… E então a original:
… E então a original:
Advogada Paloma Llaneza explica que apagar aplicativos como Facebook e WhatsApp é a única forma de evitar que eles colham nossos dados
Paloma Llaneza (Madri, 1965) foi uma das primeiras usuárias do Facebook. Mas essa advogada especializada em proteção de dados apagou sua conta ao ver como a rede social funcionava e quais informações colhia sobre ela. No dia em que a empresa de Mark Zuckerberg comprou o WhatsApp, ela também desinstalou esse serviço de mensagens instantâneas do seu celular. E enviou um comunicado a todos os seus contatos: “O Facebook adquiriu o WhatsApp e o adquiriu pelos usuários, adquiriu-o pelos dados de vocês. Vou embora”.
“Os dados são valiosos porque dizem muitíssimo sobre nós, e somos potenciais eleitores, potenciais compradores e potenciais solicitantes de serviços de transporte, saúde, educação e crédito. O mundo gira ao redor de nossas necessidades. Quanto melhor eu te conhecer, melhor serei capaz de te vender o que acho que você precisa, mesmo que você ainda não ache que precise, e de negar o que você pede”, diz ela numa entrevista ao EL PAÍS. Llaneza, que também é auditora de sistemas e consultora em segurança digital, acaba de publicar na Espanha a obra Datanomics, em que explica o que as empresas tecnológicas fazem com nossos dados pessoais.
No dia que o WhatsApp falar tudo o que lhe falamos o mundo acaba
O custo de manter instalados aplicativos como Facebook, WhatsApp e Instagram “é muito alto”: “No dia em que o WhatsApp falar de tudo o que lhe falamos, o mundo acaba”. Os gigantes tecnológicos chegam a conhecer o usuário melhor que alguns pais, cônjuges ou mesmo que o próprio indivíduo. “O que mais nos diz sobre um ser humano é aquilo que ele oculta de si mesmo: sua parte emocional. As redes sociais permitem saber qual é seu estado de ânimo em tempo real, se você está sofrendo por amor ou procurando medicação para os nervos, se tem depressão, se abusa do álcool, se sai muito ou se a música que você escuta indica uma tendência ao suicídio ou uma melancolia transitória que é parte do seu caráter”, diz a advogada.
O Facebook analisou dados de mais de seis milhões de adolescentes australianos e neozelandeses para determinar seu estado de ânimo e fornecer informação aos anunciantes sobre os momentos em que se sentiam mais vulneráveis, segundo um documento da companhia na Austrália vazado em 2017 pelo jornal The Australian. Ao saber como uma pessoa é e como se sente a cada instante, as empresas podem lhe vender no momento oportuno “algo de que necessite emocionalmente”: “Uma ideia, um pensamento, um partido político, um modo de vida ou mesmo um sentimento de superioridade nacional”. “Isto, que é preocupante, funcionou muito bem no Brexit, na eleição de Trump e em algumas eleições recentes na Espanha”, afirma Llaneza.
Como evitar a coleta dos nossos dados
Para evitar que as companhias tecnológicas reúnam dados sobre nós, Llaneza afirma que a única solução é apagar seus aplicativos: “Não há um conselho intermediário, tanto faz compartilhar mais ou menos publicações”. “A parametrização de privacidade do Facebook está pensada para terceiros, mas o Facebook vê tudo e guarda até seus arrependimentos, inclusive aquela mensagem que você ia mandar desancando alguém e que depois decidiu cancelar. Porque um arrependimento diz muito mais a seu respeito do que aquilo que você envia”, explica. Fazer um uso menos intensivo desses aplicativos não serviria, segundo Llaneza, porque “eles têm um monte de permissões para acessar o seu celular”: “Inclusive pela maneira como você mexe no celular e digita, eles têm uma impressão biométrica sua que lhe identifica com um alto grau de probabilidade”.
O Facebook vê tudo e guarda até seus arrependimentos, que dizem muito mais de você do que aquilo que você manda
Os dispositivos e aplicativos são pensados para serem “usáveis, maneiros e altamente aditivos”. O problema é que a percepção do risco entre os usuários “é muito baixa”: “Ninguém está consciente da quantidade brutal de informação que você dá a um celular mesmo sem tocá-lo”. “Ter um celular ou a Alexa em cima da mesa da sua casa lhe parece a coisa mais normal, e, entretanto, você não teria um senhor sentado na sala da sua casa todos os dias observando como você fala ou vendo como é seu lanche. É muito mais perigoso ter a Alexa em cima da mesa do que esse senhor, que tem uma memória humana e vai esquecer metade do que ouvir”, conclui Llaneza.
Como as empresas rentabilizam os dados
As companhias rentabilizam os dados de seus usuários “à base de vender a publicidade direcionada e de gerar outros negócios ao redor dessa informação”. Enquanto na Europa há uma regulação “mais ou menos rigorosa”, nos EUA “o fato de você receber uma pena mais ou menos grave, ter acesso a diferentes universidades ou ser rejeitado ao solicitar um crédito, um seguro ou um serviço médico dependerá dos dados tratados sobre você”. Por que, apesar de nunca ter deixado de pagar uma dívida, podem lhe negar um crédito? “Porque os novos sistemas são preditivos e não analisam o passado, mas sim leem o futuro”, afirma Llaneza. Se um modelo predisser, por exemplo, que alguém tem uma alta probabilidade de se divorciar e sua capacidade econômica baixará, é possível que não lhe concedam uma hipoteca.
O uso desses sistemas acarreta um risco, já que os dados com os quais os algoritmos são treinados estão condicionados por nossos conhecimentos e preconceitos. Além disso, as máquinas às vezes terminam sendo uma caixa-preta que torna impossível entender qual caminho o modelo seguiu até chegar a determinada conclusão: “Uma das grandes questões que temos à nossa frente é a transparência algorítmica. Você tomou uma decisão: por que e como?”. “A propriedade de dados já está regulada. O que agora devemos regular é o controle sobre o resultado do tratamento sobre esses dados”, afirma a advogada.
*Por Isabel Rubio
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*Fonte: brasil-elpais
Um Airbus A340 fez história ao pousar na Antártida pela primeira vez. O voo foi idealizado pela companhia aérea portuguesa Hi Fly e aconteceu no dia 2 de novembro.
De acordo com a companhia, a viagem começou na Cidade do Cabo, na África do Sul, e a aeronave estava transportando carga para um acampamento montado na Antártica.
O voo teve duração de aproximadamente 5 horas, com a equipe de tripulantes ficando menos de três horas no continente. Até o momento, nenhum avião deste porte havia aterrissado no local, uma vez que o pouso na região é restrito à equipes com alto grau de especialização.
