Dia: 14 de maio, 2022
“A maior desgraça de uma nação pobre é que, em vez de produzir riqueza, produz ricos”, Mia Couto.
“A maior desgraça de uma nação pobre é que, em vez de produzir riqueza, produz ricos”, Mia Couto.
SÃO DEMASIADO POBRES OS NOSSOS RICOS
“A maior desgraça de uma nação pobre é que, em vez de produzir riqueza, produz ricos. Mas ricos sem riqueza. Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos mas de endinheirados.
Rico é quem possui meios de produção. Rico é quem gera dinheiro e dá emprego. Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. Ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele.
A verdade é esta: são demasiado pobres os nossos «ricos». Aquilo que têm, não detêm. Pior: aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas. Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados.
Necessitavam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por lançá-los a eles próprios na cadeia. Necessitavam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade. Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem.
O maior sonho dos nossos novos-rícos é, afinal, muito pequenito: um carro de luxo, umas efémeras cintilâncias. Mas a luxuosa viatura não pode sonhar muito, sacudida pelos buracos das avenidas. O Mercedes e o BMW não podem fazer inteiro uso dos seus brilhos, ocupados que estão em se esquivar entre chapas, muito convexos e estradas muito concavas.
A existência de estradas boas dependeria de outro tipo de riqueza. Uma riqueza que servisse a cidade. E a riqueza dos nossos novos-ricos nasceu de um movimento contrário: do empobrecimento da cidade e da sociedade.
As casas de luxo dos nossos falsos ricos são menos para serem habitadas do que para serem vistas. Fizeram-se para os olhos de quem passa. Mas ao exibirem-se, assim, cheias de folhos e chibantices, acabam atraindo alheias cobiças.
Por mais guardas que tenham à porta, os nossos pobres-ricos não afastam o receio das invejas e dos feitiços que essas invejas convocam. O fausto das residências não os torna imunes. Pobres dos nossos riquinhos!
São como a cerveja tirada à pressão. São feitos num instante mas a maior parte é só espuma. O que resta de verdadeiro é mais o copo que o conteúdo. Podiam criar gado ou vegetais. Mas não. Em vez disso, os nossos endinheirados feitos sob pressão criam amantes. Mas as amantes (e/ou os amantes) têm um grave inconveniente: necessitam de ser sustentadas com dispendiosos mimos.
O maior inconveniente é ainda a ausência de garantia do produto. A amante de um pode ser, amanhã, amante de outro. O coração do criador de amantes não tem sossego: quem traiu sabe que pode ser traído”.
O POBRE RICO, QUE USA A RIQUEZA APENAS PARA SEU BENEFÍCIO PRÓPRIO É MAIS POBRE DO QUE AQUELE QUE NÃO TEM DINHEIRO ALGUM. IARA FONSECA
*DA REDAÇÃO RH. Via – Mia Couto, in ‘Pensatempos’.
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*Fonte: resilienciamag
Os 10 animais mais perigosos do mundo
Os animais estão por toda parte, e há milhões de diferentes espécies em todo o planeta. Devido á proximidade de alguns, às vezes nos esquecemos de como certas espécies e grupos podem ser perigosos.
Nesse artigo, listamos os animais mais perigosos do mundo, de acordo com o número de mortes anuais pelas quais são responsáveis, assim como os percentuais de agressividade e ataques fatais, bem como fatores similares.
10. Tubarões
Os tubarões possuem uma grande fama como animais perigosos, mas ficam na última colocação na lista dos animais mais perigosos do mundo. Anualmente, os tubarões são responsáveis por apenas seis ou sete mortes, um número menor do que se poderia esperar devido a sua reputação.
Nos Estados Unidos, os tubarões causam uma morte a cada dois anos. As espécies responsáveis pelos percentuais mais altos de ataques fatais são o tubarão branco , o tubarão-touro e o tubarão-tigre.
9. Elefantes
Imaginamos os elefantes como criaturas amigáveis e inteligentes, e eles de fato possuem uma inteligência e estrutura social complexas. Contudo, eles são os maiores animais terrestres hoje em dia, e há um potencial de risco que se associa a esse fator.
