, os professores. O escritor explica que eles, assim como os imigrantes, aprendem a “nova língua” (da tecnologia), entretanto, não a pronunciam como os nativos, eles mantêm um certo “sotaque”. Para resolver essa equação, os professores precisam estar abertos aos novos métodos de ensino e práticas que se adequam à realidade dos nativos digitais. Para isso, é preciso ouvi-los e aprender ao máximo sobre essa nova linguagem, além de tentar introduzir ferramentas que representem o contexto deles, como o gamification, por exemplo.

Enquanto consumidores, a Geração Z está buscando produtos mais tecnológicos, mais informações sobre os produtos, mais inovação e outros tantos “mais”. Mas, as marcas e empresas não devem ficar restritas a isso, é preciso gerar valor para essa geração, eles buscam marcas que se engajem com causas sociais, que sejam sustentáveis, diversas e plurais. Contudo, não se deve esquecer que esses consumidores querem praticidade, comprar em poucos cliques e receber em um curto prazo. Nesta última, soluções de entregas rápidas como os drones, podem ser uma boa aposta. Sem esquecer de utilizar a tecnologia a fim de facilitar todo o processo de compra do usuário.

No mercado de trabalho, as empresas precisam aprender cada vez mais com a Geração Z. Eles tendem a ser menos burocráticos, menos resistentes às mudanças, mais ágeis e mais colaborativos, além de tudo, claro, mais tecnológicos. Ouvi-los pode ajudar a implementar novas possibilidades de culturas inovadoras dentro das organizações. Afinal, a evolução tecnológica e a transformação digital são caminhos sem volta (ainda bem!) e nada melhor do que aprendermos essas mudanças com os Zs no mercado de trabalho hoje, pois, daqui a pouco chega uma nova geração para ocupar posições importantes: a Geração Alpha, a geração das telas. A melhor forma de lidarmos com os Zs e aguardar os Alphas é escutá-los, além de ter sempre em mente que, por mais que não sejamos todos nativos digitais, devemos nos esforçar sempre para ser imigrantes eficientes, curiosos e aprendizes constantes.

*Por Gustavo Caetano

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*Fonte: mittechreview

Os vitorianos do século XXI

A burguesia do século XIX usava a moralidade para afirmar a sua dominação de classe – algo que os membros da elite continuam fazendo.

A palavra “vitoriano” tende a invocar ideias antiquadas: mulheres confinadas em espartilhos, papéis de gênero rígidos e um pudor sobre todas as coisas sexuais. Em um mundo onde dominam o consumismo conspícuo e a auto-expressão, essas noções do século XIX de autocontenção e autonegação parecem desesperadamente desatualizadas.

Mas o ethos vitoriano não está morto, nem de longe.

Ele se mantém vivo, manifestando-se no comportamento de nossa classe média alta contemporânea. Embora alguns aspectos tenham seguido o mesmo caminho do espartilho, persiste a crença de que a burguesia ocupa um lugar de superioridade moral sobre as outras classes.

Hoje, aulas de spinning, comida artesanal e o processo de inscrição na faculdade substituíram os passeios de domingo, palestras noturnas e salões semanais da burguesia vitoriana. Mas não se engane, eles servem ao mesmo propósito: transformar o privilégio de classe em virtude individual, reforçando assim o domínio social.

Valores vitorianos

O historiador Peter Gay usou “vitoriano” para descrever de maneira ampla a cultura das classes médias altas educadas da Europa Ocidental e dos Estados Unidos no longo século XIX. É claro que eles tinham crenças muito mais complicadas sobre sexo, gênero e família do que aquilo que pintamos sobre eles.

Os vitorianos podem ter imposto um código moral estrito, mas falavam sobre sexo o tempo todo, de maneira quase obsessiva. Como apontou Gay, casais ricos costumavam escrever cartas de amor mais quentes que uma máquina à vapor de Newcomen.

E apesar dos estereótipos de pais severos e autoritários, esse período inaugurou noções contemporâneas de paternidade. Um homem de verdade não só provia para sua família, mas também tinha um interesse ativo no bem-estar emocional de seus filhos.

