‘Positividade tóxica’ pode aumentar riscos de depressão e ansiedade

Todo mundo já ouviu, ao menos uma vez, que é necessário “olhar para o lado bom das coisas”, mesmo que em uma situação muito difícil, como, por exemplo, a pandemia de Covid-19. De fato, o feito é muito importante, mas também é necessário enfrentarmos e entendermos os sentimentos ruins.

Isso é o que afirma a doutoranda em psicologia da Universidade do Quebec em Montreal, no Canadá, Andrée-Ann Labranche. Em sua pesquisa, a especialista aponta que a ‘positividade tóxica’ se tornou um grande risco para saúde mental dos seres humanos.

De acordo com o estudo, é muito comum entrar nas redes sociais e se deparar com diversas frases motivacionais alegando que para se viver é necessário “ser positivo”, deixando frustrações, angústias e tristeza de lado.

A psicóloga relata que focar apenas em boas emoções pode ser denominado como invalidação emocional. O termo vem da atitude das pessoas em procurarem uma aprovação sobre seus sentimentos, já que externar as emoções ajuda a compreendê-las e aceitá-las de uma melhor maneira.

Fator necessário também para aquelas emoções presentes em momentos difíceis, como o término de um relacionamento, perda de um ente querido e frustações do cotidiano. Labranche afirma que nestes casos, é comum que terceiros não queiram ouvir as lamentações e passem a ignorar ou criticar os sentimentos da outra pessoa.

O estudo aponta que pessoas frequentemente invalidadas tendem a apresentar sintomas depressivos e de ansiedade, dificuldade em tolerar pensamentos e emoções difíceis, além de passar a se defender desnecessariamente em situações comuns.

Andrée-Ann Labranche ressalta que suprimir ou evitar sentimentos ruins e aderir a ‘positividade tóxica’, na verdade, são a chave para viver o efeito contrário. “As emoções tendem a retornar com mais frequência e intensidade”, explica.


A negatividade faz parte da vida

O estudo relata ainda que o ser humano, normalmente, possui mais lembranças ruins e negativas do que positivas. De acordo com a pesquisa, o feito acontece, pois, há muito tempo a nossa sobrevivência dependia da capacidade de evitar situações de perigo, tidas como negativas.

Ou seja, somos projetados para nos atentarmos a situações negativas e prejudiciais, como uma forma de defesa. Este instinto também é muito importante para compreensão de sentimentos de terceiros.

É possível notar que o vocabulário de qualquer pessoa é mais rico no momento de descrever situações negativas. Outro exemplo, é a capacidade aumentada dos pais em interpretar e julgar emoções negativas dos seus filhos.

Fim da ‘positividade tóxica’

A autora lembra que nem todo estímulo positivo deve ser interpretado como prejudicial, mas que é possível realizar essa diferenciação em frases do cotidiano enquanto conversamos com alguém próximo.

Um dos exemplos mais claros da ‘positividade tóxica’ é dizer: “Não veja o lado negativo, pense nas coisas boas”. Invés disso, devemos escutar e utilizar expressões que validem os sentimentos de terceiros, como: “É normal sentir isso depois de um dia (ou situação) difícil, vamos tentar dar um sentido a isso”.

Vale lembrar que fazer acompanhamento profissional é de extrema importância para aumentar a capacidade de entender e aprender a lidar com emoções e sentimentos difíceis.

>> Se quiser acompanhar a pesquisa completa, clique aqui.

*Por Matheus Barros
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*Fonte: ciclovivo

Pessoas deveriam ouvir pelo menos 78 minutos de música por dia, diz estudo

Que música faz bem ao corpo e à mente a gente já sabe, né? Agora, um estudo está nos mostrando até a dose diária ideal para ficar bem feliz.

A Deezer encomendou uma pesquisa com a British Academy of Sound Therapy que aponta o tipo de música e o tempo necessário de escuta para obter benefícios ao bem-estar físico e emocional.

A pesquisa analisou a relação entre a música e saúde e estudou vários fatores, incluindo estilos, humores e gêneros musicais. A análise foi feita a partir de dados coletados em entrevistas feitas com mais de 7.500 pessoas, distribuídas por todo o Reino Unido, Estados Unidos, França, Alemanha, Brasil, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Egito.

O estudo ainda mostra que o bem estar independe de gosto musical, e aponta a quantidade de minutos necessárias para cada sentimento, comparando com a “Dose Diária Recomendada” (RDA – Recommended Daily Allowance).

14 minutos de músicas animadas para se sentir mais feliz (18% de seu RDA)
16 minutos de músicas relaxantes para se sentir mais tranquilo (20,5% do RDA)
16 minutos de qualquer música para superar a tristeza (20,5% da sua música RDA)
15 minutos de músicas motivadoras para ajudar na concentração (19% da RDA)
17 minutos de qualquer música para ajudar a controlar a raiva (22% de RDA)

Incrível, não? Frederic Antelme, vice-presidente de conteúdo e produção da Deezer, falou um pouco sobre os dados:

A música influencia nossas vidas e, na Deezer, tentamos entender e abraçar o relacionamento que as pessoas têm com suas faixas favoritas. Agora, fomos capazes de aprofundar ainda mais esse relacionamento e ver como as pessoas usam a música para gerenciar diferentes estados mentais. É um estudo fascinante. Os resultados oferecem uma ideia de como a música pode ser usada para administrar nossa saúde emocional e mental diariamente, especialmente quando você tem uma ampla biblioteca na ponta dos dedos.

O estudo descobriu que, em média, as pessoas devem ouvir um mínimo de 11 minutos de música para desfrutarem de seus benefícios terapêuticos. A única exceção foi a felicidade — os participantes relataram sentirem-se mais felizes em apenas cinco minutos depois de ouvir faixas alegres. Eles também relataram que se sentem com mais satisfação em relação à vida (86%), com mais energia (89%) e mais disposição a dar risadas (65%) após ouvirem músicas com uma pegada ‘good vibes’.

E o Rock?
É claro que o estilo também aparece com destaque na pesquisa. Um terço dos entrevistados (28%) relatou que o Rock ajuda a processar sentimentos de raiva, com “Highway to Hell”, do AC/DC, apontada como a melhor escolha de música para se ouvir.

Faz todo sentido, hein?

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*Fonte: tenhomaisdiscosqueamigos