TIMING: Acerte os ponteiros

Perder o timing é fácil, difícil é encontrá-lo. Mas de tanto perdê-lo, acho que finalmente aprendi a reconhecê-lo. Sabe aquele momento em que surge uma inquietação e pensamos: A hora é agora?! Nem antes, nem depois, é preciso aproveitar o momento exato para que tudo saia da melhor forma possível. No mundo atual, é preciso ter timing.

Perdi as contas de quantas vezes já perdi o timing só neste ano. Seja numa colocação, num trabalho, ou numa conquista. Muitas vezes deixamos passar aquele momento ideal por medo, a hesitação não nos permite agir. E depois de perder o timing, é difícil achar novamente a brecha para retomar. Já não cabe mais, parece que a coisa toda fica fora de contexto. Aquela frase que estava saindo pelo lábios um momento atrás, já não se encaixa no diálogo.

Ter timing é ter uma percepção aguçada para o senso de oportunidade. Encontrar o momento ideal. Não pode ser antes, nem depois. E esse sincronismo com o mundo é essencial para alcançar o sucesso em determinada ação. Saber a hora certa de entrar em cena, em que o sinal verde abre e a gente avança.

Estranhamente, sempre sabemos qual é, ou ao menos ficamos com a sensação de saber qual deveria ter sido. Não dá pra interromper o chefe ou tentar argumentar em meio ao seu mau-humor. É preciso esperar a ocasião mais propícia. O problema é justamente quando só vemos que aquele era um momento único, depois que ele passa. E daí, sabe-se lá quando essa hora oportuna vai surgir novamente diante de nós.

Quando mesmo que o mundo virou essa correria louca? Temos que estar sempre correndo na frente, agindo por antecipação, antevendo um futuro breve. Sempre em busca do que está em voga, seguindo modas ultra inovadoras. Não, não dá pra perder o timing.

Senão, já vem outra moda, outros interesses, outros assuntos pra se ocupar. Depois não tem mais clima, as pessoas já estão envolvidas com outras coisas, não nos dão ouvidos, o prazo já está curto, não dá mais tempo para a ação. E aquilo que a gente queria comentar, que estava amadurecendo aqui dentro de nós, na hora de pular pra fora, já não interessa mais. Ficou antigo. Perdemos o timing e aquela informação importantíssima foi pro vácuo dos assuntos do passado, já não tem relevância alguma. Passou.

Eu que trabalho com marketing, com textos, com moda e com jornalismo, estou sempre achando que perdi o timing. A gente tem que se obrigar a ser sempre visionários, ou agir meio no susto, sem pensar muito para a coisa funcionar. Se o trabalho tem que passar por uma série de aprovações já é suficiente para perder o timing. É tipo quando aparece a pessoa certa na hora errada, ou pessoas erradas na hora certa. Não fecha, não tem clima. Maldita birra do destino. É preciso acertar o timing das coisas.

Na incapacidade de aceitar a situação tal qual ela é, acabamos por vezes negando a realidade e demorando demais para partir para a ação. Uma demora mental que está mais no mundo das decisões, não dos fatos, mas que pode ser suficiente para ser avassaladora. E assim, me sinto sempre retardatária na corrida da vida, pensando no que devia ter feito e não dá mais tempo, porque o seu tempo já passou.

Eis o efeito colateral da vida moderna: um constante reagir, quase inconsciente, diante do mundo. Cada um de nós tem que ser um pouco senhor do tempo. Quando surge dentro de nós aquela inquietação que diz: “vai lá, a hora é agora”, é preciso se encher de coragem e dar o primeiro passo sem se deixar dominar pela preguiça ou inseguranças.

Às vezes penso que finalmente desvendei o mistério do mundo, esse sopro mágico de momento que passa voando por nós existe, sim. E, pasmem, ele pode durar dias. Mas infelizmente essa resposta também não é garantia para nada.

Só sei que oportunidades tão perfeitas são raras. É preciso esperar o momento exato para uma ação certeira, mas não esperar muito, senão pode ser tarde demais. E haja perspicácia. Go!

*Por Lucia Righi

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*Fonte: obviousmag

Os reais benefícios de consumir cafeína regularmente

A cafeína faz parte da vida cotidiana moderna ao redor do mundo. Sua principal fonte é, claro, o café, mas alimentos como chocolates, chás e bebidas energéticas também possuem quantidades significativas dessa molécula. Nesse sentido, por muito tempo especialistas consideraram a cafeína como uma molécula que acabava prejudicando a saúde se consumida frequentemente. Contudo, não é isso que estudos recentes vêm demonstrando.

Inúmeras pesquisas demonstraram que o consumo regular de cafeína, principalmente pelo café ou chás, pode trazer muito mais vantages do que riscos para a saúde de uma pessoa. Para falar brevemente, estudos mostraram que esse consumo pode reduzir o risco de suicídio em até 45% e de doenças neurodegenerativas em até 60%. Ainda há efeitos colaterais pelo consumo em excesso, mas primeiro é preciso entender o que a cafeína faz no seu corpo.

O que é a cafeína e como ela funciona

Falando quimicamente, a cafeína é composta por 8 átomos de carbono, 10 de hidrogênio, 4 de nitrogênio e 2 de oxigênio. É possível encontrar esse composto principalmente em plantas, como a erva-mate, o cacau e o próprio cafeeiro. Em geral, essas plantas produzem a molécula para evitar infestações de lagartas e outras pragas. Contudo, há registros de que os humanos começaram a consumir frutos de café há mais ou menos 1.500 anos, na Etiópia – de onde a planta é nativa.

Basicamente o que a cafeína faz no organismo é competir com a adenosina. Essa última é um neuromodulador que quando ativo faz com que haja a sensação de sono e cansaço no nosso corpo. Para isso a adenosina precisa se ligar a receptores no cérebro, e assim você fica com sono. A cafeína, por sua vez se liga nos mesmos receptores da adenosina, evitando que ela faça seu papel de causar sono e cansaço. Ao longo de vários dias, contudo, o cérebro cria novos receptores e a adenosina pode se ligar novamente. Nesse ponto, é preciso consumir uma quantidade maior de cafeína para ter o mesmo efeito.

Um estudo de 2008 também mostrou que o consumo de cafeína pode aumentar a produção de adrenalina no corpo, bem como dopamina e noradrenalina.

*Por Mateus Marchetto

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*Fonte: SoCientífica