Quatro coisas que aprendemos errado sobre a INDEPENDÊNCIA do BRASIL

Nem tudo sobre a Independência do Brasil ocorreu como muitas pessoas imaginam; confira

No dia 7 de setembro, poderemos celebrar finalmente os 200 anos da Independência do Brasil da coroa portuguesa, tendo sido realizada em 1822 por Dom Pedro I, que viria a se tornar o primeiro imperador brasileiro. No entanto, apesar de toda a narrativa épica sobre o acontecimento, nem tudo aconteceu exatamente como a maioria dos brasileiros têm em mente.

Provavelmente, quando se tenta imaginar como se deu o famoso ‘grito da Independência às margens do Rio Ipiranga’, a maioria das pessoas pensará logo no famoso quadro ‘Independência ou Morte’, do pintor brasileiro Pedro Américo de Figueiredo e Melo, com uma grande quantidade de pessoas na ocasião, todas bem vestidas e com Dom Pedro I segurando uma espada, apontada para o alto, montado em um belo cavalo.

No entanto, o fato aconteceu de uma forma um pouco diferente do que foi retratado, sendo a famosa pintura apenas uma ilustração propositalmente épica do acontecimento. O quadro se encontra hoje no acervo do Museu do Ipiranga, em São Paulo.

Dessa forma, confira a seguir quatro curiosidades sobre a Independência do Brasil, que ocorreram diferentemente do que a maioria das pessoas imagina:

1. Dor de barriga
Uma informação que talvez não seja tão surpreendente, visto que já é comentada há alguns anos por muitas pessoas nessa época próxima ao aniversário da Independência, é que Dom Pedro I estava com dor de barriga no momento em que realizou o tão famoso ‘grito da independência’.

Aparentemente, ele pode ter comido algo no dia anterior que o fez passar mal ao longo de 7 de setembro de 1822, ou mesmo poderia estar se sentindo mal por estar voltando de uma longa e cansativa viagem, na ocasião.

2. Quantas pessoas estavam presentes?
No quadro de Pedro Américo, é possível notar que existem muitas pessoas no local e no momento em que Dom Pedro I teria dado o grito da Independência. No entanto, até mesmo isso na representação é um erro, se considerar a realidade.

Enquanto na pintura a comitiva mostra dezenas de homens montados a cavalo, na realidade somente 14 pessoas estavam presentes no momento histórico.

3. ‘Às margens do rio Ipiranga’?
Outro mito sobre o clássico evento do dia 7 de setembro de 1822 engloba a localização dos participantes — o que talvez não fosse necessário alterar nas representações e histórias contadas.

Ao contrário do que muitos acreditam, o ‘grito da independência’ não ocorreu literalmente às margens do rio Ipiranga. Embora não exista erro em afirmar que tudo ocorreu “às margens do Ipiranga”, como é declarado na maioria dos livros de História, faltam detalhes sobre a localização precisa.

Em estudo, o engenheiro especializado em cartografia histórica Jorge Pimentel Cintra, ligado à Escola Politécnica e ao Museu do Ipiranga, sugeriu um novo ponto para esse evento histórico, após uma longa investigação. Confira o estudo aqui!

4. A grande, bela e imponente mula
Talvez a informação mais chocante seja de que Dom Pedro I, na realidade, não estava montado em um grande e belo cavalo marrom no momento da Proclamação da Independência. Na verdade, provavelmente nenhuma das 14 pessoas presentes na ocasião estava.

Isso porque, na verdade, o imperador brasileiro estava montado em uma simples mula, pois voltava de uma viagem do litoral de São Paulo, na ocasião, já que o animal costumava ser muito utilizado na época em grandes viagens, devido sua resistência.

Além disso, as roupas dos presentes também eram diferentes: enquanto no quadro todos aparecem vestindo uniformes de gala, provavelmente utilizavam peças mais confortáveis.

A fim de trazer detalhes da viagem de 1.400 quilômetros que durou um mês, o historiador e autor Rodrigo Trespach acaba de lançar sua mais nova obra ‘Às margens do Ipiranga’, que tem o selo Aventuras na História e Citadel. Com relatos impressionantes, a obra retrata a longa viagem que a comitiva de Pedro realizou até chegar no momento que entrou para os livros de História, exibindo retratos da época, costumes da população e a também situação sócio-política que o império brasileiro se encontrava naquele momento.

*Por Eric Moreira
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*Fonte: aventurasnahistoria

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