Dia: 1 de janeiro, 2021
Missão Marte: veja como será o pouso do rover Perseverance
Faltam 56 dias (24/12/20) – para que a missão Mars 2020, que está levando o rover Perseverance e o helicóptero Ingenuity para Marte, finalmente chegue ao seu destino. Mas depois de viajar quase 470 milhões de quilômetros, o veículo terá que sobreviver à fase final da sua aterrisagem para chegar à superfície do Planeta Vermelho. E a Nasa produziu uma animação para mostrar como serão esses momentos.
O vídeo resume o que acontece nos sete minutos em que a espaçonave diminui sua velocidade de cerca de 19.500 km/h no topo da atmosfera marciana para cerca de 3 km/h para o pouso em uma área chamada Cratera de Jezero. Essa sequência de manobras são conhecidas como os “sete minutos de terror“, porque até receberem a confirmação do pouso, os cientistas não têm o que fazer além de torcer pelo melhor.
O rover Perseverance buscará sinais de vida microbiana ancestral em Marte, coletará e armazenará rochas e regolitos marcianos (rochas quebradas e poeira), caracterizará a geologia e o clima do planeta e abrirá o caminho para a exploração humana no nosso vizinho. A missão foi lançada a bordo de um foguete Atlas V, a partir da base de Cabo Canaveral, na Flórida, em 30 de julho deste ano. A chegada à Marte está prevista para 18 de fevereiro de 2021.
Rover Perseverance terá chegada turbulenta?
O principal problema de planejar um pouso em Marte é que a atmosfera do planeta é muito mais fina que a da Terra. Com isso ela não oferece resistência ao rover, que cai em alta velocidade. Para desacelerar o veículo e impedir que ele vire uma panqueca no solo marciano é necessário combinar várias técnicas, executadas com precisão absoluta.
No início da entrada na atmosfera marciana o rover é protegido por um escudo térmico com 4,5 metros de diâmetro, que terá de suportar temperaturas de mais de 1.000 ºC. Quatro minutos após o início da manobra, a uma altitude de cerca de 11 km, um paraquedas supersônico com 21 metros de diâmetro se abre para reduzir ainda mais a velocidade.
Cerca de 20 segundos depois, o escudo térmico é ejetado para que câmeras e radares na parte de baixo do rover possam ter uma boa visão do solo. O paraquedas continua aberto até uma altura de cerca de 2 km, quando se separa.
Ainda assim o rover Perseverance, que está preso a uma plataforma, está viajando rápido demais. A penúltima etapa consiste no uso de retrofoguetes montados na plataforma para desacelerar ainda mais o veículo. A técnica é similar à usada pela SpaceX, que aciona os motores de seu foguete Falcon 9 para reduzir a velocidade antes do pouso.
Cerca de 12 segundos antes do toque, o estágio de descida abaixa o rover em um conjunto de cabos de cerca de6,4 metros de comprimento.
Quando a plataforma chega a uma altitude de 20 metros em relação ao solo, ocorre a última etapa: ela paira no ar, e usa cabos para descer o rover suavemente até o solo. Assim que ele pousa os cabos são cortados, e a plataforma voa para longe.
O trajeto da órbita ao solo leva sete minutos, e deve ser feito de forma completamente automatizada, sem comunicação nenhuma com a Terra. Isso porque um sinal de rádio leva sete minutos para ir da Terra a Marte, e uma resposta levaria mais sete minutos. Ou seja, quando recebermos a informação de que o rover iniciou a descida, ele já estará na superfície de Marte.
Em busca de vida
A principal missão da Perseverance é analisar seu local de pouso, a cratera Jezero, em busca de sinais de que ela abrigou vida no passado. Milhões de anos atrás ela era o Delta de um rio.
Além de realizar análises por conta própria, o Perseverance vai coletar amostras do solo marciano, que serão armazenadas em pequenos tubos e deixadas em locais específicos no planeta. Em 2026 uma nova missão, por enquanto chamada de Mars Sample Return Mission (Missão para Retorno de Amostras de Marte), pousará em Marte, coletará as amostras e as trará de volta à Terra.
O rover também testará novas tecnologias que vão facilitar futuras missões tripuladas, como um novo sistema de pouso com maior precisão, um helicóptero chamado Ingenuity para observação aérea do planeta e um instrumento chamado Moxie, que vai gerar oxigênio a partir do dióxido de carbono na atmosfera marciana. Uma versão em grande escala do Moxie, já em desenvolvimento, será uma peça crucial para a presença humana no planeta.