O piloto e vice-presidente da empresa, Carlos Mirpuri, disse que o pouso foi difícil por conta das condições do local. “A profundidade é de 1,4 km de gelo duro e sem ar. O importante é que quanto mais frio, melhor”, explicou.
*Por Ademilson Ramos
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*Fonte: engenhariae
Eu já estava ansioso aguardando por esse documentário, porque é de uma de minhas bandas prefridas aqui do Rio Grande do Sul. Lembro muito bem da primeira vez que os assisti ao vivo, aliás foi uma paulada. Eu tocava com a Troublemakers e um dia a Rádio Ipanema com a produção da “visonária” Kátia Sumann, organizou um show da nossa banda e a Ultramen, em alguma cidade perto de Porto Alegre. O ponto de saída marcado para o show de logo mais a noite era na Usina do Gasômetro, onde a Ultramen tocaria na tarde e assim que acabassem, subiam no bus e as nossas bandas seguiriam em frente. Foi nesse dia em que pude vê-los ao vivo, até então só havia escutado eles na Ipanema (que tocava sim as novas bandas, dando uma força danada a nova cena rocker gaúcha – baita época!). Chegamos mais cedo só para poder assistí-los. Não consigo esquecer a potência que “passava” o som deles, tudo com muito groove, uma mistura bem temperada, som pegado, inclusive até um cover do Black Sabbath tocaram. Fiquei muito impressionado e satisfeito de ver uma banda com uma música que me agradou em cheio! Esse dia ficou para sempre marcado na minha memória, sério. Já disse inúmeras vezes para alguns amigos, de que tenho como um dos melhores shows de banda gaúchas que já assisti – isso que era bem no começo da carreira deles, nem tinham o seu primeiro álbum lançado ainda. Fiz questão de compra uma fita K7 demos deles (tenho até hoje). Depois ainda tocamos juntos mais umas duas ou três vezes em eventos do Opinião naquela época e sempre foram bons companheiros nessas empreitadas, acho eles incríveis como músicos e pessoas. Fico contente com todo o merecido sucesso que alcançaram. Bem, essa é a minha breve historinha sobre essa banda que admiro bastante! Keep on rock.
Um biscoito ou um pedaço de pão recém-saído do pacote fatalmente cai no chão. Nessa situação trágica, é comum que alguém invoque a regra dos 5 segundos. Ou seja, se o alimento for resgatado do chão em até 5 segundos, a contaminação não é perigosa.
Para entender a regra dos 5 segundos, é primeiro preciso entender a distribuição de microrganismos em uma superfície. Bactérias, fungos, vírus e protozoários estão presentes em praticamente todos os ambientes da superfície do planeta. O chão das nossas cozinhas, não é exceção.
Para as bactérias, especialmente, há a característica de ubiquidade. Ou seja, estes microrganismos (milhares de espécies diferentes) estão distribuídos de forma mais ou menos uniforme em praticamente toda superfície que tenha as condições adequadas. Dentre estas bactérias estão também as patogênicas, causadoras da cólera, salmonela e tantas outras doenças.
Assim, quando um bolinho ou um pedaço de chocolate cai no chão, não existe limite de tempo para o resgate. Isso porque a contaminação é instantânea, e em torno de 99% dos microrganismos que estão na superfície se transferem para a comida derrubada.
Em poucas palavras, a regra dos 5 segundos não é uma forma de evitar microrganismos. Apesar disso, é muito difícil que ela vá te matar. Não por conta do tempo em si, mas porque o corpo humano tem milhões de barreiras e defesas contra patógenos.
O segredo, então, é o sistema imune, e não a velocidade para reaver a comida derrubada. Ainda assim, é um comportamento arriscado.
Fatores que influenciam a contaminação da comida que cai no chão
Como dito acima, a contaminação é invariável. Contudo, pesquisas mostram que a extensão da contaminação pode depender das superfícies, tanto do alimento quanto do chão.
Alimentos mais úmidos, como um pedaço de melancia ou uma carne crua, facilitam a passagem de microrganismos para a comida. Isso porque a aderência das bactérias, sobretudo, é maior. Além do mais, a umidade é essencial para estes microrganismos de fato se manterem vivos após o contato.
O mesmo vale, ademais, para a superfície do chão. Pisos mais lisos e, evidentemente, mais sujos, tendem a acumular mais microrganismos. O chão também é significativamente mais contaminante que uma mesa ou bancada devido à frequência de limpeza e contato com microrganismos. Calçados tendem a carregar grãos de sujeira repletos de bactérias e vírus.
Ainda de acordo com o CDC (Centers for Disease Control and Prevention ), em torno de 12% de todos os casos de doenças infecciosas ligadas à alimentação ocorrem pelo contágio por superfícies, como o piso da cozinha.
*Por Matheus Marchetto
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*Fonte: socientifica
Quer que o seu relacionamento dure? Sejam grandes amigos!
Sejam grandes amigos. Não tenham medo de cutucar o outro e dizer: – Bonita aquela mulher. Nao tenham medo de ouvir: – Olha aquele cara que estiloso.
Dividam os pensamentos sem medo, tratem-se como tratam um melhor amigo: Grandes amizades são para sempre porque não precisamos esconder coisas. Quer ter um grande relacionamento? Tenha um grande amigo do seu lado.
Vai ter momentos de ciúmes? Claro que vai, mas o ciúmes passa, a mentira não. Seja sempre sincero mesmo que a curto prazo isso cause um estresse.
Lembre-se que se essa for a pessoa da sua vida você viverá todos os seus dias com ela, você precisará então mais do que um amor carnal, você precisará de uma intensa amizade, de um relacionamento baseado em confiança.
Dá para viajar pelo mundo e se aventurar com uma grande amiga. Dá para rir e passar a noite em claro se divertindo com um grande amigo.
Dá para ficar bêbado e passar mal enquanto seu grande parceiro segura seu cabelo para não sujar. Dá para ter noites de sexo incrível com essa sua amiga, amante, namorada.
FAÇA DELA SUA GRANDE AMIGA. FAÇA DELE SEU CONFIDENTE.
TENHAM SEGREDOS SIM… MAS JUNTOS. SEGREDOS DE VOCÊS.
Não dependam da companhia de outros casais, dependam só de vocês dois. Emanem alegria um ao outro. Sejam testemunhas da vida incrível a qual vocês escolheram dividir.
Seja um grande homem. Seja uma grande mulher. Sejam dois sem se anular, mas sintam que juntos vocês são muito mais. E tenham orgulho dessa alegria que aprenderam a sentir juntos.
