Dia: 30 de setembro, 2022
10 mitos sobre saúde que você escuta todos os dias
Por mais que seja cada vez mais fácil de buscar a verdade por trás das informações que nos rodeiam, ainda caímos em algumas balelas do senso comum — e no que diz respeito à área da saúde, não é diferente: existem lorotas que ouvimos todos os dias, e sequer nos damos conta. Confira alguns mitos sobre saúde que ninguém desmentiu para você (até agora).
1. Chocolate causa acne
É bem possível que você já tenha ouvido falar que chocolate causa acne, mas cientistas da Pensilvânia estudaram os efeitos do chocolate na pele de 65 indivíduos e descobriram que aqueles que comiam uma quantidade dez vezes maior de chocolate não mostraram diferenças em comparação com os outros.
2. Glúten faz mal à saúde
De acordo com a farmacêutica Pfizer, não há qualquer pesquisa, estudo ou mesmo testes científicos conclusivos que indiquem que o glúten prejudique o desenvolvimento ou funcionamento do organismo de indivíduos normais e saudáveis. Na verdade, existem até benefícios: quando consumido de maneira correta e equilibrada, o glúten, ao chegar ao intestino delgado, ajuda na proliferação e renovação das bactérias “do bem”, que auxiliam na digestão alimentar.
3. O colesterol é ruim
Nem todo colesterol é ruim para o corpo. Embora muito colesterol LDL possa estar associado a um risco aumentado de doença cardíaca, o colesterol HDL (considerado como o colesterol bom) ajuda a manter os níveis de LDL sob controle e, portanto, ajuda a manter a saúde do coração, como explica a American Heart Association.
4. Gema de ovo é prejudicial
Muitos são levados a consumir apenas a clara do ovo, mas os especialistas apontam que as gemas são cheias de colesterol HDL, que conforme mencionamos acima, é conhecido por neutralizar os efeitos do colesterol ruim.
5. Parar de comer emagrece
As pessoas são levadas a acreditar que passar fome pode parecer uma estratégia eficaz para perder muitos quilos rapidamente. No entanto, isso pode ter o efeito oposto. Os especialistas recomendam manter uma dieta balanceada e de baixa caloria para ajudar a perder peso.
6. Café prejudica o desenvolvimento infantil
Muitos acham que a cafeína no café pode ser a causa da osteoporose, uma deficiência de vitamina D que fragiliza os ossos. No entanto, após numerosos estudos, não houve evidências que sugerissem uma relação entre consumo de café e o prejuízo no desenvolvimento. Quando se trata de crianças bebendo café, a única coisa com que você precisa se preocupar é o excesso de cafeína.
7. Estralar os dedos causa artrite
Ao contrário do que muitos pensam, estralar os dedos não causa artrite: é simplesmente o estouro de bolhas no fluido que lubrifica as mãos, conhecido como líquido sinovial. A prática pode causar outros efeitos colaterais negativos, como o inchaço nas mãos, mas não a doença em questão.
8. Chocolate é afrodisíaco
Apesar do senso comum dizer que o chocolate tem propriedades afrodisíacas, um relatório apontado pela Mayo Clinic sugere que o alimento é ineficaz na produção de uma resposta sexual em homens ou mulheres.
9. Protetor solar só é necessário quando o sol está forte
Não importa como esteja o clima: os especialistas ressaltam que é necessário aplicar o protetor solar em todas as áreas expostas da pele e reaplicar pelo menos a cada duas horas.
10. Você deve remover completamente o açúcar de sua dieta
Para encerrar a lista de mitos sobre saúde: o açúcar não deve ser cortado totalmente. Existem diferentes tipos de açúcar, como o açúcar natural que pode ser encontrado em frutas, vegetais, laticínios e grãos. Por isso, os nutricionistas indicam a limitação da ingestão de açúcar em vez de eliminá-lo completamente.
*Por Nathan Vieira
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*Fonte: BestLife / canaltech
Mudança na órbita de Júpiter poderia tornar a Terra ainda mais habitável
Modelo estipulado por cientistas sugere que, se o gigante gasoso tivesse órbita mais excêntrica, superfícies terrestres subcongeladas estariam mais perto do Sol
A Terra é o único planeta onde sabemos que existe vida — mas o nosso mundo poderia ser ainda mais habitável caso Júpiter tivesse uma forma orbital diferente. Conforme estudo publicado em 8 de setembro no The Astronomical Journal, a órbita do gigante gasoso teria que ser mais excêntrica, isto é, oval.
Isso faria com que grandes mudanças também ocorressem na superfície terrestre, tornando o nosso planeta ainda mais hospitaleiro à vida. Os pesquisadores da Universidade de Califórnia em Riverdale, nos Estados Unidos, descobriram essa relação criando um sistema solar alternativo com modelos detalhados de dados do nosso próprio Sistema Solar.
De acordo com Pam Vervoort, cientista planetária que é a principal autora do estudo, se a posição de Júpiter permanecesse a mesma, mas a forma de sua órbita mudasse, a Terra seria mais habitável. O nosso planeta teria determinadas partes que se aproximariam às vezes do Sol. Com isso, áreas agora subcongeladas aqueceriam, aumentando as temperaturas nessas zonas para uma faixa habitável de 0 a 100ºC.
Os resultados impressionantes derrubam suposições científicas de longa data. “Muitos estão convencidos de que a Terra é o epítome de um planeta habitável e que qualquer mudança na órbita de Júpiter, sendo o planeta massivo que é, só poderia ser ruim para a Terra”, conta Vervoort. “Mostramos que ambas as suposições estão erradas.”
Os pesquisadores querem aplicar a descoberta à busca de planetas habitáveis em torno de outras estrelas — os chamados exoplanetas. “A primeira coisa que as pessoas procuram em uma busca de exoplanetas é a zona habitável, a distância entre uma estrela e um planeta para ver se há energia suficiente para água líquida na superfície do planeta”, afirma Stephen Kane, astrofísico coautor do estudo.
Mas a presença de água é algo muito simples: não leva em conta a forma da órbita de um planeta ou suas variações sazonais, de acordo com o pesquisador. Embora os telescópios existentes consigam medir tais órbitas planetárias, existem outros fatores que podem afetar a habitabilidade, como o grau em que um planeta está inclinado em direção ou para longe de uma estrela.
Conforme o novo estudo, se Júpiter estivesse posicionado muito mais perto do Sol, o planeta gasoso induziria uma inclinação extrema na Terra, o que faria grandes seções da superfície terrestre subcongelarem. Isso reduziria a habilidade do nosso planeta de ser habitável.
Os astrônomos gostariam de trabalhar em mais métodos para medir a inclinação e a massa dos planetas, também importantes para investigar a habitabilidade. “É importante entender o impacto que Júpiter teve no clima da Terra ao longo do tempo, como seu efeito em nossa órbita nos mudou no passado e como isso pode nos mudar novamente no futuro”, destaca Kane.
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*Fonte: revistagalileu