Via: Tech Times
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*Fonte: olhardigital
50 coisas para fazer em 2021
O ano de 2020 foi, sem sombra de dúvidas, o pior de nossas vidas. Uma conjunção de governos perversos (no sentido freudiano), em vários pontos do mundo, com uma praga sanitária global, só comparável ao vírus da influenza, de 100 anos atrás. Perdemos amigos e entes queridos, numa proporção acima de nossa capacidade de absorver a dor. E ainda estamos perdendo, porque a pandemia continua. Apesar de tudo, mantivemos acesa a potência de viver. Agora, nossos olhos brilham e nossos espíritos regozijam ao saber que estamos à beira de uma superação, com as vacinas chegando. Apesar dos problemas políticos. Há 10 anos fazemos essa brincadeira de listar as coisas para o ano seguinte. Continua uma brincadeira, mas nunca foi tão séria quanto agora.
1 — Torcer para que 2020 não estenda sua aura maléfica, por muito tempo, sobre 2021;
2 — Continuar com os procedimentos de prevenção da pandemia, até a sorte mudar;
3 — Tomar a vacina;
4 — Visitar os pais e os avós;
5 — Perder os quilos acumulados na pandemia;
6 — Cuidar você mesmo dos itens de sua intimidade;
7 — Contratar um seguro de vida (mas não deixe um psicopata saber);
8 — Voltar a circular como animal gregário e desejante;
9 — Evitar as pessoas boçais (se você for um boçal, evite-se!);
10 — Ser mais tolerante com a diversidade de ideias, sem deixar que a diversidade o anule;
11 — Não discutir com fanático, dogmático, nem lunático;
12 — Liberar a alegria e o entusiasmo acumulados durante o recolhimento;
13 — Voltar a encontrar os amigos no buteco;
14 — Abraçar os amigos, com prazer de sobrevivente;
15 — Sair de casa e não ter dia pra voltar;
16 — Dar uma festa e dançar até criar folga nos carretéis da coluna;
17 — Cultivar o hábito de leitura, adquirido durante a pandemia;
18 — Continuar lembrando que a cabeça é pra pensar;
19 — Não deixar para amanhã o prazer que pode ter hoje;
20 — Aproveitar a meditação dos dias de recolhimento para levar uma vida mais leve;
21 — Desfazer-se dos excessos de coisas que atravancam a vida;
22 — Gastar menos tempo nas redes sociais;
23 — Olhar mais nos olhos das pessoas, sem a mediação da tela;
24 — Reduzir o rastro ecológico;
25 — Evitar embalagens de plástico e combustível fóssil;
26 — Olhar a natureza como parceira de itinerário, e não como bem a ser apropriado;
27 — Desenvolver projetos com repercussão coletiva e social;
28 — Participar de um grupo de recuperação de nascentes;
29 — Aproveitar o distanciamento e não se reaproximar dos chatos;
30 — Perceber que a vida, mesmo sendo só uma, pode ganhar significados mais poéticos;
31 — Não se irritar com pequenas coisas;
32 — Ativar o senso de suficiência e bem-estar;
33 — Ganhar mais tempo para o exercício do ócio;
34 — Lembrar que a felicidade requer pouco, o que muito pede é a vaidade;
35 — Retomar aqueles check-ups interrompidos;
36 — Reavaliar e retomar os projetos interrompidos;
37 — Afastar-se um pouquinho das pessoas que você quer bem, só para refazer a perspectiva que se embaçou durante a pandemia;
38 — Dirigir a própria vida, com seu próprio roteiro;
39 — Entender que a gente leva a vida, mas a vida, também, às vezes nos leva;
40 — Redimensionar a própria importância na ordem natural das coisas;
41 — Amar a si mesmo e estender esse amor ao próximo;
42 — Amar mais e ostensivamente;
43 — Ganhar dinheiro, mas não deixar que ele o compre;
44 — Falar a verdade (desde que a verdade não seja pior do que a mentira);
45 — Não espalhar fakenews;
46 — Não consumir fakenews;
47 — Acompanhar e cobrar ações de seus representantes eleitos nas instâncias do poder;
48 — Evitar que a esperança não cumprida alimente a frustração;
49 — Ao ver-se no espelho não se achar tão belo nem tão horrível a ponto de perturbar o ânimo;
50 — Viver o dia de hoje como se fosse o último, sem perder a perspectiva do amanhã.
Foo Fighters – “No Son of Mine”
*Nova do Foo Fighters