Dia: 16 de agosto, 2022
Pesquisas descobrem relação de tipo sanguíneo com doenças
Você sabe seu tipo sanguíneo? Se não, procure fazer um exame para descobrir, porque a ciência tem descoberto que ele pode indicar propensão a doenças e a condições de saúde.
Antes de explicar o que os pesquisadores encontraram, vale lembrar o que são tipos sanguíneos. Eles são formados por uma das letras A, B ou O e um sinal de positivo ou negativo.
As letras representam se o seu corpo está programado para produzir antígenos. Assim, os sangues A e B produzem antígenos, enquanto o sangue tipo O não produz nenhum. Já o positivo ou negativo diz respeito a existência (ou não) de proteínas Rhesus nos glóbulos vermelhos.
Risco para coração e cognição
Pessoas com sangue tipo A, tipo B ou tipo AB são ligeiramente mais propensas do que aquelas com tipo O a ter um ataque cardíaco ou sofrer insuficiência cardíaca, de acordo com a Associação Americana do Coração.
Em números, as pessoas com os tipos A ou B tiveram um risco combinado 8% maior de ataque cardíaco e 10% maior risco de insuficiência cardíaca, segundo um grande estudo divulgado pela associação.
Ao mesmo tempo, esses tipos sanguíneos apresentam problemas graves de coagulação, que também podem contribuir para aumentar o risco de insuficiência cardíaca. Aqueles com os tipos sanguíneos A e B foram 51% mais propensos a desenvolver trombose venosa profunda e 47% mais propensos a desenvolver embolia pulmonar.
Outra pesquisa descobriu que pessoas com sangue tipo AB podem ter um risco aumentado para deficiência cognitiva, o que inclui problemas para lembrar, focar ou tomar decisões.
Risco para hemorragias
Se o tipo sanguíneo O se saiu melhor para doenças cardíacas, o mesmo não é verdade para hemorragias. Um estudo, por exemplo, descobriu que mulheres com esse tipo sofrem um risco maior de hemorragias no pós-parto.
Outro estudo, publicado na Critical Care, descobriu que pessoas com o tipo O também podem se sair pior após uma lesão traumática devido ao aumento da perda de sangue.
E agora?
Embora essas pesquisas mostrem que o tipo sanguíneo pode influenciar na saúde, o médico hematologista Douglas Guggenheim acredita que todos devem fazer uma boa dieta anti-inflamatória – independentemente do tipo sanguíneo.
Porém, ele pondera que pesquisas futuras poderão contribuir para tratamentos mais personalizados. Por exemplo, um paciente com colesterol alto e tipo sanguíneo A poderá receber uma prescrição diferente de outro com o tipo sanguíneo O.
*Por Layse Ventura
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*Fonte: olhardigital
MIT cria inteligência artificial 1 milhão de vezes mais rápida que o cérebro humano
Um novo material inorgânico que promete velocidades absurdas e eficiência energética foi usado na fabricação
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) afirmam ter criado uma inteligência artificial um milhão de vezes mais rápida do que o cérebro humano. Eles utilizaram um novo material inorgânico no processo de fabricação que pode oferecer velocidades extremas e eficiência energética superior.
Com a evolução constante do aprendizado de máquina, o treinamento de modelos de redes neurais mais complexos demanda cada vez mais tempo, energia e dinheiro. Uma solução emergente para isso é o que chamam de deep learning analógico, que promete computação mais rápida com uma fração do uso de energia atual. Como o MIT explica:
“Os resistores programáveis são os principais blocos de construção do deep learning analógico […]. Ao repetir matrizes de resistores programáveis em camadas complexas, os pesquisadores podem criar uma rede analógica de “neurônios” e “sinapses” artificiais que executam cálculos como uma rede neural digital. Essa rede pode ser treinada para realizar tarefas complexas de IA, como reconhecimento de imagem e processamento de linguagem natural.”
Esses resistores programáveis aumentam muito a velocidade na qual uma rede neural é treinada, enquanto reduzem drasticamente o custo e a energia para realizar esse treinamento
Será impossível distinguir humanos de máquinas no futuro
Evolução ou destruição? Destino da humanidade pode estar nas mãos da inteligência artificial
A recente criação do MIT, por sua vez, é baseada em sinapses analógicas que supostamente superam as sinapses de nossos cérebros. O elemento chave da nova tecnologia é conhecido como resistor programável protônico. Os pesquisadores substituíram os meios orgânicos por vidro fosfossilicato inorgânico (PSG), basicamente dióxido de silício, o que resultou em velocidades de nanossegundos. De acordo com o Ju Li, autor sênior e professor de ciência nuclear:
“O potencial de ação nas células biológicas aumenta e diminui com uma escala de tempo de milissegundos, uma vez que a diferença de voltagem de cerca de 0,1 volt é limitada pela estabilidade da água. Aqui aplicamos até dez volts em um filme de vidro sólido especial de espessura em nano-escala que conduz prótons, sem danificá-lo permanentemente. E quanto mais forte o campo, mais rápidos os dispositivos iônicos.”
Como o vidro fosfossilicato inorgânico pode suportar altas tensões sem quebrar, ele permite que os prótons viajem a velocidades absurdas, além de ser energeticamente eficiente. Outro ponto importante é que o material é comum e fácil de fabricar.
A pesquisa foi publicada na revista Science. A partir de agora, os pesquisadores planejam a reengenharia desses resistores programáveis para fabricação de alto volume, além de estudar os materiais para futuramente remover os gargalos que limitam a tensão necessária para transferir os prótons “para, através e do eletrólito”.
Nas palavras de Jesús A. del Alamo, outro dos autores da pesquisa e professor do Departamento de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação do MIT (EECS): “A colaboração que temos será essencial para inovar no futuro. O caminho a seguir ainda será muito desafiador, mas ao mesmo tempo é muito empolgante”.
*Por Saori Almeida
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*Fonte: mundoconectado