Dia: 10 de abril, 2021
Quando a busca por um corpo perfeito esconde o medo de olhar para as entranhas de nosso interior
Desde que o homem vive na terra, há indícios da preocupação com a sua imagem física. Sempre houve algum ganho em apresentar-se fisicamente adequado. Exibir uma imagem “bonita” causa mais do que admiração e/ou desejo, em resumo, dizem que a vida é mais fácil para os “bonitos”. Talvez por isso, ao longo dos anos o conceito de beleza física foi se “aprimorando” e hoje podemos afirmar que não há mais limites para a busca do belo; entretanto, há que se lembrar que o que pensamos e sentimos vem da nossa mente, e não do corpo. Infelizmente, o que temos visto hoje na sociedade são corpos lindos – e infelizes!
“Temos mais preguiça no espírito do que no corpo.”
(François La Rochefoucauld)
O movimento de buscar sentir-se bem com a própria imagem é muito saudável e a preocupação com a saúde física e com o próprio corpo faz parte da vida e é mais uma forma – dentre tantas – de melhorar a sua autoestima. O problema surge quando a busca por um corpo perfeito passa a escravizar e, em casos mais graves, deixa de promover saúde e bem estar para ser mais um foco de doença. Para nós, psicoterapeutas, há sempre uma preocupação com o que as pessoas tentam esconder de si mesmas quando entram em qualquer padrão de comportamento compulsivo. A busca compulsiva por um corpo perfeito pode esconder o medo ou a tentativa de mascarar uma dor, uma perda ou mesmo um conceito muito ruim de si mesmo.
A melhor forma de avaliar se o culto ao corpo tornou-se patológica é observar, em primeiro lugar, o nível de importância que isso tem na sua vida e também o quanto de energia/tempo/dinheiro você investe nisso. Já diz um velho ditado: nada que é demais é bom. Se você estiver dando a isso mais importância do que outros constructos da sua vida, fique alerta. O segredo da felicidade e da saúde física/mental ainda é o equilíbrio, além do mais, ninguém gosta e nem deve ser avaliado apenas pela imagem física, então, devemos mostrar algo que possa ser visto além dela.
Em um quadro pouco otimista vemos hoje, crianças e adolescentes escravos da própria imagem física, buscando padrões idealizados e, por consequência disso, se frustrando. Não somos perfeitos e é importante passar isso para as gerações futuras. Todo e qualquer fanatismo, seja pelo corpo sarado, ou por qualquer outro assunto, vai levar ao sofrimento, pois tira a liberdade de pensar e de enxergar as diferenças. Liberte sua mente e não se escravize por qualquer padrão de conduta. Questione e questione-se sempre. Acima de tudo: ACEITE-SE. Aceitar a si mesmo é o ponto de partida para qualquer mudança e também para que se possa alcançar um objetivo.
Malhe seu corpo, mas não tenha preguiça de malhar também a sua mente, e a mente a gente malha pensando!
*Por viviane Battistella
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*Fonte: obviousmag
Estudos comprovam benefícios da caminhada
Pesquisadores reuniram um conjunto de estudos sobre os efeitos da caminhada e os resultados comprovam os efeitos positivos que a atividade traz. Caminhar pode literalmente somar anos à sua vida e, caminhar depois das refeições, em especial, é uma prática que ajuda a combater distúrbios metabólicos crônicos.
Pessoas que deram 8 mil passos por dia tiveram 51% menos risco de morte do que aquelas que deram 4 mil. Além disso, a pesquisa encontrou um efeito cumulativo e dependente da dose na pessoa, já que aqueles que caminharam 12 mil passos ou mais tiveram um risco de morte 65% reduzido.
O estudo envolveu cerca de 5 mil participantes que usaram pedômetros por três anos e tiveram as circunstâncias de morte foram monitoradas pelos cientistas.
Estudo sobre os benefícios da caminhada envolveram 5 mil participantes analisados durante 3 anos.
Caminhar pela vida
O movimento físico, não o exercício no sentido mais tradicional associado a treinos e esportes, ajuda a garantir um corpo forte e saudável. Conclusões científicas sugerem fortemente que as pessoas se movimentem mais, pois uma pequena mudança de hábitos pode fazer toda a diferença.
No caso dos participantes do estudo, os passos nem sempre ocorreram em longas caminhadas, mas também em atividades rotineiras como tarefas domésticas ou trocar o elevador pelas escadas quando possível. Outra dica é usar a caminhada como meio de transporte e, quando não for possível, estacionar o carro mais longe ou descer antes do ônibus ou do trem.
A taxa de mortalidade diminui, independente dos passos dados serem consecutivos ou intensos. Ou seja, é possível conquistar alguns benefícios da caminhada sem que seja necessário andar longas distâncias ou manter um ritmo acelerado.
A pesquisa tem resultados simples: ande e viva mais; exercite-se e viva mais ainda.
Doenças crônicas
De acordo com a pesquisa, a caminhada pode ajudar a prevenir e amenizar sintomas de doenças crônicas, especialmente se a caminhada for feita depois das refeições. A caminhada após o jantar foi especialmente benéfica para melhorar todos os indicadores de doenças cardiometabólicas.
Um estudo chinês descobriu ainda que diabéticos do tipo 2 descobriu que a média e o pico de glicose no sangue pós-refeição caíram por 12 horas após refeição, depois que os pacientes passaram a caminhar em uma esteira a 60% da frequência cardíaca máxima por apenas 20 minutos após o jantar.
Já pessoas com doença de gastrite e refluxo que incluíram a caminhada após o jantar ao invés de sentar, tiveram uma diminuição de sintomas de aproximadamente 12%. Em outro estudo, 64 pacientes apresentaram bons resultados no tratamento da função hepática com caminhadas após as refeições.
Além dos benefícios físicos, a caminhada é uma oportunidade de estar com quem gostamos, desfrutar momentos na natureza e conhecer novos lugares.
Bem estar físico e mental
Além de ser uma atividade física que traz benefícios diretos à saúde do corpo, caminhar é uma oportunidade de conhecer novos lugares, entrar em contato com a natureza e interagir com as pessoas de quem gostamos.
Uma boa caminhada pode somar anos à vida das pessoas, como demonstrado no estudo, e também tornar estes anos mais prazerosos.
*Por Natasha Olsen
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*Fonte: ciclovivo