Nosso universo foi criado em laboratório? É o que diz um cientista de Harvard

Um cientista de Harvard tem uma teoria interessante sobre como nosso universo foi formado: em um laboratório, por uma “classe superior de formas de vida”. Autor de best-sellers e ex-presidente do departamento de astronomia da Universidade de Harvard, Abraham (Avi) Loeb publicou recentemente um artigo na Scientific American em que credita a criação do universo a uma civilização tecnológica avançada.

É de Loeb a polêmica frase “Procuro vida inteligente no espaço porque é difícil encontrar na Terra”, dita em uma entrevista à BBC News Mundo, no mês passado. A entrevista foi para divulgar seu novo livro, “Extraterrestre: O primeiro sinal de vida inteligente fora da Terra”. Na obra, Loeb aborda suas ideias controversas e polêmicas a respeito do misterioso objeto ‘Oumuamua, que ele defende ser uma sonda enviada por uma civilização alienígena ou, ainda, resquício de algum artefato criado por extraterrestres.

Se sua teoria sobre a formação do universo por uma civilização superior for correta, “a história da origem unificaria a ideia religiosa de um criador com a ideia secular da gravidade quântica”, diz ele.

“Como nosso universo tem uma geometria plana com energia líquida zero, uma civilização avançada poderia ter desenvolvido uma tecnologia que criou um universo bebê do nada por meio de um túnel quântico”, escreveu Loeb no artigo.

Segundo essa classificação, se e quando nossa tecnologia progredir a ponto de nos tornarmos independentes do Sol, estaremos na classe B. Se pudermos criar nossos próprios universos bebês em um laboratório (como nossos “possíveis criadores” teriam feito), estaremos na classe A.

De acordo com o site Futurism, Loeb afirma que há um grande número de coisas em nosso caminho até lá – o maior obstáculo é nossa incapacidade de criar uma “densidade grande o suficiente de energia escura dentro de uma pequena região”.

“No entanto, se e quando chegarmos lá, seremos capazes de nos juntar aos nossos criadores teóricos na classe A”, espera o polêmico cientista.

Considerando suas ideias anteriores, de que existem civilizações alienígenas (como a responsável pelo ‘Oumuamua), parece que não somos os únicos na busca por essa “progressão de classe”.

*Por Flavia Correia
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*Fonte: olhardigital

Por que há cada vez mais moscas e baratas e menos borboletas e abelhas

Uma nova análise científica sobre o número de insetos no mundo sugere que 40% das espécies estão experimentando uma “dramática taxa de declínio” e podem desaparecer. Entre elas, abelhas, formigas e besouros, que estão desaparecendo oito vezes mais rápido que espécies de mamíferos, pássaros e répteis. Já outras espécies, como moscas domésticas e baratas, devem crescer em número.

Vários outros estudos realizados nos últimos anos já demonstraram que populações de algumas espécies de insetos, como abelhas, sofreram um grande declínio, principalmente nas economias desenvolvidas. A diferença dessa nova pesquisa é ter uma abordagem mais ampla sobre os insetos em geral. Publicado no periódico científico Biological Conservation, o artigo faz uma revisão de 73 estudos publicados nos últimos 13 anos em todo o mundo.

Os pesquisadores descobriram que o declínio nas populações de insetos vistos em quase todas as regiões do planeta pode levar à extinção de 40% dos insetos nas próximas décadas. Um terço das espécies está classificada como ameaçada de extinção.

“O principal fator é a perda de habitat, devido às práticas agrícolas, urbanização e desmatamento”, afirma o principal autor do estudo, Francisco Sánchez-Bayo, da Universidade de Sydney.

“Em segundo lugar, está o aumento no uso de fertilizantes e pesticidas na agricultura ao redor do mundo, com poluentes químicos de todos os tipos. Em terceiro lugar, temos fatores biológicos, como espécies invasoras e patógenos. Quarto, mudanças climáticas, particularmente em áreas tropicais, onde se sabe que os impactos são maiores.”

Os insetos representam a maioria dos seres vivos que habitam a terra e oferecem benefícios para muitas outras espécies, incluindo humanos. Fornecem alimentos para pássaros, morcegos e pequenos mamíferos; polinizam em torno de 75% das plantações no mundo; reabastecem os solos e mantêm o número de pragas sob controle.

Os riscos da redução do número de insetos
Entre destaques apontados pelo estudo estão o recente e rápido declínio de insetos voadores na Alemanha e a dizimação da população de insetos em florestas tropicais de Porto Rico, ligados ao aumento da temperatura global.

Outros especialistas dizem que as descobertas são preocupantes. “Não se trata apenas de abelhas, ou de polinização ou alimentação humana. O declínio (no número de insetos) também impacta besouros que reciclam resíduos e libélulas que dão início à vida em rios e lagoas”, diz Matt Shardlow, do grupo ativista britânico Buglife.

“Está ficando cada vez mais claro que a ecologia do nosso planeta está em risco e que é preciso um esforço global e intenso para deter e reverter essas tendências terríveis. Permitir a erradicação lenta da vida dos insetos não é uma opção racional”.

Os autores do estudo ainda estão preocupados com o impacto do declínio dos insetos ao longo da cadeia de produção de comida. Já que muitas espécies de pássaros, répteis e peixes têm nos insetos sua principal fonte alimentar, é possível que essas espécies também acabem sendo eliminadas.


Baratas e moscas podem proliferar

Embora muitas espécies de insetos estejam experimentando uma redução, o estudo também descobriu que um menor número de espécies podem se adaptar às mudanças e proliferar.

“Espécies de insetos que são pragas e se reproduzem rápido provavelmente irão prosperar, seja devido ao clima mais quente, seja devido à redução de seus inimigos naturais, que se reproduzem mais lentamente”, afirma Dave Goulson, da Universidade de Sussex.

Segundo Goulson, espécies como moscas domésticas e baratas podem ser capazes de viver confortavelmente em ambientes humanos, além de terem desenvolvido resistência a pesticidas.

“É plausível que nós vejamos uma proliferação de insetos que são pragas, mas que percamos todos os insetos maravilhosos de que gostamos, como abelhas, moscas de flores, borboletas e besouros”.


O que podemos fazer a respeito?

Apesar dos resultados do estudo serem alarmantes, Goulson explica que todos podem tomar ações para ajudar a reverter esse quadro. Por exemplo, comprar comida orgânica e tornar os jardins mais amigáveis aos insetos, sem o uso de pesticidas.

Além disso, é preciso fazer mais pesquisas, já que 99% da evidência do declínio de insetos vêm da Europa e da América do Norte, com poucas pesquisas na África e América do Sul.

Se um grande número de insetos desaparecer, diz Goulson, eles provavelmente serão substituídos por outras espécies. Mas esse é um processo de milhões de anos. “O que não é um consolo para a próxima geração, infelizmente”.

*Por Matt McGrath
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*Fonte: bbc-brasil