Blackberry Smoke & Nick Perry – “You Can’t Always Get What You Want” (Rolling Stones)

Então! O que dizer quando uma das suas bandas preferidas se apresenta ao vivo e conta com a participação de um outros guitarrista da nova geração, do qual tu também é muito fan!? E ainda tocam um som dos Stones (salve Keith!).
É o que que acontece aqui nesse vídeo com o Blackberry Smoke e o Nick Perry! Putaquispariu….. Hey! ainda não me sai da cabeça que um dos melhores shows que já assisti ao vivo foi o do Blackberry Smoke, em POA, no Opinião. Tenho dito! E não, não seu desses que idolatram apenas mega-shows com bandas clássicas, claro que são massa, mas bons shows de verdade, via de regra, acontecem em lugares menores e com uma boa cerveja gelada.

Thanks God! Ah, valeu, valeu mesmo.

Somos todos imperfeitos

Olhar para dentro e encarar que somos imperfeitos, nos faz perceber que não somos infalíveis e que existe uma grande beleza e sabedoria nisso

O poeta Manoel de Barros dizia que para entender a intimidade do mundo era preciso desinventá-lo. Isso porque antes do alfabeto, das casas, das pessoas, o mundo foi feito de água, luz, árvores e depois lagartixas. Dar importância àquilo que achamos desimportante, talvez seja o primeiro passo para conhecer nossa intimidade e ela, na maioria das vezes, esconde-se em nosso avesso, onde nem tudo é perfeito.

Ou seja, a descoberta é que dentro dessa possível imperfeição que somos há espaços vazios, abertos, feito janelas em dia de sol à espera do encontro mais importante de nossas vidas: aquele com nós mesmos. Foi isso que aconteceu com a Natália. Um dia, ela decidiu riscar sem medo de ferir o papel. Riscar sem medo de não ser aceita. Riscar e descobrir que, dentro da sua imperfeição, existia uma estética que, justamente por não se adequar aos padrões e às necessidades do que é perfeito, aceitou-se plena e imperfeita.

Como enxergar o mundo?
Natália Bianchi, artista visual, vem conversar comigo numa manhã cinza e chuvosa. Logo me diz que não vê a chuva, apenas a ouve. Natália tem uma doença rara que a faz ver apenas em preto e branco, a acromatopsia, além de ter entre 15 ou 20% de visão. Conta que as pessoas perguntam se ela não sente falta de ver o mundo de modo completo. Ainda assim, nessas horas, sorri e devolve a questão: “o que é ver o mundo completo e perfeito?”

Quando era criança, Natália não tinha consciência de que enxergava menos. Via o mundo com suas texturas e volumes. Muito depois, descobriu que não enxergava as formas e as cores. Então foi rotulada como sendo deficiente. “E ter uma deficiência é estar fora do padrão, é ser inútil”, diz ela, enquanto abre uma pasta com suas obras. São riscos, traços em aquarela e nanquim, que trazem para o papel o modo como vê.

Experimentos imperfeitos
Suas criações são dotadas de distorções, movimentos e estranhamentos. Desse modo, desacomodam o olhar acostumado a ver o mundo com linhas e contornos definidos. As bordas nos contém. “O perfeito encerra um traço que modela a imagem, eu trabalho com o caos e o acaso. Minha obra é mais afetada e afeta mais. Não sei se vejo o mundo diferente, sei que o vejo do meu jeito”. Natália trabalha com a estética da imperfeição e suas obras são uma experiência visual imperfeita.

No início da carreira, criava quadros com elementos figurativos, que a maioria das pessoas gosta, porque são conhecidos, mas o problema é que eram desconhecidos para ela. Debatia-se com a questão: “por que dar forma àquilo que não tem forma para mim?”. Portanto, seu segundo desafio na arte foram as cores. “Para uma pessoa que no máximo alcança os tons de cinza, como entender do que se trata a teoria das cores?”, brinca.

Entretanto, para não se apegar às regras, costuma riscar os nomes das cores nos tubos de tinta. Depois espalha pela paleta e pinta, livremente. “As cores nasceram sem nome para mim; por que agora que tenho consciência da minha doença eu iria me importar com isso?”. Como resultado, da sua imaginação e liberdade brotam vermelhos, amarelos, azuis. Afinal, a visão é também um ato poético do olhar.

Criar pelo avesso
Foi quebrando regras, abandonando moldes e preferindo a desproporção que Ana Júlia Poletto descobriu-se uma ceramista do imperfeito e do “desútil”, termo muito presente na obra do poeta Manoel de Barros. Assim, amassar a argila, não usar o torno e passar para a peça suas emoções e sentimentos a motivam a criar pelo avesso.

Além disso, Ana Júlia faz peças em cerâmica, artefatos imperfeitos que lembram as lunações do poeta Herberto Helder, as desutilidades de Manoel de Barros, os desassossegos de Fernando Pessoa, a coragem de Adélia Prado. “É preciso renascer e reconstruir para deixar o avesso à mostra”, diz Ana. De certa forma, para ela, o barro é visceral. Ao tocar nele, ela acredita que toca na vida, em si mesma, nos seus medos – e assim aprende a conhecê-los.

