A Evolução explica porque não fomos feitos para nos exercitarmos

No dia 2 de outubro, Antonio Drauzio Varella se tornou o atleta mais velho a conquistar a mandala das Six Majors — as seis maiores maratonas do mundo: Chicago, Nova York, Boston, Tóquio, Londres e Berlim. O médico conquistou a honraria aos 79 anos, 5 meses e 1 dia.

Porém, embora exemplos como Drauzio Varella não sejam raros, eles contradizem um processo natural de evolução para a nossa espécie. Mesmo sendo muito natural que pratiquemos atividades físicas, nós nunca fomos “programados” para isso.

Ignorando a evolução

Daniel Lieberman é paleoantropólogo na Universidade de Harvard e explica que não há qualquer indício em nosso passado que sugira que os humanos tenham evoluído para praticar atividades físicas. Nosso corpo se desenvolveu para evitar esforços desnecessários, e os exercícios são muito recentes para a nossa espécie.

Na verdade, essa característica que é comum para quase todos os animais. Dos menores peixes aos maiores predadores, poupar energia está relacionado com o sucesso evolutivo. No passado, nosso corpo sabia que obter recursos nem sempre era uma certeza.

Se voltarmos no tempo e pensarmos enquanto ainda éramos caçadores/coletores, não faria sentido sair para uma corrida matinal, por mais curta que fosse. Seria uma perda de calorias que não iria resultar em nenhum ganho. E pior, essa calorias fariam falta no resto do dia.

Embora seja algo relacionado ao nosso passado, nosso corpo não se esqueceu disso. E esse é um dos motivos que podem tornar a atividade física muito mais trabalhosa do que gostaríamos. Hoje nós não precisamos mais armazenar tanta energia para atividades de caça ou para nos protegermos de predadores, mas nosso corpo ainda não aprendeu isso.

E mesmo que os exercícios ajudem a liberação de hormônios como endorfina e serotonina — que promovem a sensação de recompensa e de felicidade —, nosso cérebro nem sempre associa o bem-estar às atividades físicas. Isso prova que mesmo sendo benéfico, começar a se exercitar pode ser (naturalmente) difícil.

Como fugir da nossa “programação natural”

Lieberman sugere que, para fugir desse comportamento natural de sedentarismo, é preciso “jogar com ele”. A coisa mais importante é não se cobrar, nem se preocupar tanto. Nossos antepassados não eram atletas, e nós estamos lutando contra uma parte da nossa biologia. Conhecer essa dificuldade é o primeiro passo para superá-la.

Além disso, ninguém precisa começar correndo uma maratona toda a manhã. Existem pesquisas que mostram que 150 minutos de exercício por semana já ajudam a reduzir as taxas de mortalidade em até 50%. Isso equivale a 21 minutos por dia. Portanto, você não precisa se cobrar só porque outras pessoas ficam 5 horas malhando.

Mas Lieberman também alerta para a importância de não parar. Uma semana longe das atividades já é o suficiente para nosso tecido muscular enfraquecer. Além disso, algumas pessoas associam a velhice com um período no qual não precisamos ser muito ativos. Mas a verdade é que nós evoluímos para sermos ativos durante toda a nossa vida. E, nesse caso, o melhor é seguir o exemplo do Drauzio Varella.

*Por Robinson Samulak Alves
………………………………………………………………..
*Fonte: megacurioso

O amor entrelaça duas almas amigas eternamente

O ser humano, ao longo da vida, constrói relações. Algumas destas são circunstanciais e não perduram por muito tempo, ao passo que outras permanecem por toda a vida. Quais fatores contribuem para o fortalecimento da amizade?

A amizade nasce do compromisso entre duas almas que se amam e desejam o melhor uma para outra. O verdadeiro amigo acolhe o outro como irmão e se prontifica a apoiá-lo na realização da sua felicidade. Contenta-se em contribuir para o crescimento do seu irmão de caminhada, o desejo de vê-lo sempre bem o acompanha.

O bom amigo compartilha os seus sonhos mais profundos e os anseios da sua alma. Guarda consigo a certeza íntima de acolhimento e sabe que os segredos da sua alma estarão bem guardados. Confia nos conselhos amorosos para a tomada de decisões.

Ser amigo é ser humano na relação. Envolve não recorrer ao outro como meio para preencher uma falta, mas importa vê-lo como um fim em si, como um ser que se torna melhor com a sua presença.

Para se tornar um bom amigo é necessário ser o seu melhor amigo, ter tempo para si é essencial para desenvolver virtudes e sabedoria na vida prática. O cultivo da vida interior fortalece a amizade, possibilita o compartilhamento de vivências e aprendizados ricos na relação.

A amizade requer devoção de energia e tempo para sua construção. Todo esforço vale a pena para cativar a presença de um verdadeiro amigo ao lado. Nada, nem mesmo a distância tem o poder de separar duas almas firmemente unidas. O amor as entrelaça eternamente.

*Por Saulo de Oliva
……………………………………………………………………………
*Fonte: equilibrioemvida