“A Casa do Dragão” não deve reinventar mundo de “Game Of Thrones”, diz showrunner

Os fãs de “Game Of Thrones” se preparam para um retorno à Westeros neste domingo (21), com a estreia de “A Casa do Dragão”, spin-off que se passa 200 anos antes da série original. De acordo com os criadores, a nova obra não deve reinventar o universo já estabelecido e vai se manter fiel à obra de George R. R. Martin.

Três anos após o contestado final de “Game Of Thrones”, a história de Westeros retorna agora contada por uma nova dupla de showrunners. Miguel Sapochnik, que dirigiu diversos episódios da série original, volta agora para o derivado e também deve comandar alguns dos principais capítulos, incluindo a estreia. O comando é dividido com Ryan Condal (“Colony”), que criou o conceito da série junto com o autor dos livros.

Em entrevista ao New York Times, a dupla explica que a intenção em criar “A Casa do Dragão” é justamente pelo fato de, apesar de a história ser inédita, ela não diverge muito do tom de “Game Of Thrones”. A nova série é baseada no livro “Fogo e Sangue”, derivado de “As Crônicas de Gelo e Fogo”, a obra adaptada nas oito temporadas de GoT.

“A decisão foi meio que tomada por nós: George queria muito contar essa história. De todas as histórias que foram meio que cogitadas, é a mais próxima do tom original da série. Ele lida com os Targaryens e sua dinastia, então é acessível a esse respeito. Tem mais dragões nele. As pessoas dirão que não gostam de dragões e que não estão de olho nos dragões, mas eles gostam de dragões, eles ajudam”, diz Sapochnik.

“Este teve mais ressonância com a série original, quando vemos Daenerys após a queda do império. Ela está correndo pelo Oriente contando com a bondade de estranhos, ou talvez a ganância de estranhos que querem colocá-la no trono para enriquecer. Sua memória, as histórias que lhe contaram sobre a altura dos Targaryen, a cidade brilhante na colina – essa é a história”, completa Colony.

“A Casa do Dragão” é um prelúdio de “Game Of Thrones”
Os criadores contam ainda que entraram no projeto com a intenção de replicar o sucesso da série original, mas sem repetir o que foi feito no show anterior. “Parece muito importante que, se você vai evoluir além de “Game of Thrones”, primeiro você tem que respeitar isso. Também funcionou, então por que tentar reinventá-lo? Mas apenas replicar o programa original seria um grande desserviço à história, porque temos o que é efetivamente um tipo de qualidade de romance. A perspectiva é o que é diferente, pois é uma perspectiva feminina”, afirma Sapochnik.

Uma das principais mudanças da série nova é a maior presença de elementos fantásticos, como os dragões. No show original apenas nas últimas temporadas essas criaturas aparecem com mais frequência. Em “A Casa do Dragão”, como o próprio nome sugere, eles terão um papel muito mais importante.

“Eu diria que estamos nos apoiando no show anterior, que fez as pessoas verem os dragões como parte deste mundo. Tínhamos Caminhantes Brancos, lobos gigantes, gigantes, aranhas de gelo, todas essas coisas. À medida que a série avança, a única fantasia são os dragões e a profecia – e os dragões são meio domesticados, eles têm selas”, explica Sapochnik.

Sobre o fim controverso de “Game Of Thrones”, os showrunners não se preocupam com as chances disso afetar de forma negativa o derivado. “Foi um evento tão geracional – as pessoas tinham muita expectativa sobre onde a série terminaria e o que seria. Acho que foi um processo de luto para muitos fãs que passaram uma década com essa história em particular”, completa Colony.

“Acho que esse processo de luto provavelmente os levou a querer entrar novamente em Westeros, mesmo que eles estejam meio inseguros: “Vou me apaixonar novamente apenas para me machucar quando todo mundo estiver morto e tiver que ir embora? ?” Mas temos um dom extraordinário porque temos uma base de fãs pré-existente, que não existia quando o programa foi lançado originalmente em 2011”, finaliza.
O episódio 1 de “A Casa do Dragão” chega à HBO Max neste domingo, 21 de agosto, às 22h.

*Por Lucas Soares
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*Fonte: olhardigital

Australianos usam borracha de pneus velhos para produzir concreto

Concreto desenvolvido por pesquisadores é mais leve, econômico e dá novo destino aos pneus que seriam descartados

A borracha de pneus descartados pode substituir 100% dos agregados convencionais usados na fabricação de concreto. É o que descobriram os engenheiros da RMIT University, em Melbourne, na Austrália. O concreto fabricado com o material atende aos códigos de construção e prometendo ser um impulso para a economia circular.

O “concreto mais verde” usa a borracha de pneus que já não são mais usados no lugar de cascalho e brita. Segundo a equipe que desenvolveu o material, o novo concreto é mais leve e tem potencial para promete reduzir significativamente os custos de fabricação e transporte.

Pequenas quantidades de partículas de borracha de pneus já são usadas para substituir esses agregados, mas esta é a primeira vez todos os agregados foram substituídos por borracha sem prejudicar a qualidade do concreto.

O estudo foi publicado na revista Resources, Conservation and Recycling. O autor principal, o Ph.D Mohammad Momeen Ul Islam, pesquisador da Escola de Engenharia da Universidade RMIT, disse que as descobertas desbancaram uma teoria popular sobre o que poderia ser alcançado com partículas de borracha reciclada em concreto.

“Demonstramos com nosso método preciso de moldagem que essa limitação percebida durante décadas no uso de grandes quantidades de partículas grossas de borracha no concreto pode agora ser superada”, disse Islam.

“A técnica envolve o uso de moldes de fundição recém-projetados para comprimir o agregado de borracha grossa em concreto fresco que melhora o desempenho do material de construção”.

Materiais de construção mais ecológicos, baratos e leves
O co-autor do estudo e líder da equipe, professor Jie Li, disse que este processo de fabricação traz benefícios ambientais e econômicos. “Como a maior parte do concreto típico é agregado graúdo, substituir tudo isso por borracha de pneu usada pode reduzir significativamente o consumo de recursos naturais e também abordar o grande desafio ambiental do que fazer com pneus usados”, disse ele.

Outra vantagem do concreto desenvolvido pelos pesquisadores é a redução dos custos de fabricação e transporte. “Isso beneficiaria uma série de desenvolvimentos, incluindo projetos habitacionais de baixo custo em áreas rurais e remotas da Austrália e outros países ao redor do mundo”, explica Li.

Próximos passos
Segundo Islam, o processo de fabricação da equipe pode ser ampliado de forma econômica em um ambiente industrial de concreto pré-moldado na Austrália e no exterior. Após testes bem-sucedidos na oficina, a equipe agora está analisando o reforço do concreto para ver como ele pode funcionar em elementos estruturais.

*Por Natasha Olsen
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*Fonte: ciclovivo