Dia: 14 de abril, 2021
Rita Lee lança seu “Classic Remix Vol. 1”
Rita Lee disponibilizou para os serviços de streaming nesta sexta-feira(09) um disco que leva o nome de Rita Lee e Robert – Classic Remix Vol. 1.
Trata-se de um novo projeto da cantora a lado do guitarrista Roberto de Carvalho e seu filho do meio, João Lee, envolvendo releituras de seus grandes sucessos.
O primeiro volume de Classix Remix, que contra com um time de DJs refazendo os clássicos de Rita Lee, traz 12 faixas com novas versões de “Mutante”, por Gui Borato, “Cor de Rosa Coque”, por Mary Olivetti, e “Caso Sério” (2X), por DJ Marky, como seus destaques.
“Fico impressionada com os tais ‘Merlins do Som’. Eles desconstroem a música original e a transportam para muito além daquela minha tal máquina do futuro”, diz Rita sobre o disco.
No mês passado, Roberto de Carvalho revelou que ele e Rita lançarão uma música inédita em junho, algo que poderá ocorrer num dos próximos dois volumes que virão em breve. A declaração rolou numa live no Instagram com o DJ Memê. “É uma música esquisita, num estilo dance pop rock, inspirada em outro projeto, o lançamento de 36 músicas nossas remixadas pelo nosso filho do meio, o João, que é DJ e produtor musical”, disse Roberto. O músico acrescentou com bom humor que o casal aguarda possíveis críticas negativas: “Vamos ser apedrejados pelos roqueiros e vão dizer também que estamos investindo numa carreira musical”.
Utilize o player abaixo e conheça o novo álbum de remixes de Rita Lee:
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*Fonte: radiorock
Covid: por que ventilar ambientes é mais importante do que limpar compras
A chance de o contato de uma pessoa com uma superfície contaminada pelo coronavírus resultar em uma infecção é menor que 1 em 10 mil, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), agência de saúde pública dos Estados Unidos.
O órgão atualizou neste mês (05/04) as informações sobre transmissão do coronavírus por superfícies e reconheceu que o risco é baixo — uma constatação que alguns pesquisadores vêm apontando desde o ano passado.
“É possível que as pessoas sejam infectadas pelo contato com superfícies ou objetos contaminados, mas o risco é geralmente considerado baixo.”
Segundo o CDC, o risco relativo de transmissão do SARS-CoV-2 por superfície “é considerado baixo em comparação com contato direto, transmissão por gotículas ou transmissão aérea”.
O risco de contágio pelo ar varia muito, dependendo de fatores como quantidade de pessoas, ventilação, tempo de exposição e uso de máscaras adequadas. Veja os graus de risco de contágio em atividades cotidianas, segundo a Associação Médica do Texas (TMA, na sigla em inglês).
A atualização da agência dos EUA é o mais recente episódio do debate sobre o grau de importância dado à higienização de superfícies durante a pandemia, em comparação a outras medidas preventivas.
Em 2020, ao mesmo tempo em que o coronavírus começou a se espalhar, o hábito de lavar todas as embalagens logo depois de fazer as compras no mercado se popularizou. A orientação de limpeza dos produtos reflete a tentativa de evitar a contaminação quando alguém toca uma área ou objeto contaminados e depois leva a mão ao rosto.
No entanto, conforme os cientistas foram conhecendo melhor o comportamento do vírus, muitos especialistas começaram, ainda em meados de 2020, a alertar sobre o que consideravam um foco exagerado na transmissão por superfície contaminada, enquanto os cuidados com transmissão pelo ar ficavam em segundo plano.
A epidemiologista Adélia Marçal dos Santos, especialista na dinâmica de transmissão de doenças infecciosas e professora de Medicina da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, diz que “uma coisa que dificultou muito a contenção da doença no mundo inteiro foi a dificuldade de admitir a transmissão aérea do vírus”.