Embora a classe média alta do século XIX não fosse tão pudica e severa quanto imaginamos, ela aderia a códigos comportamentais rígidos. Esses códigos normativos refletiam a mudança na estrutura de classes do período e o desejo da burguesia ascendente de afirmar sua superioridade moral em relação à nobreza, usando a virtude para desafiar o lugar da velha aristocracia no centro da vida política, social e cultural. Enquanto os filhos da pequena nobreza caçavam e jantavam, os filhos dos banqueiros e advogados trabalhavam, construíam famílias e se educavam.

Na Alemanha, a palavra-chave é quase intraduzível: Bildung, que significa educação na forma de cultivo e aperfeiçoamento pessoal. Essa ideia, expressa em diferentes línguas em diferentes nações, unia essa classe emergente através das fronteiras nacionais. O auto-aperfeiçoamento os diferenciava do decadente 1%.

Por exemplo, ouvir música tornou-se uma experiência educacional – em vez de entretenimento. A música clássica de câmara do século XVIII funcionava como uma trilha sonora agradável para os saraus aristocráticos. Nas salas de concerto, a nobreza se empanturrava em seus camarotes, prestando apenas meia atenção aos artistas.

Mas quando a classe capitalista em ascensão comparecia aos concertos, eles não tagarelavam de maneira jovial: eles ficavam quietos e exigiam silêncio, a fim de se concentrar na música.

Os vitorianos alemães cunharam o termo Sitzfleisch – carne sentada – para descrever o controle muscular necessário para sentar-se absolutamente imóvel durante uma apresentação. Até mesmo tosses e espirros tinham de ser sufocados, para que não quebrassem a concentração de ninguém e atrapalhassem o seu auto-aperfeiçoamento.

A busca por Bildung também saturava a vida diária. Jovens mulheres ricas, que não podiam almejar nenhuma carreira além de esposa e mãe, aprendiam pelo menos um outro idioma e tinham aulas de piano e canto. Os homens costumavam passar as noites assistindo a palestras ou participando de organizações cívicas.

Para que essa dedicação valesse a pena, no entanto, esses vitorianos enriquecidos tinham de exibi-la, para tornar óbvia para todos sua diferença tanto em relação aos mais ricos quanto aos mais pobres.

Eles gastavam uma porcentagem assustadora de sua renda em itens de decoração de casa que demonstrassem riqueza, bom gosto e modéstia ao mesmo tempo. Eles sabiam que tinham chegado lá assim que conseguiam um salão – um cômodo da casa inteiramente dedicado a entreter os convidados, onde os residentes nunca entrariam sozinhos. Aos domingos, toda a família sairia a passeio no parque.

Na verdade, em toda a Europa e nos EUA, as famílias ricas pressionavam pela construção de mais e mais parques públicos. Contudo, de acordo com seus valores, esses espaços não eram pensados como um espaço comum de que todos pudessem desfrutar, mas como um palco para exibir no domingo aquilo que tinham de melhor .

O Central Park de Nova York, por exemplo, proibia o público de ir para a grama ou praticar esportes. As crianças tinham de receber um “certificado de bom comportamento” da escola antes de serem aceitas nos parques infantis. A venda de cerveja era proibida aos domingos.

O parque não era para o lazer da classe trabalhadora, mas para a disciplina. Lá, os trabalhadores aprendiam a valorizar a forma adequada de curtir o parque: dar a volta. De início o parque idealizado por Fredrick Law Olmsted servia como um grande templo para a noção vitoriana da natureza como um local de auto aperfeiçoamento.

Moralidade em forma

Embora não seja comum vermos homens de cartola e mulheres de anáguas desfilando com seus filhos aos domingos, os parques continuam a ser um lugar para exibir virtude e disciplina: a cultura contemporânea de fitness incorpora perfeitamente o ethos de aperfeiçoamento e disciplina do século XIX.

Os vitorianos eram notoriamente avessos à atividade física – que era coisa para os proletários – e viam o peso extra como um marcador de classe e respeitabilidade. O preparo físico e os esportes começaram a se infiltrar na vida da classe média no século XX e hoje servem à mesma função do passeio.

