Uma nova explicação para a consciência

A consciência é a sua consciência de si mesmo e do mundo ao seu redor. Esta consciência é subjetiva e única para você.

Um pesquisador da Escola de Medicina Chobanian & Avedisian da Universidade de Boston desenvolveu uma nova teoria da consciência, explicando por que ela se desenvolveu, para que serve, quais distúrbios a afetam e por que fazer dieta (e resistir a outros impulsos) é tão difícil.


“Em poucas palavras, nossa teoria é que a consciência se desenvolveu como um sistema de memória que é usado por nosso cérebro inconsciente para nos ajudar a imaginar o futuro de forma flexível e criativa e planejar de acordo”, explicou o autor correspondente Andrew Budson, MD, professor de neurologia.

“O que é completamente novo nessa teoria é que ela sugere que não percebemos o mundo, não tomamos decisões ou realizamos ações diretamente. Em vez disso, fazemos todas essas coisas inconscientemente e então – cerca de meio segundo depois – lembramos conscientemente de fazê-las.”

Budson explicou que desenvolveu essa teoria junto com seus coautores, o filósofo Kenneth Richman PhD, no Massachusetts College of Pharmacy and Health Sciences e a psicóloga Elizabeth Kensinger, PhD do Boston College, para explicar uma série de fenômenos que não podiam ser facilmente entendidos com teorias anteriores da consciência.


“Sabíamos que os processos conscientes eram simplesmente muito lentos para se envolver ativamente em música, esportes e outras atividades onde são necessários reflexos de frações de segundo. Mas se a consciência não estiver envolvida em tais processos, seria necessária uma explicação melhor do que a consciência faz”, disse Budson, que também é chefe de neurologia cognitiva e comportamental, chefe adjunto de equipe de educação e diretor do Centro de Translacional Cognitivo. Neurociência no Veterans Affairs (VA) Boston Healthcare System.

Segundo os pesquisadores, essa teoria é importante porque explica que todas as nossas decisões e ações são realmente feitas inconscientemente, embora nos iludamos acreditando que as fizemos conscientemente.

Então, podemos dizer a nós mesmos, vamos tomar apenas uma colher de sorvete e, a próxima coisa que sabemos, o recipiente está vazio – porque nossa mente consciente não está controlando nossas ações.


“Mesmo nossos pensamentos geralmente não estão sob nosso controle consciente. Essa falta de controle é o motivo pelo qual podemos ter dificuldade em parar um fluxo de pensamentos que passam pela nossa cabeça enquanto tentamos dormir, e também porque a atenção plena é difícil”, acrescenta Budson.

Budson e seus coautores consideram vários distúrbios neurológicos, psiquiátricos e de desenvolvimento como distúrbios da consciência, incluindo a doença de Alzheimer e outras demências, delírio, enxaqueca, esquizofrenia, transtorno dissociativo de identidade, certos tipos de autismo e muito mais.

Por fim, seu artigo fornece um roteiro sobre como os médicos, educadores e indivíduos podem melhorar o comportamento e obter conhecimento, usando métodos clínicos e de ensino que podem ser eficazes na formação da mente consciente e do cérebro inconsciente.

Com uma exploração mais aprofundada, este trabalho pode permitir que os pacientes melhorem comportamentos problemáticos, como comer demais, nos ajudar a entender as maneiras pelas quais as estruturas cerebrais apoiam a memória e até fornecer insights sobre questões filosóficas sobre livre arbítrio e responsabilidade moral.

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Essas descobertas aparecem on-line na revista Cognitive and Behavioral Neurology.
Fonte: Boston University   Pesquisa Original: “Consciousness as a Memory System” by Andrew Budson et al. Cognitive and Behavioral Neurology

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*Fonte: sabersaude

Incrível peixe-robô criado para filtrar microplásticos do oceano recebe prêmio

O Concurso de Robôs Naturais da Universidade de Surrey concedeu o primeiro lugar da premiação a um peixe-robô que filtra partículas microplásticas da água enquanto nada. O evento recebeu várias sugestões de robôs inspirados em animais e plantas capazes de realizar atividades que ajudariam o planeta. Após um processo de seleção, feito por palestrantes de vários institutos de pesquisa europeus, foi escolhido o melhor conceito para ser transformado em um protótipo funcional.

O peixe vencedor foi projetado pela graduanda em química Eleanor Mackintosh. O projeto vitorioso é um peixe-robô que ao nadar mantém sua boca aberta para coletar água e, posteriormente, filtrar o microplástico em uma cavidade interna. Quando a cavidade fica cheia, o dispositivo fecha a boca e empurra a água através das fendas em seu corpo. Uma malha fina presa às fendas da “brânquia” permite que a água passe, mas captura as partículas plásticas, como uma espécie de filtro.

O peixe-robô tem 50 centímetros de comprimento e coleta partículas de até 2 milímetros. Além disso, ele conta com sensores a bordo que monitoram a turbidez e níveis de luz subaquática, além de utilizar uma IMU (unidade de medição inercial) para rastrear seus movimentos dentro da água. E para completar, ele brilha no escuro.

No futuro, modelos desse robô podem ser ainda mais precisos, capazes de capturar partículas ainda menores, além de outras melhorias na sua forma corporal que poderiam tornar o peixe mais rápido e dinâmico. Um ponto muito importante está na forma como o protótipo é controlado. Atualmente, ele funciona com controle ligado ao peixe, seria interessante que o próximo pudesse ser direcionado remotamente.

Não é só o oceano que sofre com a poluição, rios, córregos, lagos e lagoas também são acometidos por esse mal. Com isso, Mackintosh declarou que o objetivo de seu projeto era que o robô fosse versátil. “Que criatura melhor para resolver os problemas em corpos d’água do que uma que vive neles?”, questionou a graduanda. “Os peixes são adaptados ao seu ambiente, e as brânquias são um mecanismo incrível na natureza que são especializados para filtrar oxigênio na corrente sanguínea – então adaptei meu design a partir disso, com o objetivo de criar um filtro para microplásticos”, finalizou a futura química.

*por Isabela Valukas Gusmão
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*Fonte: olhardigital