Dia: 26 de junho, 2022
O que você come tem o poder de reprogramar seus genes. Especialista explica como
As pessoas normalmente pensam em comida como calorias, energia e sustento. No entanto, as evidências mais recentes sugerem que os alimentos também “falam” com nosso genoma, que é o modelo genético que direciona a maneira como o corpo funciona até o nível celular.
Essa comunicação entre alimentos e genes pode afetar sua saúde, fisiologia e longevidade . A ideia de que os alimentos transmitem mensagens importantes ao genoma de um animal é o foco de um campo conhecido como nutrigenômica .
Esta é uma disciplina ainda em sua infância, e muitas questões permanecem envoltas em mistério. No entanto, nós pesquisadores já aprendemos muito sobre como os componentes dos alimentos afetam o genoma .
Sou um biólogo molecular que pesquisa as interações entre alimentos , genes e cérebros no esforço de entender melhor como as mensagens alimentares afetam nossa biologia. Os esforços dos cientistas para decifrar essa transmissão de informações podem um dia resultar em vidas mais saudáveis e felizes para todos nós.
Mas até então, a nutrigenômica desmascarou pelo menos um fato importante: nossa relação com a comida é muito mais íntima do que imaginávamos.
A interação de alimentos e genes
Se a ideia de que os alimentos podem conduzir processos biológicos interagindo com o genoma parece surpreendente, não é preciso procurar mais do que uma colméia para encontrar um exemplo comprovado e perfeito de como isso acontece. As abelhas operárias trabalham sem parar, são estéreis e vivem apenas algumas semanas.
A abelha rainha, sentada no fundo da colmeia, tem uma vida útil que dura anos e uma fecundidade tão potente que dá à luz uma colônia inteira.
E, no entanto, abelhas operárias e rainhas são organismos geneticamente idênticos. Eles se tornam duas formas de vida diferentes por causa da comida que comem . A abelha rainha se banqueteia com geleia real ; abelhas operárias se alimentam de néctar e pólen.
Ambos os alimentos fornecem energia, mas a geleia real tem uma característica extra: seus nutrientes podem desbloquear as instruções genéticas para criar a anatomia e a fisiologia de uma abelha rainha.
Então, como a comida é traduzida em instruções biológicas? Lembre-se que os alimentos são compostos por macronutrientes . Estes incluem carboidratos – ou açúcares – proteínas e gorduras.
Os alimentos também contêm micronutrientes, como vitaminas e minerais. Esses compostos e seus produtos de degradação podem acionar interruptores genéticos que residem no genoma .
Como os interruptores que controlam a intensidade da luz em sua casa, os interruptores genéticos determinam quanto de um determinado produto genético é produzido. A geleia real, por exemplo, contém compostos que ativam controladores genéticos para formar os órgãos da rainha e sustentar sua capacidade reprodutiva.
Em humanos e camundongos, os subprodutos do aminoácido metionina, que são abundantes em carnes e peixes, são conhecidos por influenciar os seletores genéticos que são importantes para o crescimento e divisão celular .
E a vitamina C desempenha um papel em nos manter saudáveis, protegendo o genoma do dano oxidativo ; também promove a função de vias celulares que podem reparar o genoma se for danificado.
Dependendo do tipo de informação nutricional, dos controles genéticos ativados e da célula que os recebe, as mensagens nos alimentos podem influenciar no bem-estar, no risco de doenças e até na expectativa de vida . Mas é importante notar que, até o momento, a maioria desses estudos foi realizada em modelos animais, como as abelhas.
Curiosamente, a capacidade dos nutrientes de alterar o fluxo de informação genética pode se estender por gerações. Estudos mostram que em humanos e animais, a dieta dos avós influencia a atividade dos interruptores genéticos e o risco de doenças e mortalidade dos netos.
Causa e efeito
Um aspecto interessante de pensar a comida como um tipo de informação biológica é que ela dá um novo significado à ideia de uma cadeia alimentar. De fato, se nossos corpos são influenciados pelo que comemos – até um nível molecular – então o que a comida que consumimos “come” também pode afetar nosso genoma.
Por exemplo, comparado ao leite de vacas alimentadas com capim, o leite de gado alimentado com grãos tem diferentes quantidades e tipos de ácidos graxos e vitaminas C e A. Então, quando os humanos bebem esses diferentes tipos de leite, suas células também recebem mensagens nutricionais diferentes.
Da mesma forma, a dieta de uma mãe humana altera os níveis de ácidos graxos, bem como vitaminas como B-6, B-12 e folato que são encontrados no leite materno. Isso pode alterar o tipo de mensagens nutricionais que atingem os próprios interruptores genéticos do bebê, embora isso tenha ou não efeito no desenvolvimento da criança seja, no momento, desconhecido.
E, talvez sem que saibamos, também fazemos parte dessa cadeia alimentar. A comida que comemos não mexe apenas com os interruptores genéticos em nossas células, mas também com os dos microorganismos que vivem em nossos intestinos, pele e mucosa .
