Dia: 9 de julho, 2022
Hormônios da felicidade: como aumentar seus níveis no corpo
Você já ouviu falar nos hormônios da felicidade? Existem quatro substâncias bioquímicas principais que estão associadas ao sentimento de felicidade e sensação de bem-estar: serotonina, dopamina, endorfina e oxitocina.
Apesar de serem chamadas popularmente de “hormônios da felicidade”, é importante entender que nem todas substâncias dessa lista são hormônios – embora a mesma terminação em “-ina” possa nos induzir ao erro.
Enquanto a serotonina e dopamina são neurotransmissores, a endorfina e oxitocina são hormônios. Aqui, vale apontar apenas que esses compostos bioquímicos têm formas diferentes de atuação no corpo humano.
Se você quer uma vida mais feliz, é importante você conhecer cada um desses hormônios e neurotransmissores e saber como eles funcionam no seu corpo. Afinal, diariamente há muitos gatilhos de ansiedade, estresse e tristeza no mundo que chegam até nós, inclusive pelas redes sociais.
Serotonina: o que é e para que serve
A serotonina é um neurotransmissor que desempenha um papel importante no humor. Por isso que ouvimos falar nela quando buscamos formas para reduzir a depressão e regular a ansiedade.
Além de estar associada à felicidade, a serotonina ajuda a regular outras funções em seu corpo, como digestão, sono e saúde óssea.
Como aumentar serotonina
A chave para aumentar a serotonina é promover sua confiança. Se você está preso em um ciclo de baixa autoestima ou tem pessoas te criticando constantemente, pode ser difícil recuperar sua confiança.
Em outras palavras, se você não priorizar sua necessidade de respeito e status, sua confiança será afetada e, por consequência, seu nível de serotonina.
“A confiança desencadeia a serotonina. Macacos tentam se superar porque estimula a serotonina. As pessoas geralmente fazem o mesmo”, explica Loretta Breuning, fundadora do Instituto do Mamífero Interior (Inner Mammal Institute em inglês) e autora do livro “Habits of a Happy Brain” (“Hábitos de um cérebro feliz”, ainda sem edição em português).
Para desenvolver sua crença no seu valor próprio, foque no que você já conquistou na vida. Outra maneira de aumentar sua confiança é praticar exercícios físicos e buscar formas de sair da sua zona de conforto.
Dopamina: o que é e para que serve
A dopamina é um neurotransmissor que está associado à motivação e recompensa. É por isso que você sente bem quando define uma meta empolgante ou importante, e por que é prazeroso alcançá-la.
“Aproximar-se de uma recompensa libera dopamina. Quando um leão se aproxima de uma gazela, sua dopamina aumenta e a energia que ele precisa para a caça é liberada. Seus ancestrais liberavam dopamina quando encontravam um poço de água”, diz Breuning.
Por outro lado, o nível baixo de dopamina (que os especialistas dizem que pode ocorrer com a depressão) pode explicar os sentimentos de baixa motivação ou perda de interesse em algo que você costumava gostar.
Como aumentar dopamina
A taxa de dopamina pode ser aumentada com hábitos não tão saudáveis, como beber cafeína, comer açúcar, certas drogas recreativas e até usar redes sociais. Mas, você consegue aumentá-la sem usar substâncias potencialmente prejudiciais ou viciantes.
“Abrace um novo objetivo e dê pequenos passos em direção a ele todos os dias. Seu cérebro o recompensará com dopamina cada vez que você der um passo. A repetição construirá um novo caminho de dopamina até que seja grande o suficiente para competir com o hábito de dopamina que você está melhor sem”, diz Breuning.
Endorfina: o que é e para que serve
As endorfinas são hormônios que estão reconhecidamente ligados ao exercício. Após uma corrida ou treino intensos, há uma liberação desse hormônio do prazer.
Outra característica desses hormônios é atuar como analgésicos naturais, minimizando a dor e maximizando o prazer. Isso ajuda a explicar porque um corredor não consegue perceber uma lesão até que termine o esporte.
“No estado de natureza, ajuda um animal ferido a escapar de um predador. Ajudou nossos ancestrais a correr para pedir ajuda quando feridos. As endorfinas evoluíram para a sobrevivência, não para festas. Se você estivesse com altas endorfinas o tempo todo, tocaria o fogo quente e andaria com perna quebrada”, explica Breuning.
