Você pode ser bom e, ainda assim, mandar algumas pessoas se lascarem

Logicamente, por vivermos em sociedade, não poderemos agir como quisermos, falar o que vier à cabeça, nem levar a vida como bem entendermos, sem pensar em ninguém mais. Nossas ações alcançam mais pessoas do que imaginamos e somos responsáveis, até certo ponto, também com quem nos ama e faz parte de nossas vidas. Não podemos machucar as pessoas e achar que está tudo bem; não é assim que funciona o mundo.

O melhor a se fazer é tentar manter a consciência tranquila, sabendo que agimos da melhor forma, que vivemos de acordo com as batidas de nossos corações, sem pisar pessoas pelo caminho. Não conseguiremos agradar todo mundo, mas, agindo com responsabilidade, conseguiremos manter por perto quem realmente acrescenta algo em nossa jornada. Aliás, para nossa sobrevivência, teremos que nos libertar da necessidade de agradar o tempo todo, entendendo que, às vezes, teremos que escolher a nós mesmos e isso pode soar antipático a algumas pessoas.

A necessidade de agradar quase sempre está relacionada ao desconforto que muitos sentem quando percebem que tem alguém chateado com eles. Muitos de nós não sabemos lidar direito com as situações em que alguém fica bravo ou chateado conosco e isso incomoda. Aprender a lidar com essas situações, em que o outro se magoa ou fica bravo conosco, será providencial para nosso equilíbrio emocional. Caso não tenhamos sido injustos ou maldosos, o outro é que terá de ajustar sua conduta, nós não.

É preciso entender que dizer não, repreender, advertir, impor limites, também são atitudes de quem cuida, de quem quer ajudar, de quem ama de verdade. Quem se importa realmente com o outro não diz amém a tudo nem sorri o tempo todo, isso seria indiferença, seria tanto faz. Além disso, precisaremos nos conscientizar de que certas pessoas não merecerão um segundo de nosso dia, inclusive muitas delas deveremos mandar se lascar mesmo, para que nos deixem em paz de uma vez por todas.

As pessoas confundem muito ser bom com ser bonzinho e uma coisa não necessariamente tem a ver com a outra. Para ser bonzinho o tempo todo, é preciso um tanto de encenação, porém, bondade tem a ver com ser verdadeiro, com seguir em busca dos sonhos de maneira limpa e ética, mesmo que discordem de sua jornada. Somos bons, inclusive, falando o que deve ser dito, para o bem do outro, para o bem de nós mesmos. Não seja unanimidade, seja querido por quem vale a pena. E isso é tudo.

* O título desse artigo baseia-se em uma citação de Rafa Haui.

*Pro Marcel Camargo

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*Fonte: contioutra

Cientistas “conversam” pela primeira vez com pessoas durante o sonho

Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram abrir uma linha de comunicação bidirecional em tempo real com voluntários adormecidos durante um sonho lúcido, que é quando alguém se torna autoconsciente durante o sono. Ou seja, nesse estudo, os cientistas conseguiram “conversar” com pessoas que estavam dormindo e sonhando.

A experiência é semelhante à vivida por personagens de “A Origem” ou “Matrix”. Trata-se de uma excentricidade psicológica que há muito tempo desperta os interesses dos pesquisadores.

Comunicação durante o sonho é feita por movimentos oculares

Cientistas da Northwestern University e de várias instituições europeias puderam conversar com os chamados sonhadores lúcidos e fazer perguntas, recebendo respostas em tempo real na forma de movimentos oculares específicos.

Os participantes da pesquisa, publicada na revista Current Biology, se comunicaram com cientistas movendo os olhos para a esquerda e para a direita. Além de responderem perguntas simples, alguns chegaram a resolver problemas matemáticos.

Os sonhadores relataram ter ouvido as vozes dos pesquisadores como uma espécie de narrador intangível, identificando-o claramente como algo vindo de fora de seu sonho.

Os cientistas conseguiram se comunicar com precisão com os sonhadores cerca de 18% das vezes. No entanto, outros 20% produziram respostas incorretas ou incoerentes, sugerindo que havia pelo menos alguma forma de comunicação em andamento.

Estudo pode desvendar mistérios sobre a estrutura do sono

Para Karen Konkoly, autora principal da pesquisa, comemora os resultados. “É um tipo de experimento imediatamente gratificante de se fazer. Você não precisa esperar para analisar seus dados ou algo parecido. Você pode ver isso aí enquanto eles ainda estão dormindo”, afirmou.

Estudos deste tipo pode ajudar os pesquisadores a obter um novo nível de percepção sobre o conteúdo e a estrutura do sono – sem mencionar a abertura de novas fronteiras para a tecnologia, entretenimento e, quem sabe, até mesmo comercialização de sonhos.

*Por Jennifer Cardoso

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*Fonte: ciclovivo