Chocolate amargo é opção para prevenir doenças do coração

O chocolate é rico em substâncias antioxidantes capazes de auxiliar na redução do colesterol ruim.

No dia 7 de julho é comemorado o Dia Mundial do Chocolate. Esta delícia é apreciada no mundo inteiro, mas muitas vezes é apontada como a grande vilã das dietas e da alimentação saudável. Mas, o chocolate não precisa ser eliminado do cardápio – basta escolher o tipo certo e comer com equilíbrio.

Enquanto o chocolate branco ou ao leite é rico em calorias e gordura, o chocolate meio amargo tem menos calorias e é rico em substâncias antioxidantes, que protegem o coração.

A fonte disso está nos flavonoides, uma substância encontrada no cacau e que age como protetor cardiovascular, reduzindo o risco de aterosclerose. Essa doença consiste no acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos, o que pode resultar em infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral).

A recomendação do chocolate meio amargo acontece por ele ser mais rico em cacau, que concentra os flavonoides. “Essa substância auxilia a diminuição da formação de placas de gordura, reduzindo o colesterol ruim (LDL) e aumentando a retirada de colesterol da corrente sanguínea pelo fígado”, explica o Dr. Daniel Magnoni, nutrólogo e cardiologista do HCor.

O cacau também possui óleo de theobroma, outro agente com propriedades antioxidantes. Além de reduzir o LDL, a substância contribui para aumentar a taxa do HDL, conhecido como bom colesterol.

Chocolate e bom humor
Além das propriedades cardioprotetoras, o chocolate auxilia na produção de serotonina, hormônio que está associado à regulação do sono, do apetite, do humor, provocando sensação de bem-estar.

Alguns trabalhos indicam que o chocolate, consumido no período pré-menstrual, poderia atenuar os sintomas de irritabilidade e ansiedade. O chocolate amargo, pela baixa composição originária de leite, possui reduzida concentração de colesterol.

Apesar de menos calórico, até os chocolates amargos precisam ser consumidos com certa moderação. “Os chocolates permanecem saudáveis quando consumidos sem exagero. Cerca de 25mg por dia é uma boa quantidade para quem pretende adotar uma ingestão regular”, afirma o Dr. Magnoni.

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*Fonte: ciclovivo

Cães de rua podem naturalmente entender gestos feitos por humanos

Os cachorros criados em casa e que passaram por um treinamento mínimo geralmente são capazes de entender os gestos e comandos humanos. Mas será que os cães de rua, sem nenhum adestramento, têm a mesma reação ao se depararem com um estranho?

Essa dúvida costuma deixar muitas pessoas assustadas ao encontrar animais que vivem em situação de rua. Com medo de serem atacadas, algumas delas podem até reagir de forma violenta diante de bichos desconhecidos para se protegerem.

Para responder à questão, a especialista em comportamento animal Anindita Bhadra conduziu um estudo com cerca de 160 cães que vivem nas ruas de cidades da Índia. No experimento, os animais foram colocados diante de dois potes tampados, um contendo frango cru e o outro trazendo apenas o cheiro do alimento.

Há cerca de 20 milhões de cães de rua no Brasil

Na sequência, um segundo integrante da equipe de pesquisa, que não sabia qual conteúdo estava presente em cada pote, aparecia apontando para um dos recipientes, como se estivesse dando um comando para os animais. A ação podia durar um segundo ou acontecer por mais tempo e as mãos da pessoa não ficavam próximas às tigelas.

Reagindo aos comandos
Aproximadamente metade dos cachorros envolvidos no estudo não chegaram perto dos potes. Muitos deles, inclusive, apresentavam sinais de ansiedade, o que provavelmente era fruto de experiências negativas com os humanos em outras ocasiões, de acordo com Bhadra.

Já a outra metade dos participantes seguiu o comando do pesquisador e se aproximou do recipiente. Destes, 80% foram na direção exata da tigela indicada por ele, mesmo que o sinal de apontar o dedo tenha durado apenas um segundo e que não houvesse nada na vasilha, entendendo o gesto humano.

Cães treinados têm mais facilidade para entender os comandos

O mesmo tipo de teste já havia sido realizado anteriormente pela bióloga do Instituto de Educação e Pesquisa Científica de Calcutá (Índia) com animais de estimação e seus tutores. Também foram feitos experimentos com pequenas mudanças em relação ao original, com as pessoas ficando mais próximas dos potes.

Segundo a autora, o cão consegue avaliar melhor a intenção humana e tomar a sua decisão quando a pessoa está mais distante da tigela. Isso também permite que ele processe o resultado da ação de forma mais rápida, considerando se valeu a pena ou não ter seguido o comando.

Inteligentes por natureza
A conclusão da pesquisa, realizada em 2020 e publicada na revista Frontiers in Psychology, é de que os cães de rua possuem uma capacidade inata de entender determinados gestos humanos, independente de treinamento. Isso acontece mesmo se o animal tiver passado por experiências negativas.

Bhadra acredita que o resultado do estudo pode ajudar a reduzir os conflitos entre cães abandonados e humanos, evitando os maus-tratos que acontecem muitas vezes.

*Por André Luiz Dias Gonçalves
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*Fonte: megacurioso