Chás para ansiedade: conheça os benefícios da melissa, da tília e do mulungu

De acordo com o dicionário, ansiedade significa angústia, aflição, sensação de perturbação gerada pela incerteza. É um sentimento intrínseco à vivência emocional humana, mas, dependendo da situação e da intensidade, é capaz de se tornar até mesmo patológico. Principalmente nos casos em que se sentir ansioso não é um transtorno, muitas pessoas recorrem a tratamentos naturais para aliviar os sintomas, como a ingestão de chás com efeito calmante, sendo o mais famoso deles o de camomila.

Mas essa não é a única infusão eficiente no combate à ansiedade. Abaixo, citamos outras três ervas com ativos relaxantes igualmente poderosos.

Chá de melissa
A melissa tem propriedades calmantes poderosas.

A Melissa officinalis é uma planta com propriedades medicinais poderosas. Ela costuma ser usada para combater os sintomas da ansiedade graças aos flavonoides e ao polifenol ácido rosmarínico, componentes que apresentam capacidade sedativa e calmante, reduzindo o estresse da mente e do corpo. Por esse motivo, é mais eficaz se for consumido a noite.

Além de importante para o tratamento da ansiedade, a melissa também pode ser utilizada para prevenir gripes e resfriados, dores de cabeças, cólicas menstruais, problemas gastrointestinais e infecções virais. Também possui ação antioxidante e melhora a qualidade do sono.

Como preparar o chá de melissa?
Você vai precisar de:
250 ml de água
1 colher de sopa de melissa desidratada

Primeiramente, ferva a água e, depois de um tempo, desligue o fogo. Acrescente a melissa desidratada e abafe o recipiente durante 10 minutos. Por fim, coe o chá, que pode ser servido quente ou gelado. Se preferir um sabor mais forte, é possível combiná-lo com hortelã, flor de laranjeira ou camomila.

Quais são as contraindicações?
O chá de melissa não pode ser tomado por grávidas e lactantes. Quem tem glaucoma ou problemas de tireoide também não deve ingerir a bebida. Já pessoas que sofrem de pressão alta podem beber, mas com bastante moderação.

Chá de tília
A tília também é conhecida como teja, texa, tilha ou tejo.

Também conhecida como teja, texa, tilha ou tejo, a tília é uma planta medicinal de origem europeia. As espécies Tília cordata, Tília platyphyllos e Tília x vulgaris costumam ser as mais utilizadas por quem deseja tratar algum problema de saúde, principalmente a ansiedade. As propriedades da erva conseguem inibir os receptores benzodiazepínicos, reduzindo as atividades do sistema nervoso central e proporcionando uma sensação de relaxamento.

A tília também pode ser usada para aliviar a febre, tratar o estômago e infecções por fungos, reduzir a pressão arterial, a glicose e a retenção. Apesar de não ser comum, algumas pessoas podem apresentar efeitos colaterais ao consumir o chá feito com a planta, como coceira na pele e coriza. Nesses casos, é melhor suspender a ingestão.

Como preparar o chá de tília?
Você vai precisar de:
150 ml de água
1,5 gramas de flores e folhas secas de tília (para crianças de 4 a 12 anos, a quantidade de tília deve ser de 1 grama para cada 150 ml de água)

O primeiro passo é ferver a água, adicionar a tília e tampar o recipiente. Depois de 5 a 10 minutos, coe o chá e espere esfriar um pouco. O ideal é bebê-lo de 2 a 4 vezes por dia.

Quais são as contraindicações?
O chá de tília não deve ser tomado por pessoas que sofrem de problemas relacionados ao coração pois suspeita-se que a planta tenha efeito tóxico sobre o músculo cardíaco. Grávidas, lactantes e crianças menores de 4 anos também devem evitar o consumo da bebida.

Chá de mulungu
Além de calmante, o mulungu também tem ação anti-inflamatória.

O mulungu, que atende pelo nome científico de Erythrina mulungu, também é conhecido como bico-de-papagaio, canivete, árvore-de-coral ou corticeira. Como possui propriedade calmante e anticonvulsivante, é amplamente usada para tratar insônia e ansiedade, além de diversas alterações do sistema nervoso.

A erva também tem ação analgésica, antitérmica, hipotensiva e anti-inflamatória. É capaz de tratar ainda ataques de pânico, histeria, estresse pós-traumático, depressão, epilepsia, enxaqueca e pressão alta. Efeitos colaterais são raros, mas em caso de sonolência, sedação ou paralisia muscular, é preciso suspender a ingestão imediatamente.

Como preparar o chá de tília?
Você vai precisar de:
1 xícara de água
4 a 6 gramas de casca de mulungu

Em um recipiente, ferva a água junto do mulungu durante 15 minutos. Em seguida, coe a bebida e espere amornar. O conselho é tomá-la de 2 a 3 vezes ao dia e evitar fazer isso por mais de três dias corridos.

Quais são as contraindicações?
Grávidas, lactantes e crianças menores de 5 anos não devem ingerir chá de mulungu. A bebida também precisa ser evitada por pessoas que tomam remédios antidepressivos ou anti-hipertensivos sem supervisão médica.

