Quer uma vida longa? Tome café da manhã antes das 7h

A sabedoria popular diz que o café da manhã é a refeição mais importante do dia. Agora, especialistas acreditam que quebrar o jejum no horário “certo” também pode garantir mais alguns anos de vida para as pessoas.

Cientistas da Universidade de Nova York descobriram que tomar o café antes das 7h da manhã pode aumentar a expectativa de vida. Por outro lado, esperar até as 10h pode ter o efeito contrário.

Pesquisas anteriores descobriram que comer tarde da noite perturba o relógio interno do corpo e aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. Mas, até o momento, poucos estudos analisaram se o horário do café da manhã tem um impacto semelhante.

Café da manhã cedo pode reduzir risco de doenças cardíacas e câncer
O estudo acompanhou mais de 34.000 americanos com mais de 40 anos durante várias décadas. Os voluntários registraram os horários de alimentação e os cientistas os compararam com as taxas de mortalidade ao longo do estudo.

Os resultados, publicados no Journal of Nutrition, mostraram que aqueles que tomam café da manhã entre 6h e 7h têm 6% menos probabilidade de morrer prematuramente de doenças graves, como problemas cardíacos ou câncer do que aqueles que tomam café da manhã regularmente às 8h, e um risco de morte prematura 12% menor do que outros que comeram pela primeira vez às 10h.

Acredita-se que pular o café da manhã ou comê-lo tarde interrompe o “relógio alimentar” do corpo – a programação interna que controla a liberação de hormônios relacionados à alimentação, como a insulina. Esse hormônio ajuda a queimar a glicose da corrente sanguínea, e os níveis atingem o pico de manhã cedo.

Comer mais tarde pode significar que o corpo diminui gradativamente a insulina e aumenta os níveis de glicose no sangue – causando diabetes, obesidade e doenças cardíacas.

*Por Jeniffer Cardoso
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*Fonte: olhardigital

Cientistas revelam locais que precisamos preservar para evitar caos climático

Pequena proporção da Terra hospeda toneladas de carbono em vegetação e solos irrecuperáveis até 2050

Um novo mapeamento detalhado identificou as florestas e turfeiras ricas em carbono que a humanidade não pode destruir se quiser uma catástrofe climática. A pesquisa foi publicada na revista Nature Sustainability e traz informações fundamentais.

Os cientistas identificaram 139 bilhões de toneladas (139 Gt) de carbono em árvores, plantas e solos como “irrecuperáveis”, o que significa que a regeneração natural não poderia substituir sua perda até 2050, data em que as emissões globais líquidas de carbono devem terminar para evitar os piores impactos de aquecimento global.

Entre as áreas que precisam ser preservadas estão as vastas florestas e turfeiras da Rússia, Canadá e Estados Unidos e as florestas tropicais na Amazônia, no Congo e no sudeste da Ásia. Pântanos de turfa no Reino Unido e manguezais e florestas de eucalipto na Austrália também estão na lista.

Só na última década, a agricultura, a extração de madeira e os incêndios florestais causaram a liberação de pelo menos 4 Gt de carbono irrecuperável, disseram os pesquisadores.

Além de combater o uso de combustíveis, acabar com o desmatamento é crucial para enfrentar a crise climática. Ao mesmo tempo em que o compromisso assumido na COP26 por grandes nações Brasil, China e Estados Unidos, em fazer isso até 2030 traz esperança, existe o receio em saber que uma promessa semelhante foi feita em 2014 e nunca foi cumprida.

“A PROTEÇÃO DO CARBONO IRRECUPERÁVEL, JUNTAMENTE COM A DESCARBONIZAÇÃO GENERALIZADA DAS ECONOMIAS MUNDIAIS, TORNARÁ MAIS PROVÁVEL UM CLIMA SEGURO, AO MESMO TEMPO QUE CONSERVA ÁREAS IMPORTANTES PARA A BIODIVERSIDADE.”

O carbono irrecuperável da Terra é altamente concentrado, mostraram os pesquisadores. Metade dela é encontrada em apenas 3,3% das terras do mundo, tornando os projetos de conservação focados altamente eficazes.

Segundo a pesquisa, apenas metade do carbono irrecuperável está atualmente em áreas protegidas, mas incluir 5,4% das terras do mundo nestas áreas de proteção a garantiria 75% do carbono irrecuperável.


Indígenas: os melhores guardiões

Os povos indígenas foram reconhecidos pela ONU como os melhores protetores da terra, mas apenas um terço do carbono irrecuperável é armazenado em seus territórios reconhecidos. Os estoques irrecuperáveis ​​de carbono se sobrepõem fortemente às áreas de rica vida selvagem, portanto, sua proteção significa a preservação em massa da vida selvagem.

“Essas são as áreas que realmente não podem ser recuperadas em nossa geração – é o carbono de nossa geração que deve ser protegido. Mas com o carbono irrecuperável concentrado em uma área relativamente pequena de terra, o mundo poderia proteger a maioria desses lugares essenciais para o clima até 2030”, explica a principal autora do estudo, Monica Noon, da Conservation International.

“DEVEMOS PROTEGER ESSE CARBONO IRRECUPERÁVEL PARA EVITAR UMA CATÁSTROFE CLIMÁTICA – DEVEMOS MANTÊ-LO ENTERRADO.”

A pesquisa descobriu que 57% do carbono irrecuperável estava em árvores e plantas e 43% em solos, principalmente turfa. As turfeiras globais armazenam mais carbono do que as florestas tropicais e subtropicais, concluiu.

Segundo os cientistas, a proteção do carbono irrecuperável deve envolver o fortalecimento dos direitos dos povos indígenas, encerrando as políticas que permitem a destruição e ampliação das áreas protegidas.

Carbono irrecuperável em áreas ameaçadas

A Rússia, fortemente atingida por incêndios florestais nos últimos anos, abriga o maior estoque de carbono irrecuperável com 23%. O Brasil está em segundo lugar e os índices de desmatamento do país vem batendo recordes sucessivos desde a eleição de Jair Bolsonaro. O Canadá e os EUA ocupam o terceiro e quinto lugares – juntos, os países que também vêm sendo palco de grandes incêndios florestais, acumulam 14% do carbono irrecuperável do mundo. As áreas úmidas do sul da Flórida são outro importante depósito de carbono irrecuperável.

A Austrália abriga 2,5% do carbono irrecuperável do mundo, em seus manguezais costeiros e ervas marinhas, bem como florestas no sudeste e sudoeste, que foram também foram atingidas por grandes incêndios em 2019 e 2020. No Reino Unido, as turfeiras cobrem 2 milhões de hectares e armazenam 230 milhões de toneladas de carbono irrecuperável há milênios, mas a maioria está em más condições.

As turfeiras e os manguezais são focos de carbono irrecuperável, devido à sua alta densidade de carbono e ao longo período que precisariam para se recuperar, que podem chegar a séculos.

As florestas tropicais são menos densas em carbono e crescem relativamente rápido, mas permanecem críticas por causa das áreas muito grandes que cobrem.

*Por Natasha Olsen
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*Fonte: ciclovivo