Isso me ocorreu pela primeira vez há 13 anos. Eu morava em Grand Rapids, Michigan, e gostava de andar de bicicleta como uma forma de explorar um lugar desconhecido. Um dia, decidi visitar East Grand Rapids, um bairro muito rico, porque ali havia uma ciclovia ao redor do Lago Reeds.

Assim que cheguei, percebi imediatamente que era a única pessoa que não estava usando roupas de ginástica. Isso não quer dizer que todos estivessem se exercitando – a maioria estava só dando uma volta, assim como seus antecessores -, mas estavam todos vestidos para a academia. Todos os outros ciclistas usavam roupas justas de spandex, como se estivessem na linha de partida do Tour de France.

Essas roupas mandavam um recado: “não se engane, não estamos caminhando nem andando de bicicleta como meio de transporte. Isso aqui é um exercício.” Os ricos residentes de East Grand Rapids transformavam um passeio no parque em uma rotina de exercícios; seus trajes de atletismo proclamavam que essa atividade era um ato de aperfeiçoamento.

As modas de exercícios atuais, como hot yoga, spin e CrossFit, demonstram um compromisso com a abnegação e a autodisciplina, valores muito elogiados pelos vitorianos. A maratona se tornou o significante definitivo: os competidores podem postar fotos nas redes sociais para provar a todos que torturaram seus corpos de uma forma altamente virtuosa – sem envolver nenhuma perversão.

Isso também respinga nas atividades cotidianas. Supermercados, shoppings e lojas de “capitalismo consciente” e “responsável”, como a Whole Foods, estão cheios de pessoas vestidas com roupas de treino, sem uma gota de suor à vista. Essas roupas marcam seus usuários como o tipo de pessoa que cuida de seus corpos, mesmo quando não estão se exercitando. Calças de yoga e tênis de corrida exibem virtude tão claramente quanto os vestidos com espartilho das esposas do século XIX.

Estar em forma hoje é um índice de classe saturando tanto a cultura do preparo físico quanto a alimentar. À medida que as calorias se tornavam mais baratas, a obesidade deixou de ser um sinal de riqueza para se tornar um sinal de fracasso moral. Hoje, não levar uma vida saudável funciona como uma marca registrada da depravação dos pobres, da mesma forma que os costumes sexuais da classe trabalhadora eram vistos no século XIX.

Ambas as linhas de pensamento afirmam que as classes mais baixas não são capazes de se controlar e, portanto, merecem exatamente aquilo que têm e nada mais. Não haveria necessidade, assim, de salários mais altos ou de assistência médica subsidiada. Afinal, os pobres só vão desperdiçá-los com cigarros e x-burgers, né?

Tanto naquela época quanto hoje, essas supostas diferenças de saúde registram a repulsa pelos corpos da classe trabalhadora. Em O Caminho Para Wigan Pier, George Orwell discutiu sua criação no final do período vitoriano, escrevendo sobre como foi treinado para acreditar “que havia algo de sutilmente repulsivo em um corpo da classe trabalhadora”. Na época de Orwell, era o sabonete – e não o preparo físico – que representava essa distinção; em suas palavras, ele foi ensinado que, “as classes mais baixas fedem”.

Hoje em dia, em páginas como People of Wal-Mart (“Pessoas do Walmart”), a Internet registra um horror que atravessa as classes. Em vez de sentirem repulsa pelos “grandes sujos”, os vitorianos modernos empalidecem diante dos “grandes superalimentados”.

Enquanto a burguesia do século XIX enxergava figuras massivas não como embaraços a serem erradicados, mas como sinais reconfortantes de sua prosperidade, seus descendentes espirituais são obcecados em comer os tipos certos de comida. Nos últimos 20 anos, os alimentos orgânicos passaram de um fenômeno marginal a uma necessidade absoluta.