Como aumentar a endorfina
Embora as endorfinas sejam liberadas em resposta à dor, isso não significa que você deva procurar maneiras de se machucar (como se exercitar demais ou se esforçar além de seus limites) apenas para se sentir bem.
A maneira mais gostosa de aumentar as endorfinas naturalmente é rir. Outras formas igualmente eficazes são comer chocolate amargo, assistir seu drama favorito na Netflix, malhar e meditar.
Oxitocina: o que é e para que serve
A oxitocina (também escrita ocitocina) é comumente chamada como “hormônio do amor”. Isso porque esse hormônio está associado à forma como as pessoas se unem e confiam umas nas outras.
Esse composto também é importante na contração do útero durante o parto, na amamentação e no relacionamento dos pais com o bebê após o nascimento.
Como aumentar a oxitocina
Certas atividades como beijar, abraçar e fazer sexo podem desencadear a liberação de oxitocina no cérebro. Mas, para além do aspecto físico, a conexão emocional é importante para que a oxitocina seja liberada.
“A confiança social é o que libera a oxitocina. Se você abraça alguém em quem não confia, não se sente bem. A confiança vem em primeiro lugar. Você pode construir a confiança social dando pequenos passos positivos em relação às pessoas”, diz Breuning.
Uma dica para aumentar a oxitocina é entrar em contato com um amigo próximo. Se você ainda não tem uma rede de confiança, entre em contato com um conhecido e construa aos poucos sua relação com ele. Outra opção é ter um animal de estimação que você possa abraçar bastante.
*Por Layse Ventura
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*Fonte: olhardigital
O leite de vaca feito sem vacas
Em uma medida que pode melhorar as credenciais verdes da indústria de laticínios, um pequeno laboratório está produzindo leite real a partir de células sem precisar pisar em uma fazenda. Mas a agricultura celular pode substituir a produção tradicional de leite?
A indústria de laticínios que conhecemos hoje é, na minha opinião, ambientalmente insustentável. A produção de leite sozinha contribui com 4% das emissões totais de gases de efeito estufa da atividade humana — cerca de 2 bilhões de toneladas de CO2 por ano.
No geral, 37% das emissões globais de metano vêm da produção de gado. O metano é um gás de efeito estufa muito potente — cerca de 25 vezes mais eficaz na captura de radiação do que o CO2. Os laticínios também consomem uma grande quantidade de recursos, como terra e água.
Isso não pode continuar, especialmente se quisermos alimentar outro bilhão de pessoas neste planeta. Precisamos desenvolver novas tecnologias que possam nos fornecer os mesmos produtos dos quais gostamos tanto — leite, queijo, creme e manteiga — mas que sejam menos poluentes. Esse é o nosso objetivo no TurtleTree Labs.
O que podemos fazer é criar leite cru usando células de mamíferos, cultivando essas células em nosso laboratório e estimulando-as a produzir leite em biorreatores gigantes. As células grudam em canudos minúsculos, o fluido é então puxado pelos canudos e o leite sai pela outra extremidade.
Somos a primeira empresa no mundo a usar células para criar leite cru. É emocionante pensar que esses biorreatores poderiam ser implantados em qualquer lugar do mundo onde houvesse uma crise ou uma grande necessidade de leite e começar a produzir imediatamente.
Tirando leite de vacas
Também estamos animados para ver o que podemos fazer com nosso leite produzido em laboratório. Até agora, tivemos sucesso com células de vacas, cabras, ovelhas e camelos, o que significa que as possibilidades são enormes. Ainda mais novidades virão quando começarmos a fazer queijos e manteigas com este leite também.
Já vimos outras empresas fazerem algo muito semelhante com a carne. E os consumidores estão cada vez mais pressionando por produtos livres de crueldade. Eles estão mais conscientes de como reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. Ao extrair o leite das células em nosso laboratório, podemos obter leite de verdade sem ter que prejudicar o planeta e os animais, então este é o futuro.
*Por Max Rye
Este artigo é parte do Follow the Food, uma série que investiga como a agricultura está respondendo aos desafios ambientais. O Follow the Food rastreia as respostas emergentes para esses problemas — tanto de alta e baixa tecnologia, locais e globais — de agricultores, produtores e pesquisadores nos seis continentes.
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*Fonte: bbc-brasil