Dia: 7 de agosto, 2021
O que acontece no cérebro masculino ao se tornar pai?
Quando o homem sabe que sua companheira ficou grávida, começa um baile hormonal em seu cérebro
Mesmo que seja um filho muito desejado pelo pai de primeira viagem, o mundo das preocupações pode despertar e tem seu momento culminante entre a quarta e a sexta semana após o homem tomar conhecimento da notícia, de acordo com um estudo realizado na Austrália em mais de 200 casais.
As preocupações dos futuros papais giram em torno de três eixos: a relação de casal após o nascimento do filho, o trabalho e, claro, o sexo (e não mencionamos o caso de a criança não ser desejada, o que possivelmente faria com que as preocupações se transformassem em angústia). Além disso, como cada pessoa expressa o que a inquieta de uma forma diferente, não é de se estranhar que no começo da gravidez o homem se mostre mais distante e mais ensimesmado, com a cabeça girando. Não é que não queiram (em alguns casos pode ser que seja assim), mas simplesmente a química os leva a isso.
Durante a gravidez o mundo das preocupações continua, mas a química se encarrega de reduzir o interesse sexual em um momento em que a fecundação não é possível. Faz tudo isso através de dois hormônios, fundamentalmente: a testosterona e a prolactina. A testosterona é o hormônio rei do homem, que lhe traz força, domínio e agressividade. Quando a companheira está grávida, esse hormônio cai e tem seu nível mais baixo durante as três semanas anteriores ao parto, que chega até a 33% menos. A prolactina, pelo contrário, aumenta em até 20% no mesmo período de tempo.
Graças a ela o homem desenvolve novos instintos paternais como aguçar o ouvido quando o bebê chora e diminuir o instinto sexual durante os meses de gestação. É também a responsável pelo fato de alguns pais, especialmente os de primeira viagem, sofrerem a síndrome de Couvade ou “gravidez empática” e que aumentem de peso como se eles também estivessem grávidos (se isso aconteceu com você, pelo menos já tem a explicação: a prolactina). Passado algum tempo, os dois hormônios se reajustam, curiosamente, após a quarentena e quando o filho anda chegam ao seu nível original, como explica Louann Brizendine em seu livro “O Cérebro Masculino”.
A química do cérebro do homem também desperta o instinto protetor com seu filho e a sensação de satisfação. Quando o bebê sorri ao seu pai quando ele troca suas fraldas e lhe faz um carinho, o circuito de recompensa do homem é ativado, o faz sentir-se muito bem e, sobretudo, reforça seu laço de união com seu filho. Por isso, é muito importante que exista um contato diário do pai com seu filho e que a mulher o deixe ser parte do cuidado desde o primeiro momento, ainda que algumas pensem que seu companheiro não é competente na matéria e alguns prefiram se eximir de certas rotinas.
É muito importante que ocorra um contato diário do pai com seu filho e que a mulher lhe deixe ser parte desse cuidado desde o primeiro momento.
Tudo isso tem vantagens muito consideráveis, uma delas para o pai, que o ajuda a fabricar oxitocina, o hormônio do prazer e que o faz sentir-se muito bem consigo mesmo. Também tem vantagens para a criança. O papel coprotagonista do pai ajuda o bebê a ganhar mais confiança em si mesmo. Igualmente, a forma de brincar do pai, que costuma desobedecer algumas regras e que é bem diferente da forma da mãe, é um estímulo à aprendizagem do filho. A vantagem do coprotagonismo durante os primeiros meses também vale para o casal. Ainda que um bebê seja um fator de estresse para uma relação (não vamos nos enganar), se o pai ao menos se envolver desde o começo e a mãe não criticar o que ele faz, os laços de casal se reforçam. Por tudo isso, vale a pena tentá-lo.
Definitivamente, nosso cérebro nos permitiu chegar até aqui como espécie. Por isso, não é de se estranhar que as reações químicas do homem comecem quando chega a notícia de sua paternidade e durem por toda a vida. O objetivo é a criança, mas o fato de ser pai também tem um benefício pessoal ao homem, que o ajuda a acessar novos registros emocionais onde existe mais carinho e maior proveito das pequenas recompensas.
*Por Pilar Jericó
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*Fonte: elpais
Japão quebra recorde com 319 Tbps de velocidade de internet
Cientistas do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicação do Japão quebraram o recorde mundial de transferência via internet: 319 Tbps de transmissão de dados ao longo de 3 mil km com fibra ótica de quatro núcleos.
Para efeito de comparação, o valor representa o dobro dos 179 Tbps obtidos em agosto do ano passado por uma equipe de pesquisadores britânicos e também japoneses. Para chegar a essa impressionante performance, a equipe do Instituto utilizou praticamente todas as fases do pipeline e adotou alguns facilitadores.
Por exemplo, a linha de fibra óptica não tinha só um núcleo, mas sim quatro. Os pesquisadores dispararam lasers de um gerador óptico em vários comprimentos de onda, usando amplificadores criados com minerais de terras-raras.
Como o teste foi feito dentro do laboratório, a equipe usou uma fibra em espiral para transferir os dados a uma distância simulada de 3 mil quilômetros, sem perda de qualidade de sinal e/ou velocidade.
Quanto a um possível impacto do teste do Instituto em nossa internet do dia a dia, os pesquisadores do NICT comentam para um uso prático de suas tecnologias de produção de fibra em gerações “além do 5G”, como o futuro 6G. Sobre os reflexos práticos da tecnologia, eles acendam que significa adotar um acesso mais rápido à internet que nunca “trava”, mesmo com aumento do número de usuários.
*Por Ademilson Ramos
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*Fonte: engenhariae