Descoberta radical sugere que a expectativa de vida máxima do ser humano é de 150 anos

Sonhamos com uma época em que a medicina moderna permitirá aos humanos viver muito além da expectativa de vida que conhecemos hoje. Mas existe um limite superior do que é biologicamente possível?

Sim, de acordo com um novo estudo, que sugere que a expectativa de vida máxima humana provavelmente chega aos 150 anos de idade.

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A pesquisa explora a ideia de envelhecimento biológico ou senescência – a rapidez com que nossos corpos se deterioram, o que pode ou não corresponder à nossa idade cronológica (quantos aniversários celebramos).

Nesse caso, os cientistas desenvolveram uma nova maneira de interpretar as variações no número de diferentes tipos de células sanguíneas, resultando em uma medida que eles chamaram de indicador dinâmico do estado do organismo (DOSI, do inglês dynamic organism state indicator).

Com o tempo, ele mostra a resiliência de nossos corpos diminuindo lentamente – um dos motivos pelos quais leva mais tempo para se recuperar de doenças e lesões quando ficamos mais velhos.

Presumindo que possamos evitar doenças, desastres e coisas como assassinato ao longo de nossa vida, o DOSI é um método confiável para mostrar quando essa resiliência acabaria completamente, dizem os pesquisadores.

“A extrapolação dessa tendência sugeriu que o tempo de recuperação do DOSI e a variação divergiriam simultaneamente em um ponto crítico de 120-150 anos de idade, correspondendo a uma perda completa de resiliência”, explicaram os pesquisadores em seu estudo.

As informações de contagem de células sanguíneas de mais de meio milhão de pessoas retiradas de bancos de dados de pesquisa no Reino Unido, Estados Unidos e Rússia foram analisadas, juntamente com dados de contagem de passos de 4.532 indivíduos para medir a taxa de declínio na aptidão do corpo das pessoas.

A contagem de células sanguíneas pode indicar uma série de problemas no corpo. Para garantir que fosse um bom indicador geral de saúde e recuperação do corpo, a equipe usou os dados de contagem de passos para verificar novamente seu raciocínio.

Outra descoberta feita a partir dos dados foi uma mudança nas trajetórias de envelhecimento a partir dos 35 anos, e novamente a partir dos 65 anos. Isso está de acordo com alguns dos limites que existem na sociedade, como a idade em que as pessoas tendem a se aposentar dos esportes de elite e a idade em que as pessoas geralmente se aposentam do trabalho em tempo integral.

Mais adiante, os pesquisadores disseram que o estudo poderia ser usado para informar tratamentos que podem ter como alvo doenças e enfermidades sem afetar a resistência biológica, e talvez um dia até mesmo estender o tempo de vida máximo possível. No entanto, precisaremos de muito mais pesquisas e muito mais dados primeiro.

A nova análise está geralmente de acordo com estudos anteriores que mencionaram uma vida útil máxima de cerca de 120-140 anos – embora, em qualquer tipo de análise numérica como essa, haja um certo grau de suposições e estimativas fundamentadas.

No momento em que este artigo foi escrito, a idade mais velha que alguém alcançou nos registros é de 122 anos e 164 dias, da francesa Jeanne Calment. O que este estudo postula é que, sem algumas mudanças bastante radicais em nossos corpos em um nível fundamental, seria difícil forçar muitos anos a mais em nossas formas frágeis.

“Concluímos que a criticidade que resulta no fim da vida é uma propriedade biológica intrínseca de um organismo que é independente de fatores de estresse e significa um limite fundamental ou absoluto da expectativa de vida humana”, escreveram os pesquisadores.

A pesquisa foi publicada na Nature Communications.

*Por Julio Batista
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*Fonte: universoracionalista

Vídeo ‘inacreditável’ mostra duas abelhas trabalhando juntas para abrir uma garrafa de refrigerante

Embora todos reconheçamos as abelhas por sua importância em nossa cadeia alimentar como polinizadores, as criaturas inteligentes têm uma série de outros talentos, incluindo habilidade matemática, reconhecimento facial e até mesmo uso de ferramentas.