*Por Roanna Azevedo
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*Fonte: hypeness

Brasileiros mal compreendem os serviços dos oceanos

Uma nova pesquisa ‘Oceano Sem Mistérios: A Relação dos Brasileiros com o Mar’ realizada pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, em parceria com a Unesco e a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), entrevistou 2.000 pessoas entre homens e mulheres. As idades variaram de 18 até 64 anos. Entrevistados de todas as classe sociais nas cinco regiões do País. Resultados? Nada alentadores. A pesquisa será apresentada na Conferência dos Oceanos, da ONU.

Oceano Sem Mistérios: A Relação dos Brasileiros com o Mar
Para começar, apenas 34% dos brasileiros entendem que suas ações podem afetar os oceanos. E, além disso, desconhecem que os oceanos são o pulmão do planeta.

A maior biodiversidade da Terra
Não sabem, igualmente, que os oceanos abrigam a maior biodiversidade da Terra. Estes, entre outros tópicos, reforçam dois problemas entre os muitos que temos: os brasileiros deram as costas para o mar. Isso, entretanto, não é novidade. E nosso ensino, que nunca foi suficientemente adequado, depois do atual governo ficou muito pior, embora não tenha sido o único período de mediocridade em Brasília.

Presidentes perderam a vergonha
Acima de tudo, há muito que nossos presidentes perderam a vergonha. Ao contrário, eles se gabam publicamente de seu obscurantismo. Depois do intelectual Fernando Henrique Cardoso, tivemos 13 anos de analfabetismo no poder, com Lula et caterva.

Em seguida, dois anos de alívio com Michel Temer; para mais quatro de pura burrice disseminada indiscriminadamente pelo mandatário e seu exército de brucutus nas redes sociais.

Cavalgaduras no ministério da Educação
Por exemplo, quem de nós (não jornalistas) seria capaz de, de bate-pronto, citar os nomes das cavalgaduras que sentaram-se na cadeira do ministério da Educação desde que Bolsonaro assumiu?

Um deles, mal falava o português. Outro, escrevia impressionante com a letra cê. E o penúltimo, recebia ‘pastores’ que cobravam propinas de prefeitos para liberar verbas para a…educação.

Logo, os resultados não poderiam ser diferentes, infelizmente.

A pesquisa e seus resultados
Segundo a Folha de S. Paulo, ‘Uma pesquisa inédita divulgada nesta terça-feira (28) indica que apenas 34% dos brasileiros entendem que suas próprias ações têm influência direta no oceano. Para 40% dos entrevistados, as atitudes individuais não têm qualquer impacto nos mares. Enquanto isso, 24% consideram haver repercussão indireta’.

Já o jornal O Globo destacou que ‘Quando mencionam qual o impacto direto dos oceanos, 14% da amostra se referem à poluição. Em segundo lugar, os entrevistados pensam em alimentação (12%) e 8% em mudança climática. Entretanto, só 4% citam oxigênio – apesar de os oceanos responderem por 50% do oxigênio que respiramos’.

O Globo ainda destacou que sobre a consulta a respeito das ações dos entrevistados e os impactos nos oceanos, para 34% sim, afetam diretamente.

Mas, ao mesmo tempo, 40% indicaram acreditar que não afetavam em nada a vida marinha. Contudo, para 45% dos entrevistados, o descarte incorreto do lixo é a maior ameaça. Enquanto isso, a poluição é apontada dessa mesma forma por 21% dos ouvidos. Outros 2% também citam a compra de produtos’.

Mudança de hábitos
Em quase todas as pesquisas sobre o meio ambiente a disposição para mudanças de hábitos é definitivamente das mais difíceis. Impera o comodismo até mesmo para aqueles que conhecem os problemas ambientais do País. Já comentamos diversas vezes a questão da Amazônia, por exemplo, tão conhecida e debatida.

Ao mesmo tempo, quase ninguém, mesmo os que se dizem ‘ambientalistas’, se preocupa com a origem da madeira ao comprar o material. Não por outro motivo, muitas espécies de madeira em extinção são vendidas facilmente nos maiores mercados nacionais.

Desta vez surgiu uma diferença
Porém, desta vez surgiu uma diferença destacada por O Globo: ‘De uma resposta que variava de zero a dez, sendo zero em nada dispostos a mudar hábitos pelo bem dos oceanos, a resposta foi alta. Uma média de 8,3 para alterar comportamentos em prol da saúde da vida marinha’.

Esta é, definitivamente, uma das boas novidades. Ao mesmo tempo, a revista Exame destaca outro ponto semelhante: a pergunta era se os entrevistados priorizam com frequência compras com menor impacto na natureza e no oceano, como embalagens de plástico, por exemplo.

Para 48% dos entrevistados a resposta foi positiva. Mas, para 22% a prática ocorre somente às vezes e, além disso, para 11% apenas raramente. Enquanto isso, o porcentual de pessoas que nunca se preocupam com a questão foi de 18%.

Plásticos de uso único
Segundo a Exame, apenas 35% dos brasileiros afirmam sempre evitar o uso de canudinhos e copos plásticos descartáveis, enquanto 12% evitam a maioria das vezes e 20% somente às vezes.

Não nos surpreende. Apesar da pandemia de plástico nos oceanos, a mídia raramente aborda a questão. Enquanto isso, tudo que vem da ciência é demonizado desde 2019. E tem sido a ciência a maior voz a alertar sobre estes problemas e suas consequências.

*Por Ubiratan Moreno Soares
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*Fonte: marsemfim