Aerion AS2: conheça o sucessor do Concorde

Na corrida pela produção do sucessor do concorde — um dos nomes mais icônicos do segmento de aeronaves comerciais supersônicas — a Aerion Corporation pretende sair na frente com o seu jato AS2. Assim como o irmão mais velho, a aeronave promete voar de Nova Iorque a Londres em apenas quatro horas e meia.

Destinado ao setor corporativo, o AS2 comporta de oito a 12 passageiros. A aeronave pode atingir velocidades superiores a Mach 1.4, o que equivale a mais de 1.600 km/h.

Vale lembrar que o Concorde, fruto de uma parceria inédita da britânica British Aircraft Corporation com a francesa Aérospatiale, cruzou os céus até 2004. Ele foi descontinuado graças ao alto custo de manutenção e a emissão de poluentes na atmosfera.

Tom Vice, CEO da Aerion Corporation, disse à CNN que o Concorde, apesar de “uma peça de engenharia brilhante”, era um grande emissor de poluentes além de “muito barulhento e caro de operar”. Por isso, o AS2 representa algo totalmente novo na indústria da aviação.

A companhia, inclusive, já fechou alguns pedidos de interessados na novidade. Com um investimento de US$ 6,5 bilhões, e nomes como a Boeing e a GE apoiando o projeto, a meta é entregar pelo menos 300 unidades do AS2 nos próximos dez anos de produção.

O primeiro voo do jato supersônico está agendado para 2024, e as primeiras unidades chegam ao mercado até 2026.

Aerion AS2: menos poluente e mais silencioso

O presidente da Aerion declarou que foram necessários dez anos de planejamento para criar uma aeronave “incrivelmente eficiente” e com a menor queima de combustíveis possível.

Diferente do Concorde, o AS2 vai dispensar alguns sistemas como o de pós-combustão — onde o combustível é pulverizado direto na exaustão dos motores, promovendo mais impulso e aceleração durante a decolagem — para diminuir o barulho e a emissão de gases.

A fonte de energia do jato, segundo o presidente da empresa, não vai depender de nenhum combustível fóssil. A aeronave vai operar utilizando somente combustíveis totalmente sintéticos.

O AS2 também foi projetado para atender aos padrões de barulho estabelecidos pela indústria da aviação. Para isso, o jato conta com o recurso “boomless cruise”, que permite que a aeronave ultrapasse a barreira da velocidade do som dispersando o ruído do “boom” supersônico para a atmosfera: “teremos a primeira aeronave da história que pode voar em velocidade supersônica, e ninguém no chão vai ouvir o boom”, declarou Vice.

O preço final desta super máquina é de US$ 120 milhões (mais de R$ 645 milhões). De acordo com a fabricante, é um valor justo para quem está disposto a pagar mais para chegar mais rápido ao seu destino.

A companhia está construindo sua nova sede na Flórida, e pretende iniciar a produção do AS2 em 2023. Além do AS2, a Aerion também pretende produzir novos jatos híbridos no futuro, combinando, pela primeira vez, motores elétricos e aviões supersônicos.

*Por Gabriel Sérvio

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*Fonte: olhardigital

A Lua cheia muda a forma como as pessoas dormem sem que nós percebamos, afirma estudo

Nos tempos modernos, muitas pesquisas têm se concentrado na maneira como as fontes de luz artificiais atrapalham nosso sono e saúde, devido aos efeitos não naturais da iluminação depois que o Sol se põe.

Porém, o quão antinatural é a luz noturna, afinal? Afinal, os humanos sempre foram expostos a níveis variáveis ​​de luz à noite, devido aos reflexos da luz solar da Lua crescente e minguante – e essa radiância inconstante nos estimula de maneiras que não estamos totalmente cientes, sugerem novas pesquisas.