Considere o movimento dos “sem glúten” – aqueles que optam por eliminar o glúten de sua dieta, não aqueles que têm doença celíaca e que precisam evitar o trigo por completo. Alguns anos atrás, eu brinquei que na minha cidade natal rural no Nebraska encontrar um residente “sem glúten” seria o mesmo que encontrar as obras completas de Peter Kropotkin na biblioteca local. Agora, os alimentos “sem glúten” aparecem em quase todas as prateleiras dos supermercados locais.

Essa disciplina alimentar é uma forma de abnegação virtuosa que deixaria os vitorianos orgulhosos. Ah, se ao menos meus avós tivessem vivido o suficiente para perceber que cultivar suas próprias batatas e pepinos os tornava gente de alta classe, e não caipiras!

Guerras das mamães e inscrições na universidade

Uma dinâmica semelhante hoje infecta a vida familiar. Como seus ancestrais, a classe média alta de hoje dá muita ênfase à família. Embora o autoritarismo do século XIX tenha desaparecido, foi nesse período que pela primeira vez a infância passou a ser vista como um período distinto e especial da vida. Os pais passaram a agir de acordo, reservando cômodos específicos em suas casas para os filhos.

As práticas de criação dos filhos ficam mais onerosas a cada ano que passa, exigindo que os pais exerçam uma extrema disciplina e abnegação. Um livro lançado alguns anos atrás – All Joy And No Fun (“Só Alegria, Nada de Diversão”) – soaria como música para os ouvidos de um vitoriano. O que poderia ser mais frívolo e menos educacional do que diversão? Não há tempo para isso em meio às demandas da paternidade moderna.

As mães devem amamentar por um período prolongado, fornecer apenas alimentos orgânicos para seus filhos e manter o seu tempo de tela em zero. Deslizes indicam fracasso. Isso talvez represente o vínculo mais nítido entre os valores vitorianos de então e de agora: ambos restringem as mulheres e reforçam a hierarquia de gênero.

Não é coincidência que essas novas expectativas exijam tempo e dinheiro. Uma mãe trabalhadora, que precise conciliar vários empregos no setor de serviços terá muito mais dificuldade em extrair leite materno no trabalho do que uma mulher em um escritório. (Sem mencionar como há países com uma enorme disparidade na licença maternidade entre trabalhadoras de colarinho branco e operárias, como nos EUA.)

Os imperativos moralistas agora amarrados à amamentação permitem que as mulheres da classe trabalhadora – que são menos propensas a amamentar – sejam julgadas como moralmente fracassadas. Na verdade, as batalhas públicas sobre as restrições à amamentação raramente se estendem às demandas por melhor acesso à lactação para mulheres da classe trabalhadora.

As expectativas intensivas sobre a paternidade continuam bem depois que os filhos deixam para trás a infância. As crianças pequenas são incentivadas a participar de caros clubes de esportes, e os pais a abrir mão de seu tempo livre para apoiá-los. Essas atividades exigem tempo e dinheiro, dois recursos que faltam aos trabalhadores.

Esta proliferação de atividades organizadas representa uma forma de aperfeiçoamento: o tempo livre de uma criança está agora completamente subsumido pela Bildung. Além disso, a capacidade de fornecer essas oportunidades às crianças é retratada como um reflexo da moralidade de uma família, não de sua situação econômica. Assim como as mulheres vitorianas tinham que aprender a tocar piano e falar italiano – exibindo um requinte que não estava disponível para os outros níveis da sociedade – as crianças modernas têm de jogar futebol, aprender mandarim e serem voluntárias em alguma instituição de caridade local.

Mas o ápice da busca moderna por Bildung é certamente o processo de inscrição na faculdade. Não há um bom análogo do século XIX para esse novo ritual ridículo, embora Dickens fosse perfeitamente capaz de satirizar seu inerente absurdo: milhões de pessoas agindo como se um sistema com grande peso em direção ao privilégio fosse na verdade algum tipo de meritocracia, em que o valor de uma pessoa poderia ser julgado pelo prestígio da Universidade onde ela conseguiu entrar.

