Gatos se unem com segurança aos seres humanos – talvez até mais do que cães

Muitos veem os cães como companheiros leais e cheios de amor, e os gatos como animais fofos que nos toleram — mas talvez tenhamos que repensar um pouco sobre isso. De acordo com uma pesquisa de 2019, os gatos podem ficar tão ligados aos seus amigos humanos quanto os cães.

Isso pode não ser uma grande surpresa para quem vive com com gatos, mas sugere duas coisas importantes. Em primeiro lugar, parece que subestimamos a profundidade do vínculo que os gatos podem formar com seus cuidadores e donos. Além disso, mostra que os cães não têm o monopólio do vínculo social seguro com o Homo sapiens.

“Como os cães, os gatos demonstram flexibilidade social em relação à ligação com os seres humanos”, disse a cientista animal Kristyn Vitale, da Universidade Estadual do Oregon, em setembro de 2019. “A maioria dos gatos está firmemente ligada ao dono e os usa como fonte de segurança em um ambiente novo”, afirmou ela.

No experimento comportamental, a equipe observou como os gatos respondem aos seus donos em um ambiente estranho. Pesquisas anteriores com macacos-rhesus e cães mostraram que ambas as espécies formam anexos seguros e inseguros.

Em um apego seguro, um cão em um ambiente estranho, ao estar com seus cuidadores, fica relaxado e explora o local. Um apego inseguro, por outro lado, fará com que o cão exiba um comportamento de estresse.

Vitale e sua equipe realizaram um teste desses dois tipos de apego em 79 gatinhos e 38 gatos adultos.

Primeiro, o gatinho ou gato e seu cuidador foram colocados juntos em uma sala, com o dono sentado em um círculo marcado. Se o gato entrasse no círculo, o dono poderia interagir com ele. Depois de dois minutos, o dono saía, deixava o gato ou gatinho sozinho e voltava após dois minutos. Ao chegar, sentava-se no círculo novamente. Todo o teste foi filmado, e os cientistas analisaram o vídeo para classificar o tipo de vínculo dos gatos.

Os gatos adultos participaram do teste apenas uma vez, mas os gatinhos foram testados duas vezes — o segundo teste ocorreu dois meses após o primeiro, pois 39 dos gatinhos passaram por um curso de treinamento e socialização de seis semanas. Os outros 31 agiram como um grupo de controle.

Dos gatinhos, 9 acabaram não sendo classificáveis, mas do grupo restante, 64,3% demonstrou apego seguro, enquanto 35,7% apresentou vínculos inseguros. Além disso, o treinamento não afetou o estilo de apego. Ao que parece, uma vez que um estilo de apego é estabelecido, tudo indica que esse vínculo durará para sempre.

Os gatos adultos apresentaram taxas semelhantes: 65,8 por cento demonstrou apego seguro e 34,2 por cento exibiu apego inseguro.

Curiosamente, essas taxas — 64,3% e 65,8% — estão bem próximas da taxa de apego seguro de 65% observada em bebês humanos. E os gatos apresentaram uma taxa de vínculo seguro um pouco maior do que a encontrada por um estudo de 2018 com 59 cães; os caninos exibiram 61% de apego seguro e 39% apego inseguro.

O estudo de Vitale mostrou que os gatos podem ser totalmente sociáveis ​​e afetuosos, desde que você não seja um idiota com eles. E eles costumam preferir interagir com humanos ao invés de comida ou brinquedos. Além disso, o novo estudo sugere que os gatos têm a capacidade e as características necessárias para formar laços sociais profundos com os seres humanos. [ScienceAlert].

*Por Giovane Almeida

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*Fonte: ciencianautas

Harley-Davidson surpreende com alta nos lucros, bom sinal para suas motos elétricas

Após vários anos de queda nos relatórios financeiros, a Harley-Davidson publicou relatório com números surpreendentes que mostram que a marca está em uma posição melhor do que os analistas esperavam. E os resultados podem ser uma boa notícia para o foco da empresa na produção de motocicletas (motos) elétricas.

De acordo com um comunicado oficial, a Harley-Davidson gerou um lucro ajustado por ação (LPA) de US$ 1,68 durante o primeiro trimestre de 2020, quase o dobro aguardado pelos analistas. A marca também registrou alta na receita de motocicletas este ano para algo entre 30% e 35%, 10% a mais do que previsto pela empresa.

Com a publicação dos resultados, o preço das ações da Harley-Davidson subiu 9,85%.

E como o crescimento de receita pode ajudar a “marca mais famosa de motos” com a produção de veículos elétricos? A Harley-Davidson anunciou recentemente um plano ambicioso de cinco anos, que inclui foco em motocicletas elétricas e a ressurreição da empresa depois de ter lutado financeiramente nos últimos tempos.

Em março, um novo diretor de veículos elétricos foi nomeado pela empresa, reforçando ainda mais o compromisso da marca com o desenvolvimento de motos da categoria.

E mesmo com o foco atual, a Harley-Davidson já é uma dos primeiras fabricantes a se comprometer com o desenvolvimento de um modelo de duas rodas elétrico. Em 2014, o projeto da LiveWire teve início, e a primeira moto da Harley-Davidson elétrica chegou nas estradas cinco anos depois. Inclusive, de acordo com a empresa, o veículo é a motocicleta do gênero mais vendida da América do Norte atualmente.

Como parte do plano, foram divulgados esboços de design e detalhes adicionais sobre até quatro novos modelos elétricos, incluindo uma nova moto da Harley-Davidson elétrica mais barata e até bicicletas. Esperava-se que alguns desses modelos se juntassem ao LiveWire em 2022, mas a pandemia de covid-19 afetou os planos da empresa.

Então, graças ao seu início precoce no desenvolvimento de motocicletas elétricas e aos bons resultados recentes, a Harley-Davidson tem uma vantagem de muitos anos sobre seus concorrentes no espaço. Se a empresa for capaz de capitalizar esse proveito, pode dar à empresa a garantia necessária para reconstruir suas vendas e reviver a marca.

*Por Arthur Henrique

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*Fonte: ciclovivo