Físicos preveem que a Terra pode se tornar um mundo caótico em breve

A espécie humana está tornando a Terra não apenas mais quente, mas caótica, sugere um novo estudo.

Uma nova pesquisa, publicada no dia 21 de abril na base de dados arXiv, traz um panorama geral sobre o potencial total do impacto da atividade humana no clima – um panorama desagradável e preocupante.

Ainda que o estudo não demonstre uma simulação completa de um modelo climático, ele apresenta um panorama geral de para onde estaremos indo se não alterarmos nosso curso atual nesse impacto das mudanças climáticas e no uso de combustíveis fósseis, segundo os autores do estudo, cientistas do Departamento de Física e Astronomia da Universidade de Porto, em Portugal.

“As implicações das mudanças climáticas são bem conhecidas (secas, ondas de calor, fenômenos extremos, etc.)”, disse o pesquisador Orfeu Bertolami. “Se o Sistema Terrestre adentrar na região de comportamento caótico, poderemos toda a esperança de resolver o problema de alguma maneira”.

As mudanças no clima da Terra
A Terra passa periodicamente por grandes mudanças nos seus padrões climáticos, indo de um ponto de equilíbrio a outro. Essas mudanças normalmente ocorrem devido a fatores externos, como mudanças na orbita terrestre, ou um aumento massivo de atividade vulcânica.

Contudo, pesquisas prévias sugerem que estamos agora entrando numa nova fase, dirigida pela atividade humana. A medida que os humanos lançam mais carbono na atmosfera, criamos uma nova era, o Antropoceno, um período em que os sistemas climáticos são influenciados pelo homem, algo que o planeta nunca viveu antes.

No novo estudo, os pesquisadores modelaram a introdução do Antropoceno como uma nova fase de transição. Assim como as fases de transição num material, que passam de um estado a outro, como líquido para gasoso, outros sistemas podem passar por fases de transição – nesse caso, o sistema do clima terrestre.

Um determinado ponto de equilíbrio no clima terrestre gera estações e climas previsíveis pelo planeta, enquanto que uma fase de transição leva a um novo padrão nessas estações e climas. Quando o clima terrestre passa por uma fase de transição, significa que a Terra está passando por uma mudança repentina e rápida em seus padrões climáticos.

A logística da ordem e do caos no clima terrestre
Se a atividade humana está originando uma fase de transição no clima terrestre, isso significa que estamos fazendo o planeta desenvolver um novo conjunto de padrões climáticos. E definir que padrões são esses é um dos maiores problemas na ciência climática.

Para onde se encaminha o clima da Terra? Isso depende significativamente da nossa atividade nas próximas décadas. Os cientistas usaram uma ferramenta matemática chamada de mapa logístico para analisar a questão, onde usam variáveis que podem crescer até certo limite, medindo seus efeitos.

Nossa influência no meio-ambiente está crescendo, algo que ocorre há mais de um século. Mas isso terá um limite, segundo os pesquisadores, como no aumento da população humana, ou no nível máximo de atividades emissoras de carbono. Num certo ponto, a emissão de carbono no futuro vai chegar a um limite, e os pesquisadores encontraram um mapa logístico que pode capturar a trajetória futura dessa emissão.

Eles exploraram diferentes formas de evolução nesse mapa logístico, analisando variáveis como a população humana, a introdução de estratégias redutoras de carbono e tecnologias melhores e mais eficientes.

Quando descobriram como a emissão de carbono pelo homem poderia evoluir com o tempo, eles usaram a informação para examinar como o clima terrestre evoluiria através dessa fase de transição causada por nossa espécie.

No melhor dos casos, quando a humanidade atingisse esse limite na emissão de carbono, o clima se estabilizaria numa nova temperatura, que seria mais alta, mas ainda assim estável. Essa temperatura alta, de maneira geral, é ruim para a espécie humana, porque aumenta o nível do mar, assim como eventos climáticos extremos.

Seca devido às mudanças climáticas.
Todavia, pelo menos é estável: o Antropoceno se pareceria com outras épocas climáticas que vieram antes, sendo apenas mais quente, e teria padrões climáticos regulares e previsíveis.

No pior dos casos, os pesquisadores descobriram que o clima da Terra chega a um estado caótico – um caos inclusive matemático. Nesse sistema caótico, não há equilíbrio, nem padrões previsíveis.

Um clima caótico teria estações que mudariam rapidamente a cada década (ou a cada ano). Tornar-se-ia impossível determinar para onde o clima do planeta estaria indo.

“Um comportamento caótico significa que vai ser impossível prever o comportamento do Sistema Terrestre no futuro, mesmo que tenhamos certeza absoluta do seu estado atual”, disse Bertolami. “Vai significar que qualquer capacidade de controlar e dirigir o Sistema Terrestre a um estado de equilíbrio que favoreça a habitabilidade da biosfera será perdida”.