Elefantes em cativeiro são capazes de retaliar contra humanos, e os que se encontram na natureza podem ser territoriais e muito protetores em relação a seus grupos. Cerca de 500 pessoas por ano são mortas em encontros com elefantes.
8. Hipopótamos
Os hipopótamos ficam em terceiro lugar em termos de tamanho dentre os animais terrestres, ficando atrás dos rinocerontes e elefantes, e são responsáveis por cerca de 500 encontros fatais com humanos a cada ano. Contudo, eles ocupam uma posição mais alta que os elefantes devido à sua reputação como criaturas agressivas e violentas, e por serem extremamente territoriais.
7. Mosca tsé-tsé
A mosca tsé-tsé é apenas um dos vários insetos presentes na lista. Mas não é a picada em si da mosca que mata humanos, e sim a infecção que se origina dela. A mosca tsé-tsé habita nas regiões tropicais da África, e sua picada infecta o hospedeiro com um parasita que causa a doença do sono.
Devido à falta de recursos na área, é difícil tratar a doença, e ela pode ser fatal. As estimativas de mortalidade variam entre 500.00 a 10.000 ao ano.
6. Insetos assassinos (barbeiros)
Os insetos assassinos são um coletivo de 150 espécies de insetos que possuem um tipo específico de probóscide. Eles usam o probóscide como uma ferramenta de defesa ou caça, e a propensão desses animais de atingirem as regiões macias em torno da boca humana é o que lhes deu a fama, em alguns países, de “insetos beijadores”.
Além de uma mordida muito dolorosa, eles podem transmitir a doença de Chagas, uma infecção com 5% de fatalidade que causa entre 12.000 a 15.000 mortes por ano.
5. Crocodilos
Além de ser um predador alfa, o crocodilo é responsável por entre 1.000 a 5.000 mortes anualmente, e é um dos animais mais perigosos do mundo. Eles podem pesar até 90kg, possuindo uma mordida forte e fatal. O crocodilo é o único animal da lista que caça ativamente humanos, e o que habita pelo Nilo é a espécie mais perigosa do animal.
4. Caramujos de água doce
Os caramujos de água doce não são perigosos por si, mas pela doença que transmitem. Segundo a Organização Mundial de Saúde, milhões de pessoas são diagnosticadas com uma doença parasitária chamada esquistossomose todo ano, e entre 20.000 a 200.000 dos casos são fatais.
A esquistossomose causa dor abdominal e sangue na urina, e costuma ser fatal em países subdesenvolvidos.
3. Cães/lobos
O melhor amigo do homem também é uma das maiores ameaças a ele. Contudo, mortes fatais causadas por cães e lobos são raras quando comparadas ao número de mortes oriundas de infecções de raiva transmitidas pelos cães.
A maioria das mortes, contudo, ocorre em países com poucos recursos, onde não há as maneiras apropriadas de se lidar com a infecção.
2. Cobras
As cobras são responsáveis por mais de 100.000 mortes todo ano, segundo estimativas. A escassez em escala mundial de soro antiofídico, assim como as localidades remotas onde habitam algumas das espécies venenosas, contribuem para esse número alto.
Ainda que as pessoas tenham mais medo das cobras grandes, como a anaconda, as cobras responsáveis pelo maior número de mortes são as víboras do gênero echis, presentes na África, Oriente Médio e Índia.
A víbora pode soltar uma neurotoxina que causa um grande número de amputações nas vítimas que ela não mata instantaneamente.
1. Mosquitos
O mosquito é o animal mais perigoso do mundo, e um dos menores. Os mosquitos são responsáveis por entre 750.000 e 1 milhão de mortes ao ano, e são vetores de muitas doenças, como a malária, a dengue e o vírus zika.
A malária por si conta por quase metade as infecções fatais ao ano. Alguns cientistas estimam que metade das mortes humanas desde o surgimento da nossa espécie são causadas por doenças transmitidas pelos mosquitos.
Com o avanço da ciência e a melhoria econômica e de recursos nos países, é possível que o número de mortes causadas por alguns animais dessa lista diminua com o tempo.
*Por Dominic Albuquerque
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*Fonte: socientifica