Feliz aniversário NEIL YOUNG!

Neil Young é um daqueles seletos artistas que “ruleia” aqui em casa desde sempre. Hoje essa figuraça completa 76 anos de muita vida, logo ele que não se restringe a ser apenas um grande músico mas também dono de uma baita personalidade, atuante em várias causas e questões em prol das minorias e do meio ambiente, nos EUA.
Feliz aniversário e keep on rock, man!

*Fica a dica para conhecer melhor o grande Neril Young…

Neil Young’s 40 greatest solo songs:

‘After the Gold Rush’
‘Alabama’
‘Albuquerque’
‘Ambulance Blues’
‘Be the Rain’
‘Birds’
‘Cinnamon Girl’
‘Cortez the Killer’
‘Cowgirl in the Sand’
‘Danger Bird’
‘Don’t Cry No Tears’
‘Don’t Let it Bring You Down’
‘Down by the River’
‘Everybody Knows This is Nowhere’
‘F*!#in’ Up’
‘From Hank to Hendrix’
‘Glimmer’
‘Goin’ Home’
‘Harvest Moon’
‘Heart of Gold’
‘Hey Hey, My My, (Into the Black)’
‘Like a Hurricane’
‘Motion Pictures’
‘Old Man’
‘On the Beach’
‘Only Love Can Break Your Heart’
‘Ordinary People’
‘Out on the Weekend’
‘Powderfinger’
‘Razor Love’
‘Rockin’ in the Free World’
‘Southern Man’
‘Sugar Mountain’
‘Tell Me Why’
‘The Needle and the Damage Done’
‘Thrasher’
‘Tired Eyes’
‘Unknown Legend’
‘Walk Like a Giant’
‘Walk On’

NASA irá desviar asteroide em teste de ‘defesa planetária’

No blockbuster de Hollywood “Armagedom” de 1998, Bruce Willis e Ben Affleck correm para salvar a Terra de ser pulverizada por um asteroide.

Enquanto a Terra não enfrenta esse perigo imediato, a NASA planeja colidir uma espaçonave viajando a uma velocidade de 24.000 km/h em um asteroide no próximo ano em um teste de “defesa planetária”.

O Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo (DART, na sigla em inglês) tem como objetivo determinar se esta é uma maneira eficaz de desviar o curso de um asteroide caso alguém venha a ameaçar a Terra no futuro.

A NASA forneceu detalhes da missão DART, que tem um orçamento de US$ 330 milhões (cerca de R$ 1,8 bilhão), em um conferência de imprensa na quinta-feira.

“Embora não haja um asteroide conhecido atualmente em curso de impacto com a Terra, sabemos que existe uma grande população de asteroides próximos à Terra por aí”, disse Lindley Johnson, oficial de Defesa Planetária da NASA.

“A chave para a defesa planetária é encontrá-los bem antes que se tornem uma ameaça de impacto”, disse Johnson. “Não queremos estar em uma situação em que um asteroide esteja sendo dirigindo à Terra e então ter que testar essa capacidade”.

A espaçonave DART está programada para ser lançada a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9 às 22h20, horário do Pacífico (2h20 no horário de Brasília), em 23 de novembro, na Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia.

Se o lançamento ocorrer nessa época ou próximo a essa data, o impacto com o asteroide a cerca de 11 milhões de quilômetros da Terra ocorreria entre 26 de setembro e 1º de outubro do próximo ano.

O asteroide alvo, Dimorphos, que significa “duas formas” em grego, tem cerca de 150 metros de diâmetro e orbita em torno de um asteroide maior chamado Didymos, “gêmeo” em grego.

Johnson disse que embora nenhum dos asteroides represente uma ameaça para a Terra, eles são candidatos ideais para o teste por causa da capacidade de observá-los com telescópios terrestres.
As imagens também serão coletadas por um satélite em miniatura equipado com uma câmera, fornecido pela Agência Espacial Italiana, que será ejetado pela espaçonave DART 10 dias antes do impacto.

Um pequeno empurrão
Nancy Chabot, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, que construiu a espaçonave DART, disse que Dimorphos completa uma órbita em torno de Didymos a cada 11 horas e 55 minutos “como um relógio”.

A espaçonave DART, que pesará 549 quilos no momento do impacto, não “destruirá” o asteroide, disse Chabot.