Foi em julho de 2020 que a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu que havia evidências de que o coronavírus podia se espalhar por minúsculas partículas suspensas no ar e que a transmissão aérea não podia ser descartada em ambientes lotados, fechados ou mal ventilados.
O CDC atualizou em outubro de 2020 suas diretrizes sobre os tipos de transmissão do coronavírus e passou a incluir os aerossóis, considerando que a transmissão pode ocorrer pelo ar. Esse entendimento é importante, segundo os especialistas, exatamente para destacar a importância de evitar locais com ventilação ruim ou com muitas pessoas aglomeradas.
No Brasil, a página do Ministério da Saúde atualizada em abril de 2021 menciona, sem entrar em muitos detalhes, que o coronavírus “é transmitido principalmente por três modos: contato, gotículas ou por aerossol”.
‘Teatro da higiene’
A expressão teatro da higiene (usada primeiro em inglês: hygiene theater) virou o símbolo das situações em que medidas insuficientes ou ineficazes dão uma falsa sensação de segurança em relação ao combate ao coronavírus.
O termo foi usado em um artigo do jornalista Derek Thompson, na revista The Atlantic, em julho de 2020, no qual o autor argumenta que “o teatro de higiene pode retirar recursos limitados de objetivos mais importantes”. A matéria descreve ações como a simples limpeza de cardápios em restaurantes e a desinfecção de assentos e paredes no metrô de Nova York.
Imagine um estabelecimento com funcionários fazendo a desinfecção de superfícies com alguma frequência, mas sem medida alguma para garantir uma boa ventilação do local ou para exigir o uso de máscaras apropriadas. Essa é a descrição de uma situação que poderia dar a falsa sensação de segurança, segundo o engenheiro biomédico Vitor Mori, membro do grupo de pesquisadores Observatório Covid-19 BR.
“O teatro da higiene é o ato de desinfetar tudo o tempo todo. Porque é algo mais concreto, visual… Vemos que algo está sendo feito e isso nos dá uma falsa sensação de conforto e de segurança”, diz Mori.
O que ele recomenda, no entanto (depois da dica número um, que é “fique em casa o máximo que conseguir”), é que as pessoas prestem mais atenção em medidas como: priorizar ambientes ao ar livre (ou com a maior ventilação possível), fazer distanciamento físico e usar boas máscaras, bem ajustadas ao rosto.
Se por um lado Santos diz que pode haver menos preocupação com cartas, jornais e outras superfícies, ela reforça que a recomendação de lavar as mãos continua valendo, é claro — não só devido à covid-19, mas para evitar outras infecções.
“A higienização das mãos e de produtos que serão tocados durante preparo e ingestão de alimentos deve ser mantida. Isso o protege da covid e de diversas doenças infecciosas. Mas não é suficiente para impedir a transmissão da covid”, diz.
A médica aponta que o investimento em melhoria da ventilação de estabelecimentos geralmente é alto e diz que “ninguém quer falar sobre isso”.
“Trabalhadores estão convivendo em espaços que nunca cuidaram da segurança respiratória. A adaptação é cara — a não ser que tenhamos inovações, o que é possível — e poucas empresas terão condições (de fazer o investimento) após o impacto da própria pandemia”, diz.
A OMS divulgou neste ano um documento com indicação de estratégias para melhorar a ventilação de ambientes internos e reduzir riscos de transmissão do coronavírus. O arquivo (em inglês) traz recomendações técnicas relativas à ventilação mecânica e natural e aponta que algumas recomendações devem ser avaliadas em consulta com profissionais da área de aquecimento, ventilação e ar condicionado (HVAC, na sigla em inglês).
Ao divulgar esse roteiro técnico, a OMS reforçou que a chance de contrair covid-19 é maior em ambientes cheios e espaços sem ventilação adequada onde as pessoas passam longos períodos de tempo próximas umas das outras.
“Esses ambientes são onde o vírus parece se espalhar por gotículas respiratórias ou aerossóis de forma mais eficiente, por isso, tomar precauções é ainda mais importante.”
*Por Laís Alegretti
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*Fonte: bbc/brasil