5 Cores comuns que não existem de verdade

Pode ser difícil acreditar, mas nós possuímos a tendência de enxergar cores que na verdade não existem. Mas como isso acontece? A verdade por trás disso está ligada a maneira como nós vemos as cores. De maneira resumida, cada coloração costuma ser diferenciada por seu comprimento de onda.

Isso determina a diferença de velocidade que os sinais de uma cor chegam aos nossos olhos. Portanto, quando nossa visão recebe esse comprimento de onda, ela envia essa informação para o cérebro, que então a usa para determinar a cor que estamos olhando. Mas existem vários truques envolvidos que tornam toda a situação muito delicada. Veja só seis cores populares que não existem de verdade e qual o motivo por trás disso!

1. Roxo

É comum que as pessoas utilizem a palavra “roxo” para descrever deliberadamente uma série de cores. Porém, essa é uma “cor” que só pode ser obtida através da combinação de duas outras cores ou comprimentos de onda: o azul e o vermelho. E por que então essa não deveria ser considerada uma cor?

A verdade é que nossos olhos só conseguem ver três cores: azul, vermelho e verde, mas consegue identificar outras ao misturar esse trio. Portanto, quando misturamos azul e vermelho, deveríamos ver algo numa tonalidade verde-amarelada, mas nosso cérebro substitui essa combinação por roxo.

2. Rosa

Se nas quartas-feiras você gosta de vestir rosa, saiba que a sua vida é uma mentira. Assim como o roxo, o rosa não tem comprimento de onda próprio, mas podemos vê-lo por ser uma alteração do comprimento de onda do vermelho. Ou seja, quando você estiver enxergando rosa, saiba que aquilo nada mais é do que outro tom de vermelho.

É por esse motivo que o rosa costuma ser criado a partir do vermelho, bastando adicionar um pouco de branco na mistura para mudar a sua tonalidade.

3. Magenta

Não confunda: assim como roxo e violeta não são iguais, rosa e magenta também não são a mesma cor. Enquanto o rosa é uma versão de vermelho claro, o magenta está em uma tonalidade entre o vermelho e o violeta. No entanto, ao contrário do rosa — que aproveita o comprimento de onda do vermelho —, o magenta não possui comprimento de onda própria.

Portanto, essa não é uma cor que existe de verdade. E apesar de ser considerada uma cor primária, o magenta depende da interpretação do nosso cérebro para existir. Isso acontece pelo fato do violeta e do vermelho estarem em extremidades opostas do arco-íris, fazendo com que nossa mente crie uma cor totalmente nova que seja o intermediário das duas.

4. Preto e Branco

Caso você não saiba, todas as cores são produtos da luz, que por sua vez é formada por comprimentos de onda. Quando a luz atinge um objeto, esse receptor absorve alguns dos comprimentos de onda e reflete o resto. A parte refletida é basicamente o que enxergamos e chamamos de cor.

Entretanto, um objeto pode acabar absorvendo todos os comprimentos de onda ou então refletindo tudo de uma vez só. Quando tudo é absorvido, não vemos cor nenhuma e daí nasce o preto. Quando acontece o contrário, vemos uma mistura de todas as cores que é o branco.

Porém, nós não podemos chamar preto e branco de cores, pois os dois são sombras usadas para tornar uma cor mais clara ou mais escura. Confuso, né?

5. Neon

Embora a moda moderna diga uma coisa, neon não é uma cor e nunca vai ser. Primeiramente porque neon não é uma cor específica, mas uma categoria para várias cores superbrilhantes. E o nome neon tem origem no gás neon, um elemento químico vermelho-alaranjado que pertence à mesma família do gás hélio.

Portanto, ao passar a luz pelo gás neon, criamos uma espécie de cor vermelho-alaranjada brilhante. E para obter outras “cores neon”, precisaríamos colocar outros elementos químicos na mistura. Ou seja, nada disso é uma cor que existe na natureza.

*Por Pedro Freitas
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*Fonte: megacurioso

Cientistas desenvolvem método para fazer cerveja sem álcool com o sabor da bebida ‘normal’

Quem já provou sabe que, apesar da aparência ser quase perfeitamente idêntica, as cervejas sem álcool costumam ter um sabor consideravelmente diferente – e pior – do que as cervejas tradicionais. Um grupo de cientistas dinamarqueses, porém, afirma ter enfim resolvido esse problema, desenvolvendo um método sustentável e viável de produzir a bebida sem álcool mas sem abrir mão do sabor, ao incluir um grupo de moléculas capaz de fornecer e manter o devido e peculiar gosto da bebida original. A pesquisa foi publicada na revista científica Nature Biotechnology.

A pesquisa é pioneira no método de “manter” o sabor da cerveja sem álcool

-Cervejas sem álcool ganham espaço com jovens que pretendem beber menos

De acordo com a pesquisa, realizada por cientistas da Universidade de Copenhague, a chave para o sabor da cerveja normal é o aroma do lúpulo, planta utilizada como um dos ingredientes da feitura da cerveja. “Quando você remove o álcool da cerveja, por exemplo, aquecendo-a, você também mata o aroma que vem do lúpulo”, afirma Sotirios Kampranis, professor da Universidade de Copenhague, fundador da empresa de biotecnologia EvodiaBio, e um dos pesquisadores. “Outros métodos para fazer cerveja sem álcool, minimizando a fermentação, também levam a um aroma ruim porque o álcool é necessário para que o lúpulo passe seu sabor único para a cerveja”, explicou o professor.

O segredo da pesquisa para manter o sabor está em um grupo de de moléculas chamadas monoterpenóides, que fornecem o aroma do lúpulo, e que foram adicionadas ao processo de fabricação sem o álcool – que utiliza, portanto, não o lúpulo real, mas sim as moléculas que transmitem o aroma. Segundo Kampranis, é a primeira vez que uma cerveja 0% de álcool alcança o sabor correto, como um “divisor de águas” na produção da bebida. Mais do que simplesmente oferecer o melhor gosto da bebida, o novo método é também econômico e consideravelmente sustentável, se comparado aos processos tradicionais de fabricação.

Além de saborosa, a novidade é também sustentável, economizando água e transporte

“Com o método, pulamos completamente os lúpulos aromáticos e, portanto, também a água e o transporte. Isso significa que um quilo de aroma de lúpulo pode ser produzido com mais de 10.000 vezes menos água e mais de 100 vezes menos CO2”, afirmou Kampranis. A produção do lúpulo tradicional exige o uso de 2,7 toneladas de água para o cultivo de meio quilo da planta, que também impacto o meio-ambiente através de seu transporte e da necessidade de refrigeração.

*Por Vitor Paiva
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*Fonte: hypeness