“Isso só vai dar um pequeno empurrão”, disse ela. “Ele vai desviar seu caminho ao redor do asteroide maior”.

“Haverá apenas uma mudança de cerca de um por cento naquele período orbital”, disse Chabot. “Então, o que era 11 horas e 55 minutos antes pode ser 11 horas e 45 minutos”.

O teste é projetado para ajudar os cientistas a entender quanto impulso é necessário para desviar um asteroide no caso de um dia se dirigir para a Terra.

“Nosso objetivo é estar o mais direto possível para causar a maior deflexão”, disse Chabot.

A quantidade de deflexão dependerá até certo ponto da composição de Dimorphos e os cientistas não estão totalmente certos de quão poroso é o asteroide.

Dimorphos é o tipo mais comum de asteroide no espaço e tem cerca de 4,5 bilhões de anos, disse Chabot.

“É como meteoritos condritos comuns”, disse ela. “É uma mistura de grãos finos de rocha e metal juntos”.

Johnson, oficial de defesa planetária da NASA, disse que mais de 27.000 asteroides próximos à Terra foram catalogados, mas nenhum atualmente representa um perigo para o planeta.

Um asteroide descoberto em 1999 conhecido como Bennu, com 503 metros de largura, passará a uma distância da Terra que é a metade da distância entre nós e a Lua no ano de 2135, mas a probabilidade de um impacto é considerada muito pequena.

*Por Julio Batista
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*Fonte: universoracionalista

“É uma loucura que produtos tão caros e avançados como um computador sejam tão descartáveis”

Depois de passar por Apple e Oculus, Nirav Patel fundou a Framework, uma empresa que pretende reinventar a indústria com equipamentos mais duráveis e que podem ser consertados ou modernizados por qualquer pessoa

Nirav Patel sempre passou a vida vendo os eletrônicos de consumo por dentro. Quando criança, abria os computadores que encontrava em sua casa, um lugar onde o quebrado não era substituído: era consertado. “Naquele ecossistema, o hardware ainda era muito aberto e você podia mexer em quase tudo”, lembra. Depois trabalhou na Apple e fez parte da equipe fundadora da Oculus —e se deparou com o mundo de ponta cabeça. “Em poucas décadas, os dispositivos se tornaram completamente fechados e inacessíveis para o usuário final”, lamenta.

O resultado disso é uma civilização acostumada a que as últimas tecnologias fiquem obsoletas em apenas um ano. Um mercado onde é razoável que uma calça jeans dure muito mais que um computador. “É uma loucura que produtos tão caros e tão avançados sejam tão descartáveis; que gastemos 2.000 dólares [11.000 reais] em um computador e que a deterioração de uma pequena parte, como uma bateria ou uma tecla, deixe-os inutilizáveis por ser tão caro consertá-los”, afirma. O paradoxo foi o caldo de cultura da Framework, a empresa com a qual Patel pretende nos devolver o acesso às entranhas dos nossos dispositivos e, com sorte, tirar a indústria do modelo em que está presa.

Dezoito meses depois do início do projeto, a empresa estava pronta para o lançamento de seu primeiro produto: um laptop consertável e configurável cujas primeiras unidades estão chegando aos consumidores dos Estados Unidos e do Canadá. “Estamos construindo a infraestrutura para chegar à Europa. Nosso objetivo é aceitar encomendas em alguns países europeus até o final do ano e continuar nos expandindo em 2022.” Sua promessa é que não precisamos ser engenheiros nem ter conhecimentos prévios para melhorar ou substituir qualquer parte da máquina. “Na verdade, é muito fácil”, garante. Basta um chave de fenda.

Pergunta. Como decidiu dar esse passo?

Resposta. Estava claro que o problema não se resolveria sozinho e que a única maneira de corrigi-lo era demonstrar que é possível construir uma empresa que siga um modelo diferente, mais amigável, com o consumidor e o meio ambiente. E eu sabia que tinha as habilidades e os contatos necessários para isso.

