Dia: 3 de novembro, 2021
Pyrosomas inundam mar dos Açores: assustam, mas não mordem
Assemelham-se a um grande tubo, que pode chegar aos oito metros de comprimento. Costumam surgir nas profundezas do oceano, mas estão a aparecer bem perto da costa, o que não é comum. Não são animais, mas um fenómeno da natureza que impõe respeito pelo aspeto
Estão a aparecer pyrosomas em grande número no mar dos Açores, fenómeno que está a ser alvo de um estudo internacional, adiantou à Lusa o investigador da Universidade dos Açores João Pedro Barreiros. O que são? Conforme podemos ver na imagem de capa deste artigo, parecem ser um grande tubo, oco de um dos lados, onde poderia caber perfeitamente uma pessoa. Mas, apesar de parecer assustadora, trata-se de uma estrutura que é inofensiva.
“O que nos chamou a atenção é haver muitos e muito dentro da costa, inclusive a baixíssimas profundidades. Eu cheguei a ser chamado para ver colónias dessas por pessoas que estavam à pesca no porto de Pipas, em Angra do Heroísmo”, na Ilha Terceira, disse o biológo.
Os pyrosomas estão normalmente “a grandes profundidades” e são avistados “esporadicamente ao longo de anos”. Este ano, têm aparecido em abundância e junto à costa açoriana.
“São estruturas que parecem claramente um tubo e podem chegar a oito metros de comprimento. Esse tubo é oco de um dos lados, tem uma abertura, que não é uma boca, porque aquilo é uma colónia de pólipos e, para terem uma ideia da dimensão, uma pessoa cabe lá dentro em algumas dessas colónias maiores”
Em termos de aspeto, “é semitransparente, mas tem alguma coloração que resulta da cor do aparelho digestivo dos pólipos que formam essa colónia”. Seja como for, e apesar de o tamanho ser “assustador”, esse “tubo gelatinoso composto por pequenos organismos marinhos” é completamente “inofensivo”.
“Não são minimamente perigosos, não há qualquer risco. É evidente que alguém que está a mergulhar ou a nadar e dá de caras com uma estrutura, com um tubo transparente de oito metros de comprimento, é capaz de se assustar, mas não há aqui venenos, nem toxinas, nem nada comparável com as águas vivas [alforrecas] ou com as caravelas, nada disso”
Este aparecimento de pyrosomas nos Açores está a ser alvo de um estudo internacional que, nesta fase inicial, vai tentar fazer “a identificação genética” dos exemplares que têm surgido um pouco por todo o arquipélago dos Açores.
“Temos uma série de amostras que, quando chegar ao inverno, serão enviadas para um laboratório nos Estados Unidos para tentarmos perceber se se trata de mais do que uma espécie. Estamos também a mapear com maior precisão possível os avistamentos, as observações dessas colónias. De facto, estamos a compilar uma base de dados muito interessante que mostra uma distribuição imensa desses organismos à volta das ilhas todas”, explicou ainda o biólogo.
Além de João Pedro Barreiros, o estudo está a ser coordenado também por uma bióloga do Instituto Oceanográfico de Woods Hole, nos Estados Unidos da América e “tem progredido através de um número de observações nunca antes registado”, que poderá ajudar num maior conhecimento sobre ‘pyrosomas’, que servem de alimento a tartarugas e a outros animais marinhos.
“Se há coisa que nós sabemos em relação aos pyrosomas é que não sabemos nada. Não há ninguém no mundo que tenha tido até hoje oportunidade de desenvolver um estudo aprofundado sobre estas colónias porque são de facto muito, muito desconhecidas”
O biólogo tem contado com a colaboração de mergulhadores, caçadores submarinos e turistas para recolher amostras e pede a colaboração de outras pessoas no sentido de serem feitas idênticas recolhas desta estrutura gelatinosa que podem ser feitas à mão. Depois, deve ser colocada num frasco com água do mar e ser entregue na Universidade dos Açores ou junto das autoridades marítimas.
*Por
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*Fonte: iloveazores
Moto voadora é exibida em circuito de corrida japonês; veja imagens
Primeiras unidades já estão em pré-venda no Japão.
Cenas de filmes de ficção científica podem estar mais perto de se tornar realidade graças ao desenvolvimento de motos voadoras. A empresa japonesa A.L.I. Technologies demonstrou o funcionamento de uma hoverbike bem ao estilo de Star Wars num circuito de corrida perto de Tóquio.
O projeto batizado de XTurismo está em desenvolvimento desde 2017 e tem funcionamento semelhante à tecnologia de um drone, porém, com deslocamento mais perto do solo. A moto tem pouso e decolagem vertical, autonomia de apenas 40 minutos e pode atingir a velocidade de 100 km/h, de acordo com os dados da fabricante.
A hoverbike pesa cerca de 300 kg e é construída com seis hélices, sendo duas onde ficariam as rodas e quatro nas pontas, servindo de equilíbrio e sustentação. O protótipo é um híbrido formado por um motor à combustão padrão e quatro elétricos.
A startup A.L.I. Technologies tem como principais investidores a Mitsubishi Electric e a Kyocera, o que tende a dar credibilidade ao projeto. Este primeiro modelo, mesmo ainda não sendo suficiente para longos caminhos, está sendo vendido por US$ 680 mil, cerca de R$ 3,9 milhões pela cotação atual do dólar.
Em outubro, uma outra moto voadora foi anunciada pela empresa Jetpack Aviation, com lançamento previsto para 2023. Diferentemente da XTurismo, este é um projeto que ainda não saiu do papel, mas promete atingir a velocidade de 240 km/h e tem preço previsto de R$ 380 mil (R$ 2,1 milhões).
Sua construção também é diferente, pois a Speeder da Jetpack Aviation é formada por quatro motores turbojato para a propulsão com ângulo variável, para que o piloto possa manter o equilíbrio e o domínio da máquina.
*Por Pedro Cardoso
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*Fonte: techtudo