Fim de uma era: Valentino Rossi anuncia aposentadoria da MotoGP no final de 2021

Valentino Rossi, multicampeão da MotoGP e uma lenda do esporte a motor, confirmou nesta quinta-feira (05) que se aposentará da categoria após o final desta temporada. A decisão do italiano foi anunciada em uma coletiva extraordinária no Red Bull Ring, antes da disputa do GP da Estíria.

A expectativa do anúncio da aposentadoria de Rossi já existia há algumas semanas, com o italiano vivendo sua pior temporada na MotoGP. E o local da confirmação não poderia ser outro: na quarta-feira (04), completou-se 25 anos do primeiro pódio do italiano no Mundial de Motovelocidade, quando foi terceiro colocado no GP da Áustria das 125cc no próprio Red Bull Ring, quando ainda era conhecido como A1 Ring.

Mas na coletiva Rossi deixou algo claro: a aposentadoria da MotoGP não significa uma aposentadoria das pistas. O italiano passará a focar em corridas de carro, algo que ele já vinha fazendo esporadicamente nos últimos anos.

Depois de perder a vaga na equipe oficial da Yamaha para Fabio Quartararo, houve muita especulação sobre uma possível aposentadoria de Rossi ainda no ano passado, mas ele optou por seguir mais um ano nas pistas. Em 2021, o italiano corre na Petronas SRT, equipe satélite da Yamaha, tendo ao seu lado o ítalo-brasileiro Franco Morbidelli.

Mas os resultados simplesmente não vieram para Rossi. Após a primeira parte do campeonato, encerrada no fim de junho com o GP da Holanda, o multicampeão tinha como melhor resultado apenas um décimo lugar no GP da Itália, em Mugello. Na classificação do Mundial, ele se encontra muito atrás das outras Yamahas, de Quartararo, Maverick Viñales e Morbidelli.

A cada corrida neste ano, a sensação de que a aposentadoria de Rossi se aproximava ficava cada vez mais forte. Caso optasse por seguir na MotoGP em 2022, precisaria ainda cumprir critérios de performance determinados pela Yamaha em seu contrato ou teria que correr atrás de outra montadora, sendo que boa parte das vagas do próximo ano já estão fechadas.

Mas mesmo uma última temporada amarga não apaga uma carreira brilhante de Valentino Rossi no Mundial de Motovelocidade, marcada por títulos, vitórias, pódios e recordes que devem ser mantidos por um bom tempo.

Rossi estreou no Mundial de Motovelocidade em 1996, na 125 cilindradas correndo com a Aprilia e logo no ano de estreia conquistou a primeira vitória, no GP da República Tcheca. Já no ano seguinte, foi campeão da classe, garantindo sua evolução para as 250 cilindradas, onde foi vice-campeão de cara, em 1998, perdendo para o compatriota Loris Capirossi, um de seus principais rivais ao longo da carreira.

Em 1999, dominou, vencendo nove das 16 corridas do ano e subindo ao pódio em outras três, sendo campeão com folga e carimbando sua passagem para a categoria rainha: as 500 cilindradas, onde já chegou com status de futuro campeão.

Estreando com a Honda, Rossi se mostrou competitivo desde o início, vencendo duas corridas e terminando com o vice-campeonato. Mas a história na categoria que o consagrou para o mundo do esporte estava apenas começando. Entre 2000 e 2010, conquistou impressionantes sete títulos, além de dois segundos e dois terceiros, consagrando-se como um dos maiores nomes do esporte

Seu primeiro título veio já em 2001 com a Honda, conquistando ainda outros dois com a montadora. Mas Valentino Rossi é praticamente sinônimo de Yamaha, uma parceria que começou em 2004, e da melhor forma possível.

Já em seu primeiro ano com a Yamaha, Rossi foi campeão, emendando com o penta da MotoGP em 2005. E após perder os títulos de 2006 e 2007 para Nick Hayden e Casey Stoner, o Doutor voltou a brilhar nos anos seguintes, conquistando o hexa e o hepta em 2008 e 2009, seu último título na categoria.

Mas mesmo um dos maiores da história também possui sua cota de erros e momentos complicados. Para Rossi, isso veio em 2011, quando deixou a Yamaha e assinou com a Ducati.

Se para os fãs italianos a combinação de Rossi com Ducati era um sonho, na pista a situação foi muito diferente para o Doutor. Ao longo de dois anos, subiu ao pódio apenas três vezes, sem conquistar nenhuma vitória.

Após dois anos desastrosos com a Ducati, Rossi voltou à Yamaha em 2013, onde conquistou mais três vice-campeonatos, incluindo a polêmica temporada de 2015, quando teve uma disputa intensa com seu companheiro de equipe, Jorge Lorenzo.

O ano também foi marcado por uma rivalidade com Marc Márquez que rendeu um dos momentos mais polêmicos do esporte, quando Rossi chutou o piloto da Honda durante o GP da Malásia.

