Emoções não têm preço

O papel do marketing não é vender nada. O papel do marketing é, sempre foi e sempre será educar pessoas.

Quanto mais eficiente a pedagogia (do grego original paidos “da criança” e agein “conduzir”) mais eficiente é o processo de educação, quando são definidos a direção e o motivo da jornada; que é sempre mais interessante se for em grupo.

Não é possível “comprar bens” e serviços. Só nos interessa a experiência. Não buscamos apenas bem-estar e segurança, mas a emoção que vale a pena.

Se o produto ou serviço criam a sensação de que faço parte de algo muito maior, eles nunca serão “caros” o suficiente. Emoções não têm preço!

Isso tudo combinado cria as histórias de sucesso que nos encantam todos os dias.

Antes de sacar a grana, assinar o cheque, passar o cartão ou fazer o PIX, é preciso uma dose de encantamento. Nem que seja um gole.

E o marketing é excepcional nisso. Seu propósito é criar emoções, as melhores possíveis.

Talvez, por isso, o marketing seja um tipo de sistema educacional.

Quando a estratégia atinge o seu alvo, a mágica acontece.

Esgotam-se vagas, listas, produtos, etc. e, muito mais que isso, gera-se um desejo incontrolável de compartilhar com outras pessoas o mesmo sentimento.

Nos últimos tempos, o marketing evoluiu rápida e profundamente.

A Internet nasceu conectando instituições de ensino, mas, hoje, ela rompeu esses limites e entrega um tipo de educação que nenhuma escola sozinha ou um conglomerado seria capaz de fazer.

O conhecimento se libertou.

Somos todos professores e alunos. Somos todos educadores. Somos todos marqueteiros.

O marketing forjou um novo tipo de Internet: um espaço onde todos participam e onde o conhecimento flui livremente. Tudo isso gera números, e cada dado vale o seu peso, ironicamente, em ouro.

Esse é um espaço de colaboração onde praticamente todos podem participar; e quando o fazem mudam completamente a realidade e o valor do que se cria.

Sem colaboração não haveria redes sociais.

Nada de Twitter, Wikipédia, Youtube, Instagram ou Spotify. Não como os conhecemos. Quase todo o conteúdo que entregam é produzido pelo público.

Quando alguém lança uma ideia original interessante gera-se uma tendência, movendo a audiência e, consequentemente, os criadores de conteúdo naquela nova direção.

É dinâmico. É orgânico.

Imagine essa lógica usada em uma empresa ou escola.

Imagine colaborar em um ecossistema criativo pleno, em que os problemas sejam oportunidades para colocar o talento de todos à prova.

Grande desafio?

Sim! Mas, essa lógica já se mostrou eficiente em grande escala.

Por exemplo, com a Internet a troca de informações sobre a Covid-19 adiantou a pesquisa e a produção das vacinas. As pessoas puderam trabalhar de casa, interagir e resolver quase tudo. Enfim, sem a Internet o número de vítimas seria muito maior, um caos, como foi nas últimas pandemias da história.

Conectar pessoas é expandir o potencial da humanidade.

Imagine um pequeno grupo que deseja ser muito mais criativo, valendo-se de suas habilidades individuais em equilíbrio.

Salas de aula gerando conhecimento vivo e atual, fruto de suas experiências pessoais, que podem ser úteis às demais, não importa seu nível, através de mecanismos de comunicação criados e geridos pelos próprios alunos.

E a mesma lógica também aplicada em departamentos de uma empresa.

Imagine utilizar as mais variadas técnicas de storytelling para expandir a imaginação e a geração de ideias, com alta sensibilidade, pensamento crítico e muita criatividade.

Seria lindo poder gerar mais empatia através de processos de troca de informação, dentro de uma rede de cooperação orgânica, capaz de resolver problemas ou até mesmo evitá-los.

E o mais importante: reciclar erros a fim de fertilizar a cultura criativa.

Se tudo é útil e todos são responsáveis a história pode ser outra.

Hoje, tudo isso é possível e com um banco de dados para auxiliar no gerenciamento dos perfis criativos individuais e coletivos. Com leitura ágil dos dados, combinando talentos para facilitar no desenvolvimento de ideias e projetos colaborativos, de acordo com as habilidades de cada pessoa envolvida, seja colaborador ou aluno.

Colaboração gera colaboração.

Abraçamos qualquer desafio que nos ofereça um gostinho de eternidade. Por isso criamos e consumimos histórias; por isso criamos tantos livros, comerciais, filmes, obras de arte, podcasts, vídeos, escolas, empresas, etc.

E quantos deles são inesquecíveis? Nem todos, mas nem por isso paramos de criar.

Queremos nossos nomes escritos em algum lugar.

Queremos vencer o tempo.

Queremos ser heróis de uma história possível, fazendo o que parece ser impossível.

O ser humano nasce inclinado para a busca de um propósito e vive seus dias tentando criar seus caminhos. Assim nasce a sua força e o seu poder para trabalhar em grupo e escrever histórias que comprovem tudo isso.

Não compramos nada mais que experiências.

