Não é preciso dar 10 mil passos por dia para ser saudável, aponta estudo

Grupo internacional de cientistas concluiu que a quantidade ideal de passos por dia varia de acordo com idade e pode reduzir em até 53% o risco de morte prematura

A ideia de que são necessários 10 mil passos por dia para manter a saúde surgiu há décadas, de uma campanha de marketing sem base científica para um pedômetro (instrumento que conta passos). Segundo novo estudo sobre esse assunto, andar mais durante o dia realmente faz bem à saúde, mas a quantidade de passos para esse efeito pode mudar de acordo com cada faixa etária. A pesquisa foi conduzida por um grupo internacional de cientistas chamado Steps for Health Collaborative, e publicada no dia 1º de março na The Lancet Public Health.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores buscaram de evidências para relação entre a quantidade de passos dados por dia e a melhora na saúde ao analisar 15 estudos que envolveram quase 50 mil voluntários ao redor do mundo.

“O que vimos foi uma redução no risco de morte à medida que o número de passos aumenta”, diz em comunicado Amanda Paluch, epidemiologista da atividade física e autora principal do estudo. Segundo a pesquisadora, essa redução se estabiliza depois de uma certa quantidade de passos.

Para pessoas com 60 anos ou mais, o risco de morte prematura se estabilizou em cerca de 6 mil a 8 mil passos por dia. Já adultos com menos de 60 anos obtiveram o mesmo resultado andando entre 8 mil e 10 mil passos. De acordo com Paluch, a pesquisa não encontrou nenhuma variação do resultado baseada na velocidade de caminhada.

“Passos são muito simples de contar e dispositivos de rastreamento de condicionamento físico estão cada vez mais acessíveis”, diz Paluch. Para ela, a maior importância da pesquisa é comprovar que é possível e benéfico fazer atividades físicas simples e sem custo, como a caminhada.

Os estudos analisados pela pesquisa investigaram o efeito dos passos diários na mortalidade de adultos acima dos 18 anos. Os participantes foram divididos em quatro grupos comparativos de acordo com a média de passos dada por dia. Dos menos aos mais ativos, as médias foram de 3,5 mil passos por diaç 5,8 mil; 7,8 mil e 10,9 mil.

Entre os três grupos mais ativos, o risco de morte chegou a ser 53% menor em comparação ao grupo menos ativo. “A principal conclusão é que há muitas evidências sugerindo que se mover um pouco mais ao longo do dia é benéfico, principalmente para aqueles que fazem pouca atividade física”, conclui Paluch.

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*Fonte: revistagalileu

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