Esse trecho foi retirado do livro “O Poder do chá de sumiço”. Ele está aí para te ajudar. Ele tem técnicas capazes de fazer qualquer homem se apegar a você: chá de sumiço, chá de desprezo, chá de apego, chá de exclusão, e mais outras técnicas inéditas.
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*Fonte: seuamigoguru
É conhecida a tendência de Peter Jackson ao excesso na metragem: sua aclamada trilogia O senhor dos anéis soma nove horas em sua versão comercial, e 11 na estendida. Agora, o diretor nos presenteia com The Beatles: Get back, que estreia nesta quinta-feira na plataforma Disney+, uma imersão de quase oito horas nas sessões de gravação de Let it be em janeiro de 1969, a partir das filmagens de 22 dias de trabalho dos Fab Four. Diz Jackson que pensava em um só filme de duas horas e meia, mas a pandemia lhe deu tempo de sobra para estudar, restaurar, editar e montar um material tão esmagador que desembocou em três capítulos de longa duração.
Os Beatles estão sob forte pressão, incomodados pelas câmeras que os observam sem descanso, indecisos sobre o rumo que devem tomar e, algo que não é tão explícito, próximos do final. E, entretanto, em apenas três semanas são capazes de criar do nada as canções do álbum Let it be e metade do seguinte e último disco, Abbey Road; ainda por cima, nos mostram todas as que foram deixadas de lado (uma pena pela rítmica e antirracista Commonwealth, entre outras), e algumas que acabariam em seus primeiros trabalhos solo (All things must pass, Jealous guy, Another day).
Get back é um acontecimento para a história da música popular, porque traz à luz uma quantidade enorme de material inédito dos Beatles, o mais relevante pelo menos desde Anthology, a trilogia lançada em 1995. E isso porque alcança todos os seus objetivos: mergulhar o espectador no estúdio de ensaio e gravação do grupo mais importante do século XX, observar o processo criativo da dupla mais fecunda produzida pelo pop. E mostrar ao mesmo tempo suas complexas relações pessoais: a camaradagem própria de uns garotos que estavam juntos desde a adolescência e haviam vivido algo extraordinário em apenas sete anos, mas nos quais já se entrevê o desgaste do sucesso e a tendência centrífuga que os levará a se separarem alguns meses depois.
Artesanato
É uma produção impecável e crua, em que apenas alguns subtítulos e um punhado de imagens de arquivo contextualizam o que os Beatles estão fazendo naquele momento e local. Para os melômanos, o gancho é observar o artesanato de cada canção: um traz uma melodia, a toca e a cantarola, porque não escreveu a letra, os outros ajudam a afiná-la ao longo de muitas sessões, até que ganha forma e acaba soando redonda, perfeita. Um dia, Lennon se atrasa, e McCartney começa a improvisar um riff enquanto canta, em uma mensagem ao colega ausente: “Volte para o seu lugar”. Assim nasce a canção que dá título ao filme. Para os fãs, o gancho é essa espécie de Big Brother com os Beatles, que permite observar como um voyeur um McCartney entusiasmado, que tenta se erigir como líder; um Lennon às vezes distante, outras sarcástico e divertido; um Harrison irritável, que se sente desprezado por seus companheiros em seu melhor momento criativo; um Ringo Starr que evita conflitos e está à vontade na sua discrição. Observa-se, e isso é novidade, que a química entre John e Paul funciona até o final: entendem-se, respeitam-se e complementam-se; isso coincide com o fato de George despontar como autor. E lá estão Yoko Ono como a intrusa onipresente (o filme evita apresentá-la como vilã), Linda McCartney com sua filha Heather, o tecladista Billy Preston como o quinto beatle desta etapa, o produtor George Martin e todo um exército de engenheiros, produtores, cinegrafistas, assessores e fotógrafos que pululam pelos estúdios.
Jackson trabalhou a partir de 60 horas de filmagens e 150 horas de som, um material guardado sob chave desde que foi registrado para o filme Let it be, de 1970. Montar tudo isso foi um esforço monumental, que obrigou inclusive à leitura labial para que tudo encaixasse; o resultado é deslumbrante em sua qualidade visual e sonora. Aquele primeiro filme dirigido por Michael Lindsay-Hogg, como o álbum homônimo, foi lançado depois que o quarteto se dissolveu. Por isso, é considerado a crônica do fim dos Beatles, mas na verdade este não foi seu último trabalho, e sim Abbey Road, gravado, já sem câmeras, meses depois.
Um pouco de contexto: em janeiro de 1969, já se passou um ano e meio desde a morte de Brian Epstein, o empresário que tinha cuidado deles; voltaram de um fracassado retiro espiritual na Índia; acabam de lançar o álbum branco (The Beatles), que marca sua volta à simplicidade do rock and roll depois da etapa psicodélica. Estão há três anos sem apresentações ao vivo, um período muito fértil, em que elevaram sua ambição artística. Ter simplificado seu som, em busca das essências, os leva a pensar em subir novamente aos palcos. Mais coisas estavam mudando: Lennon já estava com Yoko Ono e exigia que ela estivesse constante e literalmente ao seu lado; parecia menos comprometido com o projeto comum (acabava de colaborar com os Stones em Rock and Roll Circus; antes da separação oficial, já tinha feito dois shows com Ono e Eric Clapton). McCartney assumiu claramente as rédeas da banda, mas sua liderança é discutida, abertamente por Harrison e de forma mais sutil por John. Eles têm divergências, além disso, sobre quem deve administrar seus negócios, e como.
O filme de Jackson mostra, de início, os Beatles um tanto perdidos. Dão-se um prazo de três semanas para um projeto que não têm claro. É surpreendente que aceitassem ser filmados o tempo todo, frequentemente com as câmeras e microfones ligados quando não há mais ninguém no estúdio (contam que tampavam a luz vermelha da câmera). Ouvimos suas conversas, suas dúvidas, seus momentos de relaxamento e de tédio. Planejam reaparecer em um especial para a televisão, como tinha feito Elvis Presley no ano anterior, mas isso não chegou a acontecer. E, sobretudo, querem voltar a fazer shows em grande estilo. Cogitam diferentes fórmulas, muito a sério —sendo a mais delirante embarcar com o público na Inglaterra e navegar até a Líbia para se apresentar num antigo teatro romano à beira-mar.