Toda pessoa, empresa ou escola é uma contadora de histórias por natureza. A sua convivência influencia a caminhada de quem está conectado direta ou indiretamente a elas.

A forma como escolhem fazer isso define o seu passado, o seu presente e, principalmente, o seu futuro.

*Por William Barter
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*Fonte: updateordie

Dados revelam ser possível o fim do desmatamento

O ser humano destruiu as florestas por diversos motivos. Segundo o Our World In Data, nos últimos 10 mil anos, destruímos 1/3 das florestas do mundo. Mas isso irá, obviamente se voltar contra nós, já que degradamos a natureza de uma maneira muito feroz. Será que poderíamos expandir as florestas novamente?

A madeira é um dos itens mais fundamentais extraídos da natureza nos últimos milhares de anos. Com a madeira, o ser humano ergueu alguns dos primeiros pilares dos vilarejos e cidades das civilizações humanas. A pedra também era utilizada, mas a madeira, junto ao barro, é muito mais fácil de ser trabalhada. A madeira se tornou moradia, ferramentas, combustível, equipamentos, carroças, móveis. Além disso, a agricultura contribuiu imensamente para o desflorestamento.

Mas antes de conversar sobre expandir as florestas, precisamos abordar alguns pontos.

O desflorestamento
No início deste texto, eu disse que nos últimos 10 mil anos, o ser humano destruiu um terço das florestas do mundo, correto? Mas há mais um detalhe nessa história: cerca de metade desse desflorestamento ocorreu apenas no século XX. Ou seja, metade do desmatamento de 10 mil anos feito pelo ser humano ocorreu em apenas 100 anos.

Há dez mil anos, 57% das terras habitáveis do planeta Terra estavam cobertas por florestas – o equivalente a 6 bilhões de hectares. Hoje, há a apenas 4 bilhões de hectares. Então, com uma simples regra de três podemos chegar a uma conclusão. Aquele valor que correspondia a 57%, hoje corresponde a apenas 38%. Essa diferença de 2 bilhões de hectares (a área desmatada) corresponde a 2,3 vezes o tamanho do Brasil — o quinto maior país.

Em uma conta simples, vamos realizar mais uma conclusão. Se no século 20 o ser humano desmatou metade da área citada, então somente nesses cem anos, foi desmatada uma área do tamanho do Brasil.

Declínio no desmatamento
Fritz Haber foi um químico alemão laureado com o prêmio Nobel em 1918 por realizar a descoberta que foi, possivelmente, uma das descobertas mais importantes da humanidade. Embora Haber seja um criminoso de guerra, sua descoberta salvou a humanidade como conhecemos hoje.

O principal motivo do desmatamento é a agropecuária. A população do planeta crescia, então a área de plantio também precisava aumentar. No entanto, a área que se precisava para plantar para fornecer alimento para uma pessoa no século 19 era muito maior do que a área necessária para tal nos dias de hoje.

No final do século XIX, crises agrícolas traziam a iminência de uma crise alimentar. O mundo já não daria mais conta de produzir alimentos para a crescente população. No entanto, em 1900, o último ano do século 19, havia cinco vezes menos pessoas no mundo do que hoje. Como é possível produzir tanto alimento hoje? A resposta é o amoníaco.

Haber descobriu como sintetizar o nitrato de amônio. A substância é essencial para se fornecer nitrogênio às plantas. A descoberta aumentou a produtividade agrícola de maneira muito intensa. Antes disso, utilizava-se principalmente o salitre e o guano (fezes de aves) para o fornecimento de nitrogênio às plantas.

O ponto dessa história toda é: o desenvolvimento da ciência e da tecnologia permitem uma ótima produtividade agrícola. Dessa maneira, um dos principais motivos do desmatamento tem as necessidades de desmatamento diminuídas. Desde os anos 1960, as terras agrícolas per capita caíram em mais da metade.

O pico no desmatamento ocorreu nos anos 1980. Desde então, o desmatamento está em declínio. Isso de deve não só a melhora na produtividade da agricultura, mas à redução da necessidade da madeira como combustível e na utilização de outros materiais como matéria-prima.

O reflorestamento: como expandir as florestas?
O desmatamento já não é tão necessário para a agricultura, embora ainda ocorra. A criação de gado, no entanto, ainda é motivo de grande, já que estamos falando de animais. É até possível diminuir o espaço utilizado pela pecuária, mas o extremo confinamento dos animais é extremamente desumano.

No entanto, a melhora na produtividade agrícola já causou um enorme impacto na redução do desmatamento. Além disso, digamos que no futuro seja possível sintetizar a carne. Animais não sofrem, pessoas podem consumir carne e extensos pastos que destroem a Amazônia e outras importantes florestas pelo mundo não são mais necessárias.

Reflorestar o planeta e expandir as florestas é, como a história nos mostra, possível. Isso pode ser feito com o desenvolvimento da ciência focada na melhoria da produtividade agropecuária. Agricultura e meio ambiente não precisam ser inimigas. A produção agropecuária pode ser conciliada, sim, com o reflorestamento.

*Por Felipe Miranda
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*Fonte: socientifica