Dia: 24 de janeiro, 2021
25% das espécies de abelhas conhecidas não aparecem em registros públicos desde a década de 1990
Pesquisadores do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET) na Argentina descobriram que, desde a década de 1990, até 25% das espécies de abelhas relatadas não estão mais sendo encontradas em registros globais, apesar de um grande aumento no número de registros disponíveis. Embora isso não signifique que essas espécies estejam todas extintas, pode indicar que essas espécies se tornaram raras o suficiente para que ninguém as esteja observando na natureza.
Os resultados foram publicados na revista One Earth.
“Com a ciência cidadã e a capacidade de compartilhar dados, os registros estão aumentando exponencialmente, mas o número de espécies relatadas nesses registros está diminuindo”, diz o primeiro autor Eduardo Zattara, biólogo do Grupo de Ecologia da Polinização do Instituto de Pesquisa em Biodiversidade e Meio Ambiente (CONICET-Universidad Nacional del Comahue). “Ainda não é um cataclismo de abelhas, mas o que podemos dizer é que as abelhas selvagens não estão exatamente prosperando.”
Embora existam muitos estudos sobre o declínio das populações de abelhas, eles geralmente se concentram em uma área específica ou um tipo específico de abelha. Esses pesquisadores estavam interessados em identificar tendências globais mais gerais na diversidade das abelhas.
“Descobrir quais espécies estão vivendo onde e como cada população está usando conjuntos de dados agregados complexos pode ser muito confuso”, diz Zattara. “Queríamos fazer uma pergunta mais simples: quais espécies foram registradas, em qualquer lugar do mundo, em um determinado período?”
Para encontrar a resposta, os pesquisadores mergulharam no Global Biodiversity Information Facility (GBIF), uma rede internacional de bancos de dados que contém registros de mais de três séculos de museus, universidades e cidadãos particulares, contabilizando mais de 20.000 espécies de abelhas conhecidas de em todo o mundo.
Além de descobrir que um quarto do total de espécies de abelhas não está mais sendo registrado, os pesquisadores observaram que esse declínio não está uniformemente distribuído entre as famílias de abelhas. Os registros de abelhas halictid – a segunda família mais comum – diminuíram 17% desde a década de 1990. Aqueles para Melittidae – uma família muito mais rara – caíram até 41%.
“É importante lembrar que ‘abelha’ não significa apenas abelhas, embora as abelhas sejam as espécies mais cultivadas”, diz Zattara. “A pegada de nossa sociedade também afeta as abelhas selvagens, que fornecem serviços ecossistêmicos dos quais dependemos.”
Embora este estudo forneça um olhar mais atento sobre o status global da diversidade das abelhas, é uma análise muito geral para fazer quaisquer afirmações sobre o status atual das espécies individuais.
“Não se trata realmente de quão certos os números estão aqui. É mais sobre a tendência”, diz Zattara. “Trata-se de confirmar que o que está acontecendo localmente está acontecendo globalmente. E também, sobre o fato de que muito mais certeza será alcançada à medida que mais dados forem compartilhados com bancos de dados públicos.”
No entanto, os pesquisadores alertam que esse tipo de certeza pode não chegar até que seja tarde demais para reverter o declínio. Pior ainda, pode não ser possível.
“Algo está acontecendo com as abelhas e algo precisa ser feito. Não podemos esperar até termos certeza absoluta porque raramente chegamos lá nas ciências naturais”, diz Zattara. “O próximo passo é estimular os legisladores a agir enquanto ainda temos tempo. As abelhas não podem esperar.”
*Por Ademilson Ramos
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*Fonte: engenhariae
Escolha a cidade e saia caminhando
É algo absolutamente banal: City Walks. Uma câmera subjetiva, perambulando por calçadas, ruas, ruelas e grandes avenidas de diversas cidades pelo mundo.
Porém, apesar dessa simplicidade de uma atividade tão comum e corriqueira na vida da maioria das pessoas, a experiência tem algo de hipnotizante. Por algum motivo, a tal caminhada virtual tem um efeito imersivo instantâneo que nos transporta com muita verdade para a rotina de outras pessoas.
você pode até escolher se prefere durante a Covid ou não
É possível, por exemplo, reparar se as pessoas se sentem seguras onde estão, se o ambiente é mais estressante ou relaxante, se o urbanismo foi de fato planejado, etc. É mais ou menos como olhar as fotos compartilhadas por hóspedes de determinado hotel em sites de review, que trazem a verdade sem filtros e lentes de distorção. E basta uma olhada para saber se o quarto é limpo ou espaçoso de fato. Com o “City Walks” é a mesma coisa: basta um rolezinho de 5 minutos para você ser abraçado, ainda que virtualmente, por alguma outra cidade.
Sei lá, achei poético 🙂 Acho que é confinamento.
O City Walks foi inspirado em outro site, o “Drive & Listen”, que publicamos aqui e que foi um dos mais acessados do site em 2020. A diferença é que nesse o passeio é de carro e você pode ir ouvindo a rádio local em tempo real.
*Por Wagner Brenner
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*Fonte: updateordie