A maioria dos estadunidenses que vão para a faculdade só se inscreve nos processos seletivos de algumas escolas. Mas os filhos das classes mais altas frequentam aulas de cursinho para os testes padronizados (que servem como vestibular), fazem estágios voluntários ou viajam durante o verão para obter material para suas redações e entrevistas de apresentação e admissão (que nos EUA fazem parte do processo seletivo) e muitas vezes se inscrevem em uma dúzia de escolas, tudo para maximizar suas chances de entrar naquela que tiver o melhor nome. Os pais – não importa quais forem as reais capacidades intelectuais de seus filhos – podem descansar tranquilos, na certeza de que seus filhos são de um tipo melhor do que a plebe que terá de frequentar a “UniEsquina” mais próxima.

Bildung para todos!

A classe média alta de hoje mantém a ficção de uma sociedade meritocrática, assim como faziam os vitorianos. Essa narrativa permite que sustentem sua posição econômica nas costas dos trabalhadores, que são ensinados que seus problemas de saúde e que as perspectivas sombrias das suas carreiras representam fracassos individuais, não uma disfunção sistêmica.

É claro que fazer exercícios, comer alimentos orgânicos e incentivar as crianças a usar seu tempo livre de maneira útil não são coisas inerentemente ruins. Porém, se tornam marcadores de valores burgueses quando são colocados em ordem para afirmar a superioridade moral de uma classe sobre outra e para justificar a desigualdade social. Isso era tão asqueroso no século XIX como na atualidade.

Nós devemos nos preocupar com saúde, alimentação e educação – mas em vez de vê-los como formas de promover a dominação de classe, devemos melhorar esses aspectos para todos. Imagine se toda a energia gasta para levar crianças medíocres de classe alta para faculdades de prestígio fosse redirecionada para tornar mais acessível o ensino superior em todos os níveis. Imagine se o acesso a alimentos saudáveis para todos fosse priorizado em vez da obtenção de status por meio da compra dos produtos mais virtuosos. Imagine, em suma, como seria o nosso mundo se os valores dominantes fossem socialistas – e não os vitorianos.

JasonTebbe é professor e historiador, nascido e criado em Nebraska, hoje vivendo e trabalhando entre NYC e Jersey. Escreve no blog Notes From the Ironbound.

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*Fonte: jacobin

Na América Central, árvores “andantes” se deslocam 20 metros a cada ano

É difícil imaginar uma árvore se movendo sozinha de um lado para o outro. Mas, por mais estranho que isso possa parecer, é possível e acontece de verdade. A Socratea exorrhiza é a espécie conhecida como “Palmeira Andante”. A cada ano essas árvores são capazes de se deslocar por até 20 metros.

Endêmica da floresta tropical, a palmeira é mais comum na América Central, mas ela chega até a bacia do rio Amazonas, já em território brasileiro. Apesar de ser única em seu hábito incomum, esse diferencial não é o bastante para garantir a sua preservação total.

No Brasil, as palmeiras andantes são muito usadas na confecção de bengalas, na construção civil e até na fabricação de pequenas embarcações. Na Costa Rica, as legislações ambientais proíbem totalmente o corte desta espécie, enquanto no Equador, mesmo com áreas de preservação, ela ainda sofre na mão dos desmatadores.

O deslocamento desta árvore chama a atenção de pesquisadores há anos. Algumas hipóteses sobre a evolução das espécies já foram colocadas em cheque, mas descartadas depois. O que se sabe é que elas mudam de lugar em busca de melhor solo e mais luz do sol.

A caminhada é lenta, mas constante. As árvores andam diariamente de dois a três centímetros. Em um ano elas podem chegar percorrer uma distância de até 20 metros. Isso acontece através das novas raízes, que vão crescendo a pequenas distâncias das antigas. Quando as raízes velhas apodrecem, todo o tronco é deslocado junto às raízes novas. Por mais surpreendente que isso possa ser, infelizmente essas árvores não conseguem se deslocar rápido o suficiente para fugir do desmatamento.

