Então… estamos de volta!

Depois de quase uma semana sem postagens nessa planície virtual, estamos de volta! Problemas sérios no computador da base não permitiam boas condições de vôo por aqui. Agora tudo (ou quase tudo) resolvido, som na máquina que o baile deve continuar.

ESTAMOS DE VOLTA!

Esse poder é verdadeiro? Um estudo sobre precognição que sacudiu a ciência

Entre os estudos científicos que surgiram na última década, talvez nenhum tenha sido mais controverso do que o artigo de 2011 do psicólogo americano Dr. Daryl Bem. Ele provou uma noção explosiva, que a precognição, a capacidade de ver eventos futuros, é verdadeiramente real, desencadeando um período conturbado entre psicólogos que ainda persiste até hoje. Como pode um eminente professor da Universidade Cornell chegar a tal conclusão, que está tão diretamente fora da ciência tradicional e sustentar a parapsicologia? Seus experimentos, que pareciam seguir procedimentos aceitos e métodos sonoros para chegar a essa prova inesperada, poderiam ser replicados?

O artigo “Feeling the Future: Experimental Evidence for Anomalous Retroactive Influences on Cognition and Affect” (Sentindo o futuro: evidências experimentais de influências retroativas anômalas na cognição e no afeto, em tradução livre), relatou nove experimentos envolvendo mais de mil participantes, com oito deles mostrando com sucesso que as respostas de uma pessoa poderiam ser influenciadas por eventos estimulantes que aconteceram após as respostas já terem sido feitas e gravadas.

Essa possibilidade apoiou fortemente a noção de precognição, onde os indivíduos parecem obter informações ou transferência de energia que nenhum processo físico ou biológico que conhecemos explica que eles devem ter.

Os experimentos que pareciam provar a tese de Daryl variaram em sua abordagem. Alguns dos estímulos utilizados eram de natureza erótica, com um experimento inicial que consistia em fazer que os voluntários do estudo olhassem para um par de cortinas em um computador. Eles deveriam adivinhar qual deles tinha uma imagem pornográfica por trás, com a resposta correta sendo escolhida aleatoriamente depois que o aluno tomou sua decisão. Curiosamente, os alunos tiveram um desempenho ligeiramente melhor do que a simples adivinhação teria produzido, com 53% escolhendo a localização correta da imagem.

Outro experimento fez com que os alunos examinassem conjuntos de palavras que eles teriam que digitar. De alguma forma, os alunos se saíram melhor no início lembrando as palavras que digitariam mais tarde. É como se ter a segunda oportunidade de praticar e lembrar que as palavras tinham benefícios que retrocedem no tempo.

O professor de neurociência cognitiva Chris Chambers, um dos críticos de Bem (e havia muitos), chamou a conclusão do artigo de “ridícula”. E ainda, “isso é realmente interessante porque se um artigo como este que está fazendo tudo normalmente e corretamente pode acabar produzindo uma conclusão ridícula, então quantos outros artigos que usam exatamente esses mesmos métodos que não chegaram a conclusões ridículas são igualmente falhos?” Chambers perguntou em uma entrevista. [Big Think]

*Por Marcelo Ribeiro

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*Fonte: hypescience

Tsundoku: A mania de comprar e acumular mais livros do que pode ler

Se isso soa como você, você pode estar involuntariamente envolvido em tsundoku – um termo japonês usado para descrever uma pessoa que possui uma grande quantidade de literatura não lida.

O Prof Andrew Gerstle ensina textos japoneses pré-modernos na Universidade de Londres.

Ele explicou à BBC que o termo pode ser mais antigo do que você pensa – pode ser encontrado na imprensa já em 1879, o que significa que provavelmente já estava em uso antes disso.

A palavra “doku” pode ser usada como verbo para significar “ler”. Segundo o Prof Gerstle, o “tsun” em “tsundoku” tem origem em “tsumu” – uma palavra que significa “empilhar”.

Então, quando colocado junto, “tsundoku” tem o significado de comprar material de leitura e empilhá-lo.

“A frase ‘tsundoku sensei’ aparece no texto de 1879 de acordo com o escritor Mori Senzo”, explicou o professor Gerstle. “O que é provavelmente satírico, sobre um professor que tem muitos livros, mas não os lê.”

Tsundoku é nada mais que a intenção de ler livros e eventualmente ir criando uma coleção. Qualquer pessoa que tenha em casa livros (empoeirados e nunca abertos) comprados na melhor das intenções vai entender.

Mas o que leva a esse comportamento? Compulsão?

Sentida em várias partes do mundo, mas por que só os japoneses definiram?

A definição original só se aplica a livros físicos e suas empoeiradas pilhas, que vão se amontoando à espera de leitura, ou às estantes abarrotadas pelas obras aguardando por atenção.

Mas,Tiro por mim, que esse termo já pode ser perfeitamente usado no mundo virtual. Tenho no tablet uma série de downloads nunca explorados ou sites e conteúdos salvos que provavelmente não serão lidos.

Há uma série de fatores que podem justificar esse fenômeno: a escassez de tempo cada vez mais sentida. Não podemos desprezar a concorrência desleal com as comunicações urgentes em nosso cotidiano, como: whatsapp, e-mails e mídias sociais. Difícil disputar com os conteúdos imediatistas como: a venda do Neymar, o novo clip do Justin Bieber ou a pegadinha do momento… Isso sem menosprezar o velho aliado do consumismo, a publicidade, que cria em nós uma necessidade de comprar maior do que a capacidade de consumir. Hoje isso ainda vem potencializado pelo filho mais velho, o marketing, e o caçula marketing digital

Para a urgência do capitalismo editorial pouco importa o destino que terão as obras nas mãos de seus consumidores, daí a ausência ou pouca divulgação de pesquisas qualitativas sobre a assimilação deste conteúdo editorial. Nada contra a quantidade de vendas, geram divisas, empregos para toda uma cadeia editorial. Maravilha!

O que você pode fazer para mudar isso? Primeiro, se você ainda não acumulou tantos livros quanto gostaria aproveite para refletir sobre a necessidade de cada desejo literário. Será que aquele livro que você tanto quer não está disponível online? Será que não há uma biblioteca em seu bairro onde você poderia pegá-lo emprestado? Aliás, essa dica também vale para o caso de você já ter uma quantidade razoável de livros em casa: empreste. Esqueça a besteira de ter ciúmes de livros. Conhecimento está aí para isso mesmo, ser compartilhado. Aqueles livros que você nunca leu e nem tem a intenção de ler, nem pense duas vezes: doe.

Aprenda a viver mais leve. Disponha as publicações organizadas e visíveis (será mais fácil se ela for menor). E por fim, sinta o prazer de ter uma biblioteca pequena, mas que é realmente usada. Afinal, pior que ter centenas de livros entulhados em caixas é deixá-los sem uso pegando pó.

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*Fonte: pensarcontemporaneo