Comidas que parecem estrangeiras mas são brasileiras!

A culinária brasileira é cheia de comidas com nomes que nos fazem acreditar que se tratam de pratos estrangeiros. Quem nunca comeu uma torta holandesa ou um crepe suíço? Pois saiba que essas receitas de europeias só têm o nome mesmo! Isso porque elas são tão brasileiras quanto a feijoada e o brigadeiro.

Eu duvido que você sequer imaginava que as comidas a seguir não fossem importadas de outro país. Mas afinal, tem coisa mais tupiniquim que dar um nome gringo para um prato regional? Confira agora comidas que parecem estrangeiras, mas são brasileiras:

Beirute
Sabe o beirute? Pois é, ele não é nem um pouco libanês, na verdade, só o pão sirio, porque de resto é uma criação totalmente paulista! A grande invenção surgiu quando dois irmãos libaneses donos de lanchonete perceberam que não tinham mais pão de forma. Por isso utilizaram o sírio e o batizaram de Beirute, assim como a capital do seu país de origem.

Bife à Parmegiana
O bife à parmegiana também não vem da região de Parma, na Itália. Já que carne empanada com farinha e coberta com queijo parmesão não é nada comum no país das massas. Nem o molho à bolonhesa é de lá, inclusive deve ser quase uma heresia, já que o original é feito com ragu e não carne moída.

Pão Francês
O Pão francês nunca foi a França, mas a elite brasileira do século vinte foi bastante e na volta trazia o baguete para os padeiros daqui tentarem copiar e assim nasceu nosso pãozinho preferido. E fala sério, ficou muitoooo melhor!

Torta Holandesa
Este prato só seria holandês se Campinas fizesse parte dos Países Baixos, tendo em vista que o doce foi elaborado por uma mulher na cidade do interior paulista. Silvia Maria só queria deixar o conhecido pavê um pouco mais apetitoso, então aperfeiçoou a torta. Ela a batizou com esse nome apenas para homenagear os anos que passou no país europeu. Obrigada por tudo, Silvia Maria!

Arroz à Piemontese
Quem nunca provou esse prato delicioso que leva arroz cozido, creme de leite, presunto em cubos e queijo? A comida é um verdadeiro sucesso aqui, mas não tem nada a ver com a região italiana de Piemonte. A invenção deliciosa é totalmente brasileira!

Palha Italiana
Se você for à Itália com certeza não irá encontrar uma palha italiana. Afinal, ela não foi inventada lá. O doce feito a partir de brigadeiro e biscoito triturado é bem verde e amarelinho! Eles é que estão perdendo!

Paleta Mexicana
Essa sobremesa gelada fez muito sucesso aqui no país e era possível encontra-lás com diversos recheios. No entanto, de mexicana as paletas não têm nada! Isso porque no México, esses picolés diferenciados não possuem nada dentro.

Com isso, podemos concluir que nem só das comidas típicas vivem os moradores deste país, a gente também gosta de inovar e criar receitas diferentes. Afinal, os brasileiros têm o poder de transformar e adaptar qualquer comida no prato mais delicioso do mundo todo!

*Por Isabela Serra
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*Fonte: fatosdesconhecidos

“The Beatles: Get Back”: quem é fã vai amar, quem não é vai achar muito chato

A série “The Beatles: Get Back”, editada e remasterizada por Peter Jackson, o mesmo da trilogia “O Senhor dos Anéis“, a partir do 80 horas de filmagens originais realizadas pelo cineasta Michael Lindsay-Hogg, em janeiro de 1969, para o documentário “Let it be” (1970) é, de fato, magistral. Mas devagar com o andor que o santo é de barro.

É, de fato, incrível pra quem é fã da banda. Pra quem, assim como eu e outros tantos milhões mundo afora, convivem com essas canções quase que diariamente há mais de 50 anos, é o maior espetáculo da terra.

Confesso, no entanto, que, pra quem apenas gosta de uma ou outra canção, aqui e acolá, os três episódios de quase três horas cada são um tour de force. O que o espectador vê são horas e horas seguidas de discussões, brigas, piadas e ensaios, que começam com o rascunho das canções e levam séculos para se completarem, até elas se transformarem nas lindas obras que nos acostumamos.

De acordo com Jackson, graças à tecnologia moderna, ele conseguiu recuperar diálogos que Paul McCartney, John Lennon, George Harrison e Ringo Starr tentavam esconder aumentando o som das guitarras. O fio condutor de tudo, revela ele, através de conversas “que são muito pessoais e íntimas, que eles não faziam ideia de que, 50 anos depois, nós conseguiríamos apagar a guitarra e ouvir essas coisas”.

E, de fato, é verdade. Fica, porém, a pergunta no ar: a quem interessa tanto detalhe e intriga. A resposta está dada parágrafos acima, ou seja, aos fãs inveterados. Caro amigo leitor, se você gosta apenas de ouvir “Help”, “Let It Be” e “Yesterday” de vez em quando, fuja de “The Beatles: Get Back”, que você vai se entediar até o limite do insuportável.

Intimidade

Agora, se você é, de fato, fã e, principalmente, músico. Siga comigo. O documentário é capaz de te colocar em um nível de intimidade com os Beatles nunca antes visto. A cada episódio, se tem a impressão nítida de uma certa amizade com eles e muitos dos outros que participam, como as esposas e assistentes.

A chegada do pianista Billy Preston à cena é um dos momentos mais tocantes. O primeiro e único músico a ter os créditos em capas de álbuns da banda (é bom lembrar que até Eric Clapton já havia gravado a canção “While my guitar gently weeps”, de Harrison) vai visitar as sessões de gravações e acaba sendo convidado de surpresa. Assim que Preston dá os primeiros acordes, os Beatles reagem exultantes como crianças em parque de diversão. Um deles dispara: “chegou o cara”, e todos riem.

Outra boa revelação da série é o fato de quebrar o mito de que Yoko Ono, então esposa de Lennon, é a megera que separou a banda. Durante todo o tempo ela permanece quieta sem influenciar nas gravações e tem uma atitude extremamente respeitosa com todos.

No mais, é isso. Os fãs vão fazer jus ao nome da plataforma por demanda que bancou a série, a Disney Plus. Para quem gosta é, de fato uma Disneylândia. Já pra quem não liga tanto ou quase nada, “The Beatles: Get Back” pode ser uma tortura.

*Por Julinho Bittencourt
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*Fonte: revistaforum