O que preocupa ainda mais é que os pesquisadores descobriram que, ao ultrapassar um certo ponto crítico na temperatura da Terra, um ciclo de feedback pode ter início, tornando o resultado caótico algo inevitável.

Há sinais de que talvez já tenhamos passado desse ponto, mas ainda não é tarde demais para evitar o desastre total.

*Por Dominic Albuquerque
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*Fonte: socientifica

Surfista alemão conquista título do livro Guinness por maior onda já surfada

O Guinness World Records reconheceu o mais novo recorde, emplacado pelo surfista alemão Sebastian Steudtner, de maior onda já surfada. Assim, o atleta do Big Wave Tour recebeu o certificado durante uma cerimônia realizada em Nazaré, em Portugal, de acordo com a imprensa portuguesaA conquista do surfista se refere a uma onda de 26,21 metros que ele pegou no dia 29 de outubro de 2020. Vale destacar que esse foi o quinto recorde já batido na região da praia do Norte. Pela mesma onda, o alemão recebeu o “Oscar” do surf, sendo ele o Red Bull Big Wave Awards 2021, na categoria Maior Onda do Ano.

Brasileiro na lista do Guinness

Antes de Sebastian Steudtner, outros surfistas surfaram as maiores ondas até então, como Garret Mcnamara, em 2011, numa onda de 24 metros. Além dele, o brasileiro Rodrigo Koxa, em 2017, ao surfar uma onda de 24,38 metros e a brasileira Maya Gabriela, a única mulher a ter um recorde reconhecido nessa categoria.

Maya Gabeira já bateu outros recordes do Guinness em duas ocasiões: em 2018, quando surfou uma onda de 20,72 metros, e em 2020, quando se superou, surfando uma onda de 22,4 metros.

Para que o Guinness reconheça o recorde, alguns fatores devem ser considerados, conforme explica o portal português “Desporto”. Entre eles, a qualidade do vídeo enviado para a análise, as condições atmosféricas, ângulos e distância entre a câmera e a onda.

Dessa forma, numa entrevista ao portal “Marca”, publicada no dia 5 de abril, o alemão recordista Steudtner disse que o que torna Nazaré especial para o surf, na sua opinião, é “a consistência das ondas grandes”.

“A quantidade de tempo que você pode passar na água aqui o torna muito especial. Além disso, é o lugar mais desafiador, não é como o Havaí ou qualquer outro lugar do mundo. É cinco vezes mais intenso por causa da força e complexidade das ondas”, explicou.

“Tudo se encaixou naquele dia”, disse Steudtner. “É também o mais rápido que já senti em uma prancha de surf. Eu tinha lágrimas saindo dos meus olhos por causa do vento, meu rosto estava derretendo. Foi louco. Eu não imaginava que isso pudesse acontecer no surf até aquele dia.”

Maya Gabeira

Maya Gabeira Reis nasceu no Rio de Janeiro no dia 10 de abril de 1987, tendo 35 anos atualmente. Ela conquistou seu espaço como big rider e é bastante renomada pelos troféus que conquistou ao redor do mundo.

Assim, a brasileira começou a surfar aos 14 anos, em 2001, ao se matricular numa escolinha de surfe na praia do Arpoador, no Rio de Janeiro. Então, ela começou a competir dois anos depois, aos 17 anos, quando se mudou para o Havaí e conheceu o surf de ondas grandes. Com isso, ela começou a se dedicar ao esporte.

Maya foi vencedora do Billabong XXL Global Big Wave Awards incríveis quatro vezes consecutivas, entre os anos de 2007 e 2010, na categoria de Melhor Performance Feminina. Além disso, no ano de 2008, ela se tornou a primeira mulher a surfar no mar do Alasca.

Em agosto de 2011, na bancada de Teahupoo, no Tahiti, a surfista passou por um episódio aterrorizante ao cair durante uma manobra. Maya foi atingida por uma série de ondas e foi resgatada pela equipe de apoio. Depois disso, a surfista passou a treinar apneia estática na piscina e mergulho livre no mar, chegando a alcançar a marca de quatro minutos debaixo da água.

Então, em 2012, ela venceu pela quinta vez o prêmio Billabong XXL Global Big Wave Awards. Antes de conquistar o recorde de maior onda surfada em 2018, Maya tentou bater seu recorde em 2013, em Nazaré, quando sofreu uma queda.

Dessa forma, a atleta foi resgatada inconsciente por Carlos Burle em um jetski, que a puxou até a areia da Praia do Norte, onde foi reanimada por socorristas. Por sorte, ela apenas quebrou o tornozelo e conquistou o título cinco anos depois.

*Por Maria Luiza Valeriano
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*Fonte: fatosdesconhecidos