Um exemplo impressionante: em camundongos, a quebra de ácidos graxos de cadeia curta por bactérias intestinais altera os níveis de serotonina , um mensageiro químico cerebral que regula o humor, a ansiedade e a depressão , entre outros processos.
Aditivos alimentares e embalagens
Ingredientes adicionados nos alimentos também podem alterar o fluxo de informação genética dentro das células. Pães e cereais são enriquecidos com folato para prevenir defeitos congênitos causados por deficiências desse nutriente.
Mas alguns cientistas levantam a hipótese de que altos níveis de folato na ausência de outros micronutrientes naturais , como a vitamina B-12, podem contribuir para a maior incidência de câncer de cólon nos países ocidentais, possivelmente afetando as vias genéticas que controlam o crescimento .
Isso também pode ser verdade com produtos químicos encontrados em embalagens de alimentos. O bisfenol A, ou BPA, um composto encontrado no plástico, aciona marcadores genéticos em mamíferos que são críticos para o desenvolvimento, crescimento e fertilidade .
Por exemplo, alguns pesquisadores suspeitam que, tanto em modelos humanos quanto em animais , o BPA influencia a idade de diferenciação sexual e diminui a fertilidade, tornando os interruptores genéticos mais propensos a serem ativados.
Todos esses exemplos apontam para a possibilidade de que a informação genética nos alimentos possa surgir não apenas de sua composição molecular – os aminoácidos, vitaminas e afins – mas também das políticas agrícolas, ambientais e econômicas de um país, ou da falta de deles.
Os cientistas só recentemente começaram a decodificar essas mensagens genéticas de alimentos e seu papel na saúde e na doença. Nós, pesquisadores, ainda não sabemos exatamente como os nutrientes agem nos interruptores genéticos, quais são suas regras de comunicação e como as dietas das gerações passadas influenciam sua progênie.
Muitos desses estudos até agora foram feitos apenas em modelos animais, e ainda há muito a ser trabalhado sobre o que as interações entre alimentos e genes significam para os seres humanos.
O que está claro, porém, é que desvendar os mistérios da nutrigenômica provavelmente fortalecerá as sociedades e gerações presentes e futuras.A conversa
Monica Dus , Professora Assistente de Biologia Molecular, Celular e do Desenvolvimento, Universidade de Michigan .
*Este artigo é republicado de The Conversation sob uma licença Creative Commons. Leia o artigo original ……………………………………………………………….
*Fonte: sabersaude
6 apps populares que fazem a bateria do seu celular acabar mais rápido
Descubra quais os aplicativos que são os grandes ‘vilões’ do consumo de bateria em celulares com sistemas Android e iOS; confira as dicas para melhorar o problema
A duração da bateria de celulares Android e iPhone (iOS) é um grande problema para usuários, ainda mais quando alguns apps muito usados podem demandar mais dela. O desgaste dos dispositivos ocorre de forma natural, já que os ciclos de carga e descarga diminuem a capacidade do equipamento ao longo do tempo. Porém, certas ações podem acelerar o descarregamento dos smartphones, como manter aplicativos abertos em segundo plano. Por isso, veja, a seguir, seis apps que consomem muita carga e como resolver isso.
1. Facebook
O Facebook, rede social da Meta, é um dos aplicativos que mais gastam a bateria do celular. Isso porque a plataforma opera em segundo plano de várias maneiras, como para conectar acessos de outras redes sociais, como o Messenger e o Instagram; para realizar atualizações, sincronizações de contatos e até mesmo o uso de dados móveis. Assim, ainda que o usuário não perceba, o app realiza uma série de atividades, o que pode culminar em uma queda de bateria.
A boa notícia é que o problema pode ser resolvido sem muito esforço, já que basta colocar um limite de uso para o aplicativo nas configurações internas do smartphone. Além disso, também é possível definir que o serviço não atue em segundo plano e não emita notificações, o que vai diminuir significativamente o consumo do smartphone.
2. Google Maps
O aplicativo de mapas do Google exige muito do celular para poder funcionar corretamente, já que precisa usar dados móveis e o acesso à localização constantemente — funções que gastam bastante a bateria do celular. Isso acontece pois a plataforma precisa de atualizações em tempo real para poder fornecer informações, o que inclui a necessidade de conexão com satélites e a realização de triangulação entre antenas, por exemplo, tecnologias que demandam uma alta operação do aparelho.
Nesse sentido, para garantir que o app continue a funcionar normalmente, mas ainda de modo a preservar sua bateria, uma alternativa é restringir o acesso à localização para “durante o uso do app”. Assim, o serviço só irá realizar os processos quando for realmente necessário.
3. WhatsApp
Não é surpresa que o mensageiro WhatsApp esteja na lista, afinal, ele é um app de uso constante. A plataforma já naturalmente demanda muito da bateria para realizar o envio de mensagens em texto e áudio, ou mesmo chamadas de voz e vídeo. Porém, esse consumo fica ainda maior se o usuário recebe ou envia mídias com frequência, como vídeos, imagens, documentos e figurinhas animadas. Vale lembrar que esses arquivos também podem diminuir o espaço da memória.