A inspiração para as novas canções não aparece sozinha: dedicam muito tempo a improvisar, a revirar cada ideia, a fazer versões (sobretudo de Chuck Berry e outros clássicos dos primórdios do rock; pretendem voltar às raízes, ao que faziam em Hamburgo), às vezes trocam de instrumento (todos passam pela bateria e o piano); inclusive tentam recuperar canções que compuseram muito jovens. Quem chega ao terceiro capítulo vê aonde esse processo aparentemente caótico levou. A ideia de um show de massas sofre uma guinada e acaba numa modesta, mas genial, atuação-surpresa de pouco mais de 40 minutos no terraço do prédio da Apple Corps no centro de Londres, só para quem passava por lá, até que a polícia chega e manda parar. Essa atuação é recuperada na íntegra; é espantoso que no dia seguinte, concluído o projeto, voltem ao estúdio e já estejam falando das próximas canções que gravarão.
Rixas, desconcerto e talento
O Let it be de 1970 era um documentário tecnicamente um tanto rudimentar, que está há décadas sem ser reeditado e nunca teve versão digital. A maior parte de seus 80 minutos é ocupada pelas canções que eles interpretam no estúdio e por sua última apresentação ao vivo. Mas já inclui momentos de brincadeira e de brigas, entre elas a famosa discussão entre Paul e George em que este acaba por lhe dizer: “Vou tocar como você quiser, e se não quiser não toco”. Em Get back, entretanto, temos um relato completo daquela crise. Farto de se sentir humilhado por Paul, George lhe responde em outro momento: “Você precisa do Eric Clapton”. Sai pela porta e vai embora para Liverpool; levará seis dias até ser convencido a voltar. Nesse intervalo, Lennon diz a McCartney que, sim, talvez fosse o caso de chamar Clapton. Percebemos seu desconcerto. Ouvimos uma conversa de lanchonete em que John recrimina Paul por corrigir tanto os outros, sem depois admitir que ninguém diga nada sobre seus arranjos. Paul admite a John: você era o chefe aqui, mas eu tive que assumir isso nestes dois anos, e me custa muito. Meses depois, Lennon consideraria uma traição que fosse McCartney quem anunciasse o fim dos Beatles, da sua banda, a do John.
Dizem que Let it be é uma crônica amarga do final dos Beatles, e que o objetivo de Jackson com Get back era recuperar uma versão mais luminosa desse tempo, demonstrar que apesar dos atritos estavam unidos, que se divertiam juntos e estavam comprometidos com sua obra monumental. Na verdade, nem Let it be é tão sombrio, nem Get back é tão festivo. Nas duas produções vemos luzes e sombras. O que ocorre é que Get back se detém detalhadamente em episódios que foram omitidos ou só aparecem de relance no filme de 1970. Esta nova versão daquele material era necessária porque, na época, não se achou oportuno aproveitá-lo com esta ambição. Foram os próprios Beatles que evitaram uma distribuição mais ampla do filme Let it be, porque não ficaram satisfeitos com a imagem que passava deles. Ganharam um Oscar (melhor trilha sonora), que não foram receber. Ocorre que, visto um relato muito mais extenso daqueles 22 dias, os conflitos não são os protagonistas, embora existam, e sim o extraordinário talento de uns jovenzinhos (não tinham nem 30 anos) que precisaram de apenas três semanas para fazer de tudo.
A objeção que pode ficar a Get back é que foi feito por um fã e dirigido aos fãs. Nem todo o público achará tão legal ouvir oito versões diferentes de uma mesma canção, vê-la crescer ao longo do documentário. A longa duração pode ser dissuasiva; talvez fosse mais digerível em seis ou sete capítulos com pouco mais de uma hora.
Coincidindo com a estreia, saiu o livro The Beatles: Get Back, com textos do próprio Jackson, grandes fotos e a transcrição, dia a dia, de todos os diálogos que aparecem no documentário. Além disso, a gravadora Universal lançou uma edição especial em caixa super deluxe do álbum Let it be, que inclui 27 gravações inéditas até agora.
A Disney+ culmina com este lançamento sua aposta nos Beatles como franquia, ao estilo do que já faz com Star Wars e a Marvel; por sorte, os está explorando com muito mais carinho. A mesma plataforma já lançou McCartney 3, 2, 1, uma minissérie para melômanos em que Paul e o produtor Rick Rubin dissecam algumas de suas canções. Claramente é McCartney quem hoje controla o relato de quem foram os Beatles, mas o tempo transcorrido lhe permite olhar para trás com bom critério, porque os choques de egos não são tão irritantes meio século depois. Peter Jackson trabalhou em comum acordo com os beatles vivos e as viúvas dos falecidos, mas diz ter decidido com total liberdade. Get back completa como já não esperávamos o enorme legado dos Beatles na história da música.
Por Ricardo de Querol
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*Fonte: elpais_brasil
>> Hoje é aniversário de JIMI HENDRIX!
É o que sugere estudo internacional que contou com a participação de pesquisadores brasileiros e revisou dados sobre mais de 1,2 milhão de pessoas
A prática regular de exercícios de força muscular associados a atividades aeróbicas pode reduzir significativamente a mortalidade por câncer, indica estudo publicado no International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity.
Os autores fizeram uma revisão sistemática de estudos epidemiológicos sobre o tema e concluíram que fazer exercícios como prancha, agachamento e remada diminui em 14% a mortalidade pela doença. Já quando esses exercícios são combinados com outros do tipo aeróbico, o benefício é ainda melhor: 28% menos mortes.
“A atividade física tem sido relacionada à redução do risco de vários tipos de câncer. No entanto, ainda não estava muito claro qual tipo de exercício teria melhor resultado. Neste estudo, encontramos evidências de que atividades de fortalecimento muscular não só podem reduzir a incidência e a mortalidade por câncer como têm um efeito ainda melhor quando associadas a atividades aeróbicas, como corrida, caminhada, natação ou ciclismo”, diz Leandro Rezende , professor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp).
O trabalho é fruto de uma Bolsa de Iniciação Científica concedida a Wilson Nascimento e contou com a colaboração de pesquisadores da Universidade Harvard (Estados Unidos), Universidade Internacional de Valência (Espanha), Universidade Pública de Navarra (Espanha) e Universidade de Santiago (Chile).
Estudos epidemiológicos baseados em dados populacionais têm mostrado que a atividade física em geral reduz o risco de sete tipos de câncer: mama, cólon, endométrio, estômago, esôfago, rim e bexiga. A análise da Unifesp identificou que a prática de exercício de força muscular também pode reduzir em 26% o risco de câncer de rim.
Já a associação entre exercício de força muscular e os demais tipos de câncer (cólon, próstata, pulmão, linfoma, pâncreas, mieloma múltiplo, bexiga, esôfago, reto, melanoma, leucemia e cânceres do sistema digestivo) foi inconclusiva devido ao número limitado de estudos.