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“A luz da Lua é tão brilhante para o olho humano que é inteiramente razoável imaginar que, na ausência de outras fontes de luz, esta fonte de luz noturna poderia ter tido um papel na modulação da atividade noturna humana e do sono”, uma equipe de pesquisadores, liderado pelo autor principal e neurobiologista Horacio de la Iglesia, da Universidade de Washington (EUA), explica em um novo estudo.

“No entanto, a capacidade do ciclo lunar de poder modular a atividade noturna humana e o sono permanece uma questão controversa.”

Para investigar o mistério, os pesquisadores equiparam mais de 500 participantes com monitores de atividade baseados no pulso, para rastrear seus padrões de sono, e conduziram o experimento em locais muito diferentes.

Primeiramente, eles envolveram 98 participantes do povo Toba-Qom, uma comunidade indígena que vive na província de Formosa, na Argentina. Alguns desses participantes rurais do experimento não tinham acesso à eletricidade, outros tinham acesso limitado em suas casas, enquanto um contingente final vivia em um ambiente urbano com acesso total à eletricidade.

Em um experimento separado, os pesquisadores rastrearam o sono de 464 estudantes universitários que viviam na área de Seattle – uma grande cidade modernizada com todos os aparatos eletrificados da sociedade pós-industrial.

Rastreando a atividade de sono dos participantes durante o ciclo do mês lunar, os pesquisadores descobriram que o mesmo tipo de padrão pode ser visto em seu sono e vigília, independentemente de onde os voluntários viviam.

“Vemos uma modulação lunar clara do sono, com o sono diminuindo e um início mais tardio do sono nos dias que precedem a Lua cheia”, disse de la Iglesia.

“Embora o efeito seja mais robusto em comunidades sem acesso à eletricidade, o efeito está presente em comunidades com eletricidade, incluindo alunos de graduação da Universidade de Washington.”

Embora tenha havido alguma variação entre os resultados, em geral, os dados mostraram que o sono tende a começar mais tarde e no geral dura menos nas noites que antecedem a Lua cheia, quando o luar fornecido pela Lua crescente é mais forte no horas após o crepúsculo.

Embora o tamanho da amostra estudada aqui não seja especialmente grande – e certamente há mais pesquisas que poderiam ser feitas aqui para expandir esses resultados – o mesmo padrão foi observado em duas populações distintas que vivem em países separados e com níveis muito variados de acesso a eletricidade entre os voluntários, nos diz algumas coisas importantes, disse a equipe.

“Juntos, esses resultados sugerem fortemente que o sono humano está sincronizado com as fases lunares, independentemente da origem étnica e sociocultural e do nível de urbanização”, escrevem os pesquisadores em seu estudo.

Quanto ao que originou esses efeitos, os pesquisadores afirmam que a atividade noturna prolongada estimulada pelo luar pode ser uma adaptação evolutiva transportada da época das sociedades humanas pré-industriais – com a capacidade de permanecer acordado e ser produtivo sob uma Lua cheia brilhante beneficiando todos os tipos de costumes tradicionais ainda desfrutados por povos sem eletricidade hoje.

“Em certas épocas do mês, a Lua é uma fonte significativa de luz à noite, e isso teria sido claramente evidente para nossos ancestrais há milhares de anos”, disse um dos principais autores e biólogo do sono Leandro Casiraghi.

De acordo com entrevistas com indivíduos do povo Toba-Qom, as noites de luar ainda são conhecidas pela alta atividade de caça e pesca, aumento de eventos sociais e intensificação das relações sexuais entre homens e mulheres.

“Embora o verdadeiro valor adaptativo da atividade humana durante as noites de luar ainda não tenha sido determinado, nossos dados parecem mostrar que os humanos – em uma variedade de ambientes – são mais ativos e dormem menos quando o luar está bastante visível durante as primeiras horas da noite,” os pesquisadores explicam.

“Essa descoberta, por sua vez, sugere que o efeito da luz elétrica em humanos modernos pode ter tocado em um papel regulador ancestral do luar no sono.”

*Por Julio Batista

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Fonte: universoracionalista