“Fadiga do ouvido”: por que o silêncio também é importante para você?

Episódios frequentes de dor de cabeça e estresse podem ser reflexos de incessantes barulhos externos. Especialista explica por que um ambiente silencioso faz bem

Da mesma forma que passar tempo demais em frente às telas gera um cansaço no olhar, estar exposto a ruídos o dia todo causa uma fadiga no ouvir. Como resposta, o corpo manifesta dores de cabeça, perda de concentração, além de aumentar os níveis do estresse. Uma alternativa, segundo Dulce Pereira de Brito, médica e head dos programas corporativos de Promoção de Saúde e Bem-estar do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), é trazer o silêncio para a rotina diária, nem que seja por um minuto.

Os barulhos externos geram um cansaço físico, de acordo com a especialista, porque eles acionam o sistema de alarme do organismo, fazendo com que o cérebro precise capturar muitas informações e tente entender o que cada som significa. Nesse processo, comportamentos inadequados podem surgir, mesmo que a pessoa não perceba.

“Quando nos alimentamos em um ambiente ruidoso, como uma praça de alimentação ou um refeitório de uma empresa, com centenas de pessoas consumindo e falando ao mesmo tempo, acabamos comendo mais do que gostaríamos, por causa do barulho”, exemplifica Brito, que também é professora da Faculdade de Medicina da USP e coordenadora do programa de Saúde Mental nas Organizações do HIAE.

O ruído, segundo a médica, também acelera os pensamentos e as ações, ao invés de forçar a atenção ao presente, e o desafio é trazer o silêncio para a rotina. “Quando eu me coloco nesse lugar do silêncio, é um tempo para eu me ouvir e perceber como está a respiração, a fome e o cansaço do corpo. Tem coisas que só percebemos quando desaceleramos e o silêncio é um convite a isso”, destaca.

Como silenciar mais?

Na lista de benefícios, o silêncio é responsável por desacelerar, acalmar, melhorar a concentração, o foco e a memória, além de ajudar o indivíduo a se entender melhor. Para alcançar esses momentos, Brito explica que não é preciso se isolar no alto de uma montanha, mas encontrar lugares de refúgio próprios, como um canto mais isolado da casa ou mesmo no colo de alguém. “Se não tiver ninguém por perto, você mesmo se abraça e tenha autocompaixão. Um jeito de silenciar o falatório externo, e o interno, é quando a pessoa é mais autocompassiva, e não se pune tanto”, sugere.

*Por Amanda Milleo
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*Fonte: revistagalileu

Tóquio a Los Angeles em uma hora: startup americana promete voos hipersônicos

Sediada em Houston, no Texas (EUA), a jovem startup Venus Aerospace diz estar quase pronta para lançar um aviãoque consegue fazer o percurso de Tóquio a Los Angeles em uma hora. É um voo hipersônico chegando a uma velocidade de Mach 9 (11.000 km/h).

Embora a empresa não tenha divulgado imagens ou detalhes do avião até agora, o projeto parece estar avançando. De acordo com a startup, um motor de demonstração já foi construído, assim como foram finalizados os primeiros testes em túneis de vento hipersônicos.

No início deste mês, a Venus Aerospace recebeu ainda um investimento de US$ 20 milhões (em torno de R$ 93 milhões) do Prime Movers Lab, um fundo focado em invenções científicas de alta inovação. O fundo inclui nomes como a Draper Associates, responsável por financiar empresas como Tesla (no início), SpaceX, Skype, Twitch e Twitter.

“Os EUA estão no meio de uma corrida global pela tecnologia hipersônica”, disse o sócio-geral do Prime Movers Lab, Brandon Simmons. “A Venus atingiu testes essenciais de motores, design de veículos e marcos de crescimento que me deixam tremendamente empolgado com o futuro do voo hipersônico americano.”

Ex-funcionários da Virgin Orbit nos voos hipersônicos
Fundada em 2020, a Venus Aerospace é conduzida pelos irmãos Duggleby. Anteriormente, a CEO Sassie Duggleby atuou como consultora de engenharia de sistema de lançamento na Virgin Orbit, enquanto o CTO Andrew Duggleby liderou as operações de lançamento na mesma empresa.

“No ano passado, com nosso financiamento inicial, subimos de três para 40 pessoas”, afirma Sassie. “Estes são os melhores cientistas, engenheiros e operadores de foguete do mundo. Com esse financiamento, continuaremos avançando em direção aos nossos próximos marcos técnicos, contratando ótimas pessoas e escalonando nossa organização.”

Os planos da Venus Aerospace envolvem a construção de um motor de foguete de última geração, o design do avião hipersônico e o aperfeiçoamento dos seus sistemas de refrigeração. O investimento também permitirá que a empresa realize testes de voo e propulsores no porto espacial de Houston, onde já está presente desde 2020.

Houston é um dos principais centros aeroespaciais nos Estados Unidos. Além da Venus, a cidade no Texas abriga empresas como a Axiom Space, que tenta realizar seu primeiro voo tripulado de caráter privado nos EUA.

*Por Lucas Barreto
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*Fonte: olhardigital