Prática regular
A pesquisa da Unifesp corrobora a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que propõe para adultos a prática de 150 a 300 minutos de atividade física aeróbica moderada por semana, ou de 75 a 150 minutos de atividade física aeróbica vigorosa (ou uma combinação equivalente de intensidades). Também são recomendados exercícios de fortalecimento duas vezes por semana.
“A OMS se baseia em uma série de benefícios à saúde proporcionados pela atividade física. E nós vimos, entre os estudos analisados, que a redução do risco de câncer é mais um desses benefícios”, diz Rezende à Agência FAPESP.
A análise mostrou a existência de um efeito protetor contra o câncer por meio da realização de exercícios de força duas vezes por semana.
Os pesquisadores analisaram ao todo 12 estudos, sendo 11 coortes (que envolvem grandes grupos de voluntários seguidos por período predeterminado) e um caso-controle (estudo observacional retrospectivo, ou seja, que analisa registros passados), com a participação de um total de 1.297.620 indivíduos, que foram acompanhados em projetos que duraram de seis a 25 anos.
Rezende, que foi bolsista da FAPESP na pesquisa de doutorado e de pós-doutorado, tem realizado análises com base em dados populacionais para identificar associações entre atividade física, nutrição e redução de doenças crônicas, especialmente o câncer, bem como estudos de modelagem do impacto de intervenções e políticas públicas voltadas à alimentação saudável e à promoção de atividade física na redução de doenças e gastos com saúde.
O pesquisador explica que a maioria dos estudos sobre atividade física e prevenção do câncer costuma se concentrar em exercícios aeróbicos. Já as pesquisas relacionadas a exercícios de força avaliam, normalmente, ganho de massa muscular ou fatores específicos, como regulação da pressão arterial e desfechos cardiovasculares.
“Há quatro anos fizemos um estudo que associava exercício de força à redução do risco de câncer. Nesse meio tempo foram sendo publicados outros estudos e achamos interessante fazer uma revisão sistemática dessa literatura para avaliarmos a totalidade de evidências sobre essa relação. Com a análise, no entanto, conseguimos ir além e mostrar que os benefícios do exercício de força muscular na redução da incidência e mortalidade de câncer podem ser ampliados quando associado à prática de atividades físicas aeróbicas”, afirma.
O artigo Muscle-strengthening activities and cancer incidence and mortality: a systematic review and meta-analysis of observational studies pode ser lido em https://ijbnpa.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12966-021-01142-7.
*Por Maria Fernanda Ziegler
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*Fonte: revistagalileu
Algumas pessoas até querem que seus amigos se deem bem, mas não melhor do que elas! Desejar que seus amigos sejam felizes é uma prova do seu caráter!
MUITAS PESSOAS PREFEREM VER OS SEUS AMIGOS NA PIOR DO QUE AJUDÁ-LOS A VENCER. ELAS ATÉ QUEREM QUE ELES SE DEEM BEM, MAS NÃO MELHOR DO QUE ELAS.
Essas pessoas utilizam da falsidade para viverem suas vidas e acabam sempre querendo que todos a ajudem, mas dificilmente elas ajudam alguém.
É aquele tipo de pessoa que vive pedindo favor, mas quando os amigos precisam dela, mesmo tendo condições de ajudar, ela prefere dizer que não pode.
Na cabeça delas, ninguém merece receber ajuda, só ela. Mas se no mundo existissem mais pessoas que ajudam, do que pessoas que querem ser ajudadas, tudo estaria muito melhor.
Essas pessoas acreditam que se elas ajudarem os amigos, esses mesmos amigos irão tomar o seu lugar na empresa, na vida das pessoas, ou vão acabar abafando as suas próprias conquistas.
ELAS NÃO PERCEBEM QUE ESSE MEDO DE AJUDAR REVELA A FALTA DE SEGURANÇA QUE ELAS TÊM EM SI MESMAS.
Essa ideia que elas alimentam é tão incoerente que elas se perdem diante de tamanho egoísmo. Elas não percebem que todas as pessoas que elas ajudarem serão gratas a elas, e é esse ponto que as incomoda, elas não fazem nada de bom para o outro, se elas não forem receber muito mais em troca.
Quando decidimos ajudar o próximo não devemos esperar nada em troca, se você se sente bem em estar ajudando siga seu coração, não espere reconhecimento, nem recompensa da pessoa que você está ajudando.
Pessoas boas se satisfazem com um simples sorriso.
E lá no futuro com os passar dos anos você poderá olhar para trás, e perceber os caminhos que foram percorridos, as suas conquistas e as metas de vida que foram alcançadas e se orgulhar ao ver aquelas pessoas que, através de você, conseguiram realizar os seus sonhos.
Você vai sentir aquela sensação boa de satisfação pessoal, uma coisa que talvez, você ainda não sinta, mesmo tendo tudo o que precisa.
Se você se identificou com esse texto e não quer mais ser essa pessoa que deseja o bem só para si, ou conhece alguém que sofre desse mal, me chame no direct @rhamuche, eu posso te ajudar a superar esse medo e transformar essa atitude. Pode ter certeza que a sua vida será muito melhor depois que você conseguir vencer essa insegurança.
*DA REDAÇÃO RH. Texto de Robson Hamuche, idealizador do Resiliência Humana, terapeuta transpessoal e Constelador Familiar.
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*Fonte: resilienciamag
O lendário tecladista Billy Preston, considerado por muitos fãs como sendo o “quinto beatle”, por sua contribuição nas gravações do álbum Let it Be, será o foco de um documentário produzido pela White Horse Pictures em parceria com a Homegrown Pictures. Segundo o Deadline, o filme será intitulado Fifth Beatle (Quinto Beatle, em tradução livre).
Além de ser o único músico já creditado em um álbum do quarteto de Liverpool, Preston também ajudou Joe Cocker a ganhar fama ao co-escrever o hit “You Are So Beautiful”. Preston foi incluído no Hall da Fama do Rock & Roll em 2006, 15 anos após sua morte.
Preston venceu prêmios Grammy e colecionou sucessos próprios, além de ter colaborado também com os Rolling Stones, Red Hot Chili Peppers, Nat King Cole, Sly Stone, Barbra Streisand, Ray Charles, Sam Cooke, Aretha Franklin, Mahalia Jackson e muitas outras lendas. O tecladista também aparecerá no documentário The Beatles: Get Back, de Peter Jackson, que será lançado na plataforma de streaming Disney+.
Fifth Beatle, que ainda não tem previsão de lançamento, terá direção do diretor, produtor e roteirista ganhador do Emmy Paris Barclay (Sons of Anarchy). Barclay fará parceria com Cheo Hodari Coker (Luke Cage).