P. Quanto deve durar um laptop da Framework?

R. Nosso objetivo é que durem pelo menos o dobro do que os consumidores poderiam conseguir comprando outro computador de características semelhantes. Mas o importante é que os equipamentos não serão apenas funcionais durante esse período, serão também agradáveis. Não se trata de um produto que começa a se deteriorar depois de funcionar perfeitamente durante dois anos, e que faz o usuário sofrer por mais dois anos. Se algo começar a funcionar pior, seja uma bateria gasta, uma tela danificada ou um espaço de armazenamento insuficiente, isso pode ser resolvido com uma simples troca de módulo. Além disso, se um usuário precisar de uma porta diferente, pode consegui-la sem a necessidade de adaptadores externos, basta trocar as placas de expansão. A máquina foi projetada para ser muito fácil de abrir, e tudo está etiquetado com códigos QR onde o usuário encontra instruções passo a passo.

P. Por fora, seus computadores se parecem com qualquer modelo comercial, mas o interior é bem diferente. O quanto foi difícil reinventar essa estrutura?

R. Não é uma reinvenção total. Pudemos aproveitar muito conhecimento em matéria de design e arquitetura. Na verdade, é uma revisão de prioridades: para nós, o importante era garantir que tivéssemos um laptop muito fino e de alto desempenho, mas dentro dos limites de torná-lo totalmente acessível para quem nunca viu um computador por dentro.

P. Vamos supor que meu teclado quebre. Quanto tempo e dinheiro eu gastaria para consertá-lo?

R. Para essa peça, temos duas opções. Uma é substituir toda a parte superior —99 dólares [562 reais]—, que levaria dois minutos ou menos. A outra é substituir apenas o teclado —39 dólares [222 reais]—, que é um pouco mais complicada e pode levar meia hora. O usuário pode escolher, comprar a peça de reposição em nosso site e recebê-la em casa em dois dias. É mais eficiente para o consumidor e para nós: ele não tem de nos enviar o computador e esperar que o centro de reparo o examine, e também não precisa se preocupar com a segurança da informação.

P. E se acontecer algo mais letal? Se um café derramado danificar diferentes componentes? O conserto deixa de ser econômico?

R. Se o dano for grande, pode fazer mais sentido comprar um novo. Mas mesmo nessa situação seria possível economizar aproveitando alguns componentes. Por exemplo, os cartões de expansão de memória e armazenamento provavelmente estariam intactos.

P. Em relação ao preço, como é a comparação com outros equipamentos do mercado?

R. Tentamos manter um preço próximo ao que o usuário encontraria comprando um computador similar. O laptop pré-configurado mais barato custa 999 dólares [5.674 reais] e o mais caro, 2.000 dólares [11.360 reais]. Além disso, se um usuário, por exemplo, não quiser o Windows, pode configurar uma opção mais barata na versão “faça você mesmo”.

P. Nesse cenário, os compradores continuam dependendo de vocês para conseguir peças de substituição. Essa espécie de monopólio faz parte de seus planos?

R. Não. Estamos tentando construir um ecossistema que vá além da Framework. Já publicamos abertamente os projetos dos cartões de expansão e temos alguns empreendimentos comunitários e pequenas empresas começando a desenvolver seus próprios cartões. Isso é ótimo, porque os consumidores não precisam depender de nós. E queremos que isso ocorra também com outros componentes.

P. Vocês não temem que esses fabricantes acabem por expulsá-los do mercado?

R. Não especialmente. Para nós, o objetivo é fazer com que esse ecossistema cresça e nossa loja sirva, com o tempo, como mercado para esses fabricantes e vendedores.

P. Veremos e consertaremos as entranhas de mais dispositivos?

R. Sim. O laptop é só o início porque era o mais óbvio e possivelmente a categoria que mais precisava do modelo que temos. Mas acreditamos que isso se aplique a qualquer categoria de eletrônica de consumo. Todos nós temos uma gaveta cheia de dispositivos quebrados com os quais não podemos fazer nada.

P. Imagina a Apple ou a Samsung seguindo um modelo semelhante?

R. Gostaríamos. Mas não conto com isso. Seus modelos estão muito centrados nesse ciclo da substituição.

P. O modelo da Framework as mataria. O que pode matar a Framework?

R. Nosso maior desafio é o problema que todo o mundo está enfrentando: a escassez de silício e os problemas na cadeia de fornecimento. Até agora temos conseguido superar isso, mas ninguém sabe exatamente o que acontecerá no ano que vem, e não parece que esta crise vá desaparecer. Por enquanto, estamos vendendo laptops mais rápido do que os fabricamos.

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*Por Montse Hidalgo Pérez
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*Fonte: brasil-elpais