Dia: 7 de maio, 2021
Gatos são atraídos até mesmo por caixas de papelão imaginárias
Gatos têm muitos hábitos estranhos. Estudos mostram que esses felinos domésticos podem perceber claramente contornos, enxergar bem movimentos rápidos e até mesmo reconhecer seus próprios nomes. Contudo, todo dono de um gato sabe que os bichos amam caixas de papelão.
Nesse sentido, um novo estudo da City University of New York mostrou que gatos podem gostar até mesmo de caixas imaginárias. O estudo foi um projeto científico cidadão realizado durante a pandemia. Ou seja, pessoas não relacionadas à ciência puderam se inscrever e participar do estudo em casa. 500 pessoas se inscreveram para participar do estudo, conquanto apenas 30 tenham realmente terminado a pesquisa seguindo todos os passos.
Os donos dos gatinhos precisavam realizar alguns testes com quadrados de papel. Um deles envolvia colocar um quadrado de Kanizsa no chão. Essa estrutura possui quatro formas parecidas com um pacman que dão a ilusão de formar um quadrado. Os pesquisadores também usaram um quadrado completo de papel e um controle (quadrado de Kanizsa com as formas desalinhadas, não dando a ilusão de ser um quadrado).
A pesquisa mostrou que na maioria dos casos os gatos preferem deitar ou sentar no centro dos quadrados de Kanizsa ou dos completos. Isso indica que esses felinos podem ter uma percepção complexa de contornos e de imaginação de formas, de acordo com os autores.
Por que gatos gostam de espaços fechados?
Cães e gatos são mamíferos, como nós. Portanto, ambos têm cérebros com semelhanças consideráveis aos nossos. No entanto, os caninos dominam de longe o universo das pesquisas e artigos científicos e, de acordo com os autores dessa pesquisa, não está claro porquê.
Por esse motivo, ademais, não há tanta base teórica para os resultados, ainda mais com apenas 30 participantes. Todavia, os pesquisadores puderam tirar algumas conclusões importantes da pesquisa.
Essa pesquisa mostrou que gatos podem perceber contornos imaginários de quadrados.
Essa preferência pelas caixas, mesmo imaginárias, pode ter uma forte relação evolutiva. Provavelmente isso ocorre porque os gatos se sentem mais seguros e protegidos dentro desses espaços. Além do mais, a pesquisa mostra que os animais podem divisar contornos, mesmo ilusórios, muito bem. Isso, por conseguinte, indica mais uma proximidade dos felinos a nós, humanos.
Outro ponto positivo da pesquisa é o ambiente. Devido às restrições sanitárias, todos os donos realizaram os experimentos em casa. Isso permitiu que os animais não tivessem alterações significativas de comportamento devido ao laboratório. Além do mais, o nome da pesquisa também define perfeitamente o comportamento dos nosso amigos felinos desajeitados: ‘‘If I fits, I sits“.
*Por Matheus Marchetto
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*Fonte: socientifica
Marca lança cerveja com “gosto” de mudanças climáticas
Cientistas alertam que secas mais frequentes e ondas de calor extremas vão afetar a produção global de alimentos e bebidas – a cerveja está incluída no aviso. Aliás, eventos climáticos já estão transformando o planeta, mas às vezes é difícil entender as consequências disso na prática. Nos Estados Unidos, a marca New Belgium Brewing está fabricando uma desagradável cerveja para conscientizar seus clientes.
Batizada de Torched Earth Ale, a cerveja é feita com ingredientes disponíveis aos cervejeiros em um futuro devastado pelo clima.
A cerveja escura com aroma de fumaça e “notas” de emergência climática não é saborosa, mas a intenção não é agradar e sim destacar, aos amantes de cerveja, que é preciso lutarmos para frear e reverter o colapso.
Todo o processo de fabricação, da composição ao rótulo, foi bem pensado pela New Belgium para dar a dimensão do problema. A Torched Earth foi feita com malte defumado para imitar o impacto que os incêndios florestais terão no abastecimento de água, depois adicionaram grãos resistentes à seca, como milho e trigo sarraceno, que são mais tolerantes às zonas agrícolas mutantes. Para o amargor, foi adicionado o dente-de-leão – que cresce em qualquer lugar – e, por fim, foi usado extrato de lúpulo estável, muito diferente do lúpulo fresco e com muito menos aroma.
Já a arte do rótulo foi produzido por Kelly Malka, uma artista de Los Angeles e imigrante marroquina, que experimentou, em sua própria comunidade, os devastadores impactos diretos das mudanças climáticas, incluindo o agravamento dos incêndios florestais e da poluição do ar.
Cerveja e clima
Nesta iniciativa, a New Belgium destaca que a indústria cervejeira não sairá ilesa das mudanças climáticas. “Ingredientes tradicionais como a cevada seriam muito mais caros, pois as regiões de cultivo encolhem devido ao aumento das temperaturas. Eventos climáticos extremos e secas constantes causariam a perda de anos inteiros de safra, tornando raros os ingredientes perecíveis, como lúpulo e malte, na melhor das hipóteses (más notícias se você gosta do IPA). E todos os tipos de ingredientes ficariam perpetuamente contaminados pela fumaça dos incêndios florestais, que rapidamente se tornaram mais quentes e perigosos nos últimos anos”, afirma a companhia em comunicado à imprensa.
Faz parte da ação também uma campanha em que a empresa pede aos clientes que pressionem suas marcas favoritas a adotarem planos climáticos até 2030. O “Última Chamada para o Clima” possui uma uma ferramenta online que permite aos usuários ver quais empresas norte-americanas já têm planos e quais não têm. “Se você não tem um plano climático, não tem um plano de negócios”, afirma Steve Fechheimer, CEO da New Belgium.
A marca também planeja ajudar outras cervejarias a zerar suas emissões poluentes. Para tanto, lançará um projeto detalhado como modelo para a indústria. A ideia é que qualquer companhia do setor possa medir sua pegada de carbono e tomar medidas para se tornar neutra em carbono. “Uma ampla variedade de estudos e análises mostra claramente que o investimento em soluções climáticas é uma parte vital do sucesso futuro dos negócios”, alerta a empresa.
A versão de cerveja apocalíptica da New Belgium foi lançada no Dia da Terra, celebrado em 22 de abril, e tem edição limitada. O principal rótulo da marca, a cerveja Fat Tire, possui certificação neutra em carbono e os planos são atingir emissões zero em toda a empresa até 2030.
*Por Marcia Sousa
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*Fonte: ciclovivo