Dia: 5 de novembro, 2021
Poluição por plásticos deve duplicar até 2030
A cada ano, até 37 milhões de toneladas de lixo vão parar nos oceanos. Reverter tal cenário é possível.
Como parte das ações prévias à COP26, que terá início no próximo domingo (31) em Glasgow, na Escócia, o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) divulgou um relatório em que afirma que a poluição causada por plásticos pode duplicar até 2030. As consequências são terríveis para a saúde, economia, biodiversidade e clima.
Os dados são do relatório “Da Poluição à Solução: Uma Análise Global sobre Lixo Marinho e Poluição Plástica”.
Para reduzir a poluição por plásticos, a agência da ONU propõe o fim dos subsídios e que os combustíveis fósseis sejam substituídos por fontes de energia renovável. O Pnuma acredita ser possível reverter essa crise, desde que haja vontade política e ação urgente.
O relatório mostra que em 2015, as emissões de gases de efeito estufa causadas por plásticos eram equivalentes a 1,7 gigatoneladas de CO2. Mas até 2050, a projeção é de que as emissões aumentem para 6,5 gigatoneladas.
Os autores do estudo destacam que algumas alternativas para a crise dos plásticos também são nocivas ao meio ambiente, incluindo plásticos biodegradáveis, que causam “uma ameaça similar aos plásticos convencionais”.
O documento do Pnuma também apresenta algumas falhas do mercado, como os baixos preços de combustíveis fósseis virgens, na comparação com preços de materiais reciclados, e falta de esforços para o manejo do lixo causado por plásticos. A agência pede a “redução imediata na produção e no consumo de plásticos”.
A diretora-executiva do Pnuma, Inger Andersen, afirma que o levantamento traz “argumentos científicos fortes sobre a urgência em agir pela proteção dos oceanos”.
Atualmente, os plásticos representam 85% do lixo marinho, mas até 2040, esse volume irá triplicar. A cada ano, até 37 milhões de toneladas de lixo vão parar nos oceanos, representando 50kg de plástico por cada metro de área litorânea.
Por conta disto, plânctons, mariscos, pássaros, tartarugas e mamíferos enfrentam graves riscos de sufocamento, intoxicação, problemas de comportamento e fome.
O Pnuma revela que o corpo humano também está vulnerável à poluição por plásticos, já que partículas são ingeridas durante o consumo de peixes, de bebidas e até do sal comum. Os microplásticos podem também penetrar nos poros e serem inalados quando estão suspensos no ar.
O relatório revela ainda os impactos para a economia: até 2040, poderá haver um risco financeiro anual de US$ 100 bilhões para as empresas, se os governos exigirem que a indústria cubra os custos do manejo do lixo.
Um aumento nos resíduos plásticos também pode levar a um aumento do descarte ilegal de resíduos a nível nacional e internacional.
O relatório pede a redução imediata dos plásticos, incentiva a transformação de toda a cadeia de valor envolvida e indica que há necessidade de reforçar os investimentos em sistemas de monitoramento muito mais abrangentes e eficazes para identificar a origem, escala e destino do plástico, bem como o desenvolvimento de uma estrutura de risco, que atualmente não existe globalmente.
O estudo conclui que é necessária uma mudança para abordagens circulares, incluindo práticas de consumo e produção sustentáveis, o desenvolvimento e adoção rápida de alternativas pelas empresas, e uma maior conscientização do consumidor para encorajar escolhas mais responsáveis.
Uma redução drástica do plástico desnecessário, evitável e problemático é crucial para enfrentar a crise global de poluição, segundo o relatório que pode conferir na íntegra, em inglês: From Pollution to Solution: A Global Assessment of Marine Litter and Plastic Pollution.
As informações são da Pnuma.
……………………………………………………………………………….
*Fonte: ciclovivo
Um drone sobreviveu ao calor do Cumbre Vieja. Estas são as incríveis imagens que gravou.
O projeto Sunsets Sweden é conhecido por gravar imagens incríveis um pouco por todo o mundo. Desde 19 de setembro que os responsáveis têm estado atentos ao que se passa na ilha espanhola de La Palma, onde o vulcão Cumbre Vieja continua a cuspir lava a um ritmo alucinante.
Com recurso ao drone DJI Mini 2, um piloto daquele projeto conseguiu obter imagens incríveis da cratera do vulcão, de onde um autêntico rio de lava tem saído ao longo das últimas semanas.
São imagens muito nítidas de um laranja incandescente, que quase faz esquecer a tragédia que paira naquela ilha das Canárias, onde centenas de pessoas perderam o sustento e a casa.
Com algum humor, o Sunsets Sweden contou depois que acabou por perder o drone enquanto gravava algumas das imagens.
Por sorte, acabou por reencontrar o objeto, que tinha ficado preso numas árvores.
O que aconteceu foi que a bateria do DJI Mini 2 acabou a meio do percurso, mas o drone não sofreu quaisquer danos.
…………………………………………………………………………….
*Fonte: TVI24