Um novo vídeo, postado originalmente no Twitter, mostra um par de abelhas aparentemente abrindo a tampa laranja de uma Fanta para alcançar o líquido açucarado de dentro. Na era atual dos truques digitais, devemos estar cientes de que isso pode ser um CGI inteligente; ou, talvez as abelhas realmente tenham trabalhado juntas, mas simplesmente abriram uma tampa de garrafa já frouxa.

De qualquer forma, é divertido pensar se as abelhas teriam habilidade para realizar esse furto de refrigerantes.

Segundo o ViralHog, o licenciador do vídeo que adquiriu as filmagens, o momento foi captado em São Paulo por um trabalhador em seu horário de almoço.

“Ganhei um refrigerante de um cliente, mas logo as abelhas o roubaram”, escreveu a pessoa na legenda do vídeo.

A habilidade precisa com que essas duas abelhas parecem torcer a tampa de uma garrafa de refrigerante tem confundido muitos na internet, alguns se perguntando como tal inteligência existe em um cérebro tão pequeno.

O usuário do Twitter Jeffrey Marlowe comentou:
Que tipo de inteligência existe em um cérebro tão minúsculo? Como elas sabem que deve ser girado no sentido anti-horário?

Já o outro usuário Brian B. ficou perplexo:
Eu não teria acreditado se não tivesse visto e ainda não tenho certeza se acredito!

Como aprendemos nos últimos anos, entretanto, o tamanho da cabeça de um animal não é tudo. Por um lado, animais minúsculos têm muito menos massa corporal para as células cerebrais trabalhar, então, naturalmente, precisarão de cérebros menores. Além disso, a complexidade das conexões entre os neurônios pode ser mais importante para o desempenho cognitivo.

Em 1962, uma década antes de ganhar o Prêmio Nobel para sua pesquisa sobre a comunicação das abelhas, Karl von Frisch atestou que as abelhas tinham cérebros pequenos demais para pensar, atribuindo sua natureza engenhosa a um instinto embutido. Desde então, a questão de quanto o cérebro de uma abelha pode gerenciar foi testada repetidamente.

Apesar de ter o cérebro do mesmo tamanho de uma semente de grama, cerca de 0,0002% do tamanho do nosso, as abelhas se mostraram surpreendentemente inteligentes em pesquisas recentes. Esses insetos não apenas podem aprender uns com os outros e usar ferramentas, mas também podem contar até zero e realizar equações matemáticas básicas.

A questão é: como uma minúscula calculadora do tamanho de uma semente transformaria suas habilidades de resolução de problemas em algo tão complexo quanto remover a tampa de uma garrafa de refrigerante?

Claramente, o preconceito de von Frisch por cérebros grandes ainda persiste hoje. Enquanto o zoólogo admitia que as abelhas podiam “realizar façanhas intelectuais surpreendentes”, ele afirmava que elas faziam isso apenas por instinto, falhando “quando de repente confrontadas com tarefas desconhecidas”.

Abrir a tampa de uma bebida açucarada dificilmente é uma tarefa que as abelhas desenvolveram para lidar com algo na natureza, então von Frisch ficaria cético. É possível que as abelhas apenas tenham tido sorte desta vez, detectando uma doce recompensa que as fizeram testar cegamente um meio de chegar até ela.

Por outro lado, a natureza ainda pode nos surpreender. No cérebro compactado da abelha, por exemplo, uma única célula nervosa às vezes pode entrar em contato com até 100.000 outras células.

Em pesquisas recentes, zangões foram treinados para rolar uma bola para o gol e ganhar uma recompensa. Para pontuar, os insetos precisavam copiar os movimentos uns dos outros e aprender com seus erros, o que eles eram capazes de fazer com uma facilidade surpreendente.

“Tal ‘uso de ferramenta’ outrora foi atribuído apenas aos humanos, mas depois aos primatas, junto aos mamíferos marinhos e, posteriormente, aos pássaros”, escreveram pesquisadores em 2017

“Agora reconhecemos que muitas espécies têm a capacidade de imaginar como um determinado objeto pode ser usado para atingir um fim”.

Mesmo com seu pequeno circuito de neurônios, as abelhas podem muito bem ser capazes de muito mais do que pensávamos. Da próxima vez que você se deliciar com um almoço ao ar livre, fique de olho na sua bebida.

Por Julio Batista
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*Fonte: universoracionalista