Além disso, o WhatsApp possui outros recursos que podem reduzir a carga dos dispositivos mesmo ao não fazer uso direto, como através das notificações. Além de texto, os alertas acompanham sons e vibrações, que também contribuem para a diminuição da bateria. Para mitigar o problema, uma das saídas é fazer uma limpeza de chats a cada semana e desativar notificações.
4. Instagram
O Instagram também pode consumir grande parte da carga devido ao uso contínuo e também pelo fato de que muitos usuários o mantém aberto em segundo plano. Além disso, ao ativar o serviço de localização da rede, ela estará sempre atualizando sua posição e consumindo recursos.
Dessa forma, para diminuir o problema, vá até às configurações do aplicativo e desative o acesso à localização. Além disso, é importante ter atenção de sempre fechar o aplicativo quando ele não estiver em uso.
5. Tinder
Os aplicativos de namoro também não ficam para trás quando o assunto é consumo de energia em celulares iPhone e Android. Além da utilização por si só, o Tinder prejudica a bateria por executar diversas tarefas em segundo plano, além de acessar recursos como galeria de fotos, câmera, localização e outros. Novamente, uma das formas de diminuir o problema é verificar as permissões de acesso às ferramentas do smartphone e alterá-las para funcionarem somente durante o uso do app.
6. TikTok
O aplicativo de vídeos curtos disponível para celulares Android e iPhone (iOS) pode ser viciante, o que por só só já justificaria o alto consumo de bateria. Mas, além dos grandes períodos de utilização da plataforma, o acesso à galeria, à câmera, ao microfone e à caixa de som podem ser os principais causadores da queda de carga. Vale lembrar que as principais funcionalidades do app também necessitam de recursos que demandam alta operação do smartphone, como a gravação de vídeos e o uso de dados móveis.
Uma das alternativas, além da verificação de permissões, pode ser habilitar o uso de internet para o app somente quando for utilizá-lo. Ainda, limpar o cache do serviço nas configurações do celular, também pode ser uma solução.
Dicas para diminuir o consumo de bateria em seu celular
A grande utilidade desses apps no dia a dia torna complicada a desinstalação. Contudo, algumas dicas podem ser usadas para diminuir os efeitos negativos das plataformas. A primeira delas é saber exatamente quais os apps que consomem mais energia no celular. Para isso, vá até as configurações. No iOS, selecione “Bateria”. Já no Android, vá em “Bateria” e em “Uso da bateria”. Assim, você saberá quais apps gastaram mais energia desde a última carga.
Também é possível ativar recursos que irão economizar energia quando a bateria estiver acabando. No iPhone, essa função é chamada de “Modo de baixo consumo” e pode ser ativada em Definições > Bateria. Já no Android, basta ir até Configurações > Bateria para encontrar a opção “Economia de bateria”.
Outras dicas para diminuir o consumo de bateria podem ser diminuir o brilho da tela e usar o modo escuro sempre que possível. Além disso, desligue a internet ou ative o modo avião quando for passar um tempo desconectado para limitar a atividade em segundo plano.
Como checar a saúde de sua bateria no Android e no Iphone?
Tomar todas as precauções para economizar energia pode não ser tão efetivo se a saúde de sua bateria já estiver deteriorada, ou seja, cada vez mais longe dos 100%. Nos celulares Android, não há uma forma nativa de analisar a saúde da bateria, mas, de maneira geral, o usuário pode acessar algumas informações básicas para checar a bateria do dispositivo.
Para isso, vá até “Configurações”, toque em “bateria”, acesse o menu de três pontos na parte superior direita e selecione “Uso da bateria”. Assim, será possível ver quais aplicativos exigiram mais da bateria desde o último ciclo completo de carga. Ainda, no menu seguinte, representado pelos três pontinhos, o usuário vai encontrar a opção “Mostrar o uso completo do dispositivo”, em que outros recursos serão incluídos na análise, como os processos do sistema operacional e a própria tela.
Também é possível verificar a saúde da bateria do Android com o aplicativo AccuBattery, disponível na Google Play Store. Ele é capaz de contar os ciclos da bateria, o que inclui as cargas e descargas ao longo do tempo, mesmo que não sejam totais. Para começar a utilizar, é necessário carregar o aparelho até 80%, o total recomendado pela aplicação para aumentar a vida útil. Para ter acesso aos dados, basta ir até a a aba “Saúde”.
Já nos celulares iPhone, o processo é bem mais fácil. Basta abrir os “Ajustes”, ir até “Bateria” e, depois, em “Saúde da bateria”. Lá, serão exibidos os dados sobre capacidade, desempenho e se é necessário algum tipo de manutenção. Na mesma aba também é possível encontrar funções de análise de consumo, como gráficos de uso da bateria, atividade de aplicativos, atividade com tela ligada e desligada, entre outros.
*Por Julio Cesar Gonsalves
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*Fonte: techtudo