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*Fonte: portalbeatlesbrasil
Em meio à grande discussão sobre o futuro do motor a combustão interna versus elétrico ou híbrido diante da crise climática, as notícias sobre outra tecnologia que corre em paralelo acabam meio deixadas de lado. Falamos dos veículos a hidrogênio.
O que é hidrogênio?
Hidrogênio é o elemento químico mais simples e leve de todos, formado por um próton e um elétron, sem nêutrons. Famosamente é um componente da água, junto com o oxigênio (H₂O) – o nome vem daí; hidrogênio significa “o que gera água”. Mas não se parece em nada com água: é um gás altamente inflamável.
Em química, a forma pode ser mais importante que os ingredientes: adicionando um átomo de oxigênio, no lugar de água temos peróxido de hidrogênio (H₂O₂), veneno e potente corrosivo se concentrado, que os fabricantes preferem chamar com o nome inofensivo de água oxigenada.
Assim, hidrogênio puro (H₂), diferente da água, tem potencial energético – e quando você ler por aí mais uma matéria espertinha sobre “carro a água”, pode apostar: é movido a hidrogênio retirado da água, não à água. Isso muda tudo.
Ele entra em combustão (pega fogo) ao reagir com o oxigênio, gerando muito calor e, no lugar de dióxido de carbono (o infame CO₂) gerado ao queimar gasolina, diesel ou etanol, o resíduo dessa reação é água.
Essa combustão é tão poderosa que hidrogênio é um dos combustíveis de foguete mais comuns. De fato, o que você observa abaixo, no lançamento do foguete Saturno V, que levaria a Apollo 11 para a Lua, é água sendo gerada pela queima de hidrogênio:
Nem todo hidrogênio é limpo
Faz sentido usar esse poder todo para mover carros e aviões. Mais ainda porque, como o hidrogênio emite água e não dióxido de carbono, em tese, não contribui para o aquecimento global.
Em tese, porque não é bem assim. O hidrogênio, em termos ambientais, se divide em verde, azul e cinza. Não é a cor do gás, que não tem cor nenhuma. Os três são exatamente a mesma coisa: H₂ estocado em tanques no estado líquido. A diferença é a origem.
O hidrogênio verde é obtido por eletrólise. A água (H₂O) recebe uma corrente elétrica e se separa em seus dois componentes: oxigênio (O) e hidrogênio (H₂). O hidrogênio é tão limpo quanto a fonte de eletricidade for: se é eólica ou nuclear, por exemplo, é neutro em emissões; se é uma termelétrica a carvão, é pior que gasolina. Exatamente como acontece com carros elétricos: não resolve nada se a fonte de eletricidade for suja.
Os hidrogênios azul e cinza são obtidos através de combustíveis fósseis: geralmente gás natural, mas pode ser muita coisa; até carvão é possível. Às vezes, outras cores são usadas no lugar de cinza, para processos particularmente sujos, como marrom (carvão lignite) ou preto (carvão bituminoso). Mas a ideia é a mesma: é um hidrogênio vindo de combustíveis fósseis.
No processo chamado de reforma de hidrogênio, o combustível é misturado com vapor de água e aquecido a 800º C. O resultado é dióxido de carbono (o infame CO₂) e hidrogênio. Assim, a emissão de gás estufa do hidrogênio “sujo” aconteceu já ao ser criado, não ao ser usado.
A diferença de azul e cinza (ou preto ou marrom) é que, no processo azul, esse dióxido de carbono não é lançado na atmosfera, mas estocado embaixo da terra. Mas isso tem um custo, e joga o preço lá em cima.
Atualmente, segundo dados da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, 98% do hidrogênio produzido no mundo não é verde nem azul. É tudo sujo. Mas a ideia, se é para usar hidrogênio como saída para a crise climática, é, obviamente, migrar para as outras duas cores.
Como o motor a hidrogênio se compara com o elétrico?
Há vantagens em usar um combustível material no lugar de eletricidade. A mais óbvia é a velocidade de carregamento: encher um tanque de hidrogênio leva de 3 a 5 minutos. Quase igual a encher um com combustível convencional. Um Tesla Supercharger leva de 1 hora e 15 minutos para “encher” uma bateria de 0% a 100%, em condições ideais.
Opcionalmente, é possível trocar as baterias vazias por outras carregadas, mas baterias são pesadas e o processo é bem menos cômodo que encher um tanque.
A outra vantagem de combustíveis materiais é a densidade energética. Energia é energia: não importa se na forma elétrica ou em combustão, o trabalho necessário para mover um carro ou avião a certa velocidade é igual. Assim, é possível comparar o quanto de energia vai num tanque ou na bateria. E baterias perdem feio.
Uma bateria de íon de lítio, o tipo mais comuns em carros, é capaz de armazenar entre 100 a 265 Watts-hora por cada quilo (Wh/kg) de material. Gasolina contém 12.889 Wh/kg, etanol 8.333 Wh/kg e querosene de aviação, 12.000 Wh/kg. Hidrogênio, por sua vez, vence todos, com incríveis 39.405,6 Wh/kg. Isto é, cada quilo de hidrogênio que um carro carrega tem a mesma energia estocada em uma bateria de pelo menos 186 kg, ou até 400 kg.
Exemplo prático: um carro a combustão interna compacto tem um tanque tipicamente de 50 litros. Como gasolina pesa 0,71 kg/l, o carro sai carregando 35,5 kg em energia. Um Tesla Model 3 tem 480 kg de bateria.
Isso faz os elétricos parecerem ruins? Há outro lado. Parte dessa diferença de peso é compensada pelo motor: um motor elétrico é muito mais leve que um a combustão interna. O motor do Tesla Model S básico pesa 35 kg e gera 362 cv. Um motor a combustão interna na mesma faixa, como o Honda 2.0T K20C4 Turbo, com 306 cv, pesa 186 kg, enquanto outros superam os 300 kg.
E elétricos, mesmo carregando peso a mais, se mostraram viáveis porque motores elétricos são muito, muito mais eficientes em aproveitar a energia que é injetada neles que motores a combustão interna. Motores elétricos são até 8 vezes mais eficientes que motores a combustão em usar a mesma quantidade de energia.
Veículos no céu: combustão e célula de hidrogênio
Veículos a hidrogênio podem ter motores a combustão interna ou a células de hidrogênio. No primeiro caso, é um motor fundamentalmente idêntico a um motor convencional. No segundo, uma reação química na célula gera eletricidade, que alimenta um motor elétrico.
Como motores elétricos são tão mais eficientes, a aposta em carros a hidrogênio é que, se a tecnologia vingar para carros, serão principalmente elétricos. Simplesmente gastariam uma fração do combustível.
Mas a coisa muda de figura quando chegamos a aviões. Um avião precisa de muito mais energia que um carro. Aviões de longa distância decolam carregando por volta do próprio peso em combustível.
