Dia: 13 de agosto, 2022
As cores que você vê na tela da sua TV podem mudar. Saiba por quê
Imagine descobrir um erro matemático feito por um ganhador de um Prêmio Nobel e destronar o atual modelo de percepção de cores com mais de 100 anos? Esse foi o grande feito de um novo estudo produzido pelo Laboratório Nacional de Los Alamos, nos Estados Unidos.
A pesquisa que reúne os campos da Psicologia, Biologia e Matemática identificou que existia um erro importante no espaço matemático 3D desenvolvido pelo físico Erwin Schrödinger e outros para explicar como seu olho distingue uma cor da outra.
“Nossa pesquisa mostra que o modelo matemático atual de como o olho percebe as diferenças de cores está incorreto. Esse modelo foi sugerido por Bernhard Riemann e desenvolvido por Hermann von Helmholtz e Erwin Schrödinger – todos gigantes em matemática e física – e provar que um deles está errado é praticamente o sonho de um cientista”, disse Roxana Bujack, cientista da computação com formação em Matemática e principal autora do estudo.
Entender como o corpo humano percebe as cores é fundamental para desenvolver produtos – como televisores, computadores e afins – e programas para processar as imagens de forma fidedigna.
Por isso, esta pesquisa tem o potencial de melhorar os equipamentos atuais, além de ajudar a recalibrar as indústrias têxtil e de tintas, por exemplo.
“Nossa ideia original era desenvolver algoritmos para melhorar automaticamente os mapas de cores para visualização de dados, para torná-los mais fáceis de entender e interpretar”, disse Bujack.
Assim, a equipe ficou surpresa quando descobriu que foram os primeiros a determinar que a aplicação de longa data da geometria riemanniana, que permite generalizar linhas retas para superfícies curvas, não funcionava.
As primeiras tentativas de criar um modelo matemático de cores percebidas pelo aparato visual humano usavam espaços euclidianos. Porém, os modelos mais avançados usavam a geometria riemanniana.
No entanto, o atual estudo de Bujack e colegas descobriu que o uso da geometria riemanniana superestima a percepção de grandes diferenças de cores. Isso ocorre porque as pessoas percebem uma grande diferença de cor como sendo menor do que realmente é – e a geometria riemanniana não pode explicar esse efeito.
“Não esperávamos isso e ainda não sabemos a geometria exata desse novo espaço de cores”, disse Bujack. “Podemos ser capazes de pensar nisso normalmente, mas com uma função adicional de amortecimento ou pesagem que puxa longas distâncias, tornando-as mais curtas. Mas ainda não podemos provar isso”, concluiu.
*Por Layse ventura
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*Fonte: olhardigital
Plataforma flutuante gera energia através da movimentação das ondas
Desenvolvida na Austrália, a plataforma gera energia com o movimento das ondas superou as expectativas.
A empresa australiana de energia limpa, Wave Swell Energy, desenvolveu um equipamento capaz de capturar a energia das ondas. Batizado de UniWave 200, a plataforma instalada em uma ilha isolada na Tasmânia tem se mostrado extremamente eficiente, gerando muito mais energia das ondas do mar do que outras tecnologias semelhantes.
O UniWave 200 é um equipamento que, como uma balsa flutuante, pode ser rebocado para o destino desejado em qualquer lugar do oceano. Uma vez instalado, o dispositivo pode ser conectado à rede local, onde distribui a eletricidade gerada.
A empresa construiu uma plataforma de teste que gera 20 quilowatts na Ilha King, uma ilha isolada da Tasmânia. A plataforma resistiu com sucesso às ondas ferozes do Estreito de Bass e fornece energia continuamente à rede da ilha nos últimos 12 meses.
Plataforma flutuante gera energia através da movimentação das ondas
O equipamento UniWave 200 na ilha King, costa da Tasmânia, Austrália | Foto: Wave Swell
Embora muitos dispositivos tenham sido desenvolvidos anteriormente para aproveitar a energia das ondas, o UniWave 200 opera de maneira diferente e mais eficiente. A tecnologia de “coluna de água oscilante” (OWC), que a empresa comparou a um “espiráculo artificial”, funciona usando ondas para produzir ar de alta pressão, que é convertido em eletricidade por uma turbina.
Espiráculo ou gêiser marinhos acontecem quando existem cavernas subterrâneas que sobem em direção à superfície. Com o movimento da maré, a água é espirrada para fora com muita pressão, criando um grande spray de água. Quando a maré baixa, o ar é sugado de volta para o orifício com muita força.
O UniWave 200 usa uma metodologia semelhante, o volume da maré entra por uma câmara de concreto especialmente construída através de um canal. Quando a maré recua, cria um enorme vácuo que suga o ar para dentro, fazendo a turbina se movimentar.
Superando as expectativas
O projeto marca a primeira demonstração da tecnologia no mundo real, após extensos testes em uma ampla gama de condições simuladas no Australian Maritime College em Launceston, Tasmania.
“Em alguns casos, o desempenho de nossa tecnologia no oceano superou as expectativas devido às lições que aprendemos com o projeto, melhorias tecnológicas e refinamentos que fizemos ao longo do ano.” disse o CEO da WSE, Paul Geason, em um comunicado à imprensa.
O cofundador e CEO da WSE, Tom Denniss, disse à RenewEconomy que a empresa estava particularmente empolgada com o potencial da última aplicação da tecnologia, como uma solução climática para nações insulares que buscam reduzir o uso de combustível fóssil e se preparar contra elevação do nível do mar e erosão costeira que está sendo acelerada por eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes.
Projeção de como a tecnologia poderia ser utilizada para proteger áreas costeiras | Imagens: Wave Swell
“Lugares como as Maldivas… são muito vulneráveis e, eventualmente, nas próximas décadas, provavelmente precisarão de muros marítimos construídos em cada metro de cada ilha. Por que não torná-los um quebra-mar ou paredão de produção de energia e obter benefícios duplos”, disse Denniss à RenewEconomy.
“Já estamos discutindo com dois grupos diferentes em outras partes do mundo [sobre essa aplicação do Uniwave] porque eles também podem ver o benefício nisso.”
*Por Mayra Rosa
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*Fonte: ciclovivo