Dia: 8 de fevereiro, 2021
Todo mundo é Influencer!
O que é ser um Influencer? Você é um Influencer? A verdade é que todo mundo é um influenciador, seja um anônimo ou uma celebridade, todos influenciam alguém de alguma maneira. Já parou para pensar nisso?
Afinal, o que é ser um Influencer? No imaginário de algumas pessoas, ser Influencer é ser famoso, é alguém que tem muitos seguidores nas redes sociais. Mas, na verdade, Influencer é influenciar pessoas. É transmitir, compartilhar, contagiar com alguma ideia ou atitude. Qualquer pessoa é um influenciador, não precisa ser famoso. É preciso tomar cuidado para não confundir influência com fama.
Fama é sobre reputação, é uma palavra que pode ter um significado positivo ou negativo. É como caráter todo mundo tem, basta saber se é bom ou ruim. O ser humano é um ser ambíguo, que detém a maldade e a bondade em si. O que defini se uma pessoa é boa ou não são suas escolhas e decisões durante a sua jornada.
É impossível definir as pessoas por serem totalmente boas ou ruins, pois as pessoas podem mudar suas ideias e comportamentos diariamente, dependendo do que as influenciam. Quem consegue dividir o mundo em dois lados, o grupo dos bons versus o grupo dos ruins, tem uma visão distorcida da realidade. E, provavelmente, está colaborando para o retrocesso social.
No meio desse desentendimento do que é ser Influencer, surgem afirmações injustas como, por exemplo, “Antes de querer ser Influencer é preciso ser relevante”. Essa afirmação é um contrassenso. Se toda pessoa é um influenciador(a), se toda pessoa é importante em uma sociedade democrática, todos são relevantes, independente de classe, gênero ou etnia. O que precisamos perceber, nesse momento, é que tipo de influenciador nós somos e estamos seguindo.
Caráter ou fama de uma pessoa não se comprova com grande número de seguidores, mas sim, através do bom comportamentos, discurso coerente e honestidade. Atualmente, as marcas antes de contratar um Influencer se certifica se vale a pena ter contato com influenciador(a), se ele(a) é socialmente responsável, não basta ter milhões de likes numa foto, é preciso ter conteúdo relevante.
A relevância nunca será direcionada a pessoa, pois todo ser humano é relevante. Até mesmo uma pessoa que tem um comportamento ruim é relevante, para entender que algo socialmente está errado. É uma espécie de termômetro para entender o contexto que estamos vivendo. E se for necessário, autoridades ou órgãos responsáveis deverão agir contra o problema. Por exemplo, quando uma figura pública compartilha fakenews, os controladores das redes sociais tem o poder de ação para bloquear o conteúdo indevido. Dependendo da gravidade, excluir a conta de quem ignora as regras da rede.
Por mais que uma pessoa seja ruim, tenha errado em algum momento, ela pode mudar. Então, o cancelamento nas redes deve ser pelo conteúdo e não cancelar pessoas. Essa afirmação não é para defender casos de pessoas violentas ou pessoas com atitudes doentias. Mas, a onda do cancelamento pode nos tirar do caminho da democracia.
Refletir sobre o que é ser um Influencer em 2021 vai definir a evolução ou regressão da sociedade brasileira. A falta de entendimento do significado do termo complica a participação de muitas pessoas no compartilhamento de informações e até apoio a causas urgentes. Todo cidadão é um agente de transformação e muitas pessoas não se expõe por não se considerarem importantes ou capazes de colaborar com a solução dos problemas sociais. Para ter voz nas redes não é preciso ter milhões de likes ou fama. É preciso apenas ter coragem de falar. Seguidores e ser reconhecido é uma questão de tempo. A reputação se constrói com trabalho e apresentação social, isso qualquer um pode fazer.
“O mundo muda se a gente muda”, a mudança vem do individuo que contagia o coletivo. Quem sonha com uma sociedade igualitária precisa pensar nas suas ações, precisa estar consciente de suas escolhas e decisões. Precisa se preocupar com que tipo de influenciador está seguindo e construindo suas ideias.
Nesse momento de isolamento, é mais que urgente entender como deve ser a postura de um Influencer, a postura de todo cidadão. Pois, quem não está convencido de que deve tomar a vacina pode colocar em risco a vida de todos. Pode influenciar negativamente outras pessoas, pode se contaminar e colocar todos em risco. Para superar essa crise econômica e sanitária que estamos vivendo será preciso união e respeito.
Todo mundo é Influencer! Todo mundo é relevante! Agora, basta saber se cada um está fazendo a sua parte, influenciando para o bem ou para o mal.
*Por Michelle Cruz
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*Fonte: obvious
Os cientistas descobriram uma maneira de decodificar os sinais do cérebro em discurso
Você não precisa pensar muito a respeito: quando você fala, seu cérebro envia sinais aos lábios, língua, mandíbula e laringe, que trabalham juntos para produzir os sons pretendidos.