É inviável transformar a capacidade energética com que um, digamos, Boeing 777 decola em bateria. Mas é viável para aviões com menor alcance e movidos a hélice, seja usando células ou baterias ultra-eficientes. Para transporte em menor distância, como dentro das cidades, a hélice deve ter um belo revival.
Jato é diferente
Mas um jato como o 777 é diferente. Sua velocidade superior é produzida pela queima de combustível numa câmara de ar comprimido, e essa queima faz esse ar se expandir, criando o jato de ar que move o veículo direta e indiretamente, ao mover o fan (a ventoinha na frente do motor). Um motor a jato é, assim, movido diretamente pelo fogo.
Para um jato, salvo tecnologias ainda especulativas, eletricidade não é opção. A boa notícia é que usar hidrogênio não tem mistério nenhum: jatos assim já voavam há décadas. O Tupolev Tu-155 da União Soviética, de 1988, foi um deles.
A razão de não vermos jatos a hidrogênio por aí está num aparente paradoxo físico: não é só em peso que se mede a conveniência de um combustível, mas volume. Se hidrogênio é super leve, é também super “espaçoso”. Se 1 kg de gasolina cabe numa garrafa de refrigerante, 1 kg de hidrogênio está mais para um garrafão do escritório: precisa de 14 litros de espaço.
Assim, um veículo a hidrogênio precisa de um espaço enorme para levar seu combustível: quatro vezes maior que o mesmo volume em querosene. Um carro a hidrogênio pode dar conta do espaço extra sacrificando espaço no bagageiro. Mas um avião? Quem teve que andar com as pernas dobradas num voo comercial sabe que espaço não sobra neles.
Por isso projetos de jato a hidrogênio tendem a ser grandes. Podem ser rechonchudos, como o Airbus Zero-e. Ou podem ser ultra-longos, como o conceito hipersônico Reaction Engines Lapcat A2. Com 146 metros de comprimento, ele seria, de longe, o avião mais longo do mundo e só carregaria 300 pessoas. Mas esse veículo, usando o próprio peso em hidrogênio, seria ainda assim mais leve ao decolar que um Airbus A380 ou um Boeing 747.
*por Fabio Marton
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*Fonte: olhardigital
Um bebê recém-nascido ainda nem teve tempo de contribuir – como todos nós fazemos, com nossos hábitos de consumo e alimentares e uso de combustíveis – para as emissões de gases poluentes que causam o aquecimento global.
Apesar disso, esse bebê vai sofrer exponencialmente mais do que seus avós com as mudanças climáticas em curso no planeta.
Na prática, crianças nascidas em 2020 devem enfrentar, ao longo de sua vida, uma média de sete vezes mais ondas de calor extremo do que alguém que nasceu em 1960. Em alguns países, esse aumento é de até dez vezes.
As conclusões são de um estudo recente publicado na revista Science, a partir de projeções sobre tamanho e idade da população global, temperaturas futuras e eventos climáticos extremos, com base nas informações do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC na sigla em inglês).
Se, além das ondas de calor, outros tipos de eventos climáticos extremos forem colocados nessa conta, estima-se que a nova geração passará por uma incidência média 2 a 7 vezes maior de queimadas, secas, enchentes, tempestades tropicais e quebras de safras (colheitas menos proveitosas) ao longo de suas vidas, em comparação com a geração nascida 60 anos atrás.
“Quanto mais jovem você for, maior será o aumento da exposição a extremos climáticos. Ou seja, as gerações mais jovens são as que têm mais a perder, especialmente os recém-nascidos”, explica à BBC News Brasil o principal autor do estudo, o cientista climático Wim Thiery, da Universidade Vrije de Bruxelas (Bélgica).
“Também podemos pensar ao contrário: quanto mais jovem você for, mais você pode se beneficiar se aumentarmos nossas ambições e reduzirmos o aquecimento global”, principalmente se for possível manter o aquecimento dentro do limite de até 1,5°C estabelecido no Acordo Climático de Paris em 2015, que tem se tornado uma meta cada vez mais remota, na visão de muitos observadores climáticos.
“Para as gerações mais jovens, aumentar as ambições tem um efeito direto sobre suas vidas”, conclui Thiery.
Do calor de quase 50°C no verão do Canadá a enchentes na Alemanha e secas mais prolongadas no Brasil, os eventos climáticos extremos são uma das principais consequências diretas das mudanças climáticas.
Segundo um importante relatório do IPCC divulgado em agosto, todo o planeta já enfrenta alterações no ciclo da água, que provocam desde chuvas mais volumosas – e enchentes -, até secas mais intensas.
“Sob um aquecimento global de 1,5°C, haverá aumento de ondas de calor, estações quentes mais longas e estações frias mais curtas”, explicou o painel da ONU em agosto.
Se esse aumento da temperatura global for ainda maior, sob 2°C, “extremos quentes vão, com mais frequência, alcançar limites de tolerância para a agricultura e a saúde”.
‘Vida sem precedentes’
Se, por terem mais tempo de vida pela frente, as crianças serão as mais afetadas, Thiery e seus colegas afirmam que o aquecimento global já deixa toda a população global sujeita a uma “vida sem precedentes”.
“Descobrimos que todas as pessoas que têm entre zero e 60 anos hoje viverão uma vida sem precedentes, sob mais ondas de calor e quebra de safra, independentemente de sua idade ou do alcance das mudanças climáticas”, diz o cientista.
“Os que têm menos de 40 anos, além disso, sofrerão com muito mais enchentes e secas, mesmo no cenário mais ambicioso de aquecimento de até 1,5°C. Os mais jovens são os que têm mais a perder, mas todos os que estão vivos hoje estão sob condições que chamamos de um ‘território ainda não navegado’.”
Para mostrar isso de modo mais concreto, a Universidade Vrije criou uma calculadora chamada My Climate Future (meu futuro climático).
Nela, uma pessoa pode prever o aumento dos eventos climáticos em sua vida a partir do ano em que nasceu, do lugar onde vive e com base em três cenários – o mais otimista, de um planeta 1,5°C mais quente; o mediano, em média 2,4°C mais quente, com base na trajetória atual e nas promessas e compromissos climáticos assumidos até agora; e um mais pessimista e altamente quente.
As regiões do mundo onde o sofrimento vai ser mais agudo e sentido por mais pessoas, segundo os cálculos de Thiery, são o Oriente Médio e o norte da África e a África Subsaariana.
Mas as estimativas para o resto do mundo estão longe de serem animadoras.
