Dia: 1 de julho, 2021
5 coisas que você não sabia sobre ‘O Pequeno Príncipe’
Muito já foi dito sobre Antoine de Saint-Exupéry, autor de O Pequeno Príncipe. Conheça alguns fatos curiosos sobre a vida dele e os trabalhos que produziu:
1. Saint-Exupéry jamais ficava satisfeito com o que escrevia. A célebre frase “On ne voit bien qu’avec le cœur. L’essentiel est invisible pour les yeux”, que pode ser traduzida como “só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”, foi reescrita mais de dez vezes antes de alcançar sua forma final. Os manuscritos originais de O Pequeno Príncipe foram editados pelo próprio autor incontáveis vezes. No processo, páginas inteiras foram concentradas em uma única frase, reduzindo a obra a metade de seu tamanho original.
2. O autor costumava trabalhar na madrugada, e acordava seus amigos sem constrangimento para pedir conselhos e sugestões sobre as passagens mais difíceis. Era comum que começasse a trabalhar às duas da manha e fosse dormir no nascer do sol, quando sua secretária chegava e digitava seu trabalho com ele dormindo no sofá. Ele adorava receber amigos nas refeições, mas era comum que os convidados chegassem à uma da tarde à sua casa e precisassem acordar o anfitrião exausto.
3. Saint-Exupéry era aviador, e morreu servindo a força aérea francesa no final da Segunda Guerra Mundial . Decolou da da ilha da Córsega, às 8h45 do dia 31 de julho de 1944, para uma missão de reconhecimento sobre o território francês ocupado pelo exército nazista. Ele coletava informações para preparar um desembarque dos aliados em Provença. Seu avião foi abatido pelo piloto alemão Horst Rippert, que admitiu, arrependido, aos 88 anos, ser o autor dos disparos. Os destroços do caça P-38 foram encontrados só 60 anos depois da data de seu desaparecimento, no litoral da Marselha. A insígnia do esquadrão de reconhecimento GR I/33, um dos quais o autor fez parte, leva uma ilustração do Pequeno Príncipe em sua insígnia, e hoje é operado com drones.
4. A primeira tradução brasileira de O Pequeno Príncipe foi feita pelo monge beneditino Dom Marcos Barbosa em 1954, e publicada pela Editora Agir. Durante 60 anos ela foi a única disponível no mercado, e eternizou uma interpretação questionável. Na frase “Tu deviens responsable pour toujours de ce que tu as apprivoisé” , traduzida como “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, a palavra apprivoisé não significa cativar na acepção mais delicada e emocional da palavra, mas sim algo como “domesticar” ou “domar”, como se faz com um bicho de estimação.
5. O Pequeno Príncipe foi traduzido para uma série de línguas inusitadas. Uma delas foi o Toba, um idioma indígena do norte da Argentina que até então só possuía uma tradução do Novo Testamento da Bíblia. Outra versão curiosa é em Latim. Até o Esperanto, idioma artificial criado com a intenção de ser uma língua franca internacional, ganhou sua versão. Há 47 traduções coreanas para a obra, e mais de 50 versões chinesas. Essa imensa variedade de versões torna o livro um objeto frutífero para estudos tradutórios comparativos.
*Com supervisão de Isabela Moreira
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*Fonte: revistagalileu
Recuperado após 17 anos, Documentário Inédito sobre B.B. KING – poderá ser visto de GRAÇA!
Em entrevista exclusiva ao diretor Ricardo Nauenberg, um dos maiores nomes do Blues fala sobre preconceito racial, a evolução dos direitos civis dos negros e sua trajetória na música
Filmado em 2004, em São Paulo, durante a turnê de B.B. King (1925 – 2015) pelo Brasil, o documentário inédito ‘Black White and Blues’, dirigido por Ricardo Nauenberg, será exibido pela primeira vez após 17 anos.
Com seus arquivos desaparecidos, o filme, que acaba de ser recuperado, traz um contundente depoimento de um dos maiores nomes do Blues mundial sobre preconceito racial e sobre a evolução dos direitos civis dos negros.
O filme poderá ser visto, de graça, entre os dias 1° e 4 de julho na plataforma ZYX. Depois deste período, ficará disponível por R$10. No filme, em entrevista inédita, B.B King, um dos músicos mais respeitados e influentes do Blues, criador de um estilo musical único, fala abertamente sobre racismo e sobre o preconceito que sofreu por ser negro, tema bastante atual, que ainda é muito discutido nos dias de hoje.
Ele conta também sua visão sobre as mudanças na vida dos negros norte-americanos ao longo de 60 anos, período em que percorreu os Estados Unidos em turnês difundindo o Blues.