Agora, os cientistas em San Francisco dizem que utilizaram esses sinais cerebrais para criar um dispositivo capaz de emitir frases completas, como “Não lave a louça suja de Charlie” e “Equipamentos fundamentais precisam de manutenção adequada”.
A pesquisa é um passo em direção a um sistema que seria capaz de ajudar pessoas com paralisia severa a falar — e, talvez um dia, dispositivos disponibilizados para o comércio que permitem que qualquer pessoa envie um texto direto do cérebro.
Uma equipe liderada pelo neurocirurgião Edward Chang, da Universidade da Califórnia, em San Francisco, analisou o cérebro de cinco pessoas com epilepsia, que já estavam passando por uma cirurgia no cérebro, enquanto falavam frases de uma lista com 100 possibilidades.
Quando a equipe de Chang posteriormente adicionou os sinais em um modelo de computador do sistema vocal humano, ele gerou uma fala sintetizada que era quase inteligível.
Uma amostra da fala gerada pela decodificação dos sinais cerebrais de um paciente.
O dispositivo não capta pensamentos abstratos, mas identifica a ativação dos nervos enquanto dizem aos seus órgãos vocais para se moverem. Anteriormente, os pesquisadores usaram esses sinais motores de outras partes do cérebro para controlar braços robóticos.
“Estamos acessando as partes do cérebro que controlam esses movimentos — estamos tentando decodificá-los, em vez de falar diretamente”, diz Chang.
No experimento de Chang, os sinais foram registrados usando eletrodos flexíveis em um aparelho chamado matriz de eletrocorticografia, ou ECoG, que fica na superfície do cérebro.
Para testar o quão bem os sinais podem ser usados para recriar o que os pacientes disseram, os pesquisadores apresentaram os resultados sintetizados para pessoas que trabalham no Mechanical Turk, um site colaborativo, que tentaram transcrevê-los usando um conjunto de palavras possíveis. Esses ouvintes conseguiam entender cerca de 50% a 70% das palavras, em média.
“Este é provavelmente o melhor trabalho que está sendo feito em BCI [interfaces cérebro-computador] no momento”, diz Andrew Schwartz, um pesquisador sobre essas tecnologias na Universidade de Pittsburgh. Ele diz que se os pesquisadores colocassem sondas dentro do tecido cerebral, não apenas sobre o cérebro, a precisão poderia ser muito maior.
Esforços anteriores procuraram reconstruir palavras ou sons de palavras a partir de sinais cerebrais. Em janeiro de 2019, por exemplo, pesquisadores da Universidade de Columbia mediram sinais na parte auditiva do cérebro enquanto os pacientes ouviam outra pessoa falar os números de 0 a 9. Eles foram então capazes de determinar qual número havia sido ouvido.
As BCI ainda não são avançadas o suficiente, nem simples o suficiente, para ajudar as pessoas que estão paralisadas, embora isso seja um objetivo dos cientistas.
Em 2018, outro pesquisador da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF) começou a recrutar pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), ou doença de Lou Gehrig, para receber implantes de ECoG. Esse estudo tentará sintetizar a fala, de acordo com uma descrição do ensaio do teste, bem como solicitar aos pacientes que controlem um exoesqueleto que sustenta seus braços.
Chang diz que seu próprio sistema não está sendo testado em pacientes. E ainda não está claro se funcionaria para pessoas que não conseguem mover a boca. A equipe UCSF diz que seu dispositivo não funcionou tão bem quando eles pediram aos oradores que pronunciassem as palavras silenciosamente em vez de dizê-las em voz alta.
Algumas empresas do Vale do Silício disseram que esperam desenvolver leitores cerebrais comerciais de pensamento para texto. Uma delas, o Facebook, diz que está financiando pesquisas relacionadas na UCSF “para revelarem a primeira interface de fala silenciosa capaz de digitar 100 palavras por minuto”, segundo um porta-voz.
O Facebook não pagou pelo estudo atual e a UCSF se recusou a descrever que outras pesquisas estão fazendo em nome do gigante da mídia social. Mas o Facebook afirma ver que o sistema implantado é um passo em direção ao tipo de dispositivo de consumo que deseja criar.
“Este objetivo está bem alinhado com a missão da UCSF de desenvolver uma prótese de comunicação implantável para pessoas que não falam — uma missão que apoiamos. O Facebook não está desenvolvendo produtos que requerem dispositivos implantáveis, mas a pesquisa na UCSF pode fundamentar pesquisas em tecnologias não invasivas”, disse a empresa.
Chang diz que “não está ciente” de nenhuma tecnologia capaz de funcionar fora do cérebro, onde os sinais se misturam e se tornam difíceis de ler.
“O estudo que fizemos envolveu pessoas que passaram por uma neurocirurgia. Não temos realmente conhecimento da tecnologia não invasiva disponível atualmente que possa permitir que você faça isso sem precisar abrir a cabeça”, diz ele. “Acredite em mim, se existisse teria profundas aplicações médicas”.
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*Fonte:mittechreview