Na América Latina, uma criança nascida em 2020 vai enfrentar, em relação a alguém nascido em 1960:
– 50% mais chances de sofrer com incêndios
– Duas vezes e meia mais chances de viver sob quebras de safras
– O dobro de secas e enchentes
– 4,5 vezes mais ondas de calor
“E temos motivos científicos para crer que os números estão subestimados. Porque nós só analisamos mudanças na frequência em eventos extremos, mas eles também mudam em intensidade (como furacões mais intensos) e em duração (como ondas de calor mais longas e mais quentes)”, prossegue Wim Thiery.
Injustiças climáticas
Os efeitos disso são sentidos em cadeia: ondas de calor prejudicam a saúde, deixando crianças e idosos, em especial, mais sujeitos a hospitalizações. Quebras de safras afetam o preço e a oferta de comida. Enchentes, inundações e secas intensificam movimentos migratórios globais.
E, novamente, quanto mais jovens e mais pobres forem as pessoas afetadas, maior será o seu fardo.
“Embora não quantifiquemos isso em nosso estudo, não há dúvidas de que esse aumento na exposição a mudanças climáticas tem consequência, por exemplo, na habilidade de aprender, na saúde, na mortalidade e na produtividade laboral”, aponta Thiery.
“Por isso dizemos que limitar o aquecimento global é uma questão de proteger o futuro das jovens gerações.”
As conclusões do cientista e seus colegas ajudaram a embasar um relatório da ONG Save the Children a respeito do peso desigual e injusto das mudanças climáticas sobre quem contribuiu menos com a crise.
“Quando ranqueados por renda, os países 50% mais ricos são responsáveis por 86% do cumulativo das emissões globais de CO2, enquanto a metade mais pobre é responsável por apenas 14%”, diz a ONG.
“Apesar disso, são as crianças de países de renda média e baixa que vão enfrentar o maior peso das perdas e danos à saúde e ao capital humano, à terra, à herança cultural, ao conhecimento indígena e local e à biodiversidade que resultam das mudanças climáticas. (…) Elas herdaram um problema que não foi causado por elas.”
Thiery usa mais números para evidenciar esse peso desigual, primeiro sobre as crianças e, em segundo lugar, sobre as crianças pobres, em regiões que ainda estão em fase de crescimento populacional.
“Na Europa e na Ásia Central, nasceram 64 milhões de crianças entre 2015 e 2020. Essas crianças vão enfrentar quatro vezes mais extremos climáticos nas condições atuais do que alguém que vivesse num mundo sem mudanças climáticas”, diz.
“No entanto, nesse mesmo período de 2015 a 2020, nasceram 205 milhões de crianças na África Subsaariana, que vão enfrentar seis vezes mais extremos climáticos. Então elas não apenas sofrerão mais, como também são um grupo mais numeroso.”
Por isso, argumenta o cientista, mitigar os efeitos das mudanças climáticas é uma questão de “justiça intergeneracional e internacional”.
A conferência mais recente do clima (COP26), em Glasgow, foi concluída em 13 de novembro com avanços e limitações.
De um lado, o acordo final do evento fala em cortar as emissões de CO2 em 45% até 2030 em comparação com 2010 e exige que os países apresentem já no ano que vem novos compromissos de redução de gases do efeito estufa.
No entanto, não houve consenso em torno de pôr fim ao uso do carvão e a subsídios a combustíveis fósseis, um dos principais “vilões” do aquecimento global.
De modo geral, a percepção de ambientalistas é de que os compromissos assumidos até o momento pelos países parecem ser insuficientes para assegurar que a Terra não vai esquentar mais de 1,5°C.
Não por acaso, argumenta Thiery, os formuladores desses compromissos são pessoas mais velhas, que não terão tempo de sentir na pele a maior parte dos efeitos climáticos do futuro.
“Por isso os mais jovens viraram organizadores de protestos e greves pedindo políticas climáticas mais ambiciosas – porque as pessoas que hoje ocupam os espaços de poder não devem sentir as consequências de suas decisões, gerando um potencial conflito intergeracional”, afirma.
Ele lembra que já existe uma onda internacional de processos judiciais de cunho climático sendo abertos contra governos de várias partes do mundo – muitos desses processos movidos por jovens que se sentem feridos em seus direitos humanos por conta de políticas climáticas.
De modo geral, diz o cientista, tem mudado a percepção de que as mudanças climáticas são um problema de um futuro distante, que prejudicarão pessoas abstratas, ainda não nascidas.
“Os dados mostram que é (um problema que) está aqui, agora, afetando todas as pessoas do mundo: todas as gerações vivendo hoje, em todos os países, especialmente os mais jovens, sofrerão as consequências negativas”, ele agrega, para concluir:
“As perspectivas são sombrias, mas há também uma mensagem clara de que se reduzirmos as mudanças climáticas, vamos reduzir essa escalada de extremos climáticos e proteger o futuro de pessoas reais, que já estão vivas.”
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*Fonte: epocanegocios
Slash, Yngwie Malmsteen, Dee Snider, Steve Morse, Zakk Wylde e vários outros nomes se reuniram para trabalho em tributo ao líder do Mountain, falecido em 2020
Sai dia 25 de março de 2022 o álbum “Legacy: A Tribute to Leslie West”. De título autoexplicativo, o trabalho presta homenagem ao lendário vocalista e guitarrista Leslie West, conhecido principalmente por sua obra com o Mountain.
Um verdadeiro time de astros do rock se reuniu para trabalhar no álbum. Slash, Zakk Wylde, Joe Lynn Turner, Marty Friedman, Dee Snider, Mike Portnoy, Steve Morse, Charlie Starr e Yngwie Malmsteen estão entre os convidados do trabalho, que chega a público por meio da gravadora Mascot Label Group.
Guia completo: os álbuns de rock e metal que saem em 2021
Jenni, viúva do músico e organizadora do projeto, expressou sua emoção em depoimento promocional.
“Ninguém neste mundo fez eu me sentir tão amada quanto Leslie. Sinto-me muito honrada e grata por lhe dar este presente. Há algumas versões estrondosas neste álbum. Quando você ouve, pode até pensar que é o próprio Leslie tocando, o que é uma coisa boa. Ele realmente acreditava naquele ditado que diz que a imitação é a forma mais sincera de homenagem.
Quando alguns dos músicos fazem suas próprias variações na gravação, eles estão fazendo isso de uma forma autêntica e respeitosa. Leslie teria apreciado isso.”
Leslie West faleceu em 23 de dezembro do ano passado, aos 75 anos, vítima de um ataque cardíaco. Nos últimos anos, lidou com as consequências do diabetes, tendo inclusive passado pela amputação de uma perna.
*Por João Renato Alves
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*Fonte: igormiranda