Síndrome da autocervejaria: quando nosso corpo fabrica álcool

Imagina você ter almoçado um belo prato de macarrão e, após voltar ao trabalho, sentir-se com sintomas de embriaguez, apresentando até hálito alcoólico, mesmo sem ter tomado uma gota de álcool sequer. Pode parecer estranho, mas essa condição é possível e é conhecida como Síndrome da Autocervejaria.

Síndrome do quê?!
Sim, pode parecer inacreditável, mas nosso corpo é capaz de produzir o seu próprio álcool. Também conhecida como Síndrome da Fermentação Intestinal, essa condição rara parece acontecer quando alguns seres habitantes do nosso intestino – fungos, bactérias etc. – convertem o carboidrato ingerido em álcool.

Em um caso relatado no ACG Case Reports Journal, um homem de 25 anos começou a se sentir muito bêbado mesmo nos dias em que não tinha consumido nada alcoólico. Após o fato ocorrer várias vezes, a esposa o levou ao pronto-socorro, pois ele apresentava sintomas como tontura, fadiga, fala arrastada, náusea e às vezes até “apagava” dormindo, acordando só no outro dia já sem os sintomas.

Depois de diversos testes e hipóteses se mostrarem inconclusivos, a opção que mais se mostrou válida foi a de que o indivíduo sofria da síndrome da autocervejaria, pois seu corpo estava transformando o carboidrato em etanol.

A saída foi adotar uma alimentação mais saudável – evitando, principalmente, alimentos processados e refinados – e com menor quantidade de carboidratos, além de medicação.

Esse caso não é o único, pois há diversos relatos espalhados pelo mundo, com grande incidência dos casos no Japão – não se sabe ainda a razão dos japoneses serem aparentemente mais suscetíveis.

Possíveis causas
Não há consenso na medicina sobre o que realmente provoca a síndrome. Até o momento, entende-se que a condição ocorre devido ao desequilíbrio dos microrganismos que vivem no nosso intestino.

Segundo os especialistas, o intestino dos pacientes com a enfermidade apresenta grande volume de microrganismos, em especial as leveduras Candida e Sacchharomyces (usada para fazer pão, vinho e cerveja) e as bactérias Helicobacter pylori e Klebsiella pneumoniae. Esses seriam os principais responsáveis por modificar o carboidrato.

A síndrome ocorre em pessoas saudáveis, mas a maior incidência é em pessoas com comorbidades como disfunção gastrointestinal, diabetes, obesidade, Doença de Crohn, síndrome do intestino irritável, entre outros.

Além disso, o consumo de alimentos ultraprocessados e de antibióticos por tempo prolongado são apontados como potenciais causadores da desregulação do microbioma intestinal.

Questões legais
Alguns advogados têm usado a Síndrome da Autocervejaria como uma forma de defender pessoas que estão sendo acusadas de dirigir embriagadas. Isso porque as pessoas que sofrem da condição podem apresentar odor de álcool no hálito e alta concentração de etanol no sangue e na urina.

Apesar do artifício ter sido apresentado com mais frequência, os tribunais ainda se mostram céticos quanto ao fenômeno.

*Por Jessica Parizzoto
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*Fonte: megacurioso

Ex-dono do Twitter cria nova rede social, a Bluesky; saiba tudo

Jack Dorsey, um dos criadores do Twitter, está trabalhando no lançamento da plataforma que promete ser inovadora para as redes sociais

O Twitter pode estar ganhando um rival no setor das redes sociais nos próximos meses. Após a oficialização da compra da plataforma pelo empresário Elon Musk por US$ 44 bilhões (cerca de R$ 235 bilhões), novos serviços devem ganhar notoriedade e um deles é a Bluesky – em tradução livre, céu azul.

A nova rede social é uma criação de Jack Dorsey, um dos criadores do Twitter e CEO da empresa até o ano passado. Ele lançou a Bluesky sem chamar muita atenção e fez uma referência à sua antiga criação, que possui um passarinho azul no logo.

De acordo com Dorsey, a Bluesky promete ser um objeto de reinvenção da estrutura atual das redes sociais e revela que a plataforma utiliza a tecnologia blockchain, que também é usada em criptomoedas. Nesse modelo, trata-se de um processo mais seguro e transparente entre a divulgação de informações e com isso, o novo serviço propõe ser acolhedor aos influenciadores, usuários e desenvolvedores.

“Estamos construindo o AT Protocol, uma nova base para redes sociais que gera aos criadores independência de plataformas, aos desenvolvedores a liberdade de construir e aos usuários uma escolha em sua experiência”, afirma o site oficial da Bluesky.

Nesse sentido, a nova plataforma de Jack Dorsey tem a expectativa de ser uma rede social descentralizada, indo de encontro ao padrão atual de outras empresas como o Facebook e o Google, que procuram manter seus usuários isolados perante os serviços. Na Bluesky, haveria uma migração de dados dinâmica e maior controle sobre o recebimento de conteúdo no feed.

A futura plataforma ainda está se desenvolvendo e os usuários podem fazer o cadastro para serem selecionados para o estágio de testes beta da rede social. A inscrição para os testes da Bluesky é gratuita pelo site oficial e segundo a empresa, um grupo considerável de pessoas estão na lista de espera, com os escolhidos podendo experimentar o serviço antes da liberação definitiva para o público – os selecionados serão notificados pelo e-mail.

Vale ressaltar que a Bluesky não surgiu após os primeiros envolvimentos de Musk com o Twitter. As primeiras menções de Dorsey sobre a plataforma começaram em 2019, quando o desenvolvedor citou que estava financiando uma equipe independente em meio ao novo projeto para as mídias sociais.

Dorsey deixou o cargo de CEO do Twitter em 2021, passando a faixa para o recém-demitido Parag Agrawal, e rompeu de maneira definitiva com o conselho da plataforma no início deste ano. O desenvolvedor, desde então, vem se concentrando em suas empresas, como o próprio Bluesky.

*por Luann Motta Carvalho
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*Fonte: olhardigital