Porque suas peças são irregulares, suas formas guardam silêncios e ressonâncias de mundos internos e distantes, suas texturas nos convidam ao toque. “Foi o barro que me ensinou como ele queria ser modelado e continua me ensinando que para aceitar o inacabado, o avesso, o imperfeito, é preciso motivação e intimidade.Trabalhar com o barro é saber e aceitar que o processo é mais lento, que é preciso criar um vínculo com a matéria-prima e estar presente no momento da criação com mente e essência, sem se preocupar se ficará bonito no final”, acredita a artista, que para aceitar-se imperfeita e inacabada teve, primeiramente, que seguir em direção a si mesma.

Somos Imperfeitos
Para a psicoterapeuta Gilla Bastos, toda pessoa para viver em sociedade, pertencer a grupos e estar dentro dos padrões sociais aceitos acaba por esconder seu lado imperfeito. “Só que ele é a nossa parte mais humana”, afirma. Para ela, aceitar que somos imperfeitos e incompletos é também deixar os nossos vazios existirem, mas envoltos de afetos, de compreensão e de amor. “É na imperfeição que encontramos a nossa subjetividade. E é nas brechas do imperfeito que há espaço para a existência e o convívio com o outro”.

Aceitar a incompletude, afinal, faz de nós o que somos. Viver é confuso e dá medo dos quartos fechados dentro de nós. O escuro pode ser o nosso avesso. No entanto, diferentemente do que passamos uma vida toda ouvindo, o avesso – ao contrário do lado perfeito e polido – guarda sua plenitude justamente por ser assimétrico e inacabado.

Enfim, somos imperfeitos e a não linearidade abre brechas em que o encontro se torna possível, onde o outro pode se fazer presente. A imperfeição nos ensina a beleza da simplicidade e é ela que nos empurra para a transformação e o crescimento. Parafraseando Manoel de Barros, são os nossos olhos que renovam o mundo.

*Por Adriana Antunes

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*Fonte: vidasimples

Eclipse Lunar e Superlua: Onde será visível o fenômeno de 26 de maio?

A madrugada desta quarta-feira, 26 de maio, será especial. Vai ocorrer o primeiro eclipse lunar de 2021, que também será uma superlua e uma “lua de sangue”.

No Brasil, o eclipse total da Lua não poderá ser visto, mas na maior parte do território será possível observar um eclipse parcial ou penumbral. Já a “lua de sangue” poderá ser vista em qualquer lugar.

Vamos explicar cada fenômeno e onde o eclipse será visível.

Um eclipse lunar total ocorre quando a Terra passa entre a Lua e o Sol, lançando uma sombra na lua. Os três corpos celestes devem estar perfeitamente alinhados para que isso aconteça.

Uma superlua ocorre quando uma lua cheia ou nova coincide com uma maior proximidade do satélite da Terra. Isso faz a Lua parecer maior.

A órbita da Lua é elíptica e um lado (apogeu) está cerca de 50 mil km mais distante da Terra do que o outro mais próximo (perigeu).

Portanto, uma lua cheia que ocorre perto do perigeu é chamada de superlua.

Nesse caso também é conhecida como “superlua das flores”, pois ocorre quando as flores aparecem na primavera do Hemisfério Norte.

Durante o eclipse, a Lua vai aparecer avermelhada porque a luz do sol não chegará diretamente a ela, mas parte dessa luz será filtrada pela atmosfera da Terra e as cores avermelhadas e laranja serão projetadas em nosso satélite.

Este efeito misterioso é popularmente conhecido como “lua de sangue”.

“Esta mudança de cor não se deve a uma mudança física na Lua, mas simplesmente porque a Lua se moverá em direção à sombra da Terra”, explicou Patricia Skelton, astrônoma do Observatório Real de Greenwich, à agência Press Association, de Londres.

“A atmosfera da Terra desvia a luz do Sol e banha a lua com uma luz vermelha.”

ONDE O ECLIPSE SERÁ VISÍVEL?

O eclipse lunar total em 26 de maio durará 15 minutos e será visível em parte da América do Sul e na costa oeste da América do Norte.

Será parcialmente visível em algumas partes da América Central e no oeste da América do Sul.

No Brasil, não será possível observar o eclipse total, mas numa faixa ao oeste será possível ver um eclipse parcial. Entre as capitais onde o eclipse parcial poderá ser observado estão Manaus, Campo Grande, Curitiba e Porto Alegre.

Numa outra faixa, que engloba a maior parte do país, será possível ver apenas um eclipse penumbral, que não encobre a Lua, mas a deixa mais escura que o normal. Entre as capitais onde poderá ser visto o eclipse penumbral estão Belém, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

Na ponta leste do Nordeste, numa região que engloba capitais como São Luís, Fortaleza, Natal, Recife e Aracajú, não será possível observar o eclipse.

Além das Américas, o eclipse também poderá ser visto na parte oriental de alguns países asiáticos, bem como na Oceania.

Este será o primeiro de quatro eclipses em 2021. Em 10 de junho acontecerá o próximo, um eclipse solar anular. Outro eclipse lunar ocorrerá em 18 de novembro e o último será um eclipse solar total em 4 de dezembro.

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*Fonte: epoca