“B.B. King foi testemunha viva da questão dos negros. E esta foi a primeira vez que ele deu um depoimento falando sobre isso, mostrando o seu olhar sobre a questão”, conta o diretor Ricardo Nauenberg.
Com 57 minutos, ‘Black White and Blues’ é conduzido pela entrevista inédita de B.B.King, cuja voz marcante é mesclada com imagens de arquivo. B.B King conta sobre sua infância na pequena cidade de Indianola, no Mississipi, nos EUA, onde não havia estúdios musicais e cujas cordas de violão eram vendidas na farmácia.
Viveu sozinho dos 9 aos 14 anos, após a morte da mãe e precisou trabalhar na lavoura de algodão para se sustentar. Comprou, com a ajuda do patrão, seu primeiro violão, que na época custava o mesmo valor que ele ganhava em um mês inteiro de trabalho.
No entanto, o mote do filme é mesmo a questão racial. B.B. King conta que antigamente havia dois bebedouros, um para os brancos e outro para os “de cor”, assim como os banheiros, e diz que já apanhou muitas vezes por ter usado o banheiro dos brancos.
Ele conta também sobre sua trajetória na música e relembra a dolorosa vez em que foi vaiado: “Se você é negro e está ligado ao blues, é como se fosse negro duas vezes”, disse ele, que respondeu ao público cantando a música “Sweet Sexteen”, que diz: “Trate-me mal, mas eu vou continuar te amando da mesma forma”.
Luta pelos Direitos Civis dos negros
Ao longo do filme, uma narração contextualiza historicamente o período e a luta dos negros norte-americanos, desde o início, nos anos 1950, passando pelo assassinato de Emmett Till, de 14 anos, em 1955, e pela marcha que reuniu 200 mil pessoas em frente ao Lincoln Memorial, em Washington, em 1963, onde Martin Luther King proferiu seu mais famoso discurso, chegando até ao assassinato do ativista, em 1968.
O Blues foi um dos grandes responsáveis pela aceitação dos negros na sociedade norte-americana, principalmente a partir dos anos 1960. “Nós descobrimos que muitas pessoas que dificilmente falavam com os negros nas ruas vinham vê-los tocar nos festivais”, ressalta B.B. King, enfatizando o Blues como um passaporte para a mudança.
B.B. King cita a entrevista como um exemplo das transformações ocorridas nos últimos anos: “Antigamente, ninguém queria me ouvir, o que eu tinha para dizer. Hoje vocês tomaram um tempo para vir até aqui e conversar comigo. E eu queria agradecer por vocês terem feito isso”, disse ele, que aprovou o filme na época e pediu que ele fosse exibido no B.B. King Museum, museu sobre sua trajetória, que estava sendo criado na época, e que existe até hoje em sua cidade natal, nos EUA.
Sobre B.B King
Riley Ben King (Itta Bena, 1925 – Las Vegas, 2015), mais conhecido como B. B. King é considerado um dos mais geniais guitarristas de todos os tempos e, segundo a revista norte-americana Rolling Stone, um dos melhores guitarristas do mundo, ao lado de Eric Clapton e Jimi Hendrix.
Com 16 prêmios Grammy, mais de 50 discos e quase 60 anos de carreira, B.B King criou um estilo único, que fez dele um dos músicos mais respeitados e influentes de Blues. O seu primeiro grande sucesso foi nos anos 1950 com “Three o’clock blues”.
Diversos outros sucessos do astro marcaram época, como “The thrill is gone”, “When love comes to town”, “Payin’ the cost to be the boss”, “How blue can you get”, “Everyday I have the blues”, “Why I sing the blues”, “You don’t know me”, “Please love me” e “You upset me baby”.
Sobre a ZYX
A plataforma ZYX traz as melhores fontes de entretenimento, além de canais temáticos de produção própria. Separado por assunto, o conteúdo pode ser acessado com um clique, de acordo com o interesse do espectador — cinema, teatro, livros, shows, etc. Os canais por assinatura oferecem uma programação exclusiva, em primeira mão.
A plataforma abriga, ainda, a ZYX Photo Art Gallery, que surgiu a partir de uma tendência mundial, trazida pela revolução digital, que impactou diversos setores, incluindo o mundo das artes. Exposições on-line ampliam as informações sobre os artistas e as obras.
Serviço: Black White and Blues
Lançamento: 1° de julho de 2021
Plataforma Digital ZYX: www.zyx.solutions
Gratuito de 1° a 4 de julho de 2021
Após: R$10
Ficha técnica:
Direção: Ricardo Nauenberg
Produção: Indústria Imaginária
Duração: 57 minutos
Ano: 2004
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*Fonte: aventurasnahistoria