Depois de 2015, Rossi seguia entregando boas corridas, mas sem a mesma frequência dos anos anteriores, conquistando sua última vitória no GP da Holanda de 2017 e o último pódio em julho de 2020, no GP da Andaluzia.

No ano passado, Rossi voltou a estampar as capas dos principais veículos do mundo, mas por um motivo muito diferente: um grave acidente entre Johann Zarco e Franco Morbidelli, com as motos dos dois pilotos voando pelo Red Bull Ring e errando Rossi por questão de centímetros. O italiano criticou duramente os envolvidos e cobrou mais segurança da categoria.

Até o momento, já disputou 423 grandes prêmios, com 115 vitórias. São 235 pódios no total, 65 pole positions, 96 voltas mais rápidas e 6.330 pontos, que, no entanto é um valor que – com toda a probabilidade – será melhorado até o final do ano.

Com a despedida de Valentino, a MotoGP perde um dos maiores nomes de sua história e também um dos símbolos que, nos últimos 20 anos, obteve sucesso em todas as pistas por onde passou. Uma era chega ao fim, e isso era inevitável. Mas o que Rossi fez ficará na história.

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*Fonte: motorsportuol

Não Há Maldade Mais Cruel Do Que Pessoas Disfarçadas Do Bem

Em um estudo na Universidade de Nijmegen, há alguns anos, é mencionada a existência de um “gene de agressão” depois de estudar várias famílias na Holanda por cinco gerações. No entanto, os especialistas confirmam que você não pode falar de uma herança genética quando falamos do mal.

Embora a ciência não esteja clara sobre a existência de um “gene do mal”, é verdade que muitos concordam que existem circunstâncias biológicas e culturais, como afirma o cientista e divulgador Marcelino Cereijido nos assinala algo interessante. “Não existe o gene da maldade, porém há certos aspectos biológicos e culturais que a podem propiciar”.

Outros aludem a causas físicas . Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Wisconsin revelou que os psicopatas mostram conexões reduzidas entre o córtex pré-frontal, a parte do cérebro responsável por sentimentos como empatia e culpa , e a amígdala, que está envolvida no medo e na ansiedade.


Os nazistas pareciam terrivelmente normais

‘A face do mal não é a face de ninguém, é sempre uma imagem falsa, que é imposta, ou projetada, no oponente’, escreveu o psicólogo Roy Baumeister (capa) em seu livro Evil: Inside Human Violence and Cruelty – E a filosofa Hannah Arendt contribuiu com essa assertiva ao dizer que: “As coisas mais horríveis sobre os nazistas não eram que eram tão desviantes, mas que eram terrivelmente normais”. Na realidade, a maioria das pessoas envolvidas no mau comportamento não vê esse comportamento como mau.

‘O mal puro é apenas um mito’, argumenta Baumeister, e continua: ‘a pessoa que praticaa o mal justifica a moralidade de suas ações para si mesma de alguma maneira. Ao se convencer de que seu comportamento é moral, essa pessoa pode se separar e se desvincular do comportamento imoral e de suas consequências’. Um bom exemplo disso, foi o fato de Jim Jones, pastor cristão, que conduziu 918 pessoas ao suicídio coletivo em Jonestown, Guiana em 1978. Jim, em seus sermões sempre se mostrava lúcido, pacífico e honrado. E era, pelo menos, ele acreditava peremptoriamente nisso. Ele, assim como tantos, provam que nenhum mal é feito com tamanha convicção e sem culpa, quanto aquele que é feito em nome de Deus.

Como lidar com pessoas cruéis disfarçadas de boas pessoas?

Todos podemos ser vítimas das pessoas cruéis, que se permitem á prática da maldade. Não importa a idade, o status ou as nossas experiências anteriores. Este tipo de pessoa pode ser encontrado no meio da família, em ambientes de trabalho e em qualquer outro cenário. No entanto, podemos identificá-las de várias formas.


A pessoa de coração obscuro nos seduzirá com a mentira. Elas irão se camuflar por trás de palavras bonitas e atos nobres, mas pouco a pouco surgirá a chantagem. E mais tarde, a criação do medo, da culpa e da violência mental.

Perante estes mecanismos, cabe apenas uma opção: a não-tolerância. Não importa que seja a nossa irmã, nossa parceira ou um colega de trabalho. Os perturbadores da calma e do equilíbrio só buscam uma coisa: acabar com a nossa autoestima para ter o controle.

Teremos a sensação clara de que não há saída. De que elas nos têm sob suas redes. No entanto, vale recordar que “é mais poderoso aquele que é dono de si mesmo”. Por isso, é importante acabar com o jogo da dominação e da agressividade com determinação.

Os jogos da dominação e da agressividade encoberta são muito complexos. No entanto, é necessário agir com rapidez para remover armadilhas e reagir a ameaças veladas. No momento em que sentirmos desconforto ou preocupação em relação a certos comportamentos, só existe uma opção: a distância.

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*Fonte: portalraizes