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*Fonte: ciclovivo

The Black Crowes – “Jealous Guy” (John Lennon)

E a melhor banda de rock’n roll do mundo ao menos para mim…rsrsrsrsr (aqui deixando fora Beatles e Stones, sem dúvida…) – The Black Crowes, estão lançando um material inédito e comemorativo aos 30 anos do lançamento de seu primeiro álbum – Shake Your Money Maker (1990). Agora nos brindam como uma cover especial de John Lennon – “Jelous Guy”. Essa música já estava disponível na web de forma pirata, mas agora passou por uma lapidada e volta de forma oficial em lançamento da banda. Curtam ae…

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*Mas se preferirem tem uma versão ao vivo dela justamente da época da tal primeira tour da banda em 1991.
Vai dar para sacar a qual era a vibe dus guri. (com Chucl Levell nos teclados – tecladista dos Rolling Stones).

Mike Patton

Um dos mais malucos e incríveis vocalistas de bandas de rock do mundo chama-se Mike Patton (Faith No More) e acontece que a figura hoje está de aniversário, completando meros e badalados 53 aninhos. Desde que assisti pela primeira vez na MTV essa banda (bons tempos!!!), virei fan imediatamente. Sim, simples assim. Num piscar de olhos. Banda phoda, grooveria, baita pegada e um vocalista ducaralho – mas a banda toda é muito boa, sem dúvida.
Feito! Então hoje é dia sim de comemorar. Não posto aqui todos os aniversários de rockers (eles ou elas) todos os dias, nem é essa a minha intenção, mas quando alguém é importante para mim… ah! … daí sim vale a pena.

Saudações Mike Patton! Feliz aniversário e keep the faith (ôps!)…

A hipocrisia contemporânea: “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”

O vocábulo hipocrisia vem do grego, “hupókrisis”, que significa “interpretar”, ou seja, encenar a respeito de sentimentos e crenças. Era também um termo utilizado na arte da retórica e nas atividades públicas da Grécia Antiga.

A palavra hipocrisia é nossa contemporânea, porém, como forma de simular falas, emoções e gestos que parecem verdadeiros. É fingir ser o que não é, um dos maiores males do comportamento humano, que causa mal-estar nas relações sociais e afetivas.

No entanto, a hipocrisia não se caracteriza como doença psíquica e sim num quadro de autoengano, que tem como origem uma enfermidade moral. É por isso que as pessoas hipócritas precisam criar uma identidade, a fim de aparentar que possuem “boas qualidades”, ocultando seus defeitos.

Assim, elas podem transitar livremente e não serem questionadas em seu falso moralismo. Um exemplo clássico de atos hipócritas é denunciar os outros por realizarem ações deploráveis enquanto praticam as mesmas atitudes.

Aliás, os indivíduos hipócritas são muito egoístas, que costumam exibir que têm amigos importantes na sociedade. Eles utilizam as redes sociais como “palco” para simular sinceridade e honestidade, contudo, o que fazem é falar mal da vida alheia, como um meio de descarregar seus recalques.

Sigmund Freud apresenta uma leitura atualizadíssima da hipocrisia do “homem civilizado”, que revela seus sentimentos obscuros e repletos de contradições e ambivalências, cujas origens estão repousadas sobre o recalcamento da sexualidade.

Para o pai da psicanálise, os sujeitos hipócritas desejam ser mais nobres do que os outros, porque sucumbiram à neurose. Entretanto, não querem renunciar suas cobiças sexuais, suas agressividades e não hesitam em prejudicar seus semelhantes por meio da mentira, do engano e da calúnia, contanto que fiquem impunes.

Em outras palavras, são aqueles que defendem o matrimônio, mas mantém relações extraconjugais, exaltam a importância da família, mas desprezam as novas configurações familiares, pregam a moral e os bons costumes, mas escondem sua perversidade, condenam a corrupção, mas praticam desvios de condutas, afirmam que são pessoas de Deus, mas desrespeitam a religião do próximo.

Essas contradições estão bem colocadas no ditado popular: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.” Elas ainda se encaixam no que disse o grande Marquês de Maricá: “A intolerância irracional de muitos escusa ou justifica a hipocrisia ou dissimulação de alguns”.

Portanto, devemos – ficar atentos – à hipocrisia dos dias atuais, pois ela circula descaradamente no mundo real e virtual, causando todos os tipos de prejuízos.

*Por Jackson Cesar Buonocore

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*Fonte: contioutra

Como é que as aves resistem à chuva e ao frio?

Com a chegada do Inverno muitas aves migram para África, mas outras permanecem nos locais onde nasceram, incluindo os pequenos passeriformes. João Eduardo Rabaça, da Universidade de Évora, explica como estas espécies fazem frente às temperaturas mais baixas.

O Inverno chegou e os dias ficam mais frios e chuvosos. Para os passeriformes, esta é uma altura “exigente”: “Noites longas e temperaturas baixas obrigam estas aves a encontrarem energia extra”, nota João Eduardo Rabaça, que é professor da Universidade de Évora e coordenador do LabOr – Laboratório de Ornitologia.

Estas pequenas aves dedicam-se a acumular “as reservas de gordura suficientes que lhes permitam sobreviver”, pelo que passam a maior parte do dia a comer. De acordo com o British Trust for Ornithology, os chapins-azuis (Cyanistes caeruleus) – que podemos observar em muitos espaços verdes, incluindo o Jardim Gulbenkian, em Lisboa – podem gastar cerca de 85% das horas de luz disponíveis num dia de Inverno em busca de alimento, refere este investigador.

Ao mesmo tempo, para os passeriformes em geral, o “revestimento plumoso permite a existência de bolsas de ar debaixo das penas, conferindo-lhes uma ajuda adicional para manterem o corpo quente.”

Algumas espécies começam a preparar-se para a estação mais rigorosa do ano logo no Outono, como acontece com o pardal-comum (Passer domesticus), exemplifica. “Cresce-lhes uma penugem por baixo da plumagem principal aumentando o peso do revestimento do corpo em 70%! E assim asseguram uma melhor proteção térmica.”

Mas há ainda outras estratégias pouco conhecidas. Quando estão em actividade, a temperatura corporal das aves é superior à dos humanos, pois “ronda os 41ºC, embora haja variações.” No entanto, para enfrentarem noites mais frias, em algumas espécies a temperatura corporal chega a baixar 10ºC ou mais ainda – um processo designado por torpor ou heterotermia diária, adianta o investigador. “Desta forma, as aves conseguem economizar energia. O caso mais impressionante é de uma espécie de beija-flor que ocorre nos Andes e que durante a noite pode atingir uma temperatura corporal de 3,26ºC!”, revela o coordenador do LabOr. “É um exemplo extremo, mas é também um extraordinário exemplo da capacidade de adaptação destes animais.”

Mais comum é a hipotermia regulada, que se traduz “numa redução da temperatura corporal mais modesta, normalmente à volta dos 5 a 6ºC.” Com este método, as aves precisam de muito menos energia para que o corpo regresse à temperatura “normal” quando chega a manhã.

Mas apesar de estar mais frio por estes dias, a verdade é que “o Inverno no sul da Europa e em particular no nosso país é bastante ameno quando comparado com a realidade do centro e norte da Europa, por exemplo”. Por essa razão – lembra o investigador, que é também autor do livro “As aves do Jardim Gulbenkian” – são inúmeras as aves que no final do Verão deixam as regiões setentrionais para migrarem rumo a sul, onde vão permanecer durante a estação fria. É o caso por exemplo do lugre (Spinus spinus) e do tordo-comum (Turdus philomelos).

*Por Ines Sequeira

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*Fonte: wilder

EVH

Hoje seria aniversário de Eddie Van Halen, que faleceu em outubro do ano passado. Um dos maiores guitarristas de rock de todos os tempos. E aqui quando se diz isso não é para incensá-lo como fan e tal, é porque foi verdade-true-real mesmo!!! O cara além de ser um mestre nas seis cordas da guitarra ainda criou inúmeras “novas técnicas” para o instrumento, que aliás, foram copiadas à exaustão ali nos 80’s.

Seja lá onde você estiver Eddie, aqui vai um grande abraço de feliz aniversário!