Os filhos são o motor que nos impulsiona a continuar, não importa o que aconteça

Os filhos, aqueles seres que trazemos ao mundo em milhares de sonhos e projetos, muitas vezes tornam-se tudo o que precisamos para nos levantar e seguir em frente. Certamente todos nós temos aquela força interior que nos impulsiona, que nos motiva, mas quando temos filhos, esse estímulo se multiplica e vemos como nossas habilidades se multiplicam, como nossas forças vêm de onde não sabemos e como podemos continuar, não importa o que aconteça.

Existem muitos tipos de amor, mas somente quem tem filhos entende a motivação que eles representam, o impulso que eles dão e a impossibilidade de se render a qualquer circunstância, não apenas por querer dar-lhes o melhor, incluindo o melhor exemplo, mas por causa da necessidade de tornar suas vidas melhores, e quando os pais estão bem, os filhos estão bem.

Não importa quantos anos eles tenham, nós somos o suporte natural de nossos filhos e de qualquer forma eles entendem e percebem quando não estamos passando por um bom tempo. Então, deixar qualquer situação negativa se torna uma prioridade para os pais.

Muitas vezes podemos sentir que o mundo desmorona diante de nossos olhos, mas depois nos voltamos e vemos aquele olhar daquele ser que veio de nós e tudo muda, sabemos que não precisamos de nada mais do que aquela força que nos faz sentir importante na vida daqueles que mais amamos e para eles a nossa visão do mundo, mesmo desmoronando, simplesmente muda.

A vida tem um significado particular para cada pessoa e propósitos muito variáveis, mas quem tem filhos sabe que há um antes e um depois, que as prioridades mudam, que queremos ser melhores a cada dia, de uma necessidade diferente, já não se trata apenas de nós, mas de alguém que veio através de nós e cujo mundo e visão dependerão em grande parte do que nós, como pais, podemos mostrar a ele.

Se você está passando por um momento ruim, você tem filhos e ainda não consegue encontrar a força para se levantar ou seguir em frente, inicie aquele motor natural que é ativado apenas olhando nos olhos daquele ser que confia em nós, até mais do que podemos fazer por nós mesmos, tenha em mente que seus passos não apenas determinam seu caminho, mas de longe determinarão a vida daqueles pequeninos que trouxemos ao mundo. Agradeça àquela energia que não precisa de muito para ativar e continua o caminho.

*do Rincón del Tibet
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Fonte: pensarcontemporaneo

Zygmunt Bauman: somos aquilo que podemos comprar

Via Pensar Contemporâneo

Zygmunt Bauman é um sociólogo e filósofo polonês que se debruça sobre os problemas do capitalismo, ou melhor, sobre a face mais perversa e doentia do capitalismo insano e selvagem: a ideia de que somos aquilo que podemos comprar. Ele observa que a sociedade atual, bombardeada pela propaganda incessante, vive em estado de estresse e ansiedade, pressionada a consumir cada vez mais. A sociedade atual sequer consegue pensar em soluções para seus problemas, afinal, não há tempo para isso. Temos muitas contas para pagar e perdemos completamente o poder de decidir nossas vidas.

Aliados a essa mentalidade, os bancos se dedicam aos clientes que não conseguem pagar suas contas, preferindo que o indivíduo faça um empréstimo para pagar outro empréstimo, pois, afinal, lucram (e muito) com os juros. O indivíduo disciplinado que paga suas contas precisa ser capturado pela lógica do endividamento, pois é uma ameaça ao lucro das instituições financeiras. Aqueles que não podem pagar não têm acesso aos shoppings centers, os santuários espirituais das sociedades de consumo. Nossa época reflete, segundo Bauman, um momento onde o poder político desvinculou-se do poder econômico. Assim, a política tornou-se ilusão, pois as decisões políticas devem ser do interesse do poder econômico.

Se no passado o capitalismo era norteado pela cultura da poupança, onde as pessoas faziam sacrifícios para obter aquilo que necessitavam, hoje vivemos a ilusão do “aproveite agora e pague depois”. E pague, de preferência, por coisas que não precisa. A criação de necessidades é uma especialidade desse esquema cruel e excludente.

Contudo, até mesmo o supremo poder econômico, que tudo domina, irá consumir a si mesmo. Estamos, segundo Bauman, em uma época sem líderes ou política, orientados tão somente pelo consumismo, sem direção ou objetivos. Somente após o previsível colapso de nossas sociedades de consumo é que buscaremos soluções mais sensatas.

*Por Alfredo Carneiro
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*